Sakura corria o máximo que as suas pernas permitiam, ignorando a dor em seu pé que estava ficando insuportável. Quando ia virar a esquina da rua onde ficava o Ichiraku Ramen, pisou em falso e fechou os olhos já esperando colidir contra o chão até que sentiu alguém puxando o seu braço. Quando abriu os olhos, percebeu que estava muito próxima de quem a tinha salvado, pois o seu rosto estava encostado no peito de seja quem for a pessoa. Envergonha com a posição, a Haruno levantou o olhar para que pudesse ver o rosto do seu salvador e se deparou com olhos negros que a avaliavam e que tinham um brilho que não conseguia decifrar, parecia preocupação, mas não tinha certeza.

- Sas-sasuke-kun. – murmurou a rosada surpresa e rapidamente soltando-se dos braços do garoto que estavam em sua cintura, no qual só agora havia notado. – Arigatou.

- Humph. Onde você estava indo com tanta pressa? – perguntou o moreno depois da garota ter se distanciado. Com a pergunta, a Haruno voltou a se agitar novamente lembrando-se do que tinha que fazer e já ia novamente correr, mas a sua a consciência não permitia deixar o garoto ali sem ao menos explicar a situação.

- Gomen Sasuke-kun, mas não tenho tempo de explicar direito. O SeungHo-kun precisa ir pro hospital. – tentou dizer a Haruno brevemente a situação. Porém, o moreno não fazia a menor ideia de quem poderia ser SeungHo, será que era o garoto que veio noutro dia na escola? Sasuke tentava se recordar de alguém que tenha esse nome, mas desistiu logo em seguida quando a garota recomeçou a andar desta vez o puxando junto.

Depois de 20 minutos, já era possível ver a residência das Haruno um pouco a frente. Logo chegaram ao destino e Sakura entrou em casa com o Uchiha a seguindo.

- BaekHyun! – gritou a garota tentando achar o mais velho que não estava no andar térreo. Subiu para o próximo andar o procurando e o encontrou no quarto que agora pertencia aos irmãos Park. BaekHyun terminava de agasalhar o seu irmão mais novo que estava sonolento e corado.

- Quanto tá a febre dele? – perguntou a rosada se agachando perto de SeungHo e colocando as costas da mão na testa do pequeno moreno, a tirando rapidamente ao sentir o quão quente o garotinho estava. – Merda, ele tá pelando. Já avisou os nossos pais?

- Tá 38,5º. – respondeu o moreno mais velho, pegando SeungHo no colo e o ajeitando de forma que ele ficasse mais confortável. – O meu pai está em uma reunião de ultima hora na cidade vizinha e a sua mãe foi jantar com um cliente.

Acenando levemente a cabeça devido às informações recebidas, a Haruno pegou os documentos do moreno mais novo e partiu imediatamente junto dos irmãos e do Uchiha. Por sorte, o hospital não ficava muito longe de onde moravam, mas ainda teriam que pegar um ônibus até lá. Durante o caminho, o Park mais velho explicava que no início da tarde o seu irmão já não estava muito bem e que tinha piorado desde então. Tinha tentado ligar para o pai, mas só dava caixa postal e como Keiko tinha avisado sobre o jantar com um importante cliente, achou melhor não incomoda-la. Como última alternativa, ligou para Sakura para obter o endereço de algum hospital próximo, pois ainda só conhecia as proximidades, e como ela disse para esperar e que iria junto, teve que esperar e aproveitou para dar um banho morno no irmão para tentar baixar a febre, o que não funcionou por muito tempo.

Como era final de semana, não pegaram muito trânsito; entretanto, o hospital estava consideravelmente cheio. A recepcionista, que tinha o cabelo em um estranho tom esverdeado, entregou para Baekhyun uma ficha que deveria ser preenchida com as informações do paciente, o que demoraria um tempo que SeungHo já poderia estar sendo tratado. Enquanto o moreno tentava preencher o mais rápido que conseguia aquele papel, a moça de cabelos verdes fazia charme para o Uchiha que a ignorava completamente.

