Harry Potter Por Olhos Negros escrita por CY


Capítulo 18
Ordem da Fênix - 03


Notas iniciais do capítulo

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Harry Potter e a Ordem da Fênix - (Parte 03)



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Sirius desfez a cara séria e centrada de sempre e pela primeira vez, Harry viu no rosto do padrinho, um olhar carinhoso. Para um abraço apertado, Ellie seguiu na direção de Sirius que a abraçou com força.

– Senti tanta saudade! – Ellie estava com a voz abafada pelo abraço.

– Eu também pequena. – Sirius respondeu de um jeito meigo que poucas vezes Harry tinha ouvido. Atordoado pela situação, Harry não se segurou.

– O que está acontecendo aqui? – Harry encarava Sirius que afastou a filha de seus braços. O garoto nem acreditava no que via.

– Tudo a seu tempo, Harry... – Dumbledore abandonara a xícara de chá em uma mesinha – Nós vamos lhe explicar tudo.

– Acho uma ótima ideia! Porque nós não estamos entendendo nada! – Hermione franzia a testa.

– Harry, - Sirius se aproximara em passos lentos do afilhado com Ellie o seguindo – Esta é minha filha, Ellie, mas acho que vocês já se conhecem. - Ellie dava um sorriso simpático atrás de Sirius, mas Harry não sabia se ficava confuso ou feliz com a notícia. Porque nunca contaram isso a ele? Ellie? A mesma Ellie que minutos atrás tinha o sobrenome Malfoy? Sem ter ao menos por onde começar a perguntar, Harry resolveu deixá-los se explicar.

Sirius agora estava ao lado de Dumbledore, lhe cumprimentando e Ellie ainda estava perto de Harry. Moody parecia não se importar com a notícia. Parecia não se importar com nada na grande maioria. Estava encostado num canto enquanto assistia a cena que se passava. Hermione não sabia que olhar demonstrar a não ser o de indignação. Ron estava confuso tanto quanto Harry e esperava respostas.

– Tudo começou há alguns anos... - Sirius se afastara do diretor e encostara na parede. Suspirou em um tom de que a conversa seria longa - Conheci a mãe de Ellie, em uma viagem para o sul com Lílian e Thiago. – Harry lhe dava toda a atenção - Camille Devour era linda. A mais linda moça que já conheci. – Sirius sorrira olhando para filha, que lembrava a mãe – Éramos jovens, nos apaixonamos, começamos a namorar e quando vi, tinha trazido Camille para cá e estávamos morando juntos não muito longe daqui.

– Nunca vi meu amigo se apaixonar - Lupin se levantara – Era a primeira vez que o víamos assim.

Sirius sorriu com o que Lupin dissera, andou alguns passos, colocou as mãos nos bolsos do sobretudo e continuou:

– Eu já estava coordenando a Ordem de Fênix, e seu pai, Thiago, me ajudava financeiramente depois que fui deserdado. Camille veio morar comigo, mas era segredo. Minha família nunca a aceitaria, e também já não falavam comigo direito. Somente seus pais – Sirius olhava pra Harry – e Lupin sabiam sobre Camille.

– Porque seus pais não a aceitariam? – Hermione olhara para Sirius.

– Minha mãe era trouxa – Ellie se adiantara e Hermione percebeu o quanto fora estúpida por achar que Ellie a julgaria por ser uma sangue-ruim. Sirius voltou ao raciocínio:

– Pouco tempo depois, recebemos a notícia que Lílian estava grávida de você, Harry. E a mesma coisa aconteceu com Camille. A notícia que teríamos um filho cada um, ao mesmo tempo, só uniu mais os Potter aos Black. Quase um ano depois, vieram as notícias que em meio a guerra, Voldemort procurava a famosa criança que nasceria no fim de julho. Infelizmente, também descobrimos que Camille estava com uma doença terminal. – Sirius pausara em meio a dor que lhe veio à memória de perder a mulher que amava. Ellie fizera o mesmo olhar. – O resto, a guerra, Voldemort, a morte de seus pais... Você já conhece. – Sirius abaixou os olhos para Harry.

