Harry Potter Por Olhos Negros escrita por CY


Capítulo 33
Enigma do Príncipe - 08


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo segue o FILME:
Harry Potter e o Enigma do Príncipe - (Parte 08)



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Harry passou o Natal com os Weasley mais uma vez, e se aproximou ainda mais de Gina. Ela havia brigado com Dino, mas Harry não tinha coragem de fazer alguma coisa, ainda mais na casa dela com seus inúmeros irmãos mais velhos. Depois de contar a Rony sobre o que ouvira de Snape e Draco, Rony lhe explicou que quem fazia o Voto Perpétuo, morreria se não o cumprisse. Harry tentou contar a Lupin sobre tudo, mas Remo alegou que se Dumbledore confiava em Snape, a Ordem também confiava. Contrariando as opiniões, o Sr. Weasley contou a Harry sobre o que era o Armário Semidouro, o que intrigou Harry ainda mais.

Na mansão Malfoy, Ellie passava o pior Natal de sua vida. Seu pai se fora, Draco estava insuportável e Bellatrix. Só Bella já era um motivo. Isso porque Ellie não sabia das metades das coisas que Bella fazia por Voldemort, por trás das costas até de Narcisa, sua própria irmã. Na noite em que Bella atacara a Toca, a procura de Harry, Ellie estava em seu quarto, e só agradeceu a saída de Bella, sem saber o que a titia aprontava.

– Minha mãe está chamando para o jantar. – Draco entrara no quarto de Ellie e a vira mexendo em seu colar.

– Não estou com fome.

Draco fechou a porta, e não respondeu mais nada. Ellie ainda olhava para a porta fechada quando ela voltou a abrir.

– Senhorita, Lizzy pode ficar aqui?

– Dormir aqui? – Ellie via o elfo parado em frente a porta.

– Sim. Se a senhorita deixar e se a Sra. Malfoy não souber...

– Nunca me pediu isso. O que aconteceu Lizzy?

– É a Sr. Lestrange...Lizzy não gosta dela. – O elfo olhou para baixo.

– Ninguém gosta, Liz. – Ellie sorriu e o elfo se sentiu aliviado. – Vem. Sobe aqui.

O elfo subiu na cama e se ajeitou, enquanto Ellie lia um livro.

– Lizzy, - Ellie abaixou o livro - Acha que eu exijo demais das pessoas?

– Do que a senhorita esta falando?

– Às vezes eu acho que dou o melhor de mim, e só acabo me machucando com ou outros.

– A senhorita brigou com o menino Malfoy não foi?

– Como sabe? - Ellie fitou o elfo.

– A senhorita não aceitaria ele fazendo algo para Voldemort. E por esses dias, Lizzy o viu se trancando em seu quarto – Lizzy olhou para Ellie – Eu o escutei gritando com ele mesmo. Parecia bem perturbado.

– É disso que estou falando...Eu deveria ajudá-lo! Não deve ser fácil essa pressão. Mas quando eu penso que ele aceitou isso de primeira... Meu sangue sobe. Você entende? - O elfo fez que sim com a cabeça enorme.

– Porque a senhorita não fala com ele?

– Não adianta Liz... – Ellie suspirou – Parece que quanto mais eu tento, mas ele fica parecido com Lúcio.

– Ah, isso é mentira...

– Como assim? - Ellie viu um sorriso de Liz.

– A senhora não desceu ontem também. Mas no almoço, quando eu fui servi-lo, sabe do que ele chamou Lizzy?

– Elfo estúpido...

– Não! De Liz senhorita. O Sr. Malfoy chamou Lizzy por apelido!

O elfo sorriu bobo e Ellie franziu a testa. Aquilo não era coisa de Draco. Ou ele estava tão avoado e preocupado que acabou apelidando o elfo, ou... Não! Quem aceita uma missão daquelas só pode ter enlouquecido. Não tinha como. Lizzy era um elfo meio atrapalhado. Podia ter ouvido errado. Só podia.

– Isso não explica nada , Liz... – Ellie voltou pro livro.

– Ah...Mas Lizzy gostou muito senhorita. – O elfo olhou para a cabeceira e arregalou os olhos – Olha! Ela abriu!

A rosa que Harry lhe dera ainda estava laranja, mas o botão preto se abrira. Agora estava uma rosa aberta laranja e uma branca. Como Neville disse que ficaria. Ellie esticou o braço e tocou na rosa branca. A rosa branca ficou laranja e alegre como a primeira.

