Encontros e Desencontros escrita por Juubs


Capítulo 1
Encontro Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Ai vai o primeiro capitulo. Espero que gostem.



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Catherine Willows:

Eu tinha 13 anos e ele 17 anos. Porém, ele tinha um jeito diferente de todos os outros meninos existentes naquele lugar, ele era mais centrado, sabia o que queria. Conhecemos-nos em uma feira de ciências. Ele amava ciências, era fascinado por aqueles seus insetos nojentos. Os mesmos insetos que venceram o meu vulcão. O meu vulcão era perfeito sabe, grande, lindo, chamava atenção de todos os jurados que ali estavam avaliando, cada um deles. Eu me lembro de ter ficado até tarde na casa de uma amiga fazendo o vulcão. Para um grandalhão de 17 anos, com uma colônia idiota de formigas vermelhas me vencerem.

Aquilo foi uma decepção, total fracasso para mim. Senti-me horrível, não só por ter perdido, mas por terem comparado o meu belo vulcão com aquele formigueiro.

Naquele momento, a primeira coisa que veio a minha mente quando a ficha caiu que eu tinha perdido, foi tirar satisfações com aquele garoto. Logo o acusei de suborno, berrei com ele, mas o mesmo não ligava me ignorava, coisa que me irritou demais. Ele andava em frente como se eu não existisse, me deixava a falar sozinha. Porém, eu era e sou muito persistente e, fui atrás dele, reclamando, gritando e acusando. Ele percebeu que me ignorar era pior, então ele me chamou para lanchar. Conversamos por um tempo e, toda a minha primeira impressão havia mudado. Percebi aos poucos que ele não era um nerd sem vergonha, que subornava jurados para ver o seu formigueiro levar medalha. Ele era legal, divertido do seu jeito. Porém calado, falava o pouco, diria o suficiente para conhece-ló superficialmente. Era tranquilo e misterioso. Confesso que isso me encantou. Ele era inteligente, aplicado, esforçado, tímido, sem jeito. Era dono de um maravilhoso sorriso. Nós ficamos era a primeira vez que eu tinha beijado um garoto de verdade. Pois nas outras eram tudo brincadeiras sabe, mas com o grandalhão, como eu o chamava, foi diferente. Eu senti algo a mais, uma coisa que ia alem de empolgação.

Terminou a feira, voltou cada aluno para o seu lugar de origem. Eu, Montana e ele, Los Angeles. Trocamos telefones, mas eu pensava que ele nunca mais ligaria para mim, nem se lembraria de mim. Bom, ele é mais velho, 4 anos de diferença, bonito, sedutor, com varias garotas californianas o cercando, para que perder tempo com uma menina de 13 anos, insegura de si e de sua aparência, que mal havia passado para o 9° ano? Mas como eu disse, ele era diferente de todos os meninos ali. Ele me ligou, perguntando se eu ainda me lembrava dele. Lembro-me de sorrir e dizer que ele era inesquecível. Conversávamos todos os dias, sem exceção, internet ou telefone. Já conseguia distinguir os meus sentimentos, sabia que aquilo não era uma coisa passageira, uma paixão entre dois adolescentes, não mesmo.. Para mim era uma coisa mais profunda. Começamos um namoro à distancia, tudo na base da paciência e principalmente da confiança. Nos falávamos de três a oito vezes por dia.

Quando ele fez 18 anos, foi até Montana de surpresa. Só descobri quando o vi na frente da minha escola me esperando. Fomos até a minha casa, na qual ele conversou com a minha mãe e me pediu em namoro oficialmente. Ele ficou um tempo por lá, às vezes ia passar as férias la comigo. Era tudo perfeito, somente para mim.

Quando fiz 16 anos, ele tinha 20 anos. Estava terminando a sua faculdade de entomologia, iria fazer estagio em outro lugar do país. Não pude impedi, era a sua carreira, coisa que ele sonhava desde pequeno. Eu o apoiei, isso deu a ele confiança para seguir em frente sem ao menos olhar para trás.