– Naquela noite, – Dumbledore preenchia a memória - Quando pedi a Hagrid que te buscasse de Godric’s Hollow e te levasse aos Dursley, Hagrid pediu a Sirius sua motocicleta.

– No mesma hora em que soube, queria pegar quem havia feito aquilo com seus pais. Pegar Pettigrew por trair seus pais e me acusar daquele jeito. – Sirius estava sem um sorriso ao lembrar-se da morte de Thiago e Lilian - Antes de emprestar a motocicleta a Hagrid, eu deixei Ellie, que ainda era um bebê, com Remo, e fui atrás de Pettigrew.

– Na época eu não acreditei em Sirius, então fiquei com Ellie para que Sirius fosse atrás de Pettigrew e provasse sua inocência. – Lupin se levantara e ajudava na história. – Só não desconfiava que Pettigrew cortaria o próprio dedo, fingiria estar morto e incriminaria Sirius.

– Na mesma noite que procurei aquele canalha do Pedro, eu fui preso em Azkaban. Pedi uma última visita de Lupin, mas ele se negou a isso, achando que eu era realmente culpado.

– E eu me arrependo eternamente por isso, meu amigo... – Lupin colocara a mão no ombro de Sirius, com o olhar de desculpas e voltara o olhar para Harry – Eu não poderia ficar com Ellie. A semana seguinte era de lua cheia, e eu logo me transformaria em lobisomem. Chamei a única pessoa que se podia confiar naqueles tempos de guerra. – Lupin olhara para Dumbledore.

– Porque não me contaram isso antes?

– Harry, - Hermione o acalmava – Deixe eles contarem agora! – Dumbledore agradeceu Hermione com o olhar e prosseguiu:

– Obrigado senhorita Granger. Assim que Lupin me alertou, peguei Ellie em sua casa e a levei para um orfanato. Não a queria perto de Sirius, que na época fora posto como traidor, e também não conhecia ninguém da família Black que soubesse da existência de Ellie ou que aceitaria uma nova Black mestiça.

– Porque não a levou para a mãe dela? Para Camille. – Rony se metia também.

– Minha mãe morrera duas semanas antes do ataque aos Potter. A doença terminal não deixou que ela ficasse muito tempo comigo. – Ellie abaixou o olhar o que fez Rony se arrepender da pergunta.

– Espera! – Harry estava confuso e agitado – Estão dizendo que Ellie foi parar na casa dos Malfoy porque nem o Prof. Lupin, nem ninguém acreditou na inocência de Sirius?

– Em partes... – Ellie quem falara agora, colocando sua mão no ombro de Harry – O Prof. Lupin errou, mas isso deu a mim uma nova oportunidade.

– Do que você está falando? – Hermione estava curiosa.

– A minha entrada na casa dos Malfoy foi...Digamos... Planejada.

Harry não estava confortável com o que estava ouvindo, mas sabia que qualquer pergunta atrapalharia o raciocínio. Os gêmeos e Gina só ouviam atentos. Tanto Tonks, quando Moody, ou o Sr. e a Sra. Weasley não pareciam surpresos, tanto com a história, quanto com a visita inesperada que chegara minutos atrás. O que significava que eles já sabiam sobre Ellie há tempos.

– Planejada? Por que alguém planejaria se enfiar no ninho da cobra? – Rony estava de braços cruzados sentado no braço do sofá estampado. Dumbledore continuou:

– Levei Ellie para um orfanato bruxo naquela noite. Só não sabia que me encantaria com a criança que brincava com minhas barbas. – Ellie sorria para o diretor que parecia ver em seus olhos negros, a irmã Ariana que não teve chance de cuidar. – Estava conversando com a mulher que abrira a porta do orfanato quando ela me olhou surpresa. Minha barba estava pegando fogo nas pontas. Chamuscavam e logo as abanei. Ellie não estava só brincando com a minha barba como também ateara fogo nelas. Como uma bruxa tão pequena fez aquilo? – Dumbledore olhara de novo para Ellie que ria-se – Eu pergunto a ela até hoje.

