Desafios escrita por Remayuto


Capítulo 17
Capítulo 17. Regredindo ou progredindo?


Notas iniciais do capítulo

Olá ~ Demorei um pouquinho mais do que o previsto porque gastei boa parte dos meus neurônios nas minhas provas (o que valeu a pena, já que passei direto, sem nenhuma dp ou exame, fechando a minha média com notas altas), mas com o que sobrou consegui terminar este capítulo. Obrigada pelos comentários e, sem mais delongas, boa leitura!



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A Yamanaka, após o término da partida, procurava por uma certa cabeleira rosada, não encontrando em nenhuma parte da areia. O sol estava quente demais, o que a fez dar uma pausa na busca para se refugiar um pouco debaixo do guarda-sol, onde encontrou Naruto e Hinata trocando carinhos discretamente, que ao verem Ino se aproximando, pararam imediatamente o que estavam fazendo.

– Desculpe atrapalhar os pombinhos. – disse Ino, sentando em uma das cadeiras desocupadas, passando a revirar a sua bolsa atrás do protetor solar. – Por acaso, algum de vocês viu a Testuda? Depois que ela foi procurar a Hina-chan, sumiu do mapa.

– V-você não atrapalhou nada. – tentou esclarecer a Hyuuga, não sendo muito convincente, já que o Uzumaki carregava uma carranca no rosto bronzeado, o que provocou um sonoro riso em Ino.

– A Sakura-chan voltou para a pousada para pegar alguma coisa que não me lembro. – informou Naruto ainda emburrado.

– E ainda não voltou? – indagou Ino, recebendo uma resposta negativa do casal. – Que estranho... Onde está o Sasuke-kun?

– Não tenho ideia, nem vi ele hoje ainda. – disse o Uzumaki coçando o queixo em um gesto típico de quem tenta lembrar de alguma coisa.

– Bom, vou ver se está tudo bem com a Testuda. Não é muito bom ela ficar sozinha por muito tempo. – comentou a Yamanaka pensativa.

O casal se despediu da loira, que se distanciava cada vez mais de onde estavam.

Gaara passou rapidamente por Ino, assim que esta pôs os pés dentro da casa. Apesar do garoto ter sido rápido, a Yamanaka notou que o ruivo estava ferido, o que a levou a se perguntar quem fora o idiota que tivera a coragem de fazer isso, além de imaginar o quão pior este idiota estaria agora, nem desconfiando que Sasuke fora o responsável pelo “ataque”.

Não dando muita importância para o que tinha acontecido, foi para a cozinha para beber alguma coisa e aproveitou para conferir um cronograma que percebeu ser feito pela Haruno, por ter reconhecido a letra da amiga, logo aprovando o trabalho feito e a distribuição das visitas a lugares turísticos. Em seguida subiu para os quartos e quando abriu a porta do quarto onde estava hospedada, não esperava encontrar a Haruno e o Uchiha sentados naquela posição, no mínimo comprometedora, e, ao notar que nenhum dos dois havia percebido a sua presença, decidiu se retirar do cômodo e observar pela brecha da porta o que estava acontecendo ali. Por causa da distância, não conseguia entender direito sobre o que estavam falando, mas percebia que Sakura estava se “humilhando” mais uma vez pelo Uchiha.

Desde pequena nutria uma rivalidade com a Haruno pelo amor de Sasuke, mas ultimamente percebera que aquilo era extremamente infantil e que era idiota ficar brigando pela atenção de um garoto, mesmo que este fosse considerado “perfeito”. Mas continuou nutrindo a rivalidade, pois já havia virado um hábito que não conseguia mudar, apesar de ter conseguido amenizar um pouco quando começou a sair com Sai.

Ao olhar a cena a sua frente, sentia certo tipo de pena pela amiga, que ainda não havia chegado a mesma conclusão que si, já que continuara atrás do moreno. Quando ficou sabendo que os dois haviam terminado o relacionamento, que, diga-se de passagem, foi um dos mais curtos, criou a expectativa de que a Haruno iria finalmente seguir em frente, o que parecia estar acontecendo até o dia anterior, quando houve uma ligeira regressão pelo visto.

