– Eu...Eu.. – Ellie ficara sem reação ao ver o Sr. Malfoy parado atrás de Cedrico como uma estátua assustadora – Eu só estava vendo a vista daqui de cima, ai encontrei...

– Chega! – Lúcio ainda fazia cara de nojo quando Ellie parou de falar – Desça agora. Não quero você metida com esse tipo de gente. – Os olhos do Sr. Weasley estavam cheios de raiva. – Vamos.

– Não fale assim com ela! – Cedrico num ato de coragem encarara o pai de Ellie

– Como disse, seu moleque insolente? – O Sr. Malfoy que já se virara para descer quando ouviu a voz do garoto. E por um momento, ao ver a cara do Sr. Malfoy, Cedrico se arrependera.

– Não fale assim com o meu filho! – O Sr. Diggory levantara a voz.

– Esqueça isso! – Ellie se metera na linha vermelha e tensa que ficara entre o caminho de seu pai e o Sr. Diggory – Não vale a pena discutir com essa gente!

– Muito bem. – Lúcio mudara o olhar – é melhor assim. – Levantara a sombrancelha e abaixou a voz – Vermes...

O Sr. Malfoy já estava indo na frente seguido por Ellie, quando Cedrico puxou o braço da garota.

– Já sabe. Qualquer coisa é só subir e ficar aqui conosco.

– Obrigada, Cedrico. – Ellie olhara para todos – Desculpe por alguma coisa. Aliás, por tudo. – Ellie olhou ainda sem graça para Lizzy – Vamos menina. – O elfo a seguiu até a escada que levava ao camarote a alguns andares a baixo. Cedrico ao ver a amiga deixar o andar se afastara do grupo e se apoiara em umas das grades que davam vista ao campo de Quadribol.

– Viram só! – Hermione se adiantara – “Com essa gente’’ ! Quem ela pensa que é? – Cruzara os braços – Sinceramente...

– Não fale assim – O Sr. Diggory olhara para todos – Só Deus sabe o que essa menina passa ao lado desse monstro.

– É, Mione – Ron concordou – Ela só disse aquilo pra o Sr. Malfoy não arranjar confusão.

– Ela podia ter evitado uma briga sem dizer aquilo e naquele tom! E qual é a de vocês? Parem de defendê-la. Você ainda vão se arrepender disso. – Hermione ditava as regras enquanto Gina concordava com a amiga com o olhar. O Sr. Diggory saíra da conversa para ver o filho que havia se distanciado. Estava mais preocupado com o filho do que com o que os meninos discutiam.

– É... – Gina finalmente se revelou - É só mais uma Malfoy estúpida!

– Não quero você falando assim também, Gina! – Arthur repreendera a filha mesmo concordando com ela em partes.

– Relaxa ai gente! – Fred surgira

– É – Jorge continuara - É dia de festa! – Jorge fizera um rebolado e Fred rira.

Harry mais uma vez não reagira, o que enfurecia ainda mais a cara de Gina, até mesmo a de Hermione. Ron era indiferente, e os gêmeos não eram do tipo que se metiam nesse tipo de discussão mesmo podendo ter defendido Ellie. Harry naquela hora não pensara em nada na verdade. Não se atinha ao detalhe do que ou como Ellie dizia alguma coisa. Harry estava entretido com outra coisa: o desanimo de Cedrico ao ver Ellie ir embora daquele jeito. Não se aguentando mais uma vez, pela curiosidade, se aproximo da grade onde Cedrico estava, deixando Hermione e os outros mudarem para um assunto que não era mais Ellie.

– Não fique assim – Amos colocara a mão no ombro do filho – Você sabe como as coisas funcionam para ela.

– Perdão Sr. Diggory – Pai e filho viram Harry se aproximando – Posso falar com Cedrico?

– Claro – Amos dera um suspiro – Quem sabe você melhora esse rapagão! – E se afastou.

Cedrico não parecia alguém que estava pra ver o jogo de abertura da Copa. Desanimado, aguçou ainda mais a curiosidade de Harry.

– Você tá legal? – Harry perguntava meio envergonhado. Ainda não tinha intimidade com o garoto – Eu vi como você ficou...

– Eu não entendo Harry! Você viu aquilo? – Cedrico até assustara Harry ao desabafar – Viu o jeito que ele falou com ela? Aquilo Harry... – Cedrico dera uma risada nervosa – Aquilo me tira do sério!

– É... Eu vi..

– Quem ele pensa que ele é? Ela não merece Harry. Não a Ellie. – Cedrico não calava a boca. E nem a curiosidade de Harry parara de subir.

– Eu percebi – Harry tentava acalmar o garoto meio sem jeito – Você a conhece faz tempo?

– Conheci quando ela ainda era da Beauxbatons. – Cedrico suspirou num ‘auto-acalmamento’ – Tenho uma prima que estuda lá. Elas eram bem amigas. E Ellie às vezes aparecia nas festas de família a convite da minha prima. Foi assim que a gente se conheceu. Quando ela chegou em Hogwarts eu era o único que ela conhecia já. Além do Draco, é claro.

– Sei... – Harry sentira algo vindo de Cedrico

– Ela é diferente Harry. Eu sei disso.Não pertence aos Malfoy. – Cedrico abaixara o olhar – Pelo menos até onde eu a conhecia.

Harry tentou mudar de assunto. Talvez não gostasse dessa parte ruim que poderia surgir de Ellie. Ele sentira algo mais vindo de Cedrico. Resolveu confirmar:

– Você – Potter fizera um gesto estranho com a mão – Já...?

– Ah! Não – Cedrico rira – Somos só amigos.

– É deu pra notar. Não sei por que perguntei.

– Por que Harry? – Cedrico franzira a sombrancelha – Acha que não rolaria...