– Um bebê de quase dois anos quebrou seu coração com a mágica atrevida... – Sirius sorria para a filha que já estava ao seu lado – Atrevimento está no sangue Black.

– E o que isso tem a ver com os Malfoy? – Harry se questionava depois de sorrir imaginando a barba de Dumbledore pegando fogo. Estava se acostumando com o fato de Ellie ser filha de Sirius.

– Harry, – Dumbledore se aproximara do garoto – Não sei se você sabe, mas a mágica não costuma se manifestar tão cedo. Ellie era uma peça rara, e eu não ia perdê-la. Tive que deixá-la no orfanato, pois eu já estava em Hogwarts, mas a levava para ficar comigo em todas as férias.

– Até descobrir anois depois que a Sra. Malfoy estava querendo adotar alguém e ter uma ideia brilhante. – Sirius revirara os olhos, fazendo sinal que não concordava com a tal ideia.

– As coisas estavam estranhas – Dumbledore ignorara Sirius – E você logo entraria em Hogwarts, Harry. Haviam sinais que Voldemort não estava morto, e estava voltando à ativa, e eu não podia deixar isso acontecer. Os Malfoy era uma das famílias mais ligadas a ele, e eu precisava de alguém ali.

– E eu estava bem treinada depois de tantas férias com Dumbledore – Quando Ellie disse isso, as coisas que estavam na sala começaram a flutuar. Abajures e cinzeiros ficaram no ar, as cortinar voaram levemente e a lâmpada piscava sem parar. Ellie demonstrava do que estava falando em segundos e cessara tudo em seguida, fazendo as coisas voltarem ao normal. Harry e os outros se assustaram com o que a menina fazia sem mexer uma única varinha.

– Viu do que estou falando? – Dumbledore sorria – Pedi a Ellie...

– Contra minha vontade. – Sirius interrompera e Dumbledore o ignorara mais uma vez.

– Pedi a Ellie que fosse para a mansão e vigiasse Lúcio, já que ele fora um Comensal da Morte. Precisa somente de informações. Tenho muitos espiões por ai, Harry, e Ellie é uma das melhores.

– Mas eles são horríveis! Como pode? – Hermione parecia furiosa em pensar na nova amiga nas mão dos Malfoy – O pai dela era inocente! Podia pelo menos não tê-la...

– Calma Mione – Ellie se aproximara – Eu aceitei!

– Você tinha o que? Oito, nove anos? Você não podia aceitar nada e..

– Eu quis! – Ellie sorria – Eu ouvia histórias desde pequena sobre Aurores e achava o máximo! Acho que se abrissem a porta do orfanato eu corria atrás de Voldemort sozinha. Eu queria! – Hermione não parecia convencida. – E caso eu não me adaptasse, eu diria a assistente que Lúcio me maltratava, e voltava para orfanato. Simples.

– Eu garanto a você senhorita Granger – Dumbledore olhara para Hermione – Que Ellie, felizmente, sabe se defender mais que todos juntos aqui. Senão, não a teria colocado com os Malfoy.

– Quem desconfiaria da menininha puro-sangue que Narcisa adotara? – Ellie riu-se.

– Mas você não é puro-sangue. E Lúcio só a adotou por causa disso. – Harry ainda estava chocado, mas participava.

– O feitiço Confundus que usei na recepcionista enquanto ela fazia um teste em Ellie assim que entreguei o bebe resolveu as coisas. Era melhor ninguém saber de onde Ellie vinha ou o sague que tinha. – Dumbledore falou com seu tom de voz solene. – Mas sim, Ellie é mestiça.

– E eu... - Ellie se erguera num ato de orgulho - Vou adorar o dia em que eu mesma contar isso ao Sr. Malfoy! – Ellie estava junto a Sirius agora, que sorria junto a filha.