Não aguentando mais ver a situação da rosada, Ino jurou a si mesma que a partir daquele dia iria ajudar a Haruno a parar de correr atrás de Sasuke e a fazer enxergar o modo como estava agindo, que era digno de uma verdadeira perseguidora obsessiva. Já tinha decidido que não iria interromper o Uchiha e a Haruno no momento, deixaria para começar o seu plano mais tarde, quando o moreno estivesse longe, mas ao ver que aquela era uma boa oportunidade, acabou agindo por impulso.

Antes que pudesse ser pega pelos dois, a Yamanaka encostou a porta com cuidado para em seguida entrar no quarto, fazendo barulho excessivo no processo para chamar a atenção.

– Uou! – exclamou Ino fingindo estar surpresa. – Se queriam privacidade, colocassem um aviso na porta.

– Ino! – repreendeu Sakura corada, que se levantou rapidamente após a entrada nada discreta da loira. – Menos, por favor. Lembre-se que você é a última pessoa a ser qualificada para me dizer isso... Até hoje tenho pesadelos por ter visto o... bom... o Sai nu.

O Uchiha esperava não ter que se pronunciar naquela discussão e ao ouvir a última parte dita pela rosada, arqueou uma das sobrancelhas em ligeira confusão, olhando sombriamente para a Haruno na espera de uma boa explicação.

– Hey Testuda, pare de sonhar com as partes íntimas do meu namorado. – atacou Ino, mudando totalmente o rumo da discussão, esquecendo momentaneamente do seu plano. – Ele me pertence! Não tenho nenhuma culpa se você resolveu ficar observando outras pessoas em seus momentos íntimos.

– Como é que é? Você não tem culpa? – indagou Sakura sem acreditar na loira, ignorando totalmente o Uchiha. – Eu não queria ver vocês transando ou qualquer outra pessoa! Eu não precisaria ver aquela maldita cena, se vocês fossem mais cuidadosos e não se pegassem na escola.

– Dá um tempo Sakura. – resmungou a Yamanaka, para em seguida atacá-la mais uma vez. – Se você não fosse uma adolescente assexuada, puritana e supercertinha, você saberia como certas coisas são difíceis de controlar.

– Ah cara, não vou ficar discutindo esse assunto com você. – desistiu a rosada. – E você, Sasuke-kun, trate de me responder até o final da viagem ou o mais breve possível.

Vendo que a Haruno queria fugir daquela conversa, Ino continuou a provocando:

– O que ele precisa responder? – questionou Ino com segundas intenções. – Com quantas garotas ele já ficou? É uma pergunta meio difícil de responder, pois ele é muito reservado e tal, então é impossível de saber isso ao certo... Mas parece que ele tinha uma queda por uma antiga namorada do irmão, e sabendo como o Sasuke-kun é todo charmoso, não é difícil saber como isso acabou.

Antes que Sasuke pudesse dizer algo em sua defesa, a Haruno se adiantou.

– Você não pode acreditar em tudo o que falam por aí, Porca. – ralhou a rosada. – O Sasuke-kun, mesmo sendo mau na maioria das vezes, ainda é leal a família, principalmente ao Itachi-sempai. Seria impossível de ele trair a confiança do irmão por causa de uma garota.

– Será que dá para vocês duas pararem de falar como se eu não estivesse aqui? – pronunciou Sasuke, levemente irritado pelo o que estava sendo dito de si. – Fiquem quietas.

Indignadas pela forma com que foram tratadas pelo garoto, a Yamanaka e a Haruno se calaram, lançando um olhar obscuro para o Uchiha, que decidiu se retirar do cômodo em busca de paz. O garoto sentia como a sua cabeça fosse explodir, sentia uma dor infernal de tanto pensar em pontos negativos e positivos de se ter um compromisso com a Sakura.

Quando a Haruno havia lhe dito para reatarem, quase respondeu negativamente de forma automática. Por sorte, Ino havia interrompido antes que pudesse dizer alguma coisa definitivamente; tinha a sensação de que qualquer que fosse a sua decisão, mais cedo ou mais tarde iria se arrepender dela.

Alheia da batalha interna que o Uchiha estava tendo, Sakura questionava o porquê do comportamento da Yamanaka, que estava muito diferente do normal.

– Porca, o que aconteceu para você estar agindo desse jeito? – indagou Sakura analisando cada movimento da amiga.