No começo, era bom. A distancia me fez mais uma fez distinguir os meus sentimentos e, me mostrou que eu o amava de verdade, me ensinou a valorizar cada beijo e abraço que ele me deu, cada momento que passamos juntos. Porém, depois a situação foi se tornando insuportável. Ficamos até mesmo, dias sem nos falar. Era tudo apenas questão de tempo entre nós dois

Não demorou muito as brigas ocuparam o nosso pouco tempo juntos. Nos evitávamos, ignorávamos, ele agia da mesma forma que agiu quando nos vimos pela primeira vez, mas sempre voltávamos atrás. Pedíamos desculpas, dizíamos nos amar, sentíamos um a falta do outro, mas nunca voltávamos a ser os mesmos. Nada estava completamente mal e muito menos completamente bem entre nós, apenas estávamos em meio termo.

Fomos perdendo o contato aos poucos. Ele não me dava atenção, havia perdido o celular, não tinha tempo para redes sociais. E quando faltava menos de uma semana para o nosso aniversario de namoro, terminamos. Terminamos por total perda de contato... - Falei relembrando cada momento dito.

SS: E depois?- Falou curiosa, elevando a xícara de café à boca.

CW: Não há depois.- Sorri.- Eu terminei o colegial, entrei na faculdade e agora, estou aqui trabalhando em Las Vegas, no meu horário de almoço, diante a minha melhor amiga, contato a minha historia de vida.- Ri.

SS: E ele?- Intimou curiosa.

CW: Não faço a mínima idéia se está vivo.

SS: Credo, como não?- Falou indignada.- Voce não foi atras dele? Não procurou saber? Do jeito que voce falou, parece que voce o amou demais.

CW: Sim, amei muito, nunca amei e nunca vou amar um homem como amei ele. Porém, para que ir atras dele? Para que correr atras de uma pessoa que não te deu a atenção suficiente e necessaria para um relacionamento? Não vale a pena. Se ele se importasse, me amasse como eu o amei, viria atras de mim. Faria de tudo para me achar.

SS: Não é possivel! Voce não fez nada? Não mandou a mafia do seu pai caçá-lo não?- Insistia injuriada.

CW: Primeiro de tudo, Sam não é mafioso. E sim, eu não fiz absolutamente nada para acha-ló. Eu resolvi seguir os seus passos e, ir atras da minha carreira profissional, esquecer que o amor existe.

SS: Nossa que frieza Cath.- Falou incredula, tomando o seu café.

CW: Nada disso.- Falei tirando o dinheiro da minha bolsa.- Apenas realismo, Sarita.

SS: Credo ser assim que nem você.

CW: Você vai me agradecer se for assim, como eu.- Sorri.- Mas agora, vamos?- Disse pondo o dinheiro emcima da mesa.

SS: Uhum.- Disse tomando o ultimo gole de café e colocando o seu dinheiro sob a mesa.- Ei! Pensei que iriamos rachar a conta.

CW: Não mesmo! Eu só bebi uma xicará de café, voce que acabou com o pó da cafeiteiria.

SS: Pãodura!- Disse completando a sua parte.

CW: Pãodura não, economica é a palavra certa.- Sorri para ela que me olhava descontente. Peguei a minha bolsa e ela a dela. Saimos da cafeiteiria, seguindo para o departamento.

Entramos no departamento aos risos, parando diante a recepção.

CW: Bom dia Judhi.- Falei simpatica, de braços dados com Sara

SS: Olha aquele homem ali Cath!- Disse olhando para um cara que estava sentado em uma poltrona, alguns metros de distancia de nós duas.- Ele é algum suspeito?- Se referiu à Judhi.

J: Não, ele é um de voces.- Sorriu.

SS: Não vai ser nada mal trabalhar com um homem assim. Mas, do jeito que eu sou sortuda, é capaz dele ser do turno do dia.- Falou incredula.

CW: Abaixa esse fogo menina!- Brinquei.- Sabe o que foi isso? Os litros de café que voce tomou hoje, te deixaram mais foguenta do que já é.- Ri.

SS: Só estou sendo feliz, sua boba.- Falou o olhando, o mesmo nem nos notava, estava pensativo ou preocupado com algo, com a cabeça baixa.

CW: Então, qual é o nome do bonitão?

