Ali estava eu, praguejando baixinho, com um saco de gelo colado no lado esquerdo do meu rosto, onde a sangue ruim da Granger tinha me dado um tapa. Sim, eu havia sido esbofeteado por uma sujeitinha de sangue-ruim, e agora, na ala hospitalar, estava sem esperanças de ter alguma chance com Olivia Slughorn.

Mas, pelo menos, eu havia beijado mais uma garota, e agora podia dar um pontapé em Blásio.

Andei o dia inteiro procurando a garota, mas ela não estava em lugar algum. Procurei-a na biblioteca, no Grande Salão, nos jardins, mas em todos os lugares em que procurei, apenas vi Granger, o que me deixou realmente irritado e nervoso, porque ela podia bater em mim.

Passou-se uma semana. Jogo de Quadribol. Eu estava muito nervoso, mas não só por causa do jogo, mas porque Olivia não havia me dado resposta sobre nosso futuro encontro.

Montei minha vassoura, pouco confiante, e voei para o céu cheio de nuvens escuras, anunciando chuva. Eu apertei a mão de Potter, mais fortes que o normal, com raiva. Eu nem preciso de motivo para odiá-lo. Decorrridos quinze minutos de jogo, Potter agarrou o pomo e o jogo acabou. Caminhei lentamente para o vestiario, a chuva caindo nos meus cabelos e nos meus ombros, deixando-me ainda mais desanimado.

Todavia, a meio caminho de chegar, uma voz feminina me chamou. Eu podia estar mal-humorado, mas se uma garota me chama, eu não ia ignorar, né? Quando me virei para a arquibancada, senti-me subitamente feliz. Olivia estava olhando e acenando para mim e sua varinha formava as palavras: Não se Atrase para o Halloween. Sorri presunçoso. Finalmente.

Mas, ao lado de Olivia, eu vejo a Granger sorrindo e acenando para o cabeça de cenoura, que estava se aproximando. Não gosto de admitir, mas, de alguma forma, fiquei bravo por ver que a sangue-ruim não estava olhando para mim. Talvez seja porque eu gosto de todas as atenções em mim. Sei lá.

Eram duas semanas depois do jogo de quadribol, e um dia antes do Halloween, e Olivia já havia confirmado que iria comparecer no meu encontro. Eu estava muito nervoso. Não que uma garota me deixe assim, eu semmpre estou no controle da situação, mas eu me sentia nervoso, e não me pergunte o porquê. Infelizmente, McGonagall chamou a mim e a Granger para a sala de reuniões vulgo sala precisa.

Aff. A sangue-ruim ainda estava brava por eu te-la beijado, mas fala serio, era o unico jeito educado de dizer "Cala a Boca".

Ela se sentou emburrada na cadeira de frente para a professora, e eu me sentei ao seu lado.

A professora começou a explicar que agora nossas rondas seriam depois do toque de recolher, para vigiarmos quem não estava na cama depois do horario - e eu realmente gostei disso -. Imagina? Eu vou poder ficar acordado mais que os outros alunos e vou poder ficar com mais garotas sem nenhum problema de ser pego no flagra por mim mesmo! Rá!

Quando terminou, a professora nos deixou sozinhos, infelizmente.

Então, até quando vai ficar enfezada porque eu te beijei? - Eu disse, com um tom divertido na voz. Ela bufou e virou o rosto para o lado contrario.

Ah, então é assim? Não vai mais olhar pra minha cara? - Eu continuei, ainda com o tom de deboche, mas ao mesmo tempo, com certa raiva, pois eu queria que ela olhasse para mim, e assim foi feito. Ela não respondeu, então tomei as devidas providencias. Peguei o queixo dela rispidamente e fiz com ela não conseguisse se mexer, e me encarasse.

Não desvie o olhar, assim eu não vou saber como você está. - Eu ri friamente e ela cerrou os dentes. - Me solta, Malfoy! Me larga!

Então, eu a beijei com firmeza e rispidez, sem nenhuma emoção. Olhei para a garota, ameaçadoramente, e eu vi medo em seus olhos. Eu sou muito do mal quando eu quero.

Escuta aqui, sua sangue-ruim nojenta, eu só te beijei pra calar a tua boca, e você só fica com frescura. Eu é que deveria ficar com nojo de ter relado em você, pra inicio de conversa. Então, para de fazer cara de emburrada que me deixa fora dos nervos, e você nem sabe do que eu sou capaz. - Eu ri depois de falar tudo isso e a soltei. De qualquer forma, eu nem sei por que eu falei tudo aquilo, porque, afinal, eu não me importo com o que ela sente, né? Ou não?

Ela se levantou, sem olhar pra mim, mas do nada, ela me encarou com aqueles olhos lindos cor de chocolate, espera o que eu estou dizendo? Esquece essa ultima parte. Enfim, ela me olhou cheia de desdém e cuspiu na minha cara.

Você que é nojento, Malfoy, e vai morrer sem nenhuma honra, eu te asseguro disso. - E foi embora, batendo a porta ao sair.

Granger, Granger, sempre me surpreendendo. Dessa vez ela ia me pagar.