Extremamente irritada, Sakura se aproximou do balcão da recepção e começou a pedir urgência, já que todas as outras pessoas já tinham sido atendidas. Devido ao barulho, Tsunade saiu de sua sala e foi até a origem do tumulto.

- O que está acontecendo aqui? – perguntou mal-humorada a loira que possuía uma aparência jovem, totalmente oposta a sua idade. – Sakura? O que faz aqui?

- Tsunade-sama, que bom que está aqui. – disse a Haruno aliviada de ver a mulher que considerava como a sua segunda mãe. – Essa garota incompetente está enrolando em chamar o SeungHo quando não há mais ninguém pra ser atendido, além de estar xavecando em horário de trabalho. Se algo de grave acontecer com esta criança, pode ter certeza que essa garota irá conhecer o inferno mais cedo.

- É verdade o que a minha afilhada disse? – indagou Tsunade ignorando a ameaça que a rosada tinha feito. Ao saber que aquela estranha maluca de olhos verdes tinha como madrinha a sua chefe, a recepcionista engoliu a seco e olhava para baixo com medo de ser repreendida e até mesmo despedida. – Tragam imediatamente o garoto para a minha sala, eu mesma irei examina-lo.

Apenas BaekHyun entrou no consultório da Senju. A Haruno e o Uchiha ficaram esperando na recepção.

- Você também não deveria estar lá dentro? – perguntou o moreno observando a garota que estava sentada ao seu lado tentando controlar o nervosismo.

- Acho que não, provavelmente só iria atrapalhar. – respondeu a rosada com um sorriso sem animo nenhum. – E é o BaekHyun que sabe os sintomas do SeungHo-kun.

- Não estava dizendo neste sentindo. – declarou Sasuke, logo completando. – Você está machucada.

Sakura estava mais uma vez confusa, afinal, ela não tinha se machucado durante a queda. Segundos depois sentiu vontade de se bater, havia o ferimento no seu pé, mas era impossível do outro garoto saber, a não ser que ele tivesse visto o que aconteceu na tarde anterior.

- Não seja bobo, eu estou bem. – tentou desconversar a Haruno, analisando discretamente a expressão do garoto que estava indiferente. Será que ele sabia de alguma coisa? – Por que disse isso?

O Uchiha estava surpreso pela rosada não ter revelado a agressão que tinha sofrido e percebeu que ela tinha ficado desconfortável com a pergunta, como se preferisse guardar o assunto para si mesma.

- Porque você está mancando. – respondeu como se aquilo fosse óbvio. No fundo, tinha dito aquilo para não revelar que tinha conhecimento do que ela escondia. Optou por respeitar a vontade da garota por hora, mas, mais cedo ou mais tarde, iria conversar com ela seriamente sobre o acontecimento.

Durante o pequeno questionamento, já tinha se passado meia hora e a porta do consultório da loira foi aberta. Tsunade foi a única a sair e foi em direção do casal.

- Sakura, não precisa se preocupar mais. – acalmou a Senju. – O garotinho agora está melhorando, o remédio já está fazendo efeito.

- O que ele tem? – perguntou um pouco mais tranquila. – É algo grave?

- Esses dias têm sido exaustivos e estressantes para todos, ainda mais para uma criança que é mais sensível. O sistema imunológico do SeungHo deve ter se enfraquecido com a mudança na rotina, o que provocou a febre e uma fraca anemia. – explicava a loira com um tom profissional. – Alguns dias de repouso juntamente da medicação devem ser o suficiente para ele se recuperar.

- Mas ontem ele estava tão bem. – murmurou a garota. – Já podemos levar ele pra casa?

- Crianças são muito sensíveis, ficam doentes mais facilmente que um adulto ou adolescente. – esclareceu a mais velha. – SeungHo ficará em observação por essa noite, provavelmente terá alta amanhã após o almoço. E antes que você diga algo, já chamei um táxi para levar você de volta. O BaekHyun passará a noite aqui como acompanhante do irmão por ser o único maior de idade.

