Harry Potter Por Olhos Negros escrita por CY


Capítulo 45
Relíquias da Morte - 10


Notas iniciais do capítulo

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Harry Potter e as Relíquias da Morte - (Parte 10)



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- Vocês enlouqueceram? - Ellie se levantou da mesa de jantar ao ouvir sobre o casamento com Eriky.

- Quer ficar de castigo para sempre ou se casar? - Narcisa se levantou também.

- Prefiro morrer a ter um casamento arranjado! - Ellie jogou o guardanapo de sua mão na mesa e saiu nervosa para a sala com Narcisa lhe seguindo.

Lúcio se levantou apressado, e Draco o seguiu mais rápido ainda. Na sala, a discussão continuou.

- Eu não vou me casar com ele!

- Você vai e pronto Ellie! - Narcisa a fitava - E não discuta comigo!

- Ela não pode se casar com ele! - Draco finalmente se exaltara e Lúcio o fitou.

- Porque não?

- Porque... - Draco engoliu seco - Eles mal se conhecem...Ellie não gosta dele.

- Vai aprender a gostar...Terá tempo pra isso. - A Sra. Malfoy estava decidida.

- Eu não vou me casar! - Ellie se exaltara - Eu não quero!

- Eu já conversei com a Sra. Basov. Ele vão passar o Natal conosco.

- Cissa, como pode? - Ellie já estava com a voz chorosa.

- Está decido Ellie. - Lúcio a fitava - Você se casará o quanto antes. Se não quis respeitar nossas regras... Terá que aprender a força.

Ellie deu um último olhar de raiva, e subiu as escadas pisando com força em cada degrau. Ellie virou o corredor lá em cima.

- Ela vai se acostumar... - Narcisa suspirou e finalmente olhou para Draco. Sua cara não era nada boa. - O que foi Draco?

- Eu não vou deixar isso acontecer...

- É para o bem da sua irmã, filho. - Narcisa era pouco convincente para ele. Draco se exaltou também.

- Vocês nunca vão entender...

Draco subiu as escadas nos mesmos passos que Ellie. Deixando Narcisa e Lúcio confusos.

- Mas o que raios está acontecendo nessa casa? - Narcisa quase desmoronava.

- Calma querida...  - Lúcio amparou Narcisa em seus braços. - Draco só está nervoso. 

Draco virou o corredor, e sem bater, entrou com tudo no quarto de Ellie. Ela andava de um lado para o outro, pensando nas consequências que um casamento arranjado lhe taria.

- Ellie...

- Draco... - Ellie pulou nos braços dele desesperada - Eu não quero! Diga a eles....Eu não quero me casar...

- Não se preocupe. Eu não vou deixar, Ellie. - Ele a segurou mais forte.

- Promete? - Ellie deixava o medo invadir seus olhos como poucas vezes acontecia.

- Olhe pra mim... - Draco se afastou do abraço e segurou o rosto  dela com cuidado, vendo os olhos dela se desesperarem - Eu não vou deixar ninguém te tirar de mim, lembra?

- Mas e se eles insistirem com essa ideia?

- Se isso acontecer, eu fujo com você. Eu não vou deixar... Você me entendeu?

Ellie fez que sim com a cabeça, e o abraçou com força novamente. Enquanto a neve caía lá fora, o coração de Ellie gelava ao pensar na ideia de se separar de Draco. Depois de tudo que ela fizera...Não! Um simples casamento arranjado parecia bobagem para ela. Ela nunca ia deixar isso acontecer, mas ela precisava da certeza no olhar de Draco. Mais que no olhar, o abraço lhe tirou qualquer duvida que poderia ter.

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A manhã começava inteiramente branca. Do lado de fora da mansão, a neve se espalhara por todo o jardim, fazendo os pavões se juntarem para se aquecer. Ellie acordou com a claridade da janela batendo em seu rosto. Ela ainda se levantava para o café, quando viu a rosa colorida mais uma vez. O que Harry estava fazendo? Esse era o tipo de pergunta que se passava em sua cabeça diariamente, torcendo para que enquanto estivesse fora, Harry e Hermione pudesse se virar sozinhos. Ellie trocou de roupa e já colocara a mão na maçaneta abrindo a porta, quando ouviu vozes na sala. Eram vozes grossas, e provavelmente masculinas, mas uma voz em especial lhe chamou a atenção. Rouca e fria, a voz de Voldemort fora ouvida.

- Pode me fazer esse favor Lúcio?

