Kat escrita por ilikehotboys


Capítulo 3
Um momento de fraqueza... E cereal.


Notas iniciais do capítulo

entao, se voces nao entederam o titulo é só pra um momento em que ela deixa de ser a "Kat" forte e brava de toda hora, ok? E cereal porque é cereal e cereal merece ser mencionado em tudo, lakshakshaklshklas
desculpaaaaaaaaa a demora pra postar, eu tava viajando e lá nao tinha internet :'(
espero que esse capitulo recompensa :)



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Acordei eram sete e meia, como eu não tinha que trocar de roupa, era fácil de chegar no horario. 

- Vamos, lerdeza! - gritei em seu ouvido e ele caiu da cama, me levando junto é claro. Suas mãos foram parar na minha cintura NÃO SEI COMO, e eu revirei os olhos, estavam confirmando o que já sabia: garoto é tudo igual. Era só ter um corpinho com peitos em cima deles pra eles já se perderem todos, bem, eu pouco me importo. - TIRA SUAS PATAS DE MIM, NOJENTO! - gritei e ele me empurrou pro lado. Dei um sorriso cínico pra ele e me levantei, puxando ele junto.

- Que horas são? - ele perguntou irritado pelo modo como fora acordado... Pontos pra mim.

- Tenho cara de relógio? 

- Voce poderia ser mais educada de vez em quando, se não vai morrer apenas com sua bola de pelos.

- Tenho cara de quem se importa se eu morrer ou não? - Opa. Aquilo saiu mais profundo do que eu gostaria. - Vamos logo, por mais que odeie essa porra de lugar, não quero chegar atrasada de novo. - puxei ele pela corrente e chegamos na sala, as pessoas nos olharam de jeitos questionáveis  como se perguntassem "por que eles tao algemados?" não as culpo, também ficaria com o essa cara se visse alguém desse jeito. Sentei na minha cadeira de sempre lá no fundão, puxando aquela traste junto comigo, estou prestes a assassinar aquela diretora e levo esse idiota junto. 

Então todo o sentimento de raiva saiu de mim, quando olhei para a pessoa que entrava na sala, segurei o riso, BPR usava um boné vermelho na cabeça e fazia de tudo para esconder seu rosto no meio dos cadernos, qual é mesmo o nome dela?! 

- Ei, inútil! - empurrei Alan que estava com a cabeça na mesa.

- Que foi?!

- Qual o nome dá loirinha? - apontei pra BPR que entrava na sala.

- A que a gente foi no quarto ont-

- Cala a boca! - tapei a boca dele com a mão - Quer que alguém descubra e a gente se encrenque mais ainda?!

- Hum hum hum... 

- Que? - tirei a mão da boca dele.

- Eu disse "dá pra tirar a mão da minha boca?" - dei uma risadinha e ele arqueeou as sobrancelhas - O nome dela é Jenna. 

- EI, JENNA! - gritei e todos olharam pra ela, quando viram o estado da garota a sala foi tomada por risadas, é Jenna, não tem mais como se esconder. 

- VOCÊ! - ela apontou pra mim e veio soltando os foguinhos em minha direção - VOCÊ FEZ ISSO COMIGO! VADIA!

- OLHA COMO FALA COMIGO, GAROTA! - levantei em segundos, e fui pra frente dela, consequentemente levando a traste junto comigo, Jenna levantou a mão e estava se preparando pra dar um tapa na minha cara, segurei seu braço com força e o empurrei pra trás, ela gemeu de dor - NÃO LEVANTA A MÃO PRA MIM, PIRRALHA! VOCE NAO SABE DO QUE EU SOU CAPAZ! E SE ALGUM DIA, CRUZAR O MEU CAMINHO, EU NAO DESTRUO SÓ ESSE SEU CABELINHO IDIOTA, EU QUEBRO ESSA SUA CARA DE QUEM JÁ DEU PRA ESCOLA INTEIRA! - ainda empurrava seu braço pra trás e seus olhos estavam marejados, a soltei e ela saiu correndo. 

As pessoas da sala me olhavam assustados, muitos irritados, minhas roupas e minhas atitudes entregavam que eu não era do tipo que se deve conviver, eu odiava isso, essas pessoas nem me conheciam como poderiam me julgar tanto?


Alan's POV

Estava olhando petrificado a atitude dessa garota! Eu não sei se saio vivo dessa escola, como ela pode ser tão... Louca? Agressiva? Gostosa? Espera... Exclui o ultimo item. Depois de traumatizar a garota pelo resto da vida, ela saiu correndo. Assim, do nada, simplesmente pegou a mochila e correu, eu obviamente tive que correr atrás, ou a algema arrancava minha mão. 

Eu não falava nada, só via ela correndo um pouco na minha frente, não entendia o motivo daquilo, ela entrou em uma porta qualquer, subiu umas escadas e demos em uma sala escura e vazia, ela sentou no chão, abraçou suas pernas e afundou a cabeça. Sentei ao seu lado e esperei, esperei e esperei. Não sabia o que estava acontecendo nem o que fazer pra acalmar ela, porque eu nem sabia o que estava acontecendo com ela! Como eu queria nunca ter brigado com ela naquele dia no refeitório!