- Mas Tsunade-sama... – tentava contra-argumentar a rosada, bufando no final por não conseguir convencer a loira.- Ok, já vou pra casa, mas me deixe ver o SeungHo-kun.

- Agora ele está dormindo, então não seja escandalosa. – ordenou Tsunade permitindo a passagem da afilhada. – E você garoto, quem é?

- Só estou acompanhando a Sakura. – informou Sasuke dando de ombros. Ao receber um olhar assassino, completou. – Sou Uchiha Sasuke.

- Só tenho um conselho para você: não a faça chorar, se não terei o prazer de quebrar cada osso do seu corpo. – advertiu a loira com uma maldade não oculta. O moreno não deu tanta atenção para a ameaça, adotando uma posição relaxada ao colocar as mãos nos bolsos da calça.

- Você deveria dar uma olhada no pé esquerdo da sua afilhada, antes que infeccione. – confidenciou o Uchiha sério, sem se importar se estava sendo um tanto rude. Estranhando o que o garoto disse, a loira apenas acenou positivamente, um pouco preocupada.

Minutos depois a Haruno saia da sala com um pequeno sorriso de alívio, que se desfez após notar um olhar inquisidor da sua madrinha. Apenas pode sentir que estava em apuros antes de ser puxada para dentro do consultório, logo depois de SeungHo ser removido para um quarto, onde foi forçada a retirar a sua bota. Ao ver que a sua meia estava encharcada de sangue e o modo avaliador com a qual a Senju olhava para o local, a Haruno engoliu a seco. Foi obrigada a ir até o banheiro mais próximo para retirar a meia-calça que estava vestindo para que a médica realizasse os procedimentos necessários para limpar a ferida e fazer um curativo.

- Você deveria deixar de ser tão teimosa e dizer quando se machucar desse jeito. Não vou perguntar como você fez isso, mas já posso imaginar. Tal prática ainda é muito comum hoje em dia. – disse Tsunade com um olhar sério. – Espero que resolva esta situação antes que eu tenha que interferir. Recomendo que não coloque o peso do seu corpo na sua perna esquerda e faça o mínimo possível de esforço. Passe essa pomada cicatrizante duas vezes ao dia.

A Haruno apenas ouvia sem poder dizer nada. Assim que saiu do consultório, guardava a meia-calça que usava instantes atrás no bolso da jaqueta e avistou rapidamente o Uchiha que estava encostado na parece ao lado da porta calmamente enquanto enfermeiras que estavam próximas cochichavam entre si olhando de forma nada discreta para o moreno. Já estava dando raiva das garotas que ficavam comendo o seu namorado (poderia o chamar assim?) com os olhos sem o mínimo de vergonha na cara. O seu pé poderia estar machucado, mas as suas mãos estavam em perfeitas condições, então, não haveria mal algum dar uns socos fracos nas enfermeiras, certo?

Antes que pudesse dar um passo na direção das moças, em um movimento rápido, o Uchiha a tinha colocado em suas costas sem explicação nenhuma. Tentou se soltar, mas recebeu um aperto leve nas suas pernas pelo garoto como sinal de advertência. Suspirando de frustração, se acomodou de forma mais confortável, fechou os olhos e tratou de aproveitar o calor que emanava o corpo do moreno, que a esquentava de uma maneira aconchegante.

Enquanto era carregada, a Haruno se perguntava como a loira poderia ter descoberto sobre o seu ferimento. Olhava desconfiada para o Uchiha, mas descartou a possibilidade dele ser o responsável. Já estavam fora do hospital, o vento soprava forte, fazendo-a tremer de frio, mas de repente sentiu que estava sendo colocada dentro de algum veículo. Surpresa e com medo do que poderia estar acontecendo, abriu os olhos e percebeu que o moreno estava a colocando, com cuidado, no banco de trás do táxi que Tsunade havia chamado mais cedo. Antes que pudesse reclamar, o garoto a empurrou para que também pudesse sentar-se e disse o endereço para o taxista que esperava pacientemente.