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Na volta a Hogwarts, os alunos do sexto ano começaram as aulas de Aparatação. Não era nada fácil, e alguns alunos tinha bastante dificuldade, mas as aulas ainda durariam muito até todos pegarem o jeito. Ellie era uma das que conseguia aparatar sem problemas e ajudava aos outros. Além da Aparatação, Harry ainda tinha que se aprofundar na Penseira, e cada vez mais conhecia Voldemort. Mas Dumbledore tinha uma lembrança que estava incompleta. A missão dada a Harry era tirar do professor Horácio o resto dessa visão, que era crucial para o diretor.

Naquela manhã, a neve já ia se desmanchando e o sol começava a aparecer discretamente, deixando a Primavera se aproximar. Ellie e Lilá estavam descendo para o café da manhã, quando a Prof. Minerva as parou no corredor.

– Lilá, preciso falar com você – A professora não tinha um olha muito bom – Sinto lhe dizer, mas ontem a noite... - Lilá prestava atenção - O Sr. Weasley fora envenenado por...

– O meu Uon-Uon? Onde ele está? – Lilá se apavorou – Preciso vê-lo!

– Está na enfermaria, mas...

– Já estou indo meu amor! – Lilá passou por Ellie e Minerva correndo em direção à enfermaria. Minerva arregalou os olhos para ela.

– O que aconteceu? – Ellie caminhava com Minerva seguindo Lilá.

– Parece que Ronald comeu um bombom com Amortentia, e quando Harry o levou ontem a noite para o Prof. Slughorn desfazer o encanto, eles tomaram hidromel e...bem...estava envenenado. Graça ao bezoar que Potter lhe dera, graças a Deus não aconteceu o pior...

– Mas quem tentou envenenar o Prof. Horácio?

– A garrafa Ellie... – Minerva sussurrou para os alunos em volta não ouvirem – Era um presente de Horácio para Dumbledore.

Ellie se enfureceu. Draco de novo!

– Onde vai Srta. Malfoy? – Minerva viu Ellie parar de andar. – Achei que fosse ver o Sr. Weasley. Não são amigos?

– É por isso mesmo que não vou vê-lo. Tenho uma coisa antes pra resolver.

Minerva viu Ellie correr e virar um corredor e mesmo estranhando, seguiu seu caminho para a enfermaria. Ellie só poderia correr para o Salão da Sonserina, mas encontrou Draco antes disso. Ele estava com Snape, e Ellie se escondeu antes de ser vista.

– Consegue pelo menos fazer uma coisa certa? – Snape colocara Draco na parede do corredor vazio – Ou vai falhar como seu pai!?

– Deixe meu pai fora disso! – Draco era ríspido

– Escute aqui. Eu prometi lhe proteger. Mas se você continuar se arriscando desse jeito, vai ficar difícil...Muito difícil Draco.

– Draco eu estava te procurando... – Ellie aparecera interrompendo a conversa de propósito.

Severo largara Draco ao ver a menina chegando. Ele deu um último olhar frio para eles e saiu virando o corredor em silêncio.

– Obrigado. – Draco se aproximou de Ellie. - Achei que ele...

– Reze para que Rony se recupere. – Ellie o fitou com raiva lhe interrompendo – Já não foi suficiente atacar Katie? Eu posso até te livrar das brocas de Snape, mas se alguém descobrir que você está por trás disso tudo, antes da sua linda missão...Eu não vou mexer um dedo pra te salvar.

– Não vai brigar comigo desta vez? – Draco abaixou o olhar.

– Você não merece nem o tempo que eu perco com você...

Ellie tinha ido para brigar com ele, mas Snape o fizera primeiro. Livrou Draco por pena, mas sua piedade não durou muitos segundos. Deixou Draco parado no corredor enquanto voltava para a enfermaria. Talvez tivesse notícias de Rony. Draco ficou ali parado mais uma vez. A cabeça pesou e ele pensou em tudo, menos em falhar da próxima vez. Chega de envenenar ou amaldiçoar. Faria frente a frente. Ele e Dumbledore, como Voldemort pedira. Tinha que acabar com a angustia o quanto antes. Para isso, desviou a raiva para o esforço de terminar logo com o Armário Semidouro.

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Ellie saiu da aula de Feitiços com Hermione e entro no dormitório feminino com ela. Ao abrirem a porta, deram de cara com Lilá e Parvati que haviam chegado minutos antes. As duas olharam feio para Hermione. Lilá fez questão de olhar só para Ellie.

– Oi Ellie!

– Oi Lilá...Parvati – Ellie falou com a voz baixa. Lilá e Parvati descera passando pelas duas e fecharam a porta com força.

Hermione e Ellie ficaram olhando para porta por alguns segundos.

– Eu sabia que ela não gostava de você, mas porque isso agora?

– Por causa do Ron – Hermione de apoiou no pé da cama enquanto Ellie sentou em um baú do quarto.

