-Desculpe por ter dito aquelas coisas para vocês.

Depois de ficar quase uma hora refletindo no que eu havia dito resolvi me desculpar.

Maya olhou para mim com um sorriso enorme no rosto, Deidara o mesmo, mas o que mais me surpreendeu foi quando Saosri se levantou e me deu um abraço de urso.

-Sem problemas. Às vezes isso acontece, principalmente quando estamos com a cabeça cheia. - Maya me abraçou apertado.

-E também quando descobrimos que temos amigos, hun. – completou Deidara.

O loiro tapado também completou o abraço em grupo.

-Obrigada gente. – dei um beijo na bochecha de cada um. –Mas agora temos que colocar a mão na massa, ou se não a missão empaca. – falei e pisquei.

Todos riram.

-OK! Que isso seja um estouro! Hun!

-E ai, qual é plano?

-Ele é simples...

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Mais um dia começa, ou seja, mais um dia de escola e mais um dia de investigação silenciosa.

Acordei de bom humor, tomei banho, escovei os dentes, troquei de roupa, tomei café com meus pais e logo estava com a mochila nas costas caminhando lentamente para Hanasaki Koukou acompanhada dos três, que na minha opinião, estavam mais que animados, Sasori zoando Deidara por ter finalmente se amarrado, o loiro com a Maya num clima muito meloso e eu com cara de paisagem. Ótimo jeito de começar uma manhã de quarta-feira.

Chegamos à escola e uma sensação estranha passou pelo meu corpo, e logo em seguida veio aquele estranho frio na espinha e também o ar tenso que chega que era palpável. Os alunos todos amontados em grupos, o único assunto era a morte sinistra de Makino Akira, que para nós era um quebra-cabeça montado.

-Sentir esse clima pesado não é comigo, vou pra’ sala. Até mais. – falei e comecei a andar para a minha sala. Provavelmente os deixei com cara de tacho, que se dane! Eu não sou abrigada a segurar vela.

Abri a porta de deslize da minha sala e entrei. Hinata logo correu em minha direção com um sorriso tristonho no rosto. Eu senti uma aura melancólica vindo de Hinata no momento em que meus olhos entraram em contato com os delas.

-O que houve? – perguntei curiosa.

-Oi, todos ainda estão triste por causa da morte do Akira-kun. – seus olhos ficaram marejados.

-É nessas horas que eu fico sem palavras. – lamentei baixinho.

-Só me dê um abraço. – pediu com a voz chorosa.

Abracei Hinata.

Ela enterrou o rosto no meu pescoço e começou a chorar baixinho.

-Ele foi o único, tirando você, que entendeu o que realmente sinto pelo Naruto. Sakura, ele é muito especial para mim, mas agora ele está morto. – soluços incontroláveis balançavam seu corpo.

-Ora Hina-chan! Ele pode estar morto, mas você prestou atenção no que acabou de dizer? – ela olhou para mim surpresa, sequei as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. –Ele morreu isso é obvio, mas você acabou de dizer que ele É especial, isso quer dizer que dentro de você Makino-kun ainda está vivo. Perder uma pessoa querida é doloroso, nunca aconteceu comigo, mas eu sei que é. Só que dentro de você ele está vivo e sorrindo para você, pedindo para você sorrir também e seguir em frente, mas nunca esquecer-se dele. – falei calmamente. A vontade de socorrer a Hinata quando a vi quase chorando em minha frente era tanta, e depois vendo que todos prestavam atenção no que eu dizia, eu me senti leve. Por que será?

-Obrigada Sakura-chan. E também obrigada por ser minha amiga.

Ser minha amiga... Ser minha amiga... Ser minha amiga...

Arregalei os olhos com as palavras de Hinata, então era isso, a sensação de leveza era porque meu corpo sentiu que eu havia conseguido mais uma amiga.

-Vem Hina-chan, está na hora da aula. Ficar aqui na porta não é muito seguro, pois o professor de educação física vem ai.

Ela sorriu fracamente. Seu rosto ainda estava com algumas lágrimas.

-Não queremos ser atropeladas pelo Gai-sensei e seu fogo da juventude. – falou gentilmente.

Rimos e sentamos em nossos lugares.

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-OK jovens! Hoje vamos dividir isso daqui. Meninas para a quadra de vôlei e meninos para a quadra de basquete. Dividem-se em times para jogar. Nessas duas aulas vamos animar! – falou o professor.

-Vem Sakura! Você joga no nosso time. – escutei Temari gritando.

Fui até rapidamente.