Durante o trajeto, a rosada apenas encarava emburrada o moreno e não demorou muito para chegar até a sua casa. Quando ia pagar ao motorista, o Uchiha foi mais rápido e entregava ao motorista o valor da corrida.

- Eu poderia ter pagado. – murmurou irritada a Haruno, se apoiando levemente no garoto enquanto andava até a porta de casa.

- Hoje o dia foi cheio para você. – declarou o Uchiha friamente ignorando a reclamação da jovem. – Entre e vá descansar.

- Pare de me dar ordens, isso é irritante. – rebateu a rosada. - Não gosto quando você não diz nada, mas não gosto ainda mais quando você fica me dando ordens, apesar de que algumas semanas atrás, isso me deixaria feliz.

Surpreso pela revelação, Sasuke apenas a olhava quieto. Esperava que a garota entrasse em casa para que pudesse partir.

- Com isso, não quis mandar você ficar calado. – disse Sakura com um sorrisinho sem graça para logo em seguida aproveitar o fato de estar próxima e beijar o garoto, surpreendendo-o. Tão rápido como começou, terminou. A Haruno se afastou para poder respirar. Porém, insatisfeito com o último, o Uchiha iniciou outro beijo, desta vez certificando que fosse mais longo e intenso.

- Deveria parar de tirar conclusões precipitadas, Sa-ku-ra. – após se separarem, murmurou o moreno de forma lenta e misteriosa perto do ouvido feminino enquanto a puxava para mais perto. A garota estava entorpecida com o que estava acontecendo, não entendendo o que aquilo tinha a ver com o que disse antes. – Hoje mais cedo na Ichiraku, você parecia pensativa demais após a Karin dizer asneiras como sempre.

- Não sei do que você tá falando. – disse a rosada tentando não corar, o que não estava adiantando, pois o seu rosto estava sendo tingido por um vermelho intenso. De repente, o garoto se afastou da Haruno e adotou uma postura mais rígida, deixando a rosada receosa com o que ele faria a seguir.

- É melhor pararmos com isso. – disse o Uchiha sério após dar um suspiro cansado.

- Hã? – murmurou a rosada confusa. Sakura se perguntava se o moreno era bipolar ou algo do tipo, já que num minuto o garoto estava em seu momento mais “carinhoso” e no outro voltava ao estilo cubo de gelo de sempre.

- Sakura, até quando você pretende esconder o que aquelas garotas fizeram com você? – pressionou o moreno. – Se continuarmos, só Deus sabe o que pode te acontecer.

- He-hey sobre o que você está dizendo? – tentou desconversar a garota, mas ao ver a expressão impassível do Uchiha, deu um suspiro derrotado. – Como você descobriu?

- Isso não importa, apenas me diga quem fez isso com você. – declarou o garoto se aproximando da Haruno até encurrala-la contra a porta. – Não ouse mentir ou mudar de assunto.

Antes que a garota pudesse dizer alguma coisa, é interrompida por alguém que estava a chamando. Ao olhar por cima do ombro masculino, reconheceu a sua vizinha que já era uma senhora de idade.

- Konbawa (Boa noite), Hashimoto-san. – cumprimentou a Haruno empurrando o garoto para poder falar com a vizinha. – Precisa de alguma coisa?

- Sakura-chan, já está tão tarde, por que está aqui fora a essa hora? Ultimamente está perigoso em nossa vizinhança, o Tsukushi-kun viu um homem suspeito rondando a vizinhança. – disse a senhora encarando de forma nada discreta o Uchiha, como se perguntasse o que o garoto estava fazendo ali, o que deixava o casal um pouco desconfortável. – Bom, não era isso o que vim fazer aqui... O que era mesmo? Ah sim, a sua mãe me ligou, já que ninguém atendia o telefone na sua casa e pediu para avisar que vai chegar tarde, pois um cliente quis ir ver o imóvel que ela está vendendo.

