Harry Potter Por Olhos Negros escrita por CY


Capítulo 9
Cálice de Fogo - 04


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo segue o FILME:
Harry Potter e o Cálice de Fogo - (Parte 04)



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– Peguem suas coisas. Vamos! – Narcisa entrara na barraca alojada no acampamento próximo ao campo de Quadribol. Draco estava sentado no sofá guardando algumas de suas roupas enquanto Ellie verificava se já tinha tudo dentro da sua bolsa – Arrumem tudo logo. – Narcisa deu uma última olhada e saiu novamente deixando-os a sós.

– Eu não entendo. – Ellie sentara ao lado de Draco – Por que temos que ir embora agora. Ainda faltam quatro jogos. Os mais decisivos.

– Não sei Ell, acho que meu pai tem algumas coisas para resolver.

– E por que a gente não fica aqui com a Cissa? – Ellie ajudava Draco para agilizar – E onde está Lizzy?

– Ajudando minha mãe. – Draco sem querer pusera a mão por cima da de Ellie, que estava pegando a mesma blusa. Sentira-se estranho e logo tirou.

– Eu não mordo não. – Ellie deu um sorriso e ele correspondeu – Enfim. Por que não podemos ficar?

– Não sei. Pergunte ao meu pai se tiver coragem.

– Perguntaria se ele estivesse por aqui.

– Prontos? – Narcisa entrara na barraca novamente.

– Cissa, onde está a praga do seu marido?

– Ellie, não começa. A sua sorte é que ele não está aqui. – Narcisa mal disfarçara uma preocupação – Ele teve que ir antes de nós.

– Então podemos ficar e...

– Não! Já disse. Ora essa! – Ellie tentara, mas a Sra. Malfoy a interrompera.

– Saco! – Ellie se levantou e saiu da barraca nervosa deixando Draco sentado olhando para a mãe, que correspondeu com um sorriso.

– A sorte dela é que seu pai tem coisas mais importantes pra se preocupar.

– E eu não sei – Draco suspirara pensando em quantas vezes não escapara de seu pai.

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Já era noite na mansão Malfoy e Lúcio não havia chegado. Ansiosa, Ellie estava sentada do lado de fora da mansão, na grande escada que levava a porta de entrada. Ao seu lado. Lizzy passava os dedinhos fininhos em seu longo cabelo negro, brincando de fazer tranças. O quintal da mansão estava quieto. Os pavões dormiam agachados se transformando em pequenos montes brancos espalhados pelo jardim, a noite estava calma, e dificilmente escutavam-se as corujas dos Malfoy que descansavam no alto da mansão e obviamente, ninguém passava em frente ao portão.


– Lizzy? – Ellie quebrara o silêncio.

– Sim senhorita – A voz do elfo era tão fininha quanto sua pele.

– O que acha do Harry?

– Harry Potter? Aquele Harry?

– Que outro existe Liz? – Ellie dara um sorriso

– Não sei... – Lizzy parara com as tranças. – É a senhorita que estudou com ele. Mas Lizzy acha que deve ser uma boa pessoa.

– Por que diz isso?

– Lizzy não sabe de muita coisa. Mas sabe que mesmo morando com os Malfoy a senhorita não é igual a eles. Por que Lizzy deve acreditar então no que o Sr. Malfoy fala? Que o senhor Potter é um menino insolente. – Liz usara inocentemente o mesmo tom de Lúcio ao xingar Harry. Ellie riu baixinho. – Ah! Desculpe senhorita! – Liz começou a bater a mão em sua cabeça se castigando.

– Não Liz, não precisa. Pare! – Ellie ainda ria – Você não fez nada demais. – Lizzy parara e fixara aqueles enormes olhos em Ellie.

– E a senhorita, o que acha de Harry Potter?

– Acho que você tem um dom pra descobrir sobre as pessoas Liz. – O elfo sorrira para a dona.

– Ellie! – A voz de Draco surgira atrás dela. Ele abrira a enorme porta de entrada e colocara a cara para fora. – Está frio ai. Entre. O jantar está servido.

– Já vou... – Ellie sorrira para o irmão e olhara para Lizzy – Vamos? – O elfo assentira.

A mesa estava posta quando Ellie entrou na sala de jantar e mais uma vez a ausência de Lúcio na cadeira da cabeceira a incomodara. Draco e sua mãe já estavam sentados sendo servidos por Lizzy que mal chegara junto a Ellie.

– Deu sorte hoje em elfo? – Draco estava sendo servido por ela – Minha mãe fez o jantar e você só serve.

– Ela merece descanso depois de cuidar de nós na Copa – Narcisa derramava vinho em sua taça. Ellie não achava aquilo um verdadeiro descanso para Lizzy, mas já era grande coisa vindo de sua mãe.

– Onde está Lúcio, Cissa? – Ellie começara a se servir.

– Ele teve um imprevisto e teve que resolver.

– Mas desde que chegamos da Copa ele...

– Ellie querida, esqueça isso. E coma por favor. – Narcisa era seca e direta. Ellie viu que não ganharia nada com sua mãe. Pediu a Liz que trouxesse o Profeta Diário que o Sr. Malfoy sempre lera, mas naquele dia ainda estava na mesinha ao lado da porta de entrada. Lizzy estalou os dedos, sumiu por um segundo e reapareceu com o jornal na mão ao lado de Ellie. Ela não precisou de mais nada ao ver a capa.


CENAS DE TERROR NA COPA MUNDIAL DE QUADRIBOL




Ministério erra... Responsáveis livres... Segurança ineficaz... Bruxos das trevas correm desenfreados... Desgraça nacional.

