Ops! - Entre o desespero e a esperança escrita por Fran Carvalho


Capítulo 11
A casa caiu outra vez!


Notas iniciais do capítulo

Nada melhor do que brigas e mais brigas, né? Sqn



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Deitei na cama, sorrindo. Ele havia me perdoado! Nem me importava se não tinha mais vontade de namorar comigo, o que importava é que ele tinha me perdoado!

Ouvi a buzina do carro do pai de André, em frente a minha casa. Dei a última olhada no espelho com um sorriso, antes de sair. Peguei a bolsa, a minha espera no sofá. Eu estava feliz. Seria a primeira vez que poderia sair com os amigos e ficar com alguém se quisesse. Alguém que não fosse André.

O carro prateado estacionou em frente a Teen Music, e eu saí decidida, puxando Inajara pela mão. Logo, estávamos na pista de dança, mexendo o corpo, empolgadas.

♥♥♥

P.O.V. André

Parei, encostado na parede, pedi um refrigerante e fiquei ali, cuidando as meninas que dançavam.

Um garoto completamente estranho parou ao meu lado e puxou um assunto meio idiota.

- Cuidando quem?

- Minhas amigas - cortei - Aquelas duas lá.

Apontei, mesmo não gostando da conversa de "pegador" que o garoto com a cerveja na mão falava.

- Aquela já peguei - falou o garoto desconhecido, apontando Camila - É gostosa, mas fácil demais, não tem nem graça! Agora estou de olho na outra, a amiga dela - deu uma cutucada em mim, amigavelmente - Você que é amigo dela, podia dar um jeito para mim, não? Ela é bem difícil, mas aí fica mais divertido.

Ele riu. Olhei para ele com um ódio irreconhecível dentro de mim. Nem imaginava quem ele era e nem sabia se o que ele dizia era verdade.

- Eu não vou ajudar ninguém que fala desse jeito de uma amiga minha - bufei - E aquela que você chamou de fácil demais é a garota que eu gosto.

(Camila diz: Não é um fofo?!)

O garoto deu um sorrisinho malicioso.

- Ah, sei - Você é o corno que ela prometeu não subir. A amiga falou de você.

Idiota.

Com ódio do garoto em minha frente, fechei a mão direita em punho e lhe dei um soco no nariz. Ele me derrubou, e devolveu o soco com um sorriso irônico no rosto.

Minha mão foi automaticamente ao nariz e senti o sangue quante que escorria.

♥♥♥

P.O.V Camila

Assim que percebi o que acontecia, corri na direção de André, seguida de perto por Inajara. Assim que avistei Marcelo, olhei minha amiga que me lançou um olhar de acusação. As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto bronzeado, percebendo que a culpa do que estava acontecendo era minha.

Inajara me abraçou, tentando me acalmar, sem muito sucesso.

- Não é culpa sua - ela disse - Esse garoto é um idiota, só isso.

Logo, os seguranças do local se aproximaram e conseguiram segurar os dois garotos. André saiu com o rosto e as duas mãos cobertas de sangue.

- Ei, garoto, sai daqui - um policial disse, assim que viu os documentos de André - Não posso fazer nada com você porque é menor de idade, mas não quero te ver aqui nos próximos dias.

Levaram Marcelo para a viatura. Observei o policial algemá-lo e o colocar sentado no banco de trás, aos empurrões. Marcelo, um pouco antes de fecharem a porta, mirou os olhos brilhantes e cheios de ódio em cima de André.

- Eu vou me vingar, pirralho! - ele gritava, sem medo - E vai ser em cima da tua namoradinha!Eu vou acabar com a vida dela!

Estremeci. De repente, senti que algo muito ruim estava para acontecer daqui para a frente.

E realmente estava.

♥♥♥

Eram três horas da manhã. Nenhum de nós estava com vontade de ir embora agora. André, furioso, não conseguia olhar para mim em nenhum momento.

Eu chorava, primeiro por perceber que tudo estava acontecendo por minha causa. E depois, pela promessa de Marcelo.

- O que acha que ele pode fazer contigo? - André perguntou, ainda olhando para a frente.

Olhei para ele, assustada. Não esperava aquela pergunta.

- Eu não sei. Você tem alguma ideia?

André continuava olhando para baixo, sem coragem de olhar nos meus olhos.

- Ele disse "vou acabar com a vida dela". Isso me parece morte.

Inajara se sentia meio perdida ali, mas valia a pena dar sua opinião.

- Eu acho que ele quer te transformar em uma viciada, como essas aí - apontou as garotas que saíam da porta menor.

Senti todo o meu corpo gelar. E se fosse verdade? Eu não queria me tornar uma delas.

- Ele não tem como obrigar isso. A não ser que ela seja tão idiota a ponto de experimentar essas merdas de novo.

Não, eu não seria tão idiota. Ou será que seria? Ai, caramba, se eu fizer isso de novo, vou me culpar para sempre!

Aquilo era confuso para mim. Eu não queria aquilo tudo outra vez, mas a curiosidade ainda ardia dentro de mim. Eu não tenho porque me culpar hoje em dia, mas com certeza ainda me arrependo muito.

- Não, eu não vou fazer isso de novo, eu prometo.

André dessa vez olhou para mim. Senti a frieza nos olhos dele.

- Eu sinto muito, mas sua palavra para mim, é o mesmo que nada.

Senti uma faca sendo cravada nas minhas costas. Novamente aquela coisa de não acreditarem no que eu dizia. Odiava isso.

Será que meu pai falaria isso também?

Era uma das coisas que eu mais queria saber agora.


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Notas finais do capítulo

Bem, aí esta, o que vocês acham que Marcelo vai fazer com ela?



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