A garota apenas acenou, agradecendo a preocupação da senhora que já estava voltando para a sua casa. Após perder de vista a vizinha, a rosada voltou a sua atenção para o moreno ao seu lado.

- Sasuke-kun, não sei quem é ou quem são os responsáveis por isso, mas pode ter certeza que não os deixarei impune. – disse a Haruno tentando manter o tom sério, mas às vezes a sua voz falhava. – Dentro do colégio, estou em uma posição que me permite investigar mais a fundo para descobrir quem são os culpados, o que seria impossível de fazer na sua condição de aluno “comum”.

O garoto apenas escutava a Haruno tentando controlar a raiva que crescia dentro de si. Será que ela não percebia que era fraca e que por isso era função dele protegê-la?

- Sabiam dos riscos, mas isso não impediu de te machucarem. – relembrou o Uchiha.

- Assim como eu sabia que isso poderia acontecer e, mesmo assim, te fiz aquela proposta. – rebateu a Haruno com um olhar determinado, indicando que não deixaria o seu relacionamento com o moreno terminar por culpa de outras pessoas. – Entenda Sasuke-kun, não vai ser qualquer coisa que vai nos separar, já passei muitos anos tentando fazer você me notar e quando finalmente consigo isso, não irei desistir facilmente de podermos ficar juntos.

- Quem precisa entender a situação aqui não sou eu e sim você. Não percebe o quão obsessivas essas garotas podem ser? – argumentou Sasuke não tentando mais esconder a sua impaciência, deixando transparecer a sua preocupação. – Elas podem tentar algo mais grave que acabe na sua morte.

- A sua memória é tão ruim assim? – questionou a Haruno dando um sorriso fraco. – Eu sei exatamente o que elas são capazes de fazer, pois fui assim alguns anos atrás, quando tinha 12 anos. Você deveria saber que naquela época eu era louca por você de um modo totalmente doentio.

O moreno estava surpreso com o que era revelado e buscava na memória fatos que pudessem confirmar o que era dito e ficou sem o que dizer ao ver que era tudo verdade. Lembrava-se perfeitamente do jeito que a garota tentava o agradar de forma inconveniente, nunca deixando que outros se aproximassem, inclusive quase matando a socos o Uzumaki quando, em um incidente que gostaria de apagar da sua memória, o loiro encostou por breves segundos os lábios dele nos seus, formando um rápido selinho.

- Talvez o que tenha me feito voltar aos “meus sentidos”, foi você ter se mudado um pouco antes de completarmos 13 anos. – comentava a garota com um olhar perdido. – Fiquei nos meses seguintes quase sem rumo, com animo para fazer nada, mas depois consegui, com a ajuda dos nossos amigos, me restabelecer.

- Isso só mostra que é melhor ficarmos separados. – disse o Uchiha ignorando o aperto que sentia no seu peito. – Esse relacionamento só te prejudicará.

- Pode até ser, mas nunca iremos descobrir se me prejudicará ou se nos trará felicidade se você ficar o tempo todo querendo se afastar de mim. – disse a garota aborrecida. – Se você me dissesse que quer terminar por não gostar de mim, eu poderia até aceitar isso, mas como é por causa do que fizeram comigo, não permito que acabe desta forma.

Apesar de ter lágrimas se formando nos olhos verdes, a Haruno continuava encarando de maneira determinada o moreno, segurando a gola da blusa masculina com tanta força que os nós de seus dedos estavam brancos, parecia que se o solta-se, ele poderia desaparecer ou fugir para nunca mais voltar.

- Por isso, se quiser terminar comigo, me diga de coração que me odeia ou algo do tipo. – declarou a Haruno. O Uchiha suspirou novamente, como se estivesse cansado de todo aquele falatório.

- Pensei que não fosse necessário dizer isso. – se pronunciou Sasuke após ficar alguns minutos quieto e continuou ao adotar a costumeira frieza. – Não sinto nada que possa ser considerado bom por você. Se estávamos juntos durante esses dias, foi por puro capricho.