Encontros e Desencontros escrita por Juubs


Capítulo 4
Nos conhecendo novamente.


Notas iniciais do capítulo

Haha, eles são tão fofos!



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Gil Grissom:

Entrei no vestiário, os meninos estavam lá, conversando sobre o placar do jogo da noite passada. Entrei devagar, para não incomoda-lós.

NS: Sabia Warrick, que o novato está arrasando com os corações dessas mulheres? Está arrancando sorrisos e suspiros por onde passa. - Brincou, enquanto trocava de camisa.

WB: Isso é verdade, senhor Grissom? - Riu

GG: Eu não sei de nada! Não encanto ninguém. - Sorri, desabotoando a minha camisa.

NS: Vai me dizer que esse seu jeitinho quieto, esse furinho no queixo, esse sorriso de canto e essa voz que as mulheres estão falando que é “sexy”, não encanta?- Brincou novamente. - Podemos discutir sobre isso no bar.

GG: Como assim?

WB: Nós sempre saímos todas as noites, depois do turno. É uma coisa de homens... Nós vamos sair agora. - Fechou o armário. - Quer ir?

GG: Bem que eu queria, parece divertido, mas não dá para ir hoje.- Coloquei outra camisa, fechei o armário e os olhei.

GS: Por que não?- Intimou curioso.

CW: Já podemos ir, Gil. - Disse encostada na porta, segurando sua bolsa.

WB: Está explicado porque ele não quer sair com a gente. Olha isso. - Disse se referindo a Catherine.- Nós três não podemos competir com ela.

CW: Pois é, ninguém pode competir comigo. - Riu

GG: Tenham uma boa noite. - Disse me aproximando de Cath.

GS: A sua será melhor que a nossa, pode ter toda a certeza. Enquanto eu estiver naquele bar, escutando Nick e Warrick discutirem sobre todos os tipos de jogos imaginados ou apostando para ver quem bebe mais. Vendo Nick cantar da forma mais ridícula e estúpida o possível as garotas. Já você, estará em um lugar calmo, sóbrio e com a Catherine.- Nick e Warrick o olharam incrédulos, nos fazendo ri.

CW: Vamos Gil, é muita besteira junta. - Riu, me puxando pelo braço para fora do vestiário, e entrelaçando o seu braço no meu.

Catherine Willows:

Entramos no carro, comigo dirigindo. Parei em frente a uma lanchonete e saímos juntos. Entramos, fizemos o pedido e sentamos um de frente para o outro. Olhei ao redor e tive um ataque de risos.

GG: O que foi? De que você está rindo?- Sorriu, sem jeito.

CW: Estou pensando na primeira vez que eu te vi, quando eu fui correr atrás de você te acusando e você me chamou para lanchar. - Ri. - Agora, depois de 6 anos estamos fazendo a mesma coisa.

GG: Ah, é isso. - Sorriu.

CW: Você está tímido comigo?- Perguntei curiosa

GG: Um pouco, confesso.

CW: Por quê? Conhecemos-nos a tanto tempo, trabalhamos juntos e já namoramos também.- Sorri.

GG: É, eu sei. Mas, agora é tudo diferente, você mudou em todos os aspectos, se tornou uma mulher linda, inteligente e esperta.

CW: Você também mudou! Tornou-se um nerd muito charmoso. - Ri

GG: Obrigado, eu acho. - Sorriu.

O nosso lanche chegou, a garçonete ficou o olhando, deixando Gil sem jeito e com um sorriso tímido em meio aos lábios.

CW: Viu?- Falei o olhando, enquanto a garçonete saia.

GG: O que?

CW: Ela está te paquerando. - Olhei para a menina que encosto no balcão, virada para a nossa mesa, nos olhava sem ser nada discreta, melhor o olhava sem cessar. - Vai atrás dela, aproveite que o turno dessa moça acaba daqui a alguns minutos e consiga um numero de telefone, ou quem sabe até algo a mais. - Sorri sem jeito, pegando a minha bolsa. Levantei, porém ele me segurou pelo braço devagar, me olhando nos olhos.

GG: O que você está fazendo?- Falou baixo.

CW: Estou indo embora. - Falei no mesmo tom. - Eu não quero atrapalhar a sua noite, ou você pensa que ela vai chegar aqui comigo sentada junto com você? Enfim, estou empatando a sua primeira noite na cidade do pecado. E, você sabe... Tem que entrar com o pé direito.

GG: Para.- Me interrompeu.- Senta ai.- Falou baixo e, me olhou convincente, fazendo-me sentar à mesa.- Você não está empatando ou seja lá o que for a minha primeira noite em Vegas. Pois, eu quero uma companhia, quero conhecer a cidade e conversar com você. Se eu quisesse uma menina de apenas uma noite, iria a um clube de strip. Na verdade, eu não me importo com ela, me importo com você. Para mim, ela é só mais uma menina suspirando por mim hoje. Eu chamei você para sair comigo, estou dividindo as minhas batatas contigo e não com ela.- Sorriu, um sorriso lindo, como os de anos atrás.- Então, deixa ela me olhar, deixa ela nos olhar.

CW: Bobo. - Sorri.

GG: Às vezes. - Sorriu. - Então, como você escolheu esse trabalho?

CW: Na verdade, ele me escolheu. - Peguei a batata e comi.

GG: Como assim?

CW: Eu achei tudo isso interessante, misterioso, fascinante, emocionante e excitante. - O olhei sedutoramente. - É como me sentir em um filme de suspense todos os dias.

GG: E eu achava isso tão... Tão nerd!

CW: E, é. De certa forma, é muito nerd saber de tantas coisas, trabalhar com tantas coisas. Mas, fazer o que? Coisas nerds me atraem, me fascinam. - Sussurrei, o deixando sem palavras.

