A Maldição Dos Malfoy - Dramione escrita por oblivion, The Mudblood Malfoy


Capítulo 12
Dezembro


Notas iniciais do capítulo

Mais m capítulo, recheado de acontecimentos escandalosos e divertidos, como sempre, narrados pelo Draquinho.
*Ah, e os capítulos-bônus que iremos fazer, serão contados pelo ponto de vista da Hermione.



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Cinco, dez, vinte minutos. Trinta, quarenta, uma hora. Hermione Granger não chegava. Até peguei um livro para ler, enquanto esperava. Nunca pensei que Hermione-certinha-Granger pudesse chegar atrasada em um “encontro” marcado por ela mesma.

De repente ela abre a porta com aquele namorado dela, ugh, tal de Ralph Finnigan, primo daquele amigo do Potter. Ele está no sétimo ano, grande coisa! Ele tinha cabelos cor de palha e olhos castanhos. Alto e magro, mas do meu tamanho. Hermione estava corada, com aquelas lentes estranhas, e o cabelo preso em um rabo de cavalo. Os dois sentaram-se de frente para mim. 

- Boa tarde, pombinhos. – eu disse cético. Deixei o livro de lado, e fitei Hermione. Mordi os lábios para não rir. – Hermione, nossas reuniões não seriam à sós? – Ralph pareceu desconfortável, e não pude conter um meio sorriso pretensioso.

- Mas eu queria mostrar nossa sala de reuniões ao Ralph. – ela murmurou corando mais ainda. Eu soltei uma risada mal cotida. Os dois estavam tão desconfortáveis ali que era ridículo. Na verdade eu não me importava se Ralph ouviria ou não nossos planos para quebrar a maldição, mas era engraçado fazê-los parecerem mais patéticos.

- Certo – Hermione disse, suspirando, e colocando sobre a mesa os seus relatórios. – Minha amiga Elizabeth – você pode chamá-la de Liz, aceitou se encontrar com você hoje à noite, na cozinha dos elfos. – quando viu minha cara de incredulidade, acrescentou: É que ela é muito amiga dos elfos que trabalham aqui em Hogwarts, e ela assegurou que é seguro. – eu levantei uma sobrancelha, mas concordei.

                Ali estava eu, às nove da noite, andando pelos corredores, dirigindo-me para a cozinha dos elfos para me encontrar com Liz. Quando cheguei em frente ao quadro das frutas e fiz cócegas na pera, o quadro se abriu e não me deparei com uma cozinha, mas sim um restaurante.

                Na verdade, um restaurante com uma mesa. Mas, enfim.

                As paredes estavam cobertas por uma pano verde, porque acho que mais ao fundo tinham as quatro mesas das casas e a verdadeira cozinha, com fogões e armários. Mas o pano verde fazia do lugar calmo e ótimo para fazer um lanchinho, já que senti o cheiro de bacon. Liz estava sentada na única mesa presente (na verdade, a única mobília do cômodo), com um vestido tomara que caia azul metálico, que  cobria até os pés. Ela estava sentada, distraída a minha chegada, olhando para o nada, os cabelos cacheados e loiros pendendo para o lado em um ombro. Quando finalmente se deu conta da minha presença, notei que seus olhos eram verdes, como as lentes de Hermione.

                - Olá. – ela cumprimentou, simplesmente. Me senti humilhado por estar vestindo apenas as vestes do unforme, e ela estava tão formal. Mas ao mesmo tempo parecia tão normal e natural.

                - Oi – eu acenei, um pouco envergonhado. Draco Malfoy nunca fica envergonhado, mas o fato de ela estar tão linda, e eu estar tão acabado, devido à maldição e ao cansaço, que creio que é aceitável se envergonhar, pelo menos uma vez.

                Ela sorriu quando me sentei de frente à ela. Observei-a bem, e percebi que ela tinha os mesmos cachos que Hermione, que se enrolavam no começo, e acabavam em curvas. Tinha os mesmos lábios carnudos e rosados, sem precisar de batom.

                - Você parece com alguém que eu conheço. – eu comentei para quebrar o silêncio. Ela sorriu.

                - Com quem?

                - Com A Hermione Granger, sabe?

                - Ah. – ela respondeu, baixando os olhos e mexendo nas unhas.

                - Pois é, você viu que ela mudou de visual? – eu perguntei, sentindo uma raiva dentro de mim, e não consegui segurar, e quando percebi já estava falando mais que o necessário. - ... e agora ela inventou de namorar com um caipira da Grifinória...- ela pigarreou.

                - Hum... eu sou da Grifinória.

                - Deixa eu terminar, então eles aparecem ali na sala precisa, juntos, ainda por cima, e me enchem o saco, porque ‘ela queria mostrar a sala de reuniões para o Ralph’. Ralph isso, Ralph aquilo. Ai, essa menina é insuportável!  Não sei como ela é sua amiga! – soltei um suspiro profundo, ao perceber que havia estragado tudo. Culpa da sangue-ruim. Sempre! – Perdão. – eu me desculpei arrependido. Notei que Liz na realidade não havia falado nada por duas horas, e eu não sabia absolutamente nada sobre ela. Não sei se é possível para um cara como eu ficar envergonhado duas vezes no mesmo encontro.  Saí da cozinha, tentando evitar o olhar decepcionado de Liz. Quando fiquei só no corredor escuro do dormitório da Sonserina, minha respiração ficou presa e comecei a suar. Sentei-me contra a parede da masmorra e cobri o rosto com as mãos.

                De repente, o rosto de Olívia apareceu na minha mente e sorriu malignamente.

                Um ano. Ela disse. Comecei a chorar e senti alguém me levantando, segurando-me pelas axilas e me ajudando a andar me apoiando com o braço. Então apaguei.

Acordei deitado na minha cama no dormitório. Demorei alguns momentos para lembrar o que tinha acontecido. Meu Deus. Eu havia chorado, e desmaiado. Eu estava realmente preocupado com minha reputação. Olhei em volta, tentando lembrar quem tinha me levantado, mas minha cabeça doía. Blásio se aproximou de mim.

                - O que aconteceu, brigou com a namorada? – ele perguntou sarcástico, me deixando confuso. – Ué, por que essa cara, você tava chorando ontem à noite quando eu cheguei. Te ajudei mas você desmaiou. Tá de ressaca, é?

                - Ah. – eu concordei. Fingi que era aquilo mesmo, muito mais a minha cara do que o que realmente tinha acontecido. Como era segunda hoje, tive que levantar de fato para continuar com a vida. Eu não queria, definitivamente passar por aquilo novamente. Queria apagar tudo da minha memória. Quando vi Hermione passando pelo corredor do quarto andar, saí correndo para o lado oposto, desesperado.

                De repente esbarrei com alguém e quase caí para frente. Levantei-me atordoado, e me deparei com um anjo.

                OK. Não um anjo, mas uma garota linda e encantadora que mais tarde descobri que se chamava Gwen, e pela primeira vez, pensei que podia quebrar a maldição sem ajuda da sangue-ruim.


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Notas finais do capítulo

Comentem e recomendem, e nos deixem felizes!