-Então vai ficar assim, Hana, Mari, Kin, Tayuya, Matsuri e Shion no time 1. Tenten, Hinata, Ino, eu, Sakura e Karin no time 2. A gente joga primeiro e quem ganhar joga com o time do clube de vôlei, Tomoka, Saori, An, Aika, Yukari e Risa. – falou Temari.

-Ok! – falaram todas juntas. Temari olhou para mim desafiadoramente.

-Nas ultimas aulas de educação físicas jogamos, handebol, basquete, futsal e peteca, todas elas você se saiu bem, no vôlei você também é boa, certo?

-A única coisa que eu não sou boa é paquerar meninos. – respondi brincalhona.

-Não esquenta, nós te ensinamos mais tarde! – Ino piscou.

As meninas começaram a rir.

-Vamos lá. – Tenten gritou animada. –Campo ou bola?

-Bola. – respondeu Mari, cabelos negros longos e olhos azuis gelos.

-Então podem sair daí, queremos esse lado. – falou Ino.

-Quantos sets? – perguntei.

-Nós jogamos a melhor de três. – respondeu Tenten. –Até vinte e cincos pontos.

-OK.

Shion sacou, loira platinada de olhos violetas, a bola veio certinha para o Temari que pegou, Karin, ruiva de olhos castanhos escuros quase no vermelho e que exala ar de superioridade, levantou a bola, fiquei em uma dilema, finalizo ou não?

-Sakura! – gritou Tenten.

Deduzi que era para eu finalizar, então flexionei meus joelhos saltei a bola bateu com tudo com a minha mão e foi para o outro lado da quadra como uma bomba.

Abrimos o placar.

-Que força é essa rosada? – perguntou uma das meninas que estava na arquibancada assistindo o jogo.

-Hei! Olha a força!

-Não somos de ferro.

Reclamaram as meninas do outro lado da quadra.

-Desculpe. Acho que me empolguei. – sorri amarelo.

-Vamos continuar. – declarou Temari.

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-Garota você tem talento. Não quer vir para o clube de vôlei? – perguntou Risa, a vice capitã do time feminino de vôlei.

-Era exatamente o que eu estava pensando. – respondi.

Faltava apenas vinte minutos para a aula de educação física acabar. Os meninos haviam terminado os jogos de basquete há tempos, e vieram ver o nosso jogo, que o meu time ganhou a primeira e a segunda o time ganhou, era de se esperar por ser do clube de vôlei.

Agora todos os alunos da sala estavam sentados nas arquibancadas, no chão da quadra e também deitados. Todas as meninas sentaram-se um uma roda grande e começaram a fofocar. 

Hinata estava do meu lado.

-E ai, tá’ melhor? – perguntei apenas para ela escutar.

-Depois dos dois jogos emocionantes que tive que participar meu animo aumentou. Lembrei que Akira-kun ficava torcendo por mim.

-Então a sua relação com ele era mais amizade do que namoro.

-Acho que sim. Já que ele não em amava e eu não o amava. Ele foi traído por uma menina do segundo ano um, ele gostava tanto dela. – lamentou-se.

-O importante é que ele está em um lugar melhor né?

-É sim. – falou e logo em seguida sorriu docemente.

Naruto tinha muita sorte em ter Hinata o amando.

De repente uma lâmpada acendeu em minha cabeça, um sorriso maroto surgiu em meus lábios e fiz cara de quem vai aprontar.

-Sakura-chan a sua cara está me assustando. – falou Hinata.

-Eu já volto. – levantei e fui andando para onde Naruto, Sasuke, Neiji e Kiba estavam sentados.

Percebi que todos observavam.

-Naruto. – o chamei com uma voz ritmada.

Os meninos pararam de conversar entre si e olharam para mim. O meu olhar se cruzou com o de Sasuke e corei. Eu admito! Não sei como aconteceu, mas estou mais que atraída por Uchiha Sasuke. Depois eu falo sobre isso, pois tenho assuntos pendentes a tratar com um loiro hiperativo.

-Yo Sakura-chan! – cumprimentou.

Sorri marota e ele logo percebeu o que eu queria. Vi ele engolido em seco.

-Sakura-chan agora não. – implorou. Ele estava suando frio.

-Agora sim Naruto, ou vai querer que fale para todo mundo que você amarelou em uma queda de braço?

Há essa altura eu já sabia que nossa conversa tinha atraídos olhares curiosos. Olhei sobre os ombros e comprovei isso, todos estavam olhando para cá. Alguns rindo, outros comentando o que acabara de ouviu e também aqueles que esperavam uma reação de Naruto.