– De que jeito? – tentou desconversar Ino, mas falhando ao notar o olhar da Haruno. Após suspirar, a loira finalmente desabafou. – Só quero que você pense mais antes de agir em relação ao Sasuke. Já parou para analisar a forma com a qual você age quando está com ele? Eu sei que por estar toda apaixonada pelo Sasuke-kun não deve perceber, mas dói ter que dizer que você está demonstrando não ter amor-próprio. Vocês mal romperam, mas poucas semanas depois você já estava literalmente nos braços dele.

Sakura escutava o que a loira lhe revelava e, a cada palavra dita pela Yamanaka, sentia-se idiota pela forma com a qual vinha agindo, como instantes atrás. Apenas agora havia se dado conta de como agia sem orgulho nenhum e saber disso doía profundamente, ainda mais por ter chegado a um ponto em que outra pessoa tivesse que intervir.

– O que eu deveria fazer então, Ino? – perguntou a Haruno limpando as lágrimas, percebendo que havia começado a chorar. – Eu não consigo ignorar o Sasuke-kun, muito menos o que sinto por ele.

– Bom, também não sei o que é melhor a se fazer. – respondeu a Yamanaka abraçando a rosada, passando carinhosamente a mão no cabelo curto de Sakura para acalma-la, já que ela havia começado a soluçar. – Acalme-se um pouco, ok? Um bom começo seria você não buscar conversar com ele, que tal deixar ele, pela primeira vez, entrar em contato com você? Isto é, deixar o Sasuke ir atrás de você e não o contrário?

– M-mas isso é impossível de acontecer. – gaguejou a Haruno, voltando a sentar no futon, sendo amparada pela loira.

– Se ele realmente gosta de você, uma hora vai se dar conta de que um relacionamento não funciona com apenas uma das partes trabalhando nisso. – disse a Yamanaka pensativa.

– Mas se ele não perceber isso? – questionou a rosada, ficando cada vez mais histérica. – E se ele não gostar de mim?

– Chega de “mas” e de “se”, você deveria se valorizar mais. Você é bonita, obviamente menos do que eu. – disse Ino brincando, tentando animar a outra garota. - Mesmo que tenha essa testa enorme, você consegue atrair olhares masculinos por onde passa. Já notou o modo com que o Gaara vem se aproximando de você?

– Ino! – exclamou a Haruno vermelha de vergonha, escondendo o rosto com as mãos. – Para com isso, você tem a imaginação muito fértil.

Enquanto a Yamanaka estava tentando levantar o astral da rosada, Sasuke havia descido as escadas quando escutou vozes dos outros alunos que haviam retornado para fazerem um lanche à tarde.

– Oe teme, onde você se enfiou? – perguntou Naruto, sendo prontamente ignorado pelo moreno. – A gente estava jogando vôlei e o meu time ganhou. Se você estivesse lá, eu teria chutado o seu traseiro.

– Tsk, não sonhe tão alto, a queda vai ser pior. – resmungou o Uchiha se jogando no sofá que havia na espaçosa sala de estar.

– Credo, que mau humor. – reclamou o loiro, sentando-se ao lado do amigo. – Ah sinto como se o meu estômago estivesse sendo devorado por ele mesmo.

– Baka. – murmurou Sasuke tentando por os seus pensamentos em ordem, não obtendo muito sucesso na tarefa. – Vá comer de uma vez e me deixe em paz.

– Geez... continue assim e você vai morrer sozinho em uma casa cheia de gatos. – disse Naruto levantando-se para ir à cozinha, onde estavam os outros.

Quando o Uchiha pensara que finalmente iria ter um momento para ficar sozinho, percebeu que mais uma vez alguém havia sentado ao seu lado.

– Sasuke-kuuun. – exclamou Karin alongando com um tom manhoso o sufixo. – Gostaria de ir comigo até o farol próximo à praia? Soube que lá é bem romântico.

– Se quiser ir até lá, vá sozinha. – respondeu o moreno zangado, levantando-se e saindo da pensão. Pelo jeito o pessoal havia tirado o dia para lhe irritar, não conseguia respirar direito, muito menos pensar, com irritantes aparecendo a cada instante. Quando parou de xingar em pensamento o amigo loiro e a fanática da Karin, percebeu que havia caminhado até uma das pontas da praia, onde a areia se misturava com pedras enormes.

Havia ficado algumas horas finalmente em silêncio, pensando no que deveria fazer e ponderando sobre a decisão que já havia tomado. O sol já estava se pondo, aparecendo no céu as primeiras estrelas, indicando que logo iria anoitecer.

