Harry Potter Por Olhos Negros escrita por CY


Capítulo 7
Cálice de Fogo - 02


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo segue o FILME:
Harry Potter e o Cálice de Fogo - (Parte 02)



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Naquele dia foi Draco quem acordou Ellie. Ela ainda dormia quando ouviu o irmão a chamar pelo lado de fora de seu quarto, enquanto descia para o café todo animado. Ellie ainda estava cansada, mas não conseguiria mais dormir sabendo o dia que era aquele. Quando chegou à sala de jantar viu o Sr. Malfoy sentado na cabeceira da mesa, com sua esposa sentada ao seu lado direito como sempre o fizera e Draco a sua esquerda. Puxou a cadeira antiga, pesada e cara ao lado de Draco e se sentou. Ellie passou o café-da-manhã sonolenta, apenas ouvindo os comentários de Draco sobre como seria a Copa Mundial de Quadribol. Lúcio dava pouca importância ao que o filho perguntava e Narcisa muito menos. Ellie ainda estava terminando seu chá quando Lizzy aparecera ao seu lado.

– Senhorita, Lizzy já fez sua mala. - O elfo encostara uma pequena mala, que certamente teria o guarda-roupa inteiro de Ellie depois do Feitiço Indetectável de Extensão que Narcisa havia feito na mala para a filha.

– Obrigado, Liz - Ellie se tocara rapidamente e olhara para Lúcio.

– Quantas vezes mais vou dizer que está proibida de dizer obrigado a essa criatura inútil? E muito menos lhe dar apelidos. - Lúcio descera o jornal que lhe tampava a cara - Sabe como odeio isso.

– Desculpe - Ellie fez um gesto para Lizzy se retirar - É costume da boa educação que vocês me deram - Ellie fugiu sabiamente de outro sermão do Sr. Malfoy.

– Draco, Lizzy já fez a sua também? - Narcisa descera a xicara em sua mão.

– Sim. Fez ontem. - Draco levantara e saíra da sala de jantar - Vou pegá-la.

– Saímos em quinze minutos. Não demore! - Lúcio também levantara - Tenho que resolver algumas coisas ainda para a Copa.

– Que coisas? - Ellie viu que não era a melhor coisa a se perguntar ao ver a cara de Lúcio.

– Não é da sua conta. - Jogara o jornal na mesa - Cuide das suas coisas. - Lúcio já haviam virado de costas.

– Já está aprontando, papai? - Ele odiava quando Ellie a chamava assim com aquele tom.

– Quer mesmo ir a Copa, filhinha? - Lúcio virara somente a cabeça loira para trás olhara para Ellie.

– Parem com isso. - Narcisa levantou-se só sobrando Ellie a mesa. - Não comece Ellie. - Arregalou o olho para a filha - E Lúcio, vá resolver o que tem que fazer. - Dara um pequeno empurrão nas costas de seu marido para fazê-lo esquecer.

Ellie sabia que Lúcio estava aprontando, mas deixou passar. Não lhe importava muito saber o que naquele momento. O Sr. Malfoy odiava quando Ellie vinha com muitas perguntas, mas para quem não sabia o que ele estava fazendo, era compreensível que questionasse suas saídas estranhas e frequentes.

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Usaram um portal próximo a mansão Malfoy, uma taça de cristal posta de ponta cabeça. Nem Draco nem Ellie haviam passado por um portal antes e, como Harry e sua turma, também caíram de cara no chão ao chegarem no ponto de destino depois de se teletransportarem. Narcisa deu um sorriso de leve ao ver Draco caído no chão de barriga para baixo fazendo drama de suas dores imaginárias e Ellie sentada massageando o próprio pescoço. Lizzy vinha junto ao Sr. e Sra. Malfoy, caminhando em meio ao ar e rindo-se discretamente da situação também. Chegaram em um acampamento próximo onde se encontrara o campo para os jogos da Copa de Quadribol. Era um acampamento diferente do qual os Weasleys, Harry e Hermione ficaram. Havia poucas barracas, muitas delas com poucas pessoas, mas com famílias importantes. Ao passarem por uma senhora um tanto quanto roliça, Narcisa a cumprimentou:

– Como vai Sra. Crabbe? - Narcisa levantara pouco a mão para acenar.

– Bem, e vocês? - A senhora gorda parara de conversar com um moço ao seu lado - Meu marido esta por ai com Vincent - Draco sabia que Crabbe odiava ser chamado assim e olhou para Ellie procurando a mesma piada. Ellie correspondeu rindo de lado.

– Muito Bem. Vejo a senhora e sua família no primeiro jogo.

– Bulgária com certeza! - Despediu-se a Sra. Crabbe referindo-se a sua torcida.