SS: Para que perguntar a ela, se nós podemos saber da boca do proprio?- Disse me puxando com força.- Mal acredito que terá um homem desses andando por esses corredores imensos, para mim esbarrar sempre que puder. Enfim, algo bonitão nesse departamento.- Suspirou, me fazendo gargalhar.

Chegamos perto do rapaz, ele estava de cabeça baixa, passando uma mão na outra, em um claro gesto de nervossismo.

SS: Olá, sabemos que voce é um novo CSI. Então, viemos dar boas vindas a você.- Sorriu, o fazendo levantar a cabeça e nos olhar.- Eu sou Sara Sidle e essa...

GG: Catherine?!- Falou boquiaberto, me olhando nos olhos.

CW: Gil?!- Falei sem acreditar.

SS: Voces se conhecem?- Falou sem entender, no meio de nós dois.

CW: É, infelizmente sim.- Disse desvenciliando o meu braço do de Sara e percorrendo o corredor, já com a cara emburrada.

GG: Catherine, espera!- Gritou, correndo até mim. Eu não respondi, acelerei o meu passo.- Vai me ingnorar?

CW: Aprendi a fazer isso com voce.- Abri e bati a porta da minha sala com força. Joguei a minha bolsa emcima da mesa e me sentei em um pequeno sofá que havia na minha sala. Passei a mão em meus cabelos os jogando para trás.

GG: Catherine!- Falou abrindo a porta com força e a trancando.- Precisamos conversar.- Colocou a chave no bolso.

CW: Você é cego? Bater na porta vai cair a sua mão?!- Disse furiosa.

GG: Desculpa.- Falou sem jeito se sentando ao meu lado.- Está chorando?- Disse tirando as minhas mãos do meu rosto.

CW: Só se for de raiva.- Falei grossa.

GG: Desculpa.

CW: Voce sabe falar outra coisa que não seja “desculpa”?- O encarei.

GG: Você.- Disse passando a mão no meu rosto.- Está mais linda ainda.- Falou com uma voz calma, quase um sussurro.

CW: Voce pensa que eu ainda caiu nessa.- Ri ironica.- Me poupe Gil!- Falei me levantando e encostando na mesa.- Como voce me achou aqui?

GG: Quem disse que eu vim atras de você?- Falou sarcastico.- Voce é uma CSI?

CW: Não, eu sou uma medica que foi mandada para o departamento da policia de Las Vegas.- Ironizei.

GG: Sempre assim, não mudou nada.

CW: Ai que voce se engana.

GG: Você é minha supervisora?

CW: Obvio que não! Se eu fosse a sua supervisora, pode ter certeza que aqui, voce não trabalharia.

GG: Com quantos anos voce está?

CW: Estou em um interrogatorio e não sei? Não vai querer saber a cor da minha calcinha não?- Falei furiosa.

GG: Olha, pode parando ta? Para de me dar foras e de agir como uma menina hipocrita, coisa que voce não é e nunca foi. Vamos conversar como dois adultos, pois eu já cansei de ser gentil com voce, Catherine Willows.- Falou sério, se levantando até mim.- Sente-se lá.- Olhou para a minha mão esquerda.- Senhorita Willows.- Sorriu, um pouco contente. O olhei contrariada e ele apontou o sofá. Me sentei e ele começou.- Olha, eu não sou a pessoa mais certa do mundo e muito menos a mais sensata. Eu errei com voce, a prendi em um relacionamento com apenas 13 anos de idade.

CW: Voce se arrepende disso? Pois, eu não me arrependo de nada do que passamos juntos.

