Encontros e Desencontros escrita por Juubs


Capítulo 39
Talvez tarde demais.




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CW: Talvez. Se eu tivesse namorado o Vartan, deixá-lo morar na minha casa sem contar nada a você, tentasse agarra-ló em um momento de fraqueza e depois disso tudo, viajasse para outro estado sozinha com ele. Somente nós dois. Sem conhecer ninguém, sem ser amigo de ninguém, ter somente ele como companhia, você teria ciúmes?- O olhei fixamente, ele não respondeu. Entrou dentro do box, fechando a porta com nós dois do lado de dentro.- O que você está fazendo? Deveria estar se arrumando. – Sussurrei, o olhando assustada, ele apenas sorria, aproximando-se de mim. Jogou-me contra a parede, segurando a minha cintura. Olhou-me diretamente, mexendo no meu cabelo, nos beijávamos lentamente. Ele intensificava o beijo e eu apenas correspondia. A água caia sobre nós, molhando toda a sua camisa e o seu cabelo. Porém, ele não parecia se incomodar estava concentrado em mim. Apertava as minhas coxas, subindo-me para o seu colo. Continuava a me beijar, cada vez mais feroz. Sua boca descia para o meu pescoço, onde despejou intensas mordidas e chupões. Beijou-me novamente, segurando o meu pescoço, dominando-me por completo. Parou o beijo na mesma agilidade que começou, saiu do box rindo, deixando-me ali, querendo um pouco mais dele.- O que significou isso?- Sai do box, atrás dele, com a toalha enrolada no corpo o olhando surpresa na porta do banheiro. Ele permanecia na minha frente, com o sorriso estupidamente lindo no rosto.

GG: Uma resposta a sua pergunta.- Aproximava-se de mim novamente, acariciando o meu rosto.- Eu teria sim, muito ciúmes se você fosse trabalhar em outro lugar com o Vartan, possivelmente eu iria junto ou não deixaria você ir. E nem seria questão de não confiar em você, mas sim saber do que um homem é capaz para conquistar uma mulher. Porém, você é diferente de mim, eu sei que você confia em mim e de alguma forma acha injusto eu ficar aqui com a oportunidade que está sendo oferecida a mim. Você não precisa confiar na Heather, você não precisa acreditar que ela não sente nada por mim, só precisa acreditar no meu amor por você. Ou você acha mesmo, que depois de tudo que eu fiz para ter você, aqui, do meu lado, eu ia estragar em vão? Acha que depois de todo o meu esforço para ter você somente para mim, eu iria de trair com outra mulher, alias, com a Heather?- Silencio.- Nunca. Eu amo você, amo do mesmo jeito que eu amava há 6 anos atrás.- Mantinha seus olhos vidrados em mim, me beijando lentamente. O puxava para mim, juntando nossos corpos. Ele parava o beijo, parecia apressado. Acariciou o meu rosto, lentamente, me fazendo fechar os olhos.- Eu preciso ir.- Sussurrou. Eu fiquei em silêncio, tinha vontade de puxa-ló e não deixa-ló sair mais daquele quarto. Dizer para que ficasse comigo, para sempre, mas eu não pude, alias, eu não posso. Então, dei um sorriso, para que parecesse que já estava tudo bem.

CW: Ok.- Falei no mesmo tom, virando-me. Entrei novamente no banheiro, me arrumando lá. Sai minutos depois, passando a maquiagem. Gil estava sentado na cama, olhando-me em silencio.- O que faz ai?

GG: Eu estou te esperando, para que eu possa ir junto com você ao trabalho, para me despedir dos outros.

CW: Não precisa, eles não chegam essa hora.- Virei-me para o espelho, com o batom na mão.- É melhor você ir ao aeroporto logo e esperar a Heather lá.

GG: Não quer que eu te leve para o trabalho?

CW: Não precisa se atrasar por mim. Já pode ir ao aeroporto.

GG: Nossa, há minutos atrás eu pensei que voce não queria que eu fosse, agora, voce está praticamente me expulsando de casa.- Riu. Eu permaneci em silencio, guardando o batom. Sorri para ele, um sorriso amarelo, sem vontade. Sai do quarto, desci as escadas, pegando a minha bolsa no sofá. Ele descia logo atrás, correndo pela escada e, finalmente, passando a minha frente e abrindo a porta para mim.

CW: Obrigada.- Falei tímida, como se ele fosse um desconhecido e não o meu marido. Porém mesmo assim, passei, saindo de casa. Entrei na garagem, entrando no meu carro. Gil vinha atrás de mim, abrindo a porta do meu carro antes que eu saísse.

GG: Já que você não quer que eu te acompanhei até o departamento, melhor nós nos despedirmos aqui.- Falou com um sorriso nos lábios, beijando-me.- Eu te amo muito.- Sussurrou me dando um selinho.

CW: Depois nos falamos direito... eu tenho que ir.- O empurrei devagar, fechando a porta e saindo da garagem.

Seguia todo o caminho da minha casa até o departamento, segurando o choro, porém não conseguindo evitar algumas lagrimas que caiam dos meus olhos. Como eu era estupidamente orgulhosa, em deixar o primeiro e único homem que eu amei ir embora assim... Como se não fosse nada, como se não significasse nada para mim.

Enfim, cheguei ao departamento. Antes de sair do meu carro, retoquei a minha maquiagem que estava levemente borrada. Peguei a minha bolsa, que se localizava do meu lado, no banco do passageiro e finalmente sai. Ia em direção a entrada do mesmo. Andava apressada, em passos largos, séria sem ao menos olhar para o lado. Tudo que eu mais queria, era entrar na minha sala e me entregar lá pelo resto do dia.

Abri a porta da minha sala e fechei desesperadamente, encostando-me na mesma e me mergulhando em lagrimas.

GS: Cath?!- Falou o meu nome, olhei para frente assustada e me deparei com todos ali. Nick, Greg, Sara e Warrick, sentados a me olhar.- Por que está chorando?- Aproximou-se de mim.- O que houve?- Perguntou carinhoso, segurando a minha mão.

CW: O que vocês fazem aqui?- Ignorei Greg, falando com os outros.

NS: Warrick disse que o Gil ia voltar, disse também que você ia voltar a ser... A nossa Catherine.-

CW: Ele disse.- Virei-me para ele.

WB: É, eu disse.- Sussurrou desapontado, aproximando-se de mim, enquanto Greg se afastava.- Cadê o Gil, loira?

CW: A caminho do aeroporto.- Falei no mesmo tom que ele, segurando o choro.

WB: E o que você faz aqui?

CW: Trabalhar?

SS: Você deveria está com ele, deveria trazer ele de volta.- Intrometeu-se.

WB: A Sara tem razão.- Puxou-me pela mão, porém eu recuei.

CW: Eu não quero impedi-ló, eu não posso.- Soltei a minha mão da dele, insistindo em ficar na frente da porta.- É a sua única chance, eu não posso fazer isso com ele. E além do mais, não dá mais tempo. Já são 8:30.- Sai da frente da porta, desanimada, sentando ao lado de Sara.

GS: Que horas o vôo dele sai?

CW: Às 10:00.- Respondi, sorrindo simpática.

WB: Então tem muito tempo para você impedi-ló.- Falou determinado, se aproximando de mim e me pegando no colo, à força. Todos o olhavam surpreso, inclusive eu.- Abrem a porta, temos um lugar para ir.- Sara rapidamente o obedeceu. E ele, forte, me levou para fora da minha sala. Andando pelos corredores assim. Eu comecei a me rebater e a dar fortes socos em seu peitoral, coisa que não adiantava muito.

CW: Quando eu  consegui sair daqui, você vai ver só!- Gritei. Todos saiam de suas respectivas salas e olhavam para gente.

WB: Ah, quando você sair do meu colo, é capaz de eu ganhar um beijo e não mais tapas.- Brincou.

Ele continuava a andar apressado, até a saída do departamento. Corria, praticamente comigo em seu colo, até ficar de frente ao seu carro. Pegou a sua chave no bolso da sua calça e abriu a porta do passageiro. Colocou-me sentada no mesmo e em seguida, entrou no carro.

Ele dirigia com pressa, porém atento.

CW: Para que isso tudo?- Falei assustada.

WB: Porque eu não ia agüentar ver você se culpando, chorando pelos cantos, se afastando mais ainda da gente, porque não engoliu o seu orgulho.

CW: Não estou falando disso.- Ri.- Por que dirigir que nem um condenado? Eu não quero parar na mesa do legista.

WB: Não se preocupe com isso, eu sou um menino de Las Vegas, ninguém sabe dirigir melhor que eu nessa cidade. A conheço como a palma da minha mão.- Brincou, me olhando rapidamente, logo se virando para o transito.

Warrick chegou rapidamente ao seu destino, como já era de se prever. Parou o carro de frente para o aeroporto, olhando diretamente para mim. Eu fui calada, mantinha a minha cabeça baixa. Ele acariciou o meu cabelo, chamando a minha atenção para ele. Olhava-me paciente, dizendo com os olhos, que eu deveria ir.

CW: Eu não posso.- Falei baixo, já com lagrimas nos olhos.

WB: Mas, você deve.- Falou no mesmo tom que eu.- Se não, nunca perdoará a si mesma.


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