– Ah, pode ser – Harry engoliu seco – não sei... não conheço... – Ficara nervoso de repente.

– É deixa pra lá. Com o pai que ela tem... Nem se ela quisesse...

– Ela não quer?

– Harry – Cedrico olhara para ele – Por que está tão interessado?

– Nada... - Harry quase gaguejou – Só, curiosidade.

– Vamos rapazes! – O Sr. Weasley gritava para eles – Não querem perder o jogo!

Os meninos seguiram a voz do Sr. Weasley, antes que Cedrico disse mais alguma coisa. Arthur estava com suas mãos no ombro de Gina, guiando a filha e os filhos que vinham atrás. Harry não terminara a conversa descobrindo tudo que queria mas já sabia de outra coisa sobre Ellie: ele não gostava do jeito que Cedrico a olhava.

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– Cuide da sua filha e não tire os olhos dela. – O Sr. Malfoy dera um passo para o lado mostrando a figura de Ellie para sua esposa – Parece que ela tem imã para problemas. Pai e filha já estavam no camarote quando chegaram até a Sra. Malfoy e Draco.

– O que foi desta vez, Ellie? – Narcisa passara a mão no ombro da filha carinhosamente

– Estava conversando com aqueles traidores de sangue e pior: com o Potter junto! – Lúcio não se conformava.

– Eu só estava passando por ali e os cumprimentei – Ellie vira Draco calado ao lado do pai – Foi só isso.

– Não se junte com essa gente, querida – Narcisa tentava manter a calma.

– Eu sei Cissa. É que eles são da Grifinória e os conheço. Tinha que dar oi por educação. E Cedrico...

– Não precisa ser educado com aquela gente! E nem fale no nome desse ignorante.

– Ele é meu amigo! – Ellie elevara a voz como poucas vezes fez com o Sr. Malfoy – E não fale assim deles! Eu também não curto seus amiguinhos comensais e nem por isso...

Tarde demais para Ellie continuar alguma fala. Seu pai lhe dera um tapa na cara.

– Lúcio! – Narcisa arregalou os olhos – Ficou louco?

– Eu? Louco? – O Sr. Malfoy olhava desesperado para ver se mesmo ali em um canto isolado do camarote, alguém ouvira Ellie – Esta menina passou dos limites. Como ousa dizer uma coisa dessas?

– Como ouso? - Ellie ainda passara a mão no rosto quando lhe retrucou – Você acha que isso é algum segredo pra mim. Devia tomar cuidado papai. – Draco podia jurar que Ellie estava rindo. Narcisa não sabia se admirava-se, ou ficava quieta como das vezes que ocorria isso com Draco. Resolveu não fazer nada.

Lúcio fez que fosse bater na garota de novo, mas Draco o parara:

– Pai – Draco olhara em volta – Tem Aurores aqui. – Seu pai relaxara a mão que nem levantada estava ainda.

– Ande. Vá na frente antes que eu me arrependa de ter lhe trazido. – Lúcio ficara estático olhando para a filha.

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– Que os jogos comecem! – Ouviu-se o Ministro iniciar os jogos, mas a atenção de Draco estava em Ellie. Os dois andavam mais atrás de seus pais, enquanto Lizzy vinha segurando na mão uma bolsinha de gelo. Draco e Ellie pararam em frente a uma das grades para assistir o jogo que levava a torcida a loucura.

– Ah... Não precisava Liz – Ellie dissera o apelido em alto para provocar ainda mais seu pai. Desejando que ele a tivesse ouvido. – Pode descansar. Obrigada. E fique ao meu lado. – O agradecimento veio mais enfático ainda. Ellie pegara a bolsinha que Lizzy trouxera de boa vontade sem precisar que lhe mandassem. Era raro um elfo ter tal atitude. Lizzy estava vendo o jogo, que havia começado.

– Você perdeu a noção do perigo? – Draco falara normalmente já que seus pais se afastaram.

– Se você acha que eu vou aceitar o que você aceita Draco, pode esquecer...

– Eu não concordo em ele ter te batido. Até teria te defendido se eu tivesse previsto. – Draco parara Ellie para conversar direito – Mas não achei que ele faria isso com você.

– Estava demorando demais Draco.

– O que? – Draco falou enquanto repara no passe que Krum fizera ligeiramente.

– Ele me bater. – Ellie fazia cara de indiferença. Mesmo com um vermelho estampado em sua bochecha – Você nem precisava prever. Enfim. Obrigada mesmo assim pela sua compaixão. – Havia tom de ironia nas palavras dela.

– Você esta caçoando disso? Não sei se você percebeu Ellie – Mas é do meu pai que estamos falando.

– E não sei se você percebeu, mas eu não do a mínima pra quem ele seja.

– Ellie – Draco mudou de expressão – Eu não estou entendendo. Tudo bem... Você passou dos limites em falar aquilo alto. E ele mais ainda em ter te batido. Mas isso não muda os fatos.

– Que fatos, Draco? – Ellie fez em tom de impaciência e cansaço.

– De que ele não vai deixar barato. Não vai te deixar só por esse tapa...

– Draco – Ellie enfiara na boca um feijão mágico que Lizzy lhe oferecera – Entenda uma coisa: eu não ligo.

– Ellie, Ellie...- Draco falava como um velho sábio, que já conhecia o terreno em que pisava – Você não conhece meu pai. Não sabe com o que você está lidando. – Draco até rira de leve lembrando das vezes em que se saiu prejudicado.

– Acho que ele que devia conhecer com que ele esta lidando...

Ellie enfiara outro feijão na boca – PONTO! – Ela vira o placar da Irlanda mudar e gritara assustando Lizzy, enquanto deixara Draco confuso ali ao seu lado.