- Kat? Katinia? - ela me mostrou o dedo do meio quando mencionei seu nome e eu dei um riso leve - Fala comigo.

- Cala a boca. 

- O que aconteceu?

- Não é da sua conta. 

- Tudo bem. - talvez eu devesse ter insistido pra saber o que tinha acontecido... Mas a verdade é que eu não ligo. Não ligo para o que tem haver com a Katinia e sua vida, eu só não quero mais fazer parte dela. 

Ela limpou as lágrimas com a manga da blusa e levantou, me puxando junto, e caminhou pra fora da sala, ainda sem dizer nada... Essa garota me assusta. 


Kat's POV

Eu odeio isso! Odeio ser a garota estranha do colégio só porque me visto de um jeito diferente e falo o que penso! Por que as pessoas se incomodam tanto com isso?! Por que todo mundo tem que ser exatamente igual a elas? Eu não sou aquele tipo de garota que mais parece um palito de dente, eu não sou loira nem tenho olhos azuis, eu não gosto de usar saias curtas ou roupas coloridas, eu não curto ouvir Justin Bieber e gosto de falar o que eu penso... Isso me faz uma pessoa horrivel? Tudo bem, bater naquela garota, cortar o cabelo dela e ser agressiva 24 horas por dia não é uma coisa muito agradavel, mas talvez se as pessoas parassem de me julgar tanto... Talvez eu fosse menos desse meu jeito... Ruim. 

Ai, quer saber?! Eu odeio essa sociedade!

Odeio muito.

Eu visto o que eu quero, eu ouço o que eu quero, eu falo o que eu quero, pessoas morreram pela liberdade de expressão, não? Então se eu quiser ir vestida como um porco cor de rosa pra escola, eu vou! E que se foda o resto. 

Levantei e só então me lembrei da traste que estava comigo... Eu só quero que esses cinco dias passem logo. 

- Não vai falar comigo? - ele disse. 

- Se esqueceu da regra de "não falar comigo"? - revirei os olhos. 

- Voce quem sabe. - ele deu de ombros. 

- Nós temos um problema. - disse entrando no nosso dormitório. 

- Qual?

- Eu posso ser bem estranha... Mas eu sou uma garota e preciso tomar banho. - ele ficou vermelho na hora que eu disse isso. Eu mesma não estava muito confortável com a situação.

- Er... Como pretende fazer isso?

- Vem aqui. - puxei ele e fui até a minha mala que eu ainda não havia arrumado e nem nunca iria... E procurei por uma coisa, eu nunca havia tido um biquini na minha vida e hoje ele viria a calhar, peguei um dos únicos shorts que eu tinha, ele era parecido com aqueles que se usa pra ginastica mas tinha alguns ursinhos desenhados (sim, voce leu bem, EU tenho uma coisa que tem ursos), ele era muito curto e coladinho no corpo, eu usava pra dormir, seria horrível ter que vestir ele na frente desse garoto com uma noz no lugar do cérebro.

- Er... Ok. - tirei a minha blusa, e como ela obviamente ficou presa na algema eu a cortei, pela primeira vez na minha vida, me agradeci por usar aqueles sutiãs tops nada sensuais, e que podem ser confundidos que tops de ginasticas, assim não seria tão horrivel. Depois tirei a minha calça, o tempo todo cuidando pra ver se a traste ainda estava de costas, e coloquei o meu short. - Deu. 

Ele virou e me deu uma olhada, mas UMA olhada, sabe nos desenhos quando os olhos dos personagens saem pra fora quando eles ficam surpresos? Então eu me preocupei que isso acontecesse com o Alan. Ele me olhou como se eu fosse o ultimo biscoito de chocolate da casa da vovó, o ultimo nuggets, a ultima coca-cola do deserto ou o ultimo miojo sabor frango. Digamos que ele me olhou como se eu fosse uma comida... Esse garoto não tem amor pela vida não? E depois de ficar me olhando como se fosse arrancar minhas roupas com os dentes, sabe o que o idiota tem a coragem de dizer? Invés de dizer algo tipo "ah, Kat, desculpa te olhar como se voce um sorvete de creme com cobertura de chocolate e MM's em cima" não, o que ele disse foi "Bonitos ursinhos".

- Cala a boca. E para de me olhar assim. 

- Assim como? - ele se fez de desentendido.

- Como se eu fosse um sundae de chocolate. - ele ficou vermelho e eu ri internamente. 

Fomos até o banheiro e eu liguei o chuveiro, logo entrei dentro, eu sempre tomo banho gelado, BEM gelado, por isso o Alan ficava reclamando que a água respingava nele, tava fria e essas coisas de garotinhas... Como se eu tivesse interessada se ele esta desconfortável ou não com essa situação... Ele parecia bem confortável quando olhava pro meu short. Estava passando o shampoo na minha cabeça quando ouvimos alguém bater na porta. 