-Paga. – falei rindo. Sasuke se tocou no que estávamos falando e logo começou a rir também.

-Eu não acho uma boa ideia. – coçou a nuca. –Isso queimaria minha popularidade.

-Não inventa Naruto. É melhor fazer isso aqui do que no pátio quando o almoço começar.

-Vai dobe. É fácil. – debochou Sasuke.

-Você nem para me ajudar né traidor. – acusou.

-Ninguém mandou perder em uma queda de braço que valia aposta. – Sasuke deu de ombros.

Naruto olhou para mim e depois para Kiba e mais uma vez para mim, assenti com a cabeça e ele engoliu em seco de novo.

Bem nessa hora o sinal tocou avisando que a aula havia acabado.

-Salvo pelo gongo! – comemorou Naruto.

-Salvo nada. Isso fica para a hora do almoço.

Sai andando com Ino, Hinata, Tenten e Temari.

-O que você estava falando com o Naruto? – perguntou Ino curiosa.

-Sobre uma aposta. Ele perdeu e vai ter que beijar o Kiba.

As meninas começaram a rir, e Hinata ficou parecendo um pimentão.

-Ele vai ter que fazer isso?

-Talvez até o almoço eu mude de ideia. – comecei a rir.

Enquanto andávamos para o vestiário senti ser observada pelos olhos de Sasuke. O que será que ele quer?

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-O que é a próxima aula? – perguntou Ino bocejando.

-Biologia. – respondeu Hinata.

-Como é que é? – bati com força a porta do meu armário assustando as meninas. Fiquei nervosa, suando frio e arrepie dos pés a cabeça.

-A próxima aula é de biologia com o Orochimaru-sensei. – explicou Hinata.

-Hum OK. – passei a mão pela saia para ver se tinha algum amassado e comecei a andar sendo acompanhada pelas quatro.

Chegamos à sala e Orochimaru-sensei já estava nela. Esperando impaciente, pois estava batendo o pé no chão freneticamente.

-Estão atrasados. – disse irritado. –Sentem-se em suas carteiras, por terem se atrasado vamos fazer uma prova surpresa sobre o conteúdo da aula passada. – pegou um maço de folhas e passou de carteira em carteira distribuindo a tal prova.

Enquanto Orochimaru-sensei fazia isso, resmungos passaram pela sala.

Chegou a minha carteira, colocou a folha em minha mesa e disse só para eu escutar;

-Espero que tenha estudado, e muito. Quero a nota máxima. – não sei, mas as palavras dele me deixaram em alerta. Será que era a minha imaginação?

Suspirei pesadamente, por causa desse infeliz, os alunos morrem, são feito de cobaia e depois descartados. Como se a vida deles não significassem nada. Meu sengue subiu para a cabeça, quase chutei a carteira e dei voz de prisão para Orochimaru com uma pistola apontado para ele, mas os olhos de Sasuke cravados em minhas costas de alguma forma me acalmaram.

Olhei para trás só para me certificar e lá estava ele, me olhando sem disfarçar.

Sorri fracamente quando nossos olhos se encontram e me concentrei em fazer a prova surpresa. Que para falar a verdade estava difícil. Esse idiota do Orochimaru elaborou uma prova que o conteúdo desta, ele explicou pela metade. Onde, em sã consciência um professor dá prova com o conteúdo explicado pela metade? Onde?

Deixa pra’ lá, depois eu falo sobre esse assunto. 

Olhei para o nosso querido professor de biologia e me surpreendi quando o próprio estava me olhando desafiadoramente. Dentro da minha cabeça fez click, e as peças se juntaram.

Maldito! Cerrei os punhos e trinquei os dentes, já estava pouco me lixando para a prova surpresa. Não pretendo fazer faculdade mesmo...

Aquele infeliz, filho da puta já sabia desde o começo que nós quatros erámos agentes do DEA. Por isso o ar divertido que ele exalava no primeiro dia que nos encontramos, os sorrisos estranhos que sempre ele estampava no rosto quando entrava na sala da Maya, dos meninos ou a minha, e o que ele falou antes de me entregar a prova. Esse inútil já sabia de tudo.

Olhei de novo para ele, e o imbecil arqueou uma sobrancelha;

Agora que você descobriu?

Seu sorriso aumentou uma oitava e um brilho diferente se acendeu em seus olhos que eram feios.