- Claro Milorde... - Lúcio tinha a voz tremula - Será um prazer...

- Muito bem... - Voldemort parecia satisfeito.

Ellie se apressou e fechando a porta atrás de si lentamente, viu Draco no corredor. Pelo olhar, ela viu que ele também escutara as vozes. Os dois desceram quase juntos e chegando na sala, a primeira coisa que viram fora Voldemort parado na frente de Lúcio com Narcisa mais atrás.

- Ora, ora... - Voldemort olhou para Draco e Ellie - Se não são nossos foragidos... - Ele sorriu maldoso.- Eu já estava preocupado... 

- Estávamos a procura do Potter, Milorde - Ellie se anunciara, fazendo Voldemort sorrir e se aproximar dela.

- E parece estar no sangue dos Malfoy falhar... - Voldemort a fitou - Mas agradeço a devoção. - Ellie viu Voldemort se aproximar dela e com a varinha, ele alisou seus cabelos longos e negros. - Tão jovem...tão...bela. - Ele sorriu e Ellie gelou - Que bela comensal você daria...Me admira que ainda não tenha sido marcada...

Ellie gelou e pensou rápido. Não tinha saída. Depois de fugir e falhar para encontrar Harry, sua única saída era não contrariar o Lorde das Trevas, e assim, continuar com seu disfarce.

- Seria uma honra Milorde...

Voldemort sorriu, fazendo os olhos de Narcisa e Draco se enfureceram, mas os de Lúcio brilhavam ao pensar no quão satisfeito Voldemort ficaria de ter mais uma seguidora.

- Milorde... - Bella tossiu as palavras - Vamos nos atrasar...

- Tem razão Bella... - Voldemort desviou a atenção de Ellie dando um último olhar - Deixo para mais tarde...E Lúcio...

- Sim.

- Faça o que combinamos desta vez.

- Sim Milorde.

Em um crack, Voldemort se juntou a Bellatrix e aparataram para onde somente eles sabiam. O peito de Ellie respirou aliviado. A hora de ser marcada com a Marca Negra se fora e ela rezava para que nunca mais Voldemort se lembrasse dessa ideia absurda para ela. Na sala, Narcisa chegou perto de Ellie a abraçando, temendo que perdesse mais um filho para a Marca. Lúcio sorriu para Ellie, como poucas vezes fizera. Satisfeito com a resposta da filha ao Lorde.

- O que prometeu a ele? - Ellie se afastara de Narcisa e fitara Lúcio.

A campainha fora ouvida.

- Você já vai saber... - Lúcio fez o ar insolente de sempre, e com a varinha forçou Lizzy abrir a porta.

O elfo abriu a porta de entrada e voltou com dois homens altos e robustos. Ambos tinham feições grossas e usavam uma capa negra que lhes dava um ar de superioridade. O elfo medroso vinha ao lado e arregalara os olhos para Ellie. Só então Ellie prestou mais atenção e entre as capas dos sequestradores, reluzia um cabelo loiro, longo e cacheado. Assim como Draco, Ellie reconheceu a feição sutil da Sra. Lovegood.

- Luna? - Ellie fraziu forte.

- Olá Ellie... - Luna era sempre gentil, mesmo sequestrada. - Que bela casa vocês tem...

- Onde a colocamos chefe? - Um dos homens se apresentou para Lúcio com a voz grave.

- Coloque a com o Sr. Olivaras.

- Espere! - Ellie se apressou para Lúcio - O que vai fazer com ela?

- Nada demais, por enquanto... - Lúcio ergueu a sobrancelha - Digamos que o Sr. Lovegood tem escrito coisas para O Pasquim que o Lorde das Trevas discorda. - Lúcio sorriu de lado - E nada mais junto do que lhe tirarmos o que ele mais preza...Não acha, filhinha?

Ellie fitou Lucio com nojo, e sem poder interditar, viu os dois homens levarem Luna para o mesmo porão que o Sr. Olivaras. Esse era o favor que Voldemort pedira. Guardar mais um prisioneiro na mansão dos Malfoy. Sem poder reagir, Ellie teria que mais uma vez cuidar não só do vendedor de varinhas, como também teria que cuidar para que Luna não sofresse nada pior do que um simples sequestro. Mais uma vez, Ellie tinha motivos para não deixar a mansão.