Ao retornar, se deparou com uma discussão acalorada entre algumas garotas e Naruto: pelo rumo da conversa, parecia que o Uzumaki havia esvaziado o pouco de comida que havia na cozinha, não restando outra opção além de ir ao mercado para comprar mais suprimentos. Mas o maior problema não estava no fato do loiro não querer ir realizar tal tarefa, mas sim no fato de as garotas estarem receosas com Naruto para permitir que o garoto fosse sozinho, pois estas pressentiam que o loiro aprontaria, uma vez que estaria longe de suas vistas.

O Uchiha simplesmente ignorou a nova confusão em que o amigo havia se metido e subiu para o 1º andar para tomar banho e se livrar da areia. Pouco tempo depois retornou para o andar térreo, já imaginando quantos socos e afins o Uzumaki havia levado, mas para sua surpresa, encontrou o loiro sentado na sala de estar com o seu costumeiro sorriso brilhante. No mesmo cômodo, estavam Kiba, Sai, Suigetsu e Chouji sentados em colchões distribuídos em frente aos sofás, enquanto Shikamaru estava deitado em um dos sofás e Shino sentado em uma poltrona.

– Demorou Uchiha. – comentou Kiba. – Achei que tinha se matado dentro daquele banheiro.

– Não enche o saco dele, hoje ele não está bem. – defendeu Naruto, fazendo com que os outros estranhassem a sua atitude. Logo em seguida o loiro continuou, adotando um ligeiro sorriso malicioso com a frase seguinte. – Não temos muito tempo... temos que aproveitar que todas as garotas estão fora e o Kakashi-sensei saiu, indo para onde só Kami-sama sabe, por isso vamos começar logo a nossa “brincadeira”. É como se fosse verdade ou desafio, mas só sobre garotas.

– Se o Neji ouvisse você falando isso, ainda mais por você namorar a prima dele, você já estaria morto. – comentou Shino, que permanecia em um canto afastado do grupo, demonstrando claramente que não iria participar do seja-lá-o-que que o Uzumaki estava propondo.

– Geez vai brincar com os seus insetos nojentos, Shino. – rebateu Naruto se estressando. – Ah Chouji me dê essa garrafa de refrigerante que você bebeu.

– Parece ser interessante este jogo. – comentou Kiba animado. – Tem algum limite para as perguntas?

– Já ia me esquecendo disso. – disse o Uzumaki dando um tapa na própria testa, levantando-se com pressa e subindo as escadas, retornando pouco tempo depois carregando algo nas mãos. – A gente vai usar um dado para decidir o “limite” da pergunta, se tirar um número baixo, o assunto é “leve”, mas quanto maior for o número, mais “picante” é a pergunta, digamos assim; em outras palavras, se você tirar 6, vai ter uma pergunta “sem limites”.

Os garotos rapidamente se organizaram, formando uma roda em volta da garrafa vazia. Tanto o Uchiha quanto o Nara acabaram sendo obrigados a participar da brincadeira, já que Naruto havia ameaçado-os, dizendo que iria irrita-los até aceitaram, o que de fato aconteceu.

– Já que dei esta brilhante ideia, começarei. – gritou o loiro rodando a garrafa, que, para total azar de Sasuke, havia parado apontado para si; Naruto ao ver o que tinha acontecido, começou a rir escandalosamente, e tanto Suigetsu quanto Kiba sorriam zombando da sorte do Uchiha. – Se prepare, Teme!


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Notas finais do capítulo

O que será que o Naruto vai perguntar? Só sei que não gostaria de estar no lugar do Sasuke.
Se tiverem alguma sugestão de perguntas, estejam a vontade ~

Sei que atrasei uns dias, mas eu não conseguia elaborar de forma que me agradasse esse capítulo. Para terem uma ideia, comecei a escrever desde o último dia da minha prova (o que não foi uma boa ideia, já que estava detonada...), porém, só consegui terminar agora a pouco.

E pode ser triste o que vou dizer agora, mas já estou tentando encaminhar "Desafios" para o seu final. Só não sei como ou quando vai acabar, mas creio que teremos mais 4 capítulos pela frente. Se servir de consolo, já tenho três ideias diferentes para três possíveis fanfics :D

kissu ~



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