Não consegui fazer a prova, coloquei aleatoriamente as respostas que vinham em minha mente. Pensar nas respostas desta prova neste momento estava fora de cogitação. A única coisa que martelava dentro da minha cabeça era quão furiosa eu estava por esse escroto de quinta categoria consegui nos fazer de barata tonta.

Suspirei pesadamente, precisava urgentemente dizer o que descobri para os outros, mas estou vendo que eu vou ter que me segurar até a hora do almoço, e falando no almoço acho a ideia de ver Naruto beijando Kiba no pátio para todos verem não era mais tão engraçado.

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Finalmente! A hora do almoço.

Não estava mais aguentando ficar entre quatro paredes, daqui a pouco vou desenvolver claustrofobia. Estava andando pelo corredor daquela escola a passos duros e bufando em irritação a cada dois passos que eu dava.

Também para ficar irritada deste jeito é culpa desses professores que resolveram dar prova surpresas. Primeiro o infeliz do Orochimaru e depois o professor de matemática. Cara! Isso é para acabar com qualquer um.

-Hei! Sakura! – ouvi a voz de Sasori ao longe me chamando.

Virei sobre os calcanhares e vi os três vindos em minha direção a passos rápidos.

-O que aconteceu? – perguntou Maya.

-Dá pra’ sentir sua aura maligna do outro lado da escoa. – falou Sasori.

Bufei, com os fatos que eu acabara de descobrir ainda frescos em minha mente.

-Aqui não dá pra’ falar, tem muita gente.

-Então vamos para o nosso canto. Lá não vai ter ninguém que possa atrapalhar. Hum!

Deidara e Maya andaram de mãos mais a frente, enquanto Sasori e eu andávamos atrás.

Quando chegamos a nossa arvore, ou como era conhecido, nosso cantinho, eu sentei no chão com as costas encostadas na arvore, enquanto eles faziam uma roda a minha frente.

-Agora conte. Essa sua aura maligna está me assustando.

-Calma Maya, eu não vou mata ninguém. Se bem que isso não seria uma má ideia. – sorri maldosamente.

Ela engoliu em seco e os meninos reviraram os olhos.

-Estou brincando. Tenho porte legal de arma, mas matar gente inocente já é crime. – ri de mim mesma e comecei a abrir o meu obentoo. Hoje era apenas arroz branco e duas ameixas em conserva. Deu-me agua na boca. –Delícia!

Escutei uma serie de tosses falsas e olhei para eles que me olhavam como se eu fosse um ser outro mundo. Em suas testas estava escrito:

Conta logo o que aconteceu, ou vou fazer você falar da pior maneira.

-OK. Eu conto. – respirei fundo.

-Já era hora. – sussurrou Sasori impaciente.

-O impaciente vai aprender a esperar antes que eu arranque seu companheiro de prazer.

-Comece Sakura, por favor. – disse ironicamente.

-Ai ai. Eu estou com uma enorme vontade de matar aquele infeliz, imbecil e escroto do Orochimaru. Desde o momento em que nós entramos na escola aquele filho da puta já saiba quem erámos. – eles me olharam surpresos. –Ele nos fez de idiotas.

Peguei meus hashis e comecei a comer meu almoço que foi preparado por mim, já que minha mãe fez hora extra no trabalho e estava exausta.

-Eu vou explodir a cara daquele desgraçado. Hum! – Deidara falou alto.

 -Sua loira inútil fala mais alto porque eu não escutei. – disse Sasori sarcástico.

Uma parte dos alunos que estavam no pátio olhou em nossa direção.

-As vovós já terminaram de tricotar? Ou tá’ difícil? – lancei um olhar significativo para os dois. –Ou ficam calados ou bem ou por mal. – estou com uma estranha sensação de que hoje eu estou mais bipolar que o normal.

-Calma Sakura-chan. Daqui a pouco você mata alguém.

Respirei fundo.

-Então Sakura, como você descobriu tudo isso?

Contei a eles como eu descobri, e eles nem demostraram surpresa, já que isso era de se esperar vindo da parte da cobra escrota.

-Então quer dizer ele sabia que estávamos o espionando?

-É o que parece Maya-chan. – respondi.

-E ele não está com medo de darmos voz de prisão?

-Pelo jeito nenhum pouco. – respondeu Sasori.

-Mudança de planos. Daqui a duas semanas vamos finalizar essa missão. Mesmo que o pessoal descubra que somos do DEA é melhor do que ver alunos inocentes morrendo por ser usadas como cobaia.

-Certo. – responderam juntos.

-Pelo jeito ele não está com nem um pouco de receio. – murmurei.

*CONTINUA*