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Antes de se deitar, Ellie resolveu descer ao porão. Com a cobertura de Draco, era bem mais fácil visitar os prisioneiros sem que Lúcio ou Narcisa desconfiassem. Ao descer as escadas do porão, Ellie viu Luna e o Sr. Olivaras conversando baixinho. Mas mesmo atrás do portão de grades, Ellie chamou os dois.

- Tome... - Ellie entregava alguns cobertores - Trouxe isso para vocês.

- Obrigada Ell... - A voz de Luna era sempre fraca, e o Sr. Olivaras sorriu.

- Eu tenho que subir, mas qualquer coisa basta chamar Lizzy. Pedi para que ela ficasse por perto daqui para que pudesse ouvi-los.

Luna percebeu os olhos agitados e preocupados de Ellie.

- Neville e Gina, estão fazendo jus a Armada. - Luna ergueu a sobrancelha - Na medida do possível, é claro.

- A situação está muito ruim em Hogwarts, não está? - Ellie se interessara.

- O Prof. Snape tomou a escola. Há comensais por todas as partes...E parece até a época em que Dolores lecionou por lá...Mas muito, muito pior.

- Isso não vai durar Luna... Não se preocupe, você vai ver... - Ellie sorriu - Eu vou tirar vocês daqui. Eu poderia pedir a Lizzy que os levassem, mas ela cumpre somente as minha ordens. Se ela tirar vocês daqui, vão saber que fui eu quem mandei...Mas eu ficarei por aqui...não sairei até ver vocês dois salvos.

- Nós confiamos em você Sra. Black. - Olivaras sorriu e Ellie gostou de ouvir seu nome verdadeiro.

- Ellie...

- Sim, Luna.

- Harry está bem?

Ellie sorriu e já desconfiava que depois que Narcisa colocara em todos os jornais que seus filhos haviam sumido, Luna deveria saber que ela havia fugido para encontrar Harry. Ellie fez um sim com a cabeça, e Luna sorriu satisfeita. Ellie deu um último olhar e tinha que subir para se deitar, antes que alguém a visse ali.

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Sem perceber que era Véspera de Natal, Harry convencera Hermione de visitar Godric’s Hollow e mais uma vez, Voldemort fora mais esperto e fizera Nagini possuir o corpo que fora de Batilda Bagshot, a famosa historiadora, que também residia no vilarejo. Ao serem persuadidos pela falsa Batilda, que deduziram poder estar com a espada de Gryffinor a pedido de Dumbledore, a dupla caíra em uma cilada e fora atacada pela cobra. E saindo mais uma vez ilesos, ainda conseguiram um exemplar do livro que contava a vida Dumbledore, onde puderam deduzir quem fora Grindelwald, um antigo amigo e rival do diretor.

Na mansão, sem fazer ideia do que Harry estava passando do outro lado, Ellie colocava um vestido vermelho, longo e justo que Narcisa a mandara vestir para a ceia de Natal com os Basov. A Sra. Malfoy queria Ellie impecável para o futuro noivo. Contra a vontade, Ellie o vestiu  e prendeu o cabelo no alto. Sentada em sua cama, ela pegava as joias que estavam em cima da cabeceira.

- Sabe a vontade que eu tenho de queimar esse vestido? - Draco entrou no quarto de Ellie e parou na frente dela.

- Acho que se sua vontade se juntasse com a minha, o vestido se destruiria sozinho. - Ellie tentou sorrir, mas Draco percebeu o olhar distante. Ele estendeu as mãos para ela, e se apoiando, ela se ergueu ficando frente a frente com ele.

- Vai dar tudo certo... – Draco a fitou confiante - Você vai ver.

- Minha cabeça está uma confusão. - Ellie suspirou - Como se não bastasse eu não saber onde Harry está. Nem ao menos podemos sair daqui... - Ellie pensou - Não ficaria sossegada deixando Luna com eles...E agora isso...

- Eles não vão levar essa loucura adiante, Ellie.

- Você conhece seus pais, Draco. - Ellie tentou sorrir - Acho que desde que vim para cá eles buscam um jeito de me colocar na linha.

- Se seu pai fugiu de Azkaban... - Draco fez Ellie sorriu ao falar de Sirius - Acha que você não vai fugir de um simples noivado? Onde está a garota que mentiu pra mim esses anos todos? Que enganou todo mundo e aguentou até quando era impossível continuar. - Draco sorriu - Você tem a mim agora. Vai ser tudo mais fácil...

Ellie sorriu docemente e Draco beijou a mão dela imitando mais uma vez, a reverência comum de Eriky.

