Rony And Hermione escrita por Cigarette Daydream


Capítulo 24
The Time Run


Notas iniciais do capítulo

Hey! Eu prometi um capitulo mais comprido para uma leitora! Peço minhas desculpas, mas dividi esse capitulo em algumas partes por que eu ainda estou aperfeiçoando tudo.
Enjoy,
xoxo



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Rony olhou para a beca que a mãe havia colocado em sua cama sem nenhuma vontade de vestir e ir comemorar como os outros. Afinal, o que ele iria comemorar? O fato de não saber o que vai fazer da vida mesmo depois de formado?

Com um suspiro ele deixou os olhos percorrerem o quarto, se perguntando se não havia perdido uma parte do amadurecimento. Os pôsteres e mangás ainda estavam por toda a parte, além da foto de sua antiga namorada. Parecia que o terceiro – e ultimo – ano de escola nunca havia acontecido.


Ele nunca se perguntou por que não tinha tirado a foto de Hermione do lugar de sempre, mas pensando bem, ele ainda tinha esperanças – embora soubesse que vãs – que ela voltasse.

***

Hermione se olhou no espelho, se perguntando o que havia de errado naquele dia e por que se sentia tão mal. Afinal, ela iria se formar! Depois poderia cursar uma faculdade de design e então, finalmente, estaria livre de seus pais e do permanente olhar de velório. Será que eles ainda não haviam notado o quanto ela estava melhorando?

A menina olhou para seu quarto organizado, repleto de prateleiras com filmes, livros e alguns ursinhos de pelúcia. Ela não sentia como se aquele devesse ser o quarto de alguém que ia se formar agora. “Sim, mais livros”, a menina pensou.


Então ela viu, em um cantinho escondido, o pequeno baú dourado onde ela guardava fotos e cartas. A menina o abriu e encarou a primeira foto. Rony. Ela ainda não sabia se sua decisão foi correta ou não, mas... Agora é tarde demais para qualquer coisa, de todo jeito.

***

Rony olhou para sua guitarra e para o público a sua frente, sem saber direito como fazer aquilo. A primeira apresentação devia ser memorável! Sim... Memorável...

De repente, ele fez algo que não fazia já faz bastante tempo. Pensou em Hermione. Ela havia sido memorável... E agora ele nem sabia se ela estava viva ou morta, e se ela tivesse morrido? A ideia o deprimiu profundamente.

– Am... – ele começou a falar. – Eu vou cantar um cover de Hear You Me antes do show começar, ok?

Rony sabia que aquela música era tudo para ele, por que era tudo que ele cantaria para caso a menina estivesse morta.


As pessoas sorriram e bateram palmas. A voz de Rony começou a preencher o espaço – a voz atualmente mais bonita e afinada do que quando começou –, assim que o ouviram a banda soube que escolheram o cantor certo para continuar com aquilo.

***

– Você está bem, Hermione? – a voz de Harry perguntou do outro lado da linha.

Aquela era uma das muitas chamadas de telefone que eles havia feito ultimamente.

– Claro Harry... Hum... Posso te perguntar uma coisa? – Hermione questionou.

– Sim, o que foi? – o menino perguntou, olhando os papéis das contas.

– O Rony... Como ele está? – a menina perguntou, sentindo o nome estranho a sua boca.

– Hum... A banda dele vai bem... Solteiro... – Harry divagou. – Acho que ele está mais do que bem.


– Bom. Eu tenho que ir Harry! – a menina falou disfarçando a voz alterada. – Tenho uma prova enorme amanhã, a faculdade está me matando, sério.

***

Rony olhou para a cara do produtor sem acreditar. Como assim eles iam gravar com a gravadora mais importante de toda NY? Era bom demais para ser verdade. Nem as notas boas que havia tirado recentemente nas provas de publicidade eram tão boas. Em alguns meses a gravação seria realizada!

O garoto sorriu surpreso e de repente se lembrou de uma pessoa que nunca ficava surpresa com o talento dele, e sim feliz. O menino sacudiu a cabeça, diabos, quem se lembra da antiga namorada em momentos como esses?


Bom... Aparentemente ele.

***

Hermione não estava surpresa quando leu o e-mail de Harry falando sobre a gravadora, mas ficou surpresa sobre a faculdade em publicidade, ela nunca soube que aquela era a praia do Rony...

A campainha tocou despertando Hermione de seus pensamentos. A garota se dirigiu a porta e a abriu.

Do outro lado é claro, estava o seu parceiro do trabalho. Como, por deuses, ela havia esquecido aquele maldito trabalho? Isso é o que dá manter a cabeça nas nuvens!

– Olá – Felipe sorriu para ela.

– Hey – a menina respondeu com metade da empolgação.

– Posso entrar?

– Am... Claro – a garota gaguejou. – Er... Eu ainda não arrumei as coisas, me dá um minuto?

Ele sorriu mais uma vez e assentiu. Hermione começou a buscar os materiais que havia separado mais cedo por todo o canto da casa. A menina sabia bem o porquê ficava nervosa perto dele, ele era lindo e, além disso, não podia deixar mais claro que queria algo bem maior que amizade desde a festa dos calouros, e olha que já estavam no ultimo ano da faculdade.