– Draco. Por favor. Me diz que você não sabia disso! – Draco parara ainda com o garfo dentro da boca quando inclinou a cabeça para o jornal que Ellie mostrava ao seu lado. Arregalou os olhos e engasgou. Logo levou o garfo a mesa.

– O que foi Ellie? - Narcisa descera a taça que tinha em mãos

– Isso! – Ellie jogara o jornal em cima da mesa que deslizou até o outro lado da mesa para Narcisa. – Não acredito nisso! Foi por isso que nós viemos mais cedo da Copa? Pro seu marido aterrorizar algumas pessoas? Em favor de que? Ah! Já sei...Harry! – Ellie se levantara – Por Merlin! Vocês não cansam disso?

– Isso é verdade, mãe? – Draco olhara para a mãe com quase o mesmo olhar de Ellie.

– Já chega. Os dois para cima. – Narcisa vira a capa do jornal e abaixara a voz - O assunto do pai de vocês não lhes interessa. E se for verdade? – Ela olhara para os filhos - Vocês devem o apoiar. Como sempre o fiz.

– Eu sei – Ellie se acalmara – Eu sei que ele faz isso para o nosso bem. Acho que só queria ficar mais na Copa. Só isso. – Ellie virou-se para Draco que entendeu seu olhar – Se me dão licença, eu já vou deitar. Estou sem fome.

– Eu também. – Draco se levantara – Foi uma semana cansativa. – Narcisa sentara-se mais calma na cadeira e continuara sua taça.

Ellie saiu da sala de jantar seguida de Draco. Subindo as escadas como se esmagasse cada degrau Ellie veio seguida de Draco que já sabia o fim daquilo. Ela parou próximo a porta do quarto do irmão, cruzou os braços e encostou na porta:

– Abra. – Ellie não parecia feliz.

Draco abriu a porta, e Ellie veio atrás dele. Ele sentou na cama e se apoiou nos braços que foram para trás quase fazendo o deitar.

– Já sei o que você vai me perguntar.

– Então responde Draco!

– Não, eu não sabia que meu pai iria fazer aquilo. Fiquei tão surpreso quanto você.

– Aé? Duvido que você não sabia. – Ellie franzira a testa – E duvido mais ainda que você fosse me contar.

– Lógico que eu ia te contar. – Ele se sentara mais esguio - Mesmo sabendo que você podia estragar tudo. Eu sempre te conto tudo!

– Não dessa vez Draco.

– Eu juro Ellie! O que você quer que eu faça pra provar que eu não concordo com tudo que meu pai faz. Talvez ele até saiba disso. Talvez seja por isso que ele não tenha me contado.

– Você daria tudo pra ver Potter morto.

– O que você acha que eu sou? Ok. Eu não gosto nem um pouco daquele idiota! Mas isso não faz eu o querer morto.

– Não o chame assim. Você nem o conhece! Você nunca trocou uma palavra se quer com ele pra saber se as besteiras que seu pai conta são verdade!

– E você por acaso conhece? – Draco mudara de expressão. Uma não muito boa.

– Não... – Ellie perdera a cintura – Não, mas não saio por ai atormentado a vida dele.

– Sério mesmo? Você vai defendê-lo agora?

– Não estou defendendo. Só não entendo esse ódio que você tem por ele.

– Já disse. – Draco se lenvatara - Se não fosse por ele derrotar Voldemort talvez vivêssemos numa era só de sangues-puros.

– Tá! Como seu acreditasse nesse discurso decorado que você roubou do seu pai. Acha que eu não te conheço Draco? Você tá pouco se lixando se alguém tem sangue puro ou não! Você tem inveja do Harry por ele ser sempre o centro das atenções. – Draco a olhava com ódio – Até ele recebe mais atenção do seu pai do que você, mesmo que seja por ódio!

– Olha, eu não quero brigar com você Ellie. Nós já discutimos antes e isso não levou a nada. – Draco quase fingira que não tinha ouvido tudo que a irmã falara – Só me prometa uma coisa.

– O que? – Ellie se acalmara mais uma vez e sentira a voz de seu irmão mudar depois do que dissera.

– Prometa que em hipótese alguma vai fazer alguma besteira. – Draco chegara próximo de Ellie.

– Que besteira? – Ellie estava indiferente até perceber o olhar de Draco que se transformava de ódio para medo.

– Uma besteira que faça meu pai se arrepender do pedido da minha mãe de ficar com você. Ambos sabemos que você só foi adotada por mimo da minha mãe. E não por vontade dele. Por mais que às vezes ele sinta mais orgulho de você do que de mim.

– Do que você tá falando?

– Eu sei que ele admira você enfrentá-lo de um jeito que eu nunca fiz. Eu sei disso porque eu também te admiro.

– Não fale besteiras... – Ellie vira um a certa decepção saída junto às palavras de Draco.

– Só prometa. – Draco colocara a mão no ombro Ellie.

– Só se você prometer que não vai ficar igual a seu pai.

– Ellie!

– Prometa – Ellie colocara sua mão em cima da mão de Draco que ainda estava em seu ombro - Se você quer que eu não faça nenhuma besteira para sair daqui, me dê um motivo pra ficar. – Ellie tinha um tom doce em sua voz e Draco não viu saída. Ele queria que ela ficasse mais que tudo. Mais do que ver Harry perder sua fama.

– Ok. – Draco suspirou - Eu Prometo.

– Então em também prometo.

Ellie olhou para o teto se segurando enquanto abraçava Draco levemente. Seus olhos percorriam o quarto por cima do ombro de Draco procurando um motivo para não deixar escorrer a lágrima que vinha há tempos. E achou: se Draco falava a verdade, somente o tempo ia mostrar.



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Notas finais do capítulo

Capitulo 10 em breve!