– Como assim?

– Quando Rony acordou do medicamento que a Madame Pomfrey lhe deu, por causa do veneno, a primeira coisa que Rony disse foi... –Hermione sorriu de lado corando

– Foi o que mulher? Me conta!

– Foi o meu nome.

– AHHH! – Ellie tapou o próprio gritinho com as mãos – Desculpa...Jura?

Hermione fez que sim com a cabeça.

– Hermione...Isso é perfeito!

– Não Ellie, não é não.

– Porque? – Ellie tirara o sorriso franzindo.

– Porque agora Lilá vai ficar achando que eu fui a causa da separação deles!

– Eles terminaram? – Ellie voltou a sorrir. Ela se levantou e pegou nos braços de Hermione – Eu não disse que não ia durar! Agora vá lá e fique com ele! Se declare!

– Ellie... – Hermione olhara para o lado – Eu não sou você. E por favor...por favor não conte nada ao Rony. Não tente dar de cupido, ok?

– Você já me conhece tão bem assim...?

– Prometa!

– Ai! Droga! Ta bom...Prometo não tentar nada. – Ellie a largou e deu um último sorriso antes de sair cantando pelo dormitório como uma criança:

“ Hermione e Rony na escada, se beijando! Primeiro o casamento, depois...”

– Sério mesmo? – Hermione a pegou pela mão puxando a para a porta. Ellie parou de cantar e deu uma gargalhada – Vai. Vamos descer pra almoçar sua peste!

– Chata... – Ellie revirou os olhos e riu mais uma vez. Elas desceram para o Salão Principal.

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A Primavera já tomava forma de cores e céu aberto ficava por volta do castelo. Os alunos tinha acabado de sair de mais uma aula de Aparatação quando foram lanchar no fim da tarde no Salão Principal. Apenas os alunos da Grifinória e os da Sonserina estavam com o horário livre, o que fazia as mesas estarem um pouco mais vazias. Ellie estava no fim da mesa da Grifinória conversando com Neville, e do outro lado da mesa, Harry sentava com Ron, enquanto o amigo dizia o porque de seu termino com Lilá.

– Só espero que ela ainda olhe na minha cara. – Rony sentou na mesa da Grifinória que estava com poucos alunos.

– Eu terminei com Ellie e ficou tudo bem... – Harry tenta ajudar já que Ellie estava do outro lado da mesa e não o ouvia.

– Não sei... Lilá é difícil sabe... – Rony percebeu Mione ali e se calou.

– Não se preocupe Ron. Você não é o único. – Gina estava de cabeça baixa ao laod de Mione.

– Não fique assim... – Hermione passou os olhos de Gina para Harry, que estava feliz por Gina ter finalmente terminado com Dino.

– Harry... – Rony desviara a atenção do amigo para Gina e olhara para a mesa da Corvinal. – Não é Katie conversando com Cho ali?

– É...é sim Ron – Harry se levantou imediatamente e seguiu para o fim das mesas.

Você ficou sozinha? – Cho era preocupada.

Não, eu fiquei com meus pais no St. Mungus, mas estou melhor...Só pude voltar agora e...

Katie? – Harry chegara perto das duas. – Posso falar com você?

Cho olhou para Harry assentindo e lhe deixando com Katie.

– Harry... – A voz de Katie era fraca ainda – Sei que vai me perguntar quem me enfeitiçou mas eu realmente não me lembro...Eu...não consigo me lembrar...

– Mas você está melhor?

– Estou sim....eu só... – Katie fitara para a entrada do salão. Harry se virou e viu o que deixara Katie naquele estado assustado. Era Draco. O culpado aos olhos de Katie estava ali e Harry percebera. Precisa de respostas.

Na fim da mesa da Grifinória, onde Harry conversava com Katie, Ellie ouvira a conversa dos dois e também viu Draco chegando. Draco viu os três lhe fitando e deu meia volta assustado. Sabia que tinha culpa no cartório. Ellie viu Harry deixando Katie no vácuo e sair correndo atrás de Draco. Ela só teve tempo de sair com dificuldade da mesa para seguir os dois.

Harry! Espera! – Ellie gritava, mas Harry já tinha virado o corredor, saindo do salão atrás de Draco – Ai, Droga! Isso não vai dá certo...

Ellie acelerou o passou e esbarrou em um aluno da Lufa-Lufa. Quando saiu do salão e virou o corredor não viu nenhum dos dois. Ellie virou mais um corredor qualquer e nada. Nada. Nenhum sinal dos dois. Colocou a mão na testa e uma voz fria soo atrás dela.

– Srta. Malfoy...