Ellie e Draco ainda estavam conversando sobre ‘’Vicentinho Crabbe’’ quando chegaram à barraca em que passariam aqueles dias da Copa. Era absolutamente linda por dentro. Um segundo palácio comparado à mansão em que viviam. Aparentava ser um enorme e antigo apartamento, mesmo que do lado de fora ainda fosse apenas uma pequena barraca de acampamento. Lizzy, o elfo, teria muito o que limpar, seja lá o que os Malfoy sujassem, já que sua presença na viagem não era mera companhia, e sim, a desculpa para uma empregada de bolso.

Lizzy era o elfo de Ellie, mas o medo do Sr. Malfoy fazia com que ela o obedece-se também. Assim como acontecia se Narcisa ou Draco lhe pedisse algo. É claro que se Ellie contrariasse algum pedido deles, Lizzy recusaria e obedeceria a sua dona. Mas Ellie não estava com toda essa moral para tirar alguma autoridade de sua família adotiva. Quanto a barraca: simplesmente impecável. Naquele dia a única coisa da qual usufruíram foi a cama, para descansar para o jogo a noite.

– Vamos? - Lúcio parecia nervoso e pouco disfarçou isso - Peguem suas coisas. Elfo! - Lizzy aparecera - Leve a bolsa de Narcisa. - O elfo pegara a bolsa vermelha em cima da mesa.

– Fica bonita assim... - Draco olhara para trás e vira Ellie vestida de verde, com um chapéu ridículo desses de torcida - Parece uma meleca humana.

– Se liga Grifinória! - Draco se enfureceu ao perceber que o cachecol vermelho que usara para torcer pela Bulgária (Para Victor Krum na verdade) parecia o uniforme da Grifinória. Arrancou o do pescoço e ficou com sua veste preta de sempre. Ellie passou por ele rindo.

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O estádio estava lotado. Via-se gente subindo e descendo as escadas sem parar, achando seus lugares, encontrando conhecidos. Já no Camarote, Lúcio estava conversando com o pai de Goyle enquanto Draco conversava com o próprio, procurando as torcedoras mais bonitas que passavam. Ellie estava ao lado de Narcisa ainda contemplando a decoração. Avistou uma amiga da Grifinória, mas evitou muita conversa já que alunas da casa não agradavam sua mãe. O Sr. e a Sra. Malfoy não gostaram da ideia de Ellie ter sido selecionada para Grifinória. Mas não poderiam contestar isso com Dumbledore e, mais ainda, Lúcio queria evitar conversas desnecessárias com o diretor. Preferiram deixar Ellie na casa que fora selecionada, assim que ela prometeu que usaria isso a favor da Sonserina. Mas talvez disse aquilo por que queria se livrar da marcação dos Malfoy, e também não aguentaria a Sonserina. Já bastava a arrogância da família. Cansada de ficar por ali enquanto o jogo não começava, Ellie pediu a Narcisa que fosse pegar algo para comer.

– Claro, mas leve Lizzy com você - Narcisa parara com a pose de paisagem ao lado de Lúcio enquanto o marido fazia propaganda de sua própria imagem aos que passavam.

– Ok - Ellie pegou na pequena mão de seu elfo - Vem Liz! - O Sr. Malfoy ouviu o apelido, mas fez que não para não se irritar.

Decidida a sair daquele antro de pessoas ricas e esnobes e se enturmar com quem realmente sabe se divertir, Ellie subiu algumas escadas chegando às arquibancadas superiores ao camarote.

– A vista daqui é até melhor! - Ellie estava comtemplando a vista para o campo de Quadribol quando ouviu um barulho - O que foi isso?

– Meu estomago, senhorita. Perdão. Lizzy não sabe controlar o estômago ainda. - Era um elfo jovem ainda, e não sabia que o estômago não se controlava.

– Tome. - Ellie levou a mão ao bolso verde de seu casaco - Cinco Sicles, acho que dão. Traga o que quiser para comer.

– Lizzy agradece.

Ellie viu Lizzy desaparecer no meio da multidão colorida verde e vermelha, diferente da multidão que havia no camarote, que usava vestes escuras com poucos acessórios coloridos para torcer. O pessoal que estava naquele andar era mais agitado, e isso a animou mais do que ficar parada ao lado de sua família. Estava quase se acostumando aos rapazes que gritavam atrás dela: ‘’Troy!’’, ‘’Irlanda!’’, e derrubavam metade de suas bebidas ao colocá-las ao brinde. Passavam crianças correndo com miniaturas dos jogadores voando e circulando ao seu redor enquanto se distraíam em meio a um pega-pega até o jogo começar. Realmente, ali era bem diferente.

– Ellie? - Uma voz conhecida soou atrás de Ellie que olhou por trás de seu ombro - Ellie Malfoy?