- Você não ficar com mais ninguém...

Ellie deu uma risada com a imitação barata e se animou para descer e enfrentar esse novo desafio que era o noivado.

A sala da mansão estava impecável. Ellie nunca se lembrara de ter visto a decoração natalina tão caprichada. Talvez Lizzy devesse ter uma semana de descanso, pois aquilo não devia ter saído de outro elfo. Lizzy era nova, mas sempre perfeita. A árvore de Natal chegava até o teto, e o lustre de cristais se refletia nas bolas brancas e pratas de enfeite. A árvore de pinheiro era maior do que Hagrid, e ficara no canto da sala. Na mesa de centro, estavam petiscos e uma garrafa de um vinho irlandês que Lúcio ganhara de um tio. Ellie finalmente desceu com Draco, que também vestia uma roupa formal. Ellie adorava vê-lo de smoking preto. Os dois não avistaram a família Basov, e o peito de Ellie sentiu uma alívio, assim como o de Draco.

- Lizzy, coloque a ceia assim que eles chegarem, sim? – Narcisa comandara o elfo em um canto quando viu os filhos descerem – Ah, Ellie... – Ela viu a filha impecável e seus olhos ficaram orgulhosos.

- Não faça essa cara... – Ellie revirou os olhos.

- É melhor ir se acostumando... – Narcisa arrumava um arranjo de flores ao seu lado – Seu noivo está chegando.

- Ele não é meu noivo! – Ellie se exaltou, mas a Sr. Malfoy mal deu importância.

- Draco, vá chamar seu pai. – Ela apalpou a última flor – Os Basov já devem estar chegando.

- Claro mãe.

Ellie se irritou com a calma de Draco. Ele não estava nem um pouco preocupado. Talvez desacreditasse na ideia de seus pais, mas Ellie tinha certeza que na primeira oportunidade Lúcio e Narcisa marcariam uma data inesperada e jogariam arroz para o alto. Ela tentou se concentrar para não tirar Lúcio do sério e ninguém adiantar alguma coisa, mas seu estado interior era alarmente. Baixinho, Ellie sussurrou para si mesma.

- Me ajude pai...

O olhar de Ellie se arregalou ao soar da campainha. Sozinha na sala com Narcisa, ela viu a mãe adotiva ir abrir a porta. Não poderia ser ninguém menos que os Basov. Um frio escorreu em Ellie. O mesmo medo que lhe passava quando Voldemort estava por perto, lhe passava quando pensava em ficar longe de Draco. Pois perder a vida ou perdê-lo, era praticamente a mesma coisa. Ela o procurou, mas ele não havia voltado com Lúcio. Ellie olhou para a porta e viu o que menos queria.

- Como vão? – Narcisa era receptiva.

- Melhor agora... – O Sr. Basov fez a famosa reverência e beijou a mão de Narcisa, como era de costume.

- Que bela decorração Narcisa... – A Sra. Basov deu dois beijinhos de cumprimento.

- Obrigada... – Narcisa sorria – Entre Eriky...seja bem-vindo.

Eriky entrou mais adentro da sala e o coração de Ellie disparou, não como quando via Draco, mas sim como se estivesse vendo um fantasma. A mão de Ellie suou e ela tentou limpar no vestido. A família Basov se juntou a Ellie, e Narcisa e os seguiu.

- Como sempre, muito bela! – A Sra. Basov fora gentil com Ellie, que apenas sorriu nervosa.

- Eu concordar plenamente. – Eriky  fitou os olhos em Ellie, que corou.

- Preparada para um futuro brilhante Ellie? – Ivan Basov sorrira e batera no ombro do filho lhe oferecendo à menina. Eriky corou sem jeito, mas sempre com o jeito firme.

- Ah, Lúcio... – Narcisa viu o marido entrar.

Lúcio cumprimentou as visitas e Draco que vinha mais atrás, também. Quando Eriky estendeu a mão para Draco, sentiu sua mão ser apertada com força. Draco levantou as sobrancelhas, mas Eriky deduzira um ciúme de irmão mais velho. 

- Vamos nos sentar? – Narcisa convidou, e as duas famílias se dirigiram para o banquete espetacular que Lizzy preparara.

 Todos se sentaram na mesa. Lúcio na cabeceira como sempre. Narcisa a sua direita e Ivan Basov a esquerda, com sua esposa, Lina, ao seu lado, seguida de Eriky. Ellie sentara ao lado de Narcisa, e Draco estava ao seu lado. Os dois ficaram de frente para Eriky.