– Snape! Ainda bem! – Ellie estava afobada – Você viu Draco ou Harry?

– Eu vi... – O fantasma Nick Quase-Sem-Cabeça passava ali – Foram para o banheiro à direita. Brincando de pega-pega eu acho...

Snape olhou sério para Ellie e os dois saíram apressados deixando o fantasma confuso. Quando viraram o corredor da direita ouviram barulhos de porcelana quebrando. Os vasos e pias do banheiro não se destruíam sozinhos assim. Estalos eram ouvidos, junto com passos acelerados dentro do banheiro. Ouviram uma última voz do banheiro.

Sectumsempra!

Ellie entrou e desde a porta, vira o chão inundado, como se todas as torneiras tivessem sido abertas por horas. Ellie finalmente adentrou no hall do banheiro escuro. Na frente da fileira de pias destruídas pelos feitiços, Ellie arregalara os olhos ao ver o corpo de Draco no chão. Ele sangrava como se mil balas o tivessem perfurado. O sangue que corria da blusa branca manchada, escorria pelo chão se misturando a água que as pias quebradas lançavam. Draco tremia no chão com o corpo esticado, o que fez Ellie se arrepiar de medo.

Draco... – Ellie se ajoelhou e se inclinou ao corpo dele sujando sua mão de sangue ao tocá-lo desesperada. Ela apalpava seu peito esperando segurar o sangue. O uniforme dela encharcou ao se ajoelha na água vazada. O Prof. Snape chegou em seguida e se apressou também para Draco no chão.

– Ellie, se afaste – A voz de Snape nunca fora tão baixa.

Ela foi um pouco para o lado e viu que não via brilho nos olhos claros de Draco. Passando a mão nos cabelos loiros dele, ela finalmente olhou para frente e viu Harry ali parado em pé. Seus olhos eram culpados.

Harry...- Ellie sussurrou – O que você fez? – Ela fez uma voz chorosa e voltou a olhar Snape em desespero. – Salve ele, Severo. Por favor... – Ellie deitou seu rosto no ombro de Draco – Volte Draco...volte.

Vulnera Sanentur... Vulnera Sanentur... - Snape apontava a varinha para Draco, a fazendo percorrer seu corpo quase como em um ritual.

Harry olhava assustado para o que fizera. O feitiço que jogara em Draco era um dos que vira no livro do Príncipe Mestiço. Estava com tanto ódio por Draco fazer aquelas coisas. E por ele fugir, Harry sabia que ele era culpado pelo o que havia acontecido com Katie ou Rony. Não tinha como negar. Mas só ali vendo Draco coberto de um sangue vermelho vivo, que Harry entendera o que fez. Os olhos de Ellie não podiam ser mais preocupados e os de Snape, mais concentrados para salvá-lo nas palavras desconhecidas. Harry viu o sangue de Draco ir voltando aos pouco para o corpo com as palavras de Snape, mas isso não servia de nada até que Draco acordasse.

– Vá chamar a enfermeira Potter! – Snape o fitava com ódio e gritou – Ande!

Harry saiu correndo e o fez. Madame Pomfrey chegou com a ajuda de Argus Filch e levou Draco pra enfermaria. Snape ainda examinava Draco na cama da enfermaria enquanto Ellie e Madame Pomfrey olhavam atentas.

– Vou avisar Narcisa. – Snape se afastou finalmente.

– Dou algo a ele Severo? – Madame Pomfrey nunca vira um ferimento daqueles de uma vez só.

– Só dê algo para cedá-lo. A dor ainda vai ficar por uns dias. – Snape ia se retirando da enfermaria.

– Snape... – A voz de Ellie era fraca mas parara o professor. – Ele vai ficar bem?

– Dê tempo ao tempo. E vigie para que Draco não faça outra idiotice. – Snape olhou satisfeito – Quanto ao Potter... eu cuidarei dele.

Severo levantou a capa e saiu rapidamente a procura de Harry, deixando Ellie com Draco na enfermaria. Madame Pomfrey viu que ela o olharia e foi com Snape buscar algo para fazê-lo dormir quando acordasse. Porque por hora, Draco não mexia um dedo se quer. Parecia um sono profundo, mas Ellie sabia que não era isso, o que a deixava sem chão.

Ellie passou aquela noite ali. E a noite seguinte...e o resto da semana dormindo na enfermaria. Até que Draco acordasse, ela não sairia dali. Pela segunda vez, Ellie sentiu um ódio enorme. Se Draco fazia aquelas atrocidades para Dumbledore, Harry não era diferente depois disso. Tão cedo, não iria quer ver Harry na sua frente.


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Notas finais do capítulo

Capítulo 34 em breve!