GG: Sabia que você nunca seria uma garotinha do campo, desde a primeira vez em que te vi, a achei muito marrentinha para se conformar com uma vida calma e tranquila em Montana. Você sempre gostou do perigoso, misterioso, inusitado.

CW: Acabou de provar que me conhece como ninguém. - Ri

GG: Mas, você foi transferida para cá?

CW: Não, vim por conta própria. - Tomei o suco- Minha mãe se mudou para cá assim que nós dois terminamos. Formei-me e estou no departamento desde então. E você? Foi transferido?

GG: Também não. Eu vim para cá por conta própria, pois sempre tive uma enorme vontade de conhecer Las Vegas, de saber se era mesmo tudo o que diziam. Mas, também vim por causa do laboratório, já que é excelente.

CW: Todos tem uma grande curiosidade sobre Vegas, é incrível! Confesso que essa cidade é especial, é tudo que eu sempre quis. A rua é movimentada e iluminada noite e dia. Nada aqui para, é o dia inteiro. Eu me sinto como se tivesse nascido aqui.- Sorri.- Quem me vê, nunca acredita que eu sou uma garota do campo, que nasci e fui criada em um lugar calmo.

GG: É mesmo.- Pegou batatas- Se eu não te conhecesse, nunca pensaria que você é de Montana.- Sorriu.- Mas, me conte... Você está namorando?

CW: Não, por quê?- Intimei curiosa.

GG: Não, por nada, curiosidade apenas. - Sorriu sem jeito.- Eu vejo você naquele departamento e todos os homens esperando uma chance para lhe convidar para sair e, você simplesmente ignora ou finge que não vê... Por quê?

CW: Porque eu gosto de me sentir desejada e intocável ao mesmo tempo. Gosto de saber que os homens perdem a falar diante ao meu sorriso. Gosto de saber que eles ensaiam no espelho, que nem babacas, para me convidar para sair e quando ficam frente à frente comigo, a conversa não prospera, a voz não sai, assim como o Vartan, eles ficam tímidos. Eles fazem uma conversa forçada, ensaiada, o coração acelera, as mãos soam frio. Gosto de saber que eles têm medo de mim, de levar um fora meu. Gosto de me sentir poderosa, de saber que eu, de saber que eu tenho influência sob eles sem ao menos conhecê-los intimamente. Amo saber que os domino sem nenhum esforço. - Falei baixo, com a voz sedutora, sorrindo sarcástica. Gil me olhava, como se estivesse procurando a palavra certa para se expressar.

GG: Olha, se você não fosse uma ótima CSI ou desistisse da carreira forense, seria uma bela dominatrix.- Eu sorri.- Não, isso é sério. Você foi brilhante.

CW: Eu sempre sou. - O olhei diretamente.

GG: Convencida. - Suspirou, me fazendo ri.

CW: Mas, e você? Namora?

GG: Eu não.

CW: Por quê? As mulheres o querem.

GG: Mas, eu não as quero.

CW: Espera, você virou gay?- Perguntei em um tom de voz baixo, assustada.

GG: Não!- Gargalhou. - Eu sou completamente hétero, Cath. Eu só não as quero, pois elas tentaram me manipular. Tentarão se igualar a mim, ter os mesmos gostos que eu tenho, para me ganhar.

CW: Simplificando, você acha que não demorará muito e as mulheres que o desejam, começarão um amor mais que primitivo pelos seus bichinhos nojentos?- Ri.

GG: É bem isso. - Sorriu. - Por literatura, palavras cruzadas, insetos, livros... E não é um clone meu que procuro, pois se fosse assim, casaria comigo mesmo. - Brincou.

CW: E o que você procura?- Perguntei curiosa.

GG: O meu oposto. Uma pessoa que seja sincera e diga na minha cara que odeia os meus insetos, que os acha nojentos e tem extremo horror deles. A garota que eu mais brigue e que ao mesmo tempo mais cuide. A garota que me xingue o tempo todo e logo depois me encha de carinhos.

CW: Isso foi bem fofo. - Sorri.

GG: Eu sempre sou assim, a fofura em pessoa. - Brincou.

CW: Depois eu sou a convencida. - Suspirei.

GG: Mas, você é, muito convencida. - Riu. - Você já namorou?

CW: Sim, você! Ou já esqueceu?

GG: Não, nunca vou esquecer... Quero dizer, depois de mim.

CW: Já namorei sim... Meus livros de ciência forense.- Brinquei.- Ia para cama com ele todos os dias, sempre dormia com aquele troço pesado em cima de mim.- Ri.- Agora é sério, eu não namorei mais ninguém, você foi o único. Desde que me formei, não tive tempo para mais nada sério, me aprofundei literalmente, os estudos, nos livros para valer! Sai com alguns caras, porém nada demais, já que eles não me aguentavam falar tanto sobre estudos e também eu nunca me interessei por nenhum deles. E, você?

GG: A mesma coisa. O trabalho ocupou todo tempo que eu tinha e o que eu não tinha. Acumulei uma gaveta cheia de telefones de garotas, que eu jamais retornei. Eu fiquei com algumas, mas nada que se concretizou de fato. A única que eu amei de verdade e namorei foi você, unicamente você.- Me olhou, com um sorriso mágico em meio aos lábios.

CW: Uma gaveta cheia de telefones jamais retornáveis? Vamos discutir sobre esse ponto, Gilbert.

GG: Odeio quando você me chama de Gilbert!

CW: Eu sei, por isso que eu chamo - Ri


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Notas finais do capítulo

E ai? Cath é o oposto dele, sim ou com certeza? haha.



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