GG: Não, eu nunca me arrependi de nenhum momento que passei ao seu lado. Pois eu a amava demais.- Falou aliviado.- Porém, eu sei que errei com voce, em todos os aspectos, reconheço isso. Quando eu mudei por causa da entomologia, eu sabia que cedo ou mais tarde perderiamos contato. Mas, eu não quis abrir mao de voce, abrir mao de nós dois. Eu a amava demais para perde-lá, queria que voce fosse minha, mesmo a distancia. Por isso eu não dei um basta na nossa relação. Isso a cada dia pesava mais em mim, eu te queria feliz, eu queria te fazer feliz e.. eu não consegui, me perdoa. Isso é passado, é como a minha avó dizia: “ não adianta chorar pelo leite derramado”, por isso eu não vou insistir nesse ponto. Não irei apontar defeitos na nossa relação, dizer o que fizemos e o que deveriamos realmente ter feito. Dizer o que erramos e o que acertamos. Não vou fazer nada disso, porque eu não sou justo a esse ponto. Eu só quero que voce me perdoe, por tudo. Que me perdoe de verdade. Eu não estou pedindo que esqueça tudo que eu te fiz passar, eu só quero viver em um ambiente de trabalho calmo e saudavel, com você.- Sorriu, me olhando atento.- Tudo bem?- Falou esperançoso.

CW: Tudo bem sim, voce me convenceu.- Sorri.- Eu te perdoo.

GG: Amigos?- Disse se aproximando de mim, se sentando ao meu lado.

CW: Você está querendo demais não é? Somos colegas de trabalho e fim.

GG: Ok, entendi.- Passou a mão no cabelo.- Sabe, foi até bom o nosso destino ter se cruzado novamente.

CW: É? Por que?- Falei curiosa.

GG: Ué, porque eu tinha que tirar esse peso todo de cima de mim, pois me sentia como se estivesse destruido a sua vida. Eu precisar te pedir desculpas, provar que eu não sou um aproveitador de menininhas mimadas e estressadas e nem um cafajeste mentiroso como voce pensa que eu sou.

CW: Eu não estou pensando assim de você.

GG: Mas, eu sei que já fez isso muitas vezes.- Riu.- Você não vai me dizer?

CW: O que?- O olhei.

GG: A sua idade!

CW: Diminua a sua por quatro.

GG: Ok... 22 anos?

CW: Pergunta ou afirmação?- Ri.

GG: Afirmação.- Sorriu.

CW: Demorou hein?- Brinquei.

GG: Nunca fui bom em matematica, voce sabe.- Sorriu.- E, por que voce não me disse logo, inves de me fazer pensar?

CW: Ué, porque eu quis.- Sorri.- Eu acho que gosto de fazer as pessoas pensarem.

GG: Percebe-se... Então, quem é o nosso supervisor?

CW: Você não sabe?

GG: Não, fui contratado pelo xerife.

CW: É o J...

JB: Cath.- Disse entrando e, parando diante a porta.- Você é o novato, Gil Grissom?

GG: Sim sou eu.- Sorriu, se levantando.

JB: Bom, eu sou o seu supervisor, Jim Brass.

GG: Olá, senhor.- Disse estendendo a mão para ele.

JB: Eu sei o que voce é e, eu não vou tocar na mão de pessoas que mexem com bichos nojentos, acredite.

GG: Ah, claro! Desculpe..- Disse sem jeito, me fazendo ri.

JB: Catherine, o caso seria só para voce, mas agora que eu vi que já está amiguinha do novato, voces irão juntos. Vocês tem um duplo homicidio.

CW: Como assim?- Tirei o sorriso do rosto, me levantando.- “ Vocês irão juntos?”

JB: Voce vai treina-lo!

CW: Ele não precsa de treino, ele é bom, eu sei.- Falei desesperada, fazendo Grissom ri.

GG: Obrigado.

CW: Cala a boca!- Falei furiosa.

GG: Ok.- Se sentou.

CW: Jim..

JB: Sem mais Catherine- Me interrompeu.- Bom trabalho.- Falou saindo.

CW: Eu não tenho cara de babá!- Reclamei.

GG: Viu? Quem ri por ultimo ri melhor.- Brincou, eu o olhei séria, o fazendo ri.- Prometo que serei um bom menino.- Ironizou, se levantando.

CW: Ah, vem logo, antes que eu desista.- Disse o puxando pela mão e pegando a minha bolsa. Andavamos de mãos dadas, eu nem mesmo notava isso.

GG: Sabia que voce sentia falta de segurar a minha mão.- Sussurrou.

CW: Hãn, o que?- Olhei para a minha mão e o afastei.- Idiota.- Suspirei.



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Notas finais do capítulo

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