Assim que Mione voltou a sala de estar, despejando tudo em cima da mesa de trabalho, Felipe começou a falar.

– Eu não sei bem o que você quer retratar nesse trabalho, mas acho que como o único trabalho “livre” – ele disse gesticulando as aspas no ar –, que tivemos no ano deveríamos procurar algo interessante, certo?

– A cronologia entre os designers e a evolução do desenho humano através dos séculos é interessante! – a menina se mostrou ofendida, gesticulando com a pasta no ar.

– Am... Não Mione, não é – ele falou tirando a pasta das mãos dela. – Mas acho que podemos fazer algo com esse trabalho... Achei bonito.

– Na verdade eu gosto desses por serem mais diferentes que bonitos...

– Eu aprecio a beleza, independente da forma – o garoto afirmou.

Hermione franziu a testa levemente e o encarou. Notando a abertura ele se aproximou e a beijou. Hermione primeiro retribuiu e depois o afastou ofegante.

– Isso não é... – ela começou.

– É sim – ele respondeu.

A menina se virou de costas, meio que fazendo piada.

– Ah é? – ela perguntou em tom debochado. – Que cor são meus olhos?

– Castanhos – ele falou, e Hermione estava pronta para suspirar, quando ele complementou: –, mas eles tem esse reflexo verde lindo, que só se vê se prestar bem atenção.

Mione se virou surpresa e o encarou sorrindo.

– Então... Talvez... Isso seja... – ela começou.


– Isso é – ele sorriu e a beijou novamente, dessa vez sendo retribuído.

***

Rony olhou para sua namorada loira com mechas coloridas, boné reto shorts curtos e um chiclete na boca. Diabos, a menina parece ter saído direto daquelas páginas de Facebook “Princesa de aba reta”, não que ele gostasse muito, mas...

O garoto se amaldiçoava desde o dia em que começou a namorar ela, lembrando que, da ultima vez que ele fez isso a menina acabou morta. Tudo bem que “o buraco era bem mais embaixo” e Naomi já se drogava faz tempo, além de tudo que sofria com aqueles caras da casa que “criaram” ela e por isso obrigavam ela a... Bem você sabe...

Rony balançou a cabeça expulsando o pensamento e olhou para a menina sorrindo.

– Vamos à pista de skate amor? – ela falou com um jeitinho de criança.

Rony sorriu amarelo, era a milésima ida a pista de skate em duas semanas de namoro. A garota saiu arrastando ele, que fez uma cara assustada. Terminar namoros nunca foi bem seu forte.

– Espera! A gente precisa... Err... Conversar.

– Claro fala, amor – ela falou, repetindo pela centésima vez no dia que Rony era o “amor” dela.

– Hum... Como eu vou te dizer isso? Não tem bem uma maneira certa, mas... Não está dando muito certo entre a gente sabe? – ele começou. – Eu achei que ia funcionar, mas... A gente não encaixa muito bem juntos...

– Am... Certo – a menina falou cabisbaixa. – Mas... Por quê?

– Não é você! Sou eu! É que meu tipo é mais inteligente e reservada e você... – de súbito o menino se calou, notando que havia começado a falar uma grande besteira.

– Eu sou o que Ronald? – ela disse com a voz aguda.

– Nada! Er... Você não é meu tipo só isso...

– Então eu sou burra e puta Weasley? – ela disse batendo nele com o skate que antes carregava na mão.

– Não! Quer dizer...

Nesse ponto a menina parou de bater o skate no ombro dele e bateu direto no rosto, ee lembrou de ter ouvido um grito histérico... Antes de apagar.

***

Hermione olhou nervosa para os pais de Felipe. Eles estavam falando alguma coisa sobre os anos que se levou para construir a grande gravadora deles em NY, mas ela mal ouvia. Absorta em como Rony poderia ter enviado um e-mail para ela essa manhã... Ela ainda não tinha lido, com medo, mas agora sabia que a atitude foi tola.

– Nossa, é incrível tudo o que vocês construíram – disse Hermione distraída.

– É sim, obrigada – a mãe de Felipe concordou. – Podemos jantar?

– Sim, sim... Claro – Hermione murmurou.

Pelo visto aquela seria uma longa noite até ela poder abrir seu Outlook.

***

Rony sabia que não devia estar tão nervoso, mas as gravações começavam em dois meses e a banda estava cada vez mais desunida, devido aos ensaios constantes.

O menino andava de um lado para o outro procurando pensar em o que poderia escrever se novo... A maior inspiração que vinha na cabeça dele era um tanto irritante. Por que ele não esquecia de vez aquela garota? Ele estava prestes a se formar em publicidade e a começar uma carreira promissora como cantor e continuava pensando nela.

– É como se ela estivesse nas minhas veias – o rapaz murmurou. – Isso! Minhas veias... In My Veins...

***

Hermione olhou para a beca que vestia. Esse era o começo... De tudo... Disso ela sabia. É hora de crescer e parar de perguntar à cor dos olhos as pessoas, pois certamente ela nunca mais encontraria Rony na vida, por isso não devia continuar se apegando a hábitos antigos.

A menina olhou para Felipe, ao seu lado, que deu um sorriso torto. Deuses, ele é lindo, gentil e educado. O que mais uma menina poderia querer?

Hermione respirou fundo e subiu para