Harry riu como todos ao imaginar a cara de Lúcio ao descobrir que criara uma mestiça em sua casa. Mas na cabeça dele, e talvez na de Hermione e Rony, passavam-se muitas coisas. Mestiça, filha de Sirius, aliada de Dumbledore, o que mais Harry não sabia sobre ela? Estava contente em ouvir que ela realmente não era uma Malfoy, que além do sangue, a intenção também não eram iguais ao daquela família horrorosa. Pensou na segurança de Ellie, mas lembrou-se do que ela fizera tão pequena e como a sala ficou minutos atrás. Parecia tudo bem. Bem até demais. “Filha de Sirius! Perfeito!” Era um dos pensamentos que mais vinha à cabeça de Harry, enquanto todos se recompunham da conversa ainda um pouco boquiabertos. Não havia motivos pra desconfiar dela, pois o próprio Dumbledore a criara. Era o que Harry queria ouvir. Viu Sirius conversando ao lado de Ellie sozinhos num canto. Contemplou uma cena que não se vê todos os dias: seu padrinho com a menina que ele gost... Gostava? Agora podia gostar. Estava livre de desconfianças que Hermione pusera em sua cabeça. E a própria Hermione já gostava dela. “Filha de Sirius”, o pensamento lhe veio de novo. Sirius percebeu o olhar fixo de Harry para ele e sua filha. Ellie olhou para Harry também, mas dessa vez, ele não desviou o olhar, e continuou olhando para pai e filha que sorriam de volta. Não tinha que esconder nada. Não precisava mais. Podia, queria, e ia gostar cada vez mais de Ellie.

– Bom... - Dumbledore se levantara saindo como se tivesse dado a notícia mais normal do mundo. – Acho que terminei por aqui. Obrigado pela recepção, Sirius.

– Volte sempre que quiser! Será sempre bem-vindo! – Sirius era receptivo ao apertar sua mão.

– Obrigado. E Harry – Dumbledore o encarava – Até...

Dumbledore queria dizer algo mais, mas sua cabeça estava longe. Andava demais preocupado com a volta de Voldemort, e deu pouca atenção a todos, que compreendiam a situação. A missão dele ali estava feita. Alertara Harry de sua jovem aliada. Ellie agora não era um mistério, e isso aliviava os pensamentos de Harry.

– Isso é incrível Ellie! – Hermione estava ao lado da amiga – Eu nunca ia imaginar!

– Desculpe não contar antes...Eu não podia.

– Tudo bem – Ron era agradável – Antes tarde do que nunca saber que você realmente não pertence aos Malfoy.

– Como você fez aquilo? – Hermione estava curiosa sobre a mágica feita.

– Não sei. – Ellie dava de ombros – Só me concentro. E acontece.

– Brilhante! – Rony também se lembrava do abajur flutuante que Ellie causara horas atrás.

– Posso falar com você? – Harry estava atrás de Ellie – A sós? – Olhara para Rony e Hermione que sorriram entre si.

– Claro! – Ellie acompanhou Harry até um canto do corredor onde ninguém os escutaria.

Sirius, que estava conversando ao lado de Lupin, viu os dois se afastando e gostou do que viu. Levantou um copo a Harry como num brinde de aprovação. Harry ficou sem jeito. Com Ellie, parou ao lado da escada.

– Você podia ter me contado!

– Não podia não!

– Droga Ellie... Você é filha do meu padrinho. Filha de Sirius...

– E você do meu....

– O que?

– Seu pai, Thiago, foi meu padrinho.

– Por Merlin Ellie! O que mais eu não sei? – Harry apertou os olhos e Ellie riu.

– Muita coisa. Mas eu te explico. Agora eu posso explicar.

– Podia ter feito isso há dois anos, não acha?

– Harry, acho que você não está entendendo. Meu trabalho é te proteger. Ou você acha que entrar no terceiro ano foi coincidência?

– Você disse..

– Harry, eu menti! Eu queria vir sim pra Hogwarts, desde o primeiro ano. E aliás, eu não vim antes por sua causa, e não porque Narcisa queria a Beauxbatons pra mim . Ok. Esse fato ajudou. Mas Dumbledore não queria que eu tivesse contato direto com você. Isso podia estragar seus planos.

– E agora?

– Agora Dumbledore viu que os sangues dos Potter e dos Black tem tendência a ficar unidos – Ellie sorria – Quando meu pai fugiu há dois anos de Azkaban, e todos achavam que ele queria matar você, Dumbledore achou que ele não faria nada muito louco contra você dentro da escola sabendo que a filha também estaria em Hogwarts. Por isso Dumbledore me pediu para eu falar a Narcisa que queria sair da Beauxbatons.