- Droga. - murmurrei - Quem é que esta vindo NOS visitar? Voce lá tem amigos? - ele me olhou irritado.

- Sim, eu tenho amigos.

- Quem seria amigo de um garoto egocentrico que é tipo oi-eu-sou-lindo-voce-me-ama-e-eu-nao-tenho-cerebro-mas-tenho-um-cabelo-legal-e-um-tanquinho-o-que-é-quase-a-mesma-coisa. 

- Acha que eu tenho um cabelo legal e um tanquinho? - agora acreditam em mim quando eu disse que ele é egocentrico e que invés de ganhar um cérebro quando estava crescendo no útero da mãe dele, ele ganhou um bronzeador?

- Cala a boca. - a pessoa bateu de novo na porta e agora o shampoo já tinha saido todo da minha cabeça. - EU VOU MATAR QUEM QUER QUE ESTEJA BATENDO NA PORTA. - gritei com a intenção que a pessoa que estivesse do lado contrário da nossa porta ouvisse. Sai do chuveiro e fui pingando em todo o nosso quarto até a porta.

Abri a porta e dei de cara com quatro garotos, que tinham cara que também haviam vendido o cerébro pra comprar uma cueca Calvin Klein, eles estavam me encarando do mesmo jeito que o Alan estava me olhando a dois segundos atrás... Eu pensei em dizer "Oi, eu sou um sundae de chocolate". 

- Er... Oi. - um idiota disse. Revirei os olhos. 

- Quem são eles? - olhei pro Alan.

- Meus amigos. - ele deu de ombros - Entrem. - e o bando de gazelas estava entrando no nosso quarto.

- Como assim "entrem"? Eu estava tomando banho! 

- Ah, linda, pode continuar com o seu banho, se quiser deixar a porta aberta, nenhum problema também, não quero atrapalhar. - ele tinha um sorriso safado no rosto e eu fuzilei ele com os olhos.

- Sua existência já me atrapalha. - um dos garotos riu alto - Como eu posso saber se eles não vão me matar enquanto eu estou dormindo pra voce ficar livre de mim? - olhei pro Alan.

- Eu não mataria uma gracinha como voce. - o mesmo garoto de antes disse. Ele acha que vai ganhar alguma coisa com essas cantadas de pedreiro?

- Qual o seu nome, gracinha? - falei.

- Connor. - ele sorriu.

- Então, Connor, vai tomar no cu. - sorri cinica - E se me dao licenças, eu tenho que terminar o meu banho. Vem Alan. 

- Também quero ir. - mostrei o dedo do meio pra quem quer que seja... É sério que vou ter que aguentar esses metidos a "vou pra academia todos os dias" o ano todo?

Terminei o meu banho e já havia colocado a minha calça (com o Alan de costas é claro) e quando fui colocar a minha blusa, que me atingiu uma coisa. 

- Alan... Temos um problema. - falei. 

- Que problema? - ele disse se virando. Pelo menos eu já havia colocado a minha calça. 

- Eu... Bem... Como eu vou colocar minha blusa?  - foi então, que alguma coisa, funcionou na cabeça dele, eu não digo o cerebro porque sei que não existe. 

- Er... Fudeu. 

- Eu sei. Eu não saio desse quarto de top. - cruzei os braços.

- Ta, calma, a gente dá um jeito nisso, chamamos a diretora e ela vai ter que nos soltar, ok, Katinia? - dei um chute no meio das pernas dele e ele caiu no chão.

- NÃO me chame de Katinia, entendeu? - ele murmurrou algo como "uhum" e eu dei de ombros, abrindo a porta do quarto. 

Os babões ainda estavam sentados ali na cama, dei de ombros e sentei do lado, ainda me sentindo desconfortavel por estar de top, ou de sutiã, mas eu digo que é um top pra não parecer uma puta. 

- O que voce ainda estão fazendo aqui? Vão embora! - falei.

- Eles vão ficar, Kat. - Alan falou ainda com as mãos naquelas partes. 

- Quem disse?

- Eu. 

- Voce? E desde quando voce manda aqui? - ele estava querendo ganhar outro chute?

- A gente trouxe cereal. - um deles dize me jogando uma caixa de cereal de chocolate.

- Eles podem ficar. - dei de ombros abrindo a caixa. 

Tudo bem, era cereal de chocolate e eu era apaixonada por cereal de chocolate... Mas valia mesmo a pena passar duas horas ou mais com esse babões? Sim, cereal ganha de tudo.


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Notas finais do capítulo

voces gostam de cereal de chocolate? tipo, eu nao vivo sem o meu, lka;hsaklshaklshkl
espero que tenham curtido esse capitulo, to muito feliz com o numero de leitores, espero que continuem acompanhando :)
nao esqueçam de dizer o que acharam!!!
bjjs (: