Encontros e Desencontros escrita por Juubs


Capítulo 9
I know it, you know it. That you were made for me.




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Gil Grissom:

 Assim que abri os olhos, não a encontrei mais ao meu lado. Chamei pelo seu nome, mas ninguem respondia. Levantei, fui em direção a sala, olhei pela janela, seu carro já não estava mais lá. Voltei ao quarto, vi que tinha um bilhete jogado no lado que ela dormiu, o peguei e abri:

Bom dia, eu iria acorda-ló, mas voce estava dormindo tao profundamente que tive pena. Eu queria dizer que... Que gostei de saber que fui a sua escolha para te ajudar a arrumar a sua casa, bom voce poderia ter chamado qualquer garota do departamento, mas me chamou, então eu só queria dizer que gostei, menos da parte que fui chamada de tapada. Eu deixei a sua camisa abaixo do travisseiro, não fui embora com ela. Então.. é isso, até amanha, tenha um bom trabalho.”

Dobrei o bilhete e o pus novamente na cama. Peguei a camisa que estava abaixo do travisseiro, com um sorriso bobo a cheirei. Todo o perfume de Catherine estava espalhada por ela, eu fui em direção ao banheiro com ela na mão.

Tomei meu banho, fiz a barba e pus a camisa que Catherine usou na noite passada, me arrumei e segui para concessionaria. Comprei o carro, acertei a documentação e segui para o trabalho, já o dirigindo.

WB: Carro novo?- Falou vindo até mim.

GG: Pois é, comprei hoje.- O tranquei e me virei para o Warrick.

WB: Agora que as garotas enlouquecem.- Riu

Entramos no departamento juntos, lado à lado.

WB: Voce sabe que a Catherine não vem hoje, não é?

GG: Sei sim, ela me disse ontem.

WB: Onde voce e a Catherine foram ontem?- Perguntou curioso.

GG: Na minha casa, ela ajudou a arruma-lá... Por que a curiosidade?- Perguntei o olhando diretamente.

WB: Curiosidade apenas... Voce sabe o que falam de voces dois no departamento? Então.

GG: Somos só amigos, não há nada demais nisso. Não há nada de errado namorados se tornarem amigos.

WB Convenhamos, isso não é comum.- O olhei, não disse absolutamente nada.

Chegamos à sala de descanço, Jim separou os casos e me pos junto com o Warrick, já que era a folga de Catherine. O turno passou rapido, pelo ou menos para mim. Sai do departamento por volta das 20:00, iria para casa direto, mas resolvi dar uma volta na cidade com o carro.

Dirigia devagar, e me perdia entre as belas luzes da cidade, me encantava a cada metro que dirigia. Sou tirado desse curto transe, quando ouço gritos a alguns metros de onde estava passando. Paro o carro, olho diretamente e vejo um casal brigando. Continuo olhando e descubro quem era.

Catherine Willows:

CW: Para Eddie, para!- Gritei, tentando me soltar de seus braços.

E: Chega de fazer seu joguinho Catherine! Eu quero voce, agora!- Disse me empurrando contra o carro, prendendo os meus pulsos e beijando o meu pescoço. Ele colocava a mão por dentro da minha blusa, tentando arranca-lá. Eu o afastei por impulso, cuspi com nojo em cima dele, o mesmo revidou com um tapa forte no meu rosto, me fazendo cair no chão.- Vagabunda!

GG: Catherine?- Falou desesperado, aproximando-se de nós dois.- O que houve com você?

CW: Vai embora Gil, por favor.- Falei com a mão no rosto, segurando o choro.

GG: Não, eu não vou te deixar sozinha.- Disse estendendo a mão para mim, mas Eddie o empurrou, o fazendo desiquilibrar.

E: Não escutou ela não? Vai embora! O assunto é entre nós dois!- Falou com odio na voz. Gil se recompos e acertou um soco no rosto dele, o fazendo cair no chão. Eddie pos a mão na boca e viu um pouco de sangue sair, olhou com raiva para Gil, se levantou, enfiou a sua cabeça no abdomen do mesmo, o pressionando contra o carro. Eddie tentava acertar Gil, mas não conseguia, o empurrou no chão e os dois sairam rolando, um batendo no outro. Gil o prendeu no chão e começou a bater nele.

GG: Cafajeste, covarde!- Gritava a cada soco que dava.- Vagabunda é sua mae, seu lixo!

CW: Gil para, para!- Disse o puxando pelo braço, mas ele não parava.- Voce vai matar ele!

GG: É isso que ele merece Cath, ele merece morrer e nunca mais bater em mulher alguma, esse cretino.

CW: Por favor Gil, para... Eu preciso de voce.- Falei em um tom baixo, ele parou por alguns segundos, saiu de cima do Eddie. O mesmo estava com o rosto machucado, cuspindo sangue. Gil me olhou doce, eu me aproximei dele, o abraçando forte. Chorava no seu peito, enquanto ele passava a mão no meu cabelo, com a minha cabeça abaixo do seu queixo.

GG: Calma pequena, já passou.- Sussurrou. Ele me afastou novamente dele e, olhou para o Eddie, respirando ofegante.- Se voce tentar ir atras dela, tentar encostar um dedo nela, eu mato voce, juro que eu te mato, seu lixo.- Ele deu um chute na barriga dele, o fazendo tossir e cuspir mais sangue.- Voce me escutou? Eu m-a-t-o voce!- Sussurrou. Gil o olhava com odio, ameaçando bater mais, quando eu o puxei pelo braço.- Vamos Cath.- Disse me abraçando novamente e me guiando até o seu carro.

E: Voces vao ver, eu vou te pegar Gil! E o mesmo para voce, Catherine, sua vadia!- Falou embolado em meio ao sangue. Gil olhou novamente para a sua direção.

CW: Vamos embora, por favor. Ele não vale a pena.- Falei baixo. Gil olhou para mim, com um sorriso timido e entrou no carro, no banco do motorista. Colocamos o cinto e ele dirigia. Eu tentava não encara-ló nos olhos, de tanta vergonha, olhava para a janela.- Desculpe Gil.- Falei baixo.

GG: Não precisa pedir desculpas, voce não fez nada.- Sussurrou.- Quem é aquele cara?

CW: Ele foi um garoto que eu fiquei por muito tempo, uns meses atras, ele tinha meu telefone, me chamou para sair hoje e eu aceitei. Ele não era assim, ele parecia inofensivo, até o momento que eu disse que não o queria na minha casa, que eu não queria que a noite se estendesse. Depois disso ele perdeu o controle e se transformou no que voce acabou de ver.

GG: Voce não precisa disso, realmente não precisa. Voce é uma mulher linda, inteligente, divertida.. Não precisa sair com esse tipo de homem, pra mim nem homem é, esse moleque.- Falou com uma voz doce, mas sério. Eu fiquei em silencio, não tinha nem palavras para retrucar. Ele parou diante a minha casa, e me acompanhou até a porta.

CW: Obrigada Gil, de verdade. Se voce não estivesse lá, eu nem sei o que seria de mim.- Falei com voz de choro.

GG: Ei, não pensa assim...- Me interrompeu.- Eu estava lá e acabei com ele.

CW: Obrigada.- Sussurrei, nos olhamos por um longo tempo, até eu quebrar o silencio.- Voce deve estar cansado, o turno deve ter sido grande hoje. Melhor voce ir para casa, eu vou ficar bem... Amanha a gente se vê.- Falei tentando fechar a porta.

GG: Não, espera.- Segurou a porta.- Deixar eu ficar só mais um pouco aqui com voce, só para garantir que ele não fará nada.- O olhei indecisa por alguns segundos, até que abri um sorriso em meio aos meus labios. Dei espaço para ele entrar e, o mesmo fechou a porta.

Fui em direção a uma gaveta e, peguei um maço de cigarro. Tirei um, pus na boca e o acendi.

GG: O que voce está fazendo?- Falou surpreso, me olhando diretamente.

CW: O que parece isso para você?- Ironizei.

GG: Isso faz mal a saude, tem nicotina, isso vicia, faz mal ao pulmão, causa cancer!- Falou incredulo.

CW: Eu sei disso tudo, eu sou uma cientista como voce.

GG: Se voce sabe disso tudo, porque está fumando?

CW: Eu não fumo sempre, eu só fumo quando estou nervosa.

GG: Voce sempre foi nervosa, sempre!- Falou sério.- Me da isso.- Estendeu a mão.

CW: Eu não vou dar nada a voce! Voce não é meu pai.

GG: Claro, se eu fosse, voce não estaria fumando!- Gritou.- Agora me dá isso Catherine, eu não estou brincando!- Disse tentando pegar da minha mão, mas eu recuava. Ele segurou o meu braço com força e arrancou o maçoo da minha mão, junto com o cigarro que já estava acesso. O apagou, amassou um cigarro de cada vez e jogou todos na lixeira.

CW: Voce é maluco?- Gritei.- Voce vai comprar outro pra mim, agora!- Falei nervosa, o olhando com odio.

GG: Eu não vou comprar nada, voce não vai mais usar aquilo, me entendeu? Eu não quero ver voce fumando, nunca mais!

CW: Voce não manda em mim, voce não é meu pai, eu já disse.

GG: Eu não sou o seu pai, mas eu estou tentando cuidar de voce e quero que voce me obedeça, entendeu Catherine Willows?- Falou firme.

CW: Idiota, eu te odeio!- Gritei, batendo forte no seu peitoral. Ele segurou o meu braço, me olhando nos olhos.

GG: Voce pode me bater a vontade, gritar, esperniar, agir como uma adolescente mimada, mas eu vou cuidar de voce, querendo ou não. Eu não vou mais deixar voce sair com esses moleques, não vou deixar mais voce ficar fumando e usando desculpa que está nervosa, não mesmo. Quer bater? Pode bater, mas nada vai mudar.- Falou firme, me olhando nos olhos, eu desvenciliei os meus braços, saindo de perto dele e subindo correndo para o meu quarto, com lagrimas nos olhos. Olhava pela janela da mesmo, até que sinto uma mão no meu ombro.- Desculpa, eu acho que fui grosso com voce. Sabe, voce às vezes me tira do sério.- Sussurrou. Eu me virei para ele, o olhando diretamente e o abraçei forte, ele demorou a corresponder. Ele me afastou devagar, passou a mão no meu cabelo, me olhando nos olhos com um sorriso- Ele te machucou, aquele desgraçado.- Falou baixo.- Deixa eu fazer um curativo nisso, antes que inche.

CW: Não precisa, foi só um tapa.

GG: Catherine, hoje voce não está em condições de discordar de mim, então me diz onde está a sua caixinha de prontos socorros e, me deixa fazer o seu curativo.

CW: Tudo bem, hoje você me venceu.- Sorriu, sentando na cama.- Esta ai, na cômoda.- Ele pegou a caixa e se sentou a cama ao meu lado, passou a mão devagar no meu rosto, jogando a minha franja para o lado e passando algodão com soro por cima, me fazendo morder os lábios de tanta ardência.- Está doendo.- Falei baixo.

GG: Sinal que está fazendo efeito.- Sorriu.- É só para limpar o machucado.- Ele pos a mão no meu queixo, eu fechei os olhos, ele continuava a passar o algodão por cima do machucado e logo depois, fez o curativo.- Pode abrir os olhos Cath, está pronto já.- Riu. Abri os olhos devagar, colocando a mão sobre o machucado e certificando que estava com o curativo.

CW: Obrigada, grandalhão.- Sussurrei. Ele riu, se aproximou de mim e beijou a minha testa. Afastou-se novamente, levantando da cama.

GG: Eu acho que já vou embora, agora voce está bem, com todos os cigarros estragados. - Sorriu. - Até amanha Cath.- Ele saia de perto de mim, quando eu o puxei pelo braço, devagar, o suficiente para ele me olhar.

CW: Fica aqui comigo, cuida de mim.- Passei a mão no seu rosto, me aproximando dele. Ele me olhava diretamente, sem reação. Meus lábios tocaram os dele, devagar, assim como o nosso primeiro beijo. Dei um selinho demorado e inocente, fui me afastando devagar os meus lábios, ainda o olhando nos olhos, na ponta dos pés.- Igual quando éramos adolescentes.- Falei baixo.

GG: Catherine...- Falou no mesmo tom de voz que o meu, passando a mão no meu rosto.

CW: Não diz que foi errado Gil, por favor. Fica comigo, cuida de mim, não vai embora... Eu preciso de você, aqui.- Sussurrei em um tom doce. Aproximei-me novamente dele e, o beijei.


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