Harry Potter Por Olhos Negros escrita por CY


Capítulo 28
Enigma do Príncipe - 03


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo segue o FILME:
Harry Potter e o Enigma do Príncipe - (Parte 03)



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A medida que descia cada degrau tinha mais vontade de acabar com a raça de Bellatrix. Ela estava sozinha na sala e não havia mais ninguém entre ela e Bella. Lizzy ficara lá em cima ainda amedrontada pela fugitiva de Azkaban na casa.

– O que faz aqui? – Ellie se segurava para não tirar a varinha do bolso e atacá-la.

– Muito prazer em te conhecer também, sobrinha. – Bella tinha aquele tom fino de voz e não fazia a menor ideia por que Ellie lhe olhava com tanto ódio.

Ellie já estava a ponto de esquecer tudo que fizera até então e jogar tudo para o alto: sua missão, seus ideiais e até a cabeça de Bellatrix sairia voando. Mas algo desviou a atenção de Ellie para Bellatrix quebrando a tensão. A porta alta da sala de jantar se abrira e mostrara o porquê da visita de Bella. Atrás dos olhos desesperados de Narcisa e Draco que caminhavam na frente, estava ele. Ellie nunca o vira, mas estava mais que certa do porquê que as pessoas o temiam. Voldemort. Apenas ele. Estava em seu manto escuro, com seu ar negligente e seu jeito rude. Caminhava satisfeito atrás de Narcisa que estava em choque.

– Ora, ora... – Voldemort se aproximara de Ellie – Esta é a nova integrante desta humilde família?

– Sim Milorde - Narcisa ainda tinha um ar de preocupação.

– Interessante. – Voldemort cortou Narcisa e rondava Ellie analisando a de cabeça a baixo. Ellie se mantinha parada, apavorada por dentro e forte por fora. Não podia temê-lo. Tinha que se mostrar indiferente. Voldemort finalmente falou desviando sua própria atenção da menina – Vamos Bella. Temos mais coisas a fazer.

– Eu acompanho vocês. – Narcisa se aprontara ainda em transe enquanto Bella seguia fielmente Voldemort para a porta.

Ainda com a espinha arrepiada, Ellie ficou sozinha com Draco na sala. Ele não tinha uma expressão muito boa e isso chamou sua atenção. O que raios Voldemort estava fazendo ali? Ellie juntou as peças rapidamente. Lúcio falhara e Voldemort era Voldemort. Como mais ele iria se vingar? Ellie se enfureceu ao pensar nas opções.

– Draco – Ele olhou para Ellie com os olhos baixos – O que ele veio fazer aqui?

– Você não precisa saber. Eu vou subir – Estava nos olhos e no tom de voz dele. Draco tentou subir as escadas passando por Ellie, mas ela o parou somente com a voz em fúria.

– Draco... – Ellie se aproximara e o fitava com nojo – Mostre seu braço.

– Do que você está falando?

Draco continuou imóvel com um pé no chão e outro na escada ao ouví-la. Estava com a cabeça cabisbaixa e sem conseguir olhar nos olhos de Ellie, o que a fez se enfureceu mais. Em uma ação sem prensar, ela puxou o braço dele a força e num ato agressivo ergueu a manga do blazer de camurça preta. E ali estava. A Marca Negra ainda flamejava.

– Não acredito nisso... – Ellie estava com uma cara de desprezo e soltou o braço de Draco rapidamente com força, jogando o no ar.

– O que você queria que eu fizesse?

– Qual a melhor mentira que você já me contou Draco? – Ellie elevava a voz - Prometer que não vai ficar igual a seu pai? Que não vai seguir os passos dele? Diz Drago, diz!

– Ele está furioso com meu pai Ellie, se eu não aceitasse, você acha que ele faria o que?

– Não sei! Mas qualquer coisa é melhor que isso.

– Ele ameaçou me matar. - Draco era pouco convincente para ela - O que você queria que eu fizesse?

– O que mais ele pediu? – Ellie já estava vermelha de raiva.

– Como assim?

– Não me faça de idiota! Ele não ia gastar viagem só pra vir te marcar. O que ele quer?

– Não posso te falar.

– Se você não falar... Eu vou embora dessa casa hoje mesmo! – Ellie fitava os olhos de Draco que fugiam de vergonha.

– Droga Ellie! – Draco sabia que o que ela falava, ela cumpria. Não teve escolha. – Ele me pediu pra... – Como diria aquilo para Ellie? Abaixou a voz ainda mais – Pediu para eu acabar com Dumbledore.

– O que!? Você enfiou a varinha no ouvido quando aceitou isso?!

– Não tenho saída Ellie. Ele vai me matar ...

Draco a encarou por alguns segundos e ela já estava quase vomitando de ouvir aquelas desculpas vazias. Só podia chamá-lo de uma coisa.

– Covarde.

Ellie o fitou e não podia acreditar no que estava ouvindo. Ali na beira da escada, Ellie passou por Draco e subiu primeiro que ele esmagando cada degrau. Ellie sabia que Draco nunca venceria Dumbledore a esse ponto e não se abalou. O que a deixava furiosa era a decisão de Draco de aceitar uma coisa dessas. Draco ficou ali perdido. Aceitara para o pedido do Lorde das Trevas, mas sabia também que Ellie nunca aceitaria aquilo. Preferia vê-lo morto a assassino. Draco não tinha escolha. Deixaria Ellie se enfurecer sozinha e não ia desistir. Não depois de ver o que sua mãe passara desde a prisão de seu pai e como ficaria mais eufórica se ele renegasse. Iria seguir com os planos de Voldemort.

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A noite caia fria quando Ellie entro no quarto e deu de cara com uma mensagem em cima de sua cama.

“Ellie,

recebi sua carta. Já estou sabendo sobre a missão de Draco. Severo soube ontem à noite por Voldemort e já havia me alertado. Quando chegar em Hogwarts conversamos mais, sabe que tenho viajado muito e estou sem tempo agora. Por favor, convença Narcisa a pedir a Snape que proteja Draco. Só o faça o quanto antes. É crucial que você convença a Sra. Malfoy disso. É o único jeito de contornarmos essa situação. Não faça perguntas e não se afaste de Draco por causa disso. Ainda mais nesses tempos.

A.

Ellie lia a carta que magicamente aparecera em sua cama. Obviamente Dumbledore não iria se arriscar mandando corujas. A carta se alto queimou assim que Ellie terminou de lê-la, deixando cinzas que desapareceram no ar. Ellie respirou fundo e sentiu um alívio. Pelo menos Dumbledore já sabia que corria perigo nas mãos de Draco. Sabia que o diretor havia pedido para ela não se afastar de Draco para poder descobrir mais. Mas fingir que ela aceitava a missão que Voldemort lhe dera não seria fácil. Ellie se enfureceu ao pensar nisso. Respirou de novo e se concentrou na missão que o diretor lhe dera. Resolveu esquecer por um instante e encontrar logo Narcisa, como quem não quer nada.

– Cissa? – Ellie abrira a porta do quarto de Narcisa. – Posso entrar?

– Claro. – A voz vinha do lado direito da cama de casal. Narcisa estava na penteadeira antiga.

Ellie entrou e reparou no sofá verde musgo que se encostava na janela. Bellatrix estava sentada apreciando suas unhas cumpridas, e agora cuidadas depois de tanto tempo em Azkaban.

– O que ela faz aqui de novo? – Ellie se enchera de ódio novamente. Aquelas não eram suas melhores férias também.

– Bella ficará conosco, querida. - Narcisa se levantara e caminhara até Ellie - Me fará companhia já que Lúcio...Bem...Você sabe.

– Não vai ser divertido sobrinha? – Ellie queria vomitar com o sobrinha de Bellatrix.

Que tal: “Não! Não vai se NADA divertido sua vaca maldita!

– Claro tia! – Ellie podia ser tudo, menos fraca. Aceitara continuar na missão e o dia pra se vingar de Bella chegaria. Mas até lá as aparências importavam.

– Que bom... Espero que se deem bem! – Narcisa sorriu olhando para as duas.

– Pode apostar Cissa. Bella e eu temos várias coisas em comum... – Os olhos de Ellie eram indecifráveis.

– E então...O que queria falar comigo?

Ellie viu a atenção de Bella se voltar para as duas enquanto se acomodava no sofá. Era tão curiosa quanto perversa.

– Sobre Draco.

– O que tem ele? – Cissa abrira um sorriso forçado.

– A missão que Voldemort lhe mandou fazer.

– Como você sabe pivete? – Bella se levantara assustada chegando perto da irmã e da falsa sobrinha.

– Draco me contou – Ellie percebera a fúria de Bella – Mas fique tranquila titia. Sou tão fiel a Voldemort quanto você.

– Fale Ellie... - Cissa se aprontara – O quer saber?

– Não quero saber. Quero oferecer minha ideia.

– Que ideia medíocre uma novata teria? – Bella fazia aquele tom superior na voz fina. Ellie a ignorou e decidiu falar na sua frente mesmo.

– Cissa, estou preocupada com Draco. Acho que ele não está preparado pra isso.

– Quer se alistar? – Bella sugeriu

A imagem de Ellie matando Dumbledore lhe passara na cabeça. Ellie voltou ao quarto de Narcisa.

– Não. Voldemort...

– Olha! Ela fala o nome dele sem medo! – Bella se alegrara.

– Voldemort... – Ellie a ignorou novamente engolindo o ódio que vinha cada vez que Bella abria a boca – Voldemort pediu a Draco, não a mim. Mas temo por ele Cissa. Você podia pedir a alguém que o protegesse pelo menos.

Ellie lançou no ar e Narcisa olhou para o lado fazendo gosto da ideia.

– Claro que não! – Bella retrucara em uma voz alta.

– Não é uma má ideia... – Narcisa se sentia aliviada só com a ideia de seu filho estar mais protegido.

– Cissy! Não está falando sério. Voldemort confiou a missão á Draco. Ele devia se honrar...

– Quem será que poderia... – Narcisa cortou Bella

Ellie assistia Bella se enfurecer e Narcisa abrir uma luz nos olhos. Como quem não quer nada e como se a ideia tivesse lhe passado naquele instante, Ellie sugeriu.

– Snape.

– Aquele nojento? – Bella se enfurecera – Nem Voldemort confiaria isso a ele.

– Será que ele aceitaria? – Narcisa parecia só ouvir Ellie e estava com os olhos longes andando pelo quarto. – Bella, temos que falar com ele!

– Você enlouqueceu Cissy?

– Não posso perder meu menino, Bella. Severo pode ser minha única chance.

– Você só pode estar brincando... – Bella não se conformava

– Vamos amanhã. Não posso perder tempo. – Narcisa se aproximou de Ellie e a beijou na testa – Você sempre me salva não é? – Ellie sorriu e viu Narcisa passar por ela saindo do quarto animada com a ideia. Bella a seguiu eufórica para tentar fazê-la desistir.

Narcisa mordera a isca. Ellie fizera o que Dumbledore lhe pedira e agora era só esperar. Mas Ellie não entendia como isso poderia salvar Dumbledore. Salvaria somente Draco, mas o diretor ainda corria perigo nas mãos de Snape hipoteticamente. Ellie também não sabia até que ponto confiar em Snape. Mas se fosse pensar em tudo: Na morte de Sirius, na relação com Harry, na raiva de Draco, nos resultados dos NOMs, nas viagens que Dumbledore fazia para descobrir as Horcrux, e se Snape era confiável, Ellie iria enlouquecer mais do que se estivesse em Azkaban na mesma cela que Lúcio.


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Ellie ficou satisfeita ao saber que Snape aceitara o pedido de Narcisa, e sua mãe andava mais calma pela casa. A presença de Bella já estava tirando Ellie do sério naquele mês, mas como as aulas começariam em breve, ela se aguentou mais um pouco nas respostas grossas e diretas. Era de ferro mas nem tanto.

– Senhorita! Senhorita!

– O que foi? – Ellie estava em seu quarto quando Lizzy entrou desesperada no quarto. – Fala!

– Eu ouvi uma conversa de da Sra. Malfoy com Draco.

– Fala logo!

– Não é só sobre Dumbledore...Tem algo a mais!

– O que?

– Lizzy não sabe...

– Lizzy! Como você não sabe!? Você me assusta desse jeito e nem sabe o que é!

– Lizzy estava cuidado de sua vida quando passou no quarto de Narcisa e ouviu ela dizendo “tente manter isso longe de Ellie pelo menos, filho...”

– Isso o que? – Ellie se desesperara com o elfo.

– Não sei... Mas tem algo ai senhorita. E eles não querem deixá-la saber!

Ellie ficou aturdida. Tinha que tirar isso de Draco, mas já lhe ameaçara uma vez e acabou não falando mais com ele. Não podia acreditar que estavam lhe escondendo algo. O que seria? Era o trabalho de Ellie descobrir. Estava na mansão pra tirar essas informações e tinha que saber. Não podia jogar Draco na parede. Não ali na mansão. Resolveu se acalmar e esperar mais um pouco. Não era só Snape que protegeria Draco naquele ano. Mas Ellie também ficaria de olho nele.


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Notas finais do capítulo

Capítulo 29 em breve!