- Seu elfo ser muito eficiente! – Lina Basov se servia do pernil quando viu Lizzy passando.

- Sim... – Narcisa fitou Eriky – Poderão levá-la se quiserem...o elfo é inteiramente de Ellie.

- O que quer dizer com isso senhora? – Lizzy servia vinho a Lúcio quando franziu.

- Quer dizer elfo... – Lúcio lhe fitara – Que quando Ellie se casar você servirá a ela e Eriky.

Lizzy quase derrubou o vinho da taça.

- Mas a senhorita vai ficar com o senhor Malfoy... – Lizzy escapara o segredo deixando sua inocência florir. Todos fitaram Draco e Ellie.

- Ela acha que vamos ser irmãos para sempre... – Draco riu-se e fez a tensão diminuir. Deixando todos rirem também.

Ellie suou frio e sussurrou para Draco ao seu lado, agradecendo a bela saída. Ela ainda olhou feio para Lizzy que fez o olhar de desculpas mais lindo que Ellie já vira. Ela perdoou o elfo. Antes que se aliviasse por inteira, as famílias não davam trégua.

- Então... – Lúcio voltou-se para Eriky – Que data prefere?

- Em janeiro ser uma boa opção. – Eriky sorriu para Ellie, que surtou.

- Do ano que vem?

- No precisa se preocupar Ellie. Não vamos esperar muito. – A Sr. Basov largou a taça – Seria janeiro...mês que vem querrida.

Ellie engasgou.

- Mais isso é muito cedo! Eu não quero me casar...

- Tão cedo... – Draco a interrompeu e mirou Lina – Ellie gostaria de mais tempo...Pra arrumar os preparativos...o vestido.. – Draco ergueu a sobrancelha sorrindo e Narcisa o fitou satisfeita, assim como Lúcio.

- Draco... – Ellie o cutucou por baixo, mas ele a ignorou.

- Abril seria perfeito... – Draco levantou um brinde. – O que acha Eriky? 

- Eu...eu... – Todos miraram Eriky confirmar, pois como famílias tradicionais, o que o homem dizia, a noiva aceitava. Ellie estava frita e se segurando para não bater em Draco. Eriky continuou. – Eu não sei...

- Quer que seja mais cedo querrido? – A mãe de Eriky o fitou docemente.

- Eu... eu no quero me casar com Ellie.

- Como? - Narcisa tirara a taça da boca e Eriky repetiu.

- Eu no quero me casar.

Os olhos de Lúcio arregalaram. Ele se levantou da mesa assim como o Sr. Basov e os dois fitaram Eriky. A discussão começou. Os gritos para Eriky começavam a medida que ele ia negando o casamento tão planejado. Ellie franzia forte olhando a cena, em que Narcisa também participava.

- Achei que havia combinado com seu filho, Lina!

- Ele ter concordado! – Lina franzia também – No sei o que deu nesse garoto!

- Mil desculpas Lúcio...

- Obrigue seu filho Ivan!

- Eu no quero me casar... – Eriky dava as últimas palavras da noite enquanto a discussão ainda rolava.

Ellie estava aliviada com o que Eriky soltava, mas era tudo estranho. Ela viu a briga que rondava a mesa entre as famílias, e se lembrou da raiva por Draco. Como ele podia ter ajudado? E se Eriky aceitasse? Ela desviou a atenção dos gritos e se voltou para Draco ao seu lado. Com uma das mãos ainda segurando a taça que levantara brinde, Draco tinha um sorriso malicioso e sensual, o qual Ellie conhecia tão bem. O sorriso de quem aprontara. Ela franziu para ele, e Draco apenas brincava com a taça. Ellie seguiu o outro braço dele, e por baixo da mesa, viu a mão de Draco segurar a varinha.

- Draco... – Ellie sussurrou, mas ninguém prestava atenção no meio da discussão – O que você fez? – Ellie mirou Eriky de novo e viu a cara distante e abobalhada dele. Ela arregalou os olhos para Draco novamente que ainda sorria satisfeito. – Draco...você o amaldiçoou com Imperius?

- De que adianta ter fama de vilão, se eu não posso nem usar feitiços contra quem quer tirar você de mim?

Draco sorriu e Ellie fez um não com a cabeça também sorrindo. Seus olhos brilharam e pensara que nunca recebera um presente de Natal tão bom.


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Notas finais do capítulo

Capítulo 46 em breve!