– E por que quando te conheci você disse pra eu não ter medo dele?

– No fundo, eu sabia que meu pai não era culpado. Sangue, amor, pressentimento, sei lá. Só sabia. Mas nem por isso eu deixei de te vigiar. Me surpreende você não me ver te seguindo algumas vezes no Mapa do Maroto.

– Como você sabe do mapa...- Harry se lembrou que ela era filha de um Maroto. - Esquece. No que você exatamente me seguiu?

– Eu vi Rony sendo arrastado pelo meu pai em forma de cachorro para dentro do Salgueiro Lutador no terceiro ano. Vi você e Hermione entrando pelo buraco também. Ou você acha que o Snape apareceu na Casa dos Gritos por que quis. Eu que o avisei!

– Como... – Harry estava pasmo. Estava sendo seguido esse tempo todo.

– Dumbledore também me deu permissão pra te ajudar nas tarefas do Torneio Tribuxo, por isso não era contra as regras...Mas você nem precisou! E aviseu que o falso Moody tinha te levado. Vi seu cabelo mudar e achei estranho.

– Droga Ellie! Mas você podia ter me dado dicas, não sei...

– Desculpe. Mas era parte do trabalho não te contar nada. Deixar você a salvo era prioridade. E Dumbledore só decidiu te contar agora porque Voldemort voltou. - Ellie colocara a mão no ombro de Harry, já esperando ele não compreender a situação toda e resolver não falar mais com ela. - Eu sei que errei. Mas era por você. Por todos, entende? – Harry a fitou com olhos sério, deixando Ellie sem esperança, e ele não estava com cara de quem estava querendo entender tudo. Harry finalmente sorriu.

– Então você é meu anjo da guarda? - Harry entendera sim.

– Se você vê por esse lado... Me sentirei bem melhor! – Ellie sorrira para ele. Os olhares fixos um no outro voltaram por longos segundos.

– Os pombinhos não estão com sono? - Sirius surgira quebrando o clima.

– Já vamos pai. Harry só está me perguntando algumas coisas...

– Pergunte amanhã. Está tarde. – Sirius era severo, mas não como Lúcio. Era protetor. Até mesmo se tratando de Harry, que lançava olhares secretos para sua filha. Ellie deu um último sorriso para Harry.

– Boa noite, Ellie. – Harry era só sorrisos, mas se controlara na presença de Sirius

– Boa noite, Harry.

– E para mim, hã? – Sirius a puxava de volta, prendendo-a em seus braços, segurando a menina – Anda! Ou está crescida de mais? – Ellie dava gargalhadas sem poder sair dos braços de seu pai.

– Ai! Saco, pai! – Ellie se soltara rindo – Boa noite.

Harry gostou da cena que vira e com atenção, seguiu Ellie subir as escadas que estavam ao lado. Sirius viu o sorriso bobo estampado no rosto do afilhado.

– Não pense que porque é meu afilhado que vai ser fácil assim... – Sirius apontava o dedo indicador para Harry que ficara sério. Já Sirius estava rindo por dentro. Harry seguiu para a escada também para ir se deitar. – Estou de olho em você, Harry!

– Sim, senhor – Harry estava apreensivo – Boa noite, Sirius.

– E Harry...

– Sim? – Harry já estava no quinto degrau e esperava mais uma bronca.

– Tem minha aprovação. Agora suba! Esta tarde! – Sirius voltou para a sala com um meio sorriso.

Hermione, Ron e os outros subiram em seguida, deixando os adultos conversarem mais lá em baixo. Nos dormitórios estava tudo calmo, menos a cabeça de Harry. O julgamento que decidiria se ele continuaria em Hogwarts depois de conjurar o patrono na frente de seu primo trouxa seria dali uns dias, mas o sorriso continuava em seu rosto, e o motivo não tinha nada menos, que olhos negros.


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Notas finais do capítulo

Capítulo 19 em breve!