– Credrico! - O garoto alto e bem afeiçoado abriu os braços e Ellie se jogou neles - Que saudade!

– O que faz aqui? - Cedrico a soltara, esquecendo que o copo de cerveja estivera em sua mão enquanto a cumprimentava - Ah! Desculpe.

– Não foi nada, depois eu limpo - Ellie viu umas gotinhas em sua manga. - Então. Eu estou no camarote com os Malfoy - E você?

– Estou por esse andar mesmo. - Cedrico fixaram os olhos em Ellie, que corou envergonhada. Cedrico desviara o olhar ao perceber - Ah, já sei. Vem cá. - Ele a pegou pela mão - Alguém precisa te ver!

– Esta bem! - Sem muita escolha, Ellie o seguiu. Ainda meio encabulada pelo olhar de Cedrico.

Os dois passaram por uma roda de amigos vestindo vermelho, que riam sem parar. Encontraram um pouco mais adiante um outro grupo de pessoas. Esse um pouco familiar.

– Ellie Malfoy! - O Sr. Amos Diggory que conversava com o Sr. Weasley e seus filhos, e com Harry e Hermione ao lado, se virara ao ver o filho chegar acompanhado. - Quanto tempo mocinha!

– Digo o mesmo. - Ellie abrira um leve sorriso - Depois de Hogwarts não tive tempo para nada!

– Entendo. - Ele correspondera o sorriso e colocara a mão no obro da garota - Deixe eu lhe apresentar o Sr. Weasley! - Ele apontara para próprio e chamara sua atenção - Arthur Weasley, esta é Ellie Malfoy - Amos olhara para ela - Arthur trabalha comigo no Ministério.

O Sr. Weasley estendera a mão de um jeito que fosse perder o braço. Sem vontade alguma ao ver que era a filha dos Malfoy a que estava sendo apresentado.

– Prazer. - Sr. Weasley parou por um segundo perdendo o jeito - Esses são meus filhos Fred, Jorge...

– Ellie! - os gêmeos atravessaram a roda e bateram, cada um, sua mão à mão oposta de Ellie cumprimentando-a com intimidade no toque. - Preparada esse ano?

– Vocês estão ferrados! -Ellie percebeu o olhar de Arthur - Ah, desculpe Sr. Weasley, já os conhecia. - Ellie olhara para Harry, Ron e Hermione - Olá!

– Oi, Ellie - Harry disse sem graça. Assim como Ron disse ‘’Oi’’ em tom tímido e Hermione disse sem vontade. Gina nem respondera depois de ver o olhar de Harry para Ellie. O Sr. Weasley não estava entendendo como Ellie já simpatizara com os gêmeos, mas não pareceu assustá-lo saber disso. Mesmo que soubesse que ela levava o nome Malfoy, deduziu que poderia ser simpática já que o sangue Malfoy mesmo não estava ali.

– Então. Quer ficar com a gente? - Cedrico parecia animado.

– Filho! Acha que ela iria querer ficar aqui se pode ficar com o que o camarote serve!

– Duvido muito - Hermione voltara com sua simpatia para com Ellie.

– Eu adoraria na verdade. Mas é o Sr. Malfoy - Ellie pensou, mas decidiu brincar - Alguém tem que ficar de olho para ver se ele não mata ninguém por aqui.

– Ellie, adoro seu humor. - Sr. Diggory dara uma gargalhada gostosa, assim como os gêmeos e Harry - Pode ser minha nora se quiser! - Cedrico corou com a sinceridade de seu pai e Ellie fingiu que não ouvira para não piorar a situação - Fique o quanto quiser por aqui! - Amos continuou mesmo depois de ver a reação dos dois.

– Obrigada - Ellie tomou um susto ao ver alguém do seu lado.

– Olhe o que Lizzy comprou senhorita! - Lizzy vinha com um saco de feijões mágicos na mão que trouxera - Obrigada pelo dinheiro, senhorita Ellie. Lizzy oferece feijão a todos.

– Não, obrigada gracinha. - Hermione agradeceu ainda assustada pelo fato de Ellie dar dinheiro ao elfo.

– Não precisa oferecer Lizzy. É seu, e somente seu. - Lizzy arregalou os olhos avelãs para cima do saquinho. - Coma. São bons.

– Alguns na verdade - Harry dissera a Lizzy que lhe o olhou fixamente. Harry lembro-se de seu primeiro feijão de cera de ouvido.

– Ellie, posso saber o que faz em tão má companhia? E ainda por cima fora do seu lugar que é no camarote e não nesse centro de pulgas? - O Sr. Malfoy surgira atrás de Cedrico.



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Notas finais do capítulo

Capítulo 8 em breve!