GG: Você não deveria concordar- Ri.- Enfim, eu não posso viver sem você. Eu errei não contando sobre a Heather, errei não defendendo você da minha mãe, mas eu posso mudar e vou. Isso nunca mais voltará acontecer, confie em mim.- Aproximei-me dela, segurando a sua mão.- Me dá só mais uma chance, para eu cumprir a promessa em te fazer feliz. Deixa eu te mostrar que te amo de verdade, não é apenas da boca para fora, eu te amo muito. Eu quero ficar com você, eu quero dividir o mesmo espaço, a mesma cama. Eu quero acordar e ter você ao meu lado. Ver você dormindo como se fosse um anjo.- Acariciei o seu rosto.- Eu quero um lugar só nosso. Eu quero uma família Catherine. E... Eu só posso fazer isso com você.- Falei baixo, aproximando o meu rosto do seu. Ela estava quase se entregando novamente, sentia quase os meus lábios tocarem o seu, quando ela se desviou.

CW: Mas eu nunca quis isso.- Falou direta.- Não é o meu sonho, casar e ter filhos. Eu não estudei para isso. Eu meio que estava fazendo esse esforço por nós dois, mas agora a ficha está caindo... Eu não seria feliz junto com você, pelo simples fato em não concordar com casamentos.- Aproximou-se da porta, a abrindo.- Desculpa, eu não posso e eu não quero.

GG: Ok.- Aproximei-me da porta.- É a sua ultima palavra?

CW: Sim.- Abaixou a cabeça.

GG: Sabe.- Segurei a mão que estava o anel que eu tinha dado a ela.- Você deveria inventar desculpas melhores para não casar comigo.- Sorri, dei um beijo  no seu rosto e sai da sala.- Eu não vou desistir de você.- Sussurrei, andando logo em seguida por aqueles extensos corredores.

Passaram-se cerca de um mês e meio, faltava apenas alguns dias para o casamento. Gil fazia questão de lembrar a Catherine quase todos os dias que a esperaria no altar, que não tinha desistido dela nem mesmo por um segundo. Já ela, se fazia de difícil, fingia não se importar, mas no fundo gostava de tudo que ele estava fazendo para “reconquista-lá”.

Catherine Willows:

Era cerca de 10h00min horas da manha. Estava deitada no meu quarto, tinha acabado de acordar, porém estava com preguiça de fazer alguma coisa, afinal era a minha folga.

Escutei batidas na porta. Hesitei em levantar, para que a pessoa fosse embora, mas ignorar só piorou. O barulho aumentava a cada segundo. Decidi então levantar, coloquei um hobby por cima da camisola que eu vestia e desci as escadas devagar, com esperança de que a pessoa desistisse. Enfim, cheguei até a porta, a abri devagar.

SS: Bom dia Cath!- Falou alto, animada, entrando.

CW: O que você faz aqui? Não deveria estar trabalhando?- Falei sonolenta, fechando a porta.

SS: Sim, deveria. Mas, eu vim trazer uma coisa para você.- Sorriu, entregando uma roupa tampada. Que parecia apenas o cabide

CW: Ah...- Sorri, totalmente desinteressada, abrindo o fecho. Vi o vestido de noiva, voltei a encarar Sara com raiva.- Você só pode estar de brincadeira.- Joguei, praticamente, o vestido em cima dela.

SS: Ué, por quê?- Segurou o vestido.- Você acha que uma noiva entra de blusa e calça jeans no casamento?- Brincou.

CW: Vocês não desistem mesmo, não é? Eu não vou a casamento nenhum!- Sentei no sofá.

SS: Ah, você vai.- Ficou na minha frente.- Olha esse vestido, ele é lindo!

CW: Casa você então.- Respondi com raiva. Ela ignorou o comentário e prosseguiu.

SS: Ele é perfeito em você. Tem um decote na medida certa, vai valorizar as suas curvas, é fácil de colocar e de se tirar também. Você tem que usar isso, é lindo.

CW: Como você conseguiu as minhas medidas?- Perguntei curiosa.

SS: Eu sou sua melhor amiga, eu sei as suas medidas.

CW: Como você conseguiu?- Insisti.

SS: Ah, eu fiz as provas do vestido. Menti, dizendo que o noivo faria um casamento surpresa para a noiva. Nós duas, somos quase do mesmo tamanho... Foi fácil.

CW: Você é inacreditável!- Suspirei admirada.

SS: Eu sei, eu sou demais.- Riu.- Agora eu tenho que ir, eu tenho que trabalhar. Eu vou deixar esse vestido aqui.- Colocou no meu colo.- Porque eu sei que você vai cuidar dele direitinho.- Sorriu.

Andou até a porta, saindo da minha casa. Fiquei sentada por alguns minutos, mexendo no vestido, com um sorriso no rosto.

Passaram-se os dias que faltavam para o casamento. Catherine e Gil não falavam sobre isso, mas ela sabia muito bem onde estaria sendo realizado o casamento e sabia que ele estaria lá, a esperando no altar.

Gil Grissom:

Era de manhã, estava faltando apenas horas para o casamento. Nick, Greg e Warrick estavam no meu quarto, me ajudando a arrumar o terno.

GS: Você está bonitão, mesmo que a Catherine não for, você consegue se casar.- Riu.

GG: Muito engraçado, senhor Sanders.- Ironizei. Acertando a gravata, diante ao espelho.

WB: Você realmente acha que ela vai?- Perguntou curioso.

GG: Sim, eu acho.- Virei-me para os meninos.

NS: Olha, eu não quero ser estraga prazeres, mas a Catherine não é o tipo de mulher que volta atrás. Se ela disse não, temo que seja não.

GG: Eu sei, ela é uma mulher difícil. Mas, eu também sei que ela falou isso apenas para não dar o braço a torcer, para não ferir o seu orgulho. Afinal, ela é humana e além do mais, eu tenho certeza que ela continua apaixonada por mim.- Ri, convencido.

BG: Meninos.- Abriu a porta.- Será que vocês podem sair um instante, eu quero falar com o Gil.

GS: Tudo bem, senhora Grissom.- Andava em direção a porta.

GG: Fale o que quiser, na frente deles.- Segurei o Greg pelo braço.

BG: Gilbert, por favor.- Falou séria, me olhando fixamente.

NS: Não tem problema, nós o esperaremos na Igreja.- Saiu, com Warrick e Greg indo atrás dele.

GG: O que a senhora quer? Não vê que eu estou me arrumando para o meu casamento?- Falei grosso, me virando novamente para o espelho.

BG: Não fala assim, eu sou a sua mãe.- Aproximou-se de mim.

GG: A gente não escolhe a família.- Respondi direto, recusando a olha-lá.

BG: Olha a convivência com aquela menina lhe fez, está agindo como uma criança.- Falou em um tom superior.

GG: Aquela menina, se tornou uma mulher e o seu nome, é Catherine. A minha futura mulher.

BG: Ela não vai aparecer! Ainda dá tempo de desistir e não fazer papel de idiota naquele altar, esperando por uma mulher que te disse não varias vezes.

GG: Se eu fosse à senhora, torceria para que ela aparecesse. Porque se eu a perder de vez...- Aproximei-me dela.- Você pode esquecer que tem um filho, pois eu vou esquecer que um dia eu tive uma mãe.- Sussurrei, saindo do quarto, batendo a porta com força.

Cheguei na sala, todos me esperavam. Heather se levantou do sofá. Ela vestia um vestido apertado no corpo, de cor violeta, não muito chamativo, se não contasse que valorizava totalmente as suas curvas e era impossível nenhum de nós, homens, presentes naquela sala, não a olhasse por apenas um segundo.

HK: Podemos ir?- Olhou para mim, pegando a sua bolsa de mão no sofá.

GG: Podemos.

HK: E a senhora Grissom?

GG: Ela sabe onde é Igreja.- Falei direto, fazendo todos se entreolharem em absoluto silencio.

NS: Então... Vamos?- Quebrou o silencio, indo em direção a porta e a abrindo. Ia logo atrás dele, Heather continuava a me olhar sem parar.

GG: O que foi?- Perguntei curioso, a parando na frente de casa.

HK: Sua gravata.- Se aproximou de mim.- Está todo desajeitada, não percebeu?- Ficou diante de mim, a arrumando, me olhando diretamente. Warrick e Greg tinham parados na porta de casa, apenas a olhando de cima abaixo.- Pronto, agora sim.- Sorriu, a deixei passar a minha frente, entrando no carro, sentando no banco de trás. Voltei a encarar os meninos, que estavam surpresos, continuavam parados, olhando Heather á distancia.

GG: Ei, vocês dois.- Falei em um tom alto, estalando os dedos.- Vão pegar os babadores.- Brinquei. Greg passou a minha frente, indo em direção ao carro.

WB: Ei.- Me chamou antes que eu seguisse em frente.- Você ainda quer se casar?- Sorriu, apontando disfarçadamente para Heather. Eu a acompanhei por alguns segundos e voltei a olhar para Warrick, que esperava uma resposta.

GG: A Heather é uma ótima pessoa e linda também, mas eu amo a Catherine.- Sorri, batendo no seu peitoral e indo em direção ao carro. Onde sentei no banco da frente, junto com o Greg que iria dirigir. Enquanto Nick e Warrick, praticamente, babavam por Heather no banco de trás.

Chegamos à Igreja, Sara arrumava as flores. O padre iria entrar no altar em seguida. Não tinha muitos convidados, apenas o pessoal do departamento, amigos íntimos. Posicionei-me no altar, olhando sem cessar para entrada da Igreja.

Passava-se mais de duas horas que já tinha todo chegado, até mesmo a minha mãe, que estava ao lado de Heather. O padre me encarava, sem parar.

GG: Cadê a Catherine?- Falei aflito

SS: Noivas se atrasam.- Tentou me acalmar.

BG: Quando dizem sim, obviamente.- Sussurrou. A encarei, com a cara feia e logo depois me virei para frente.

GS: Eu acho que mais uma vez a Catherine cumpriu com a sua palavra.- Falou baixo. Sara logo deu um tapa no seu ombro.

SS: Fica quieto.- Sussurrou.

Passou mais algum tempo, cerca de uma hora. Eu soava frio, andando de um lado para o outro, chamando a atenção das pessoas ali presentes, que se entreolhavam e cochichavam.

P: Já se passaram mais de duas horas, noivas se atrasam, mas isso é um absurdo. Eu tenho batizados e casamentos para fazer ainda hoje. Então, suponho, que vocês terão que marcar outra data.- Falou baixo, porém direto.

GG: Espere só mais um pouco.- Implorei, desesperado.

NS: Eu acho que não precisa mais esperar... Olha.- Sorriu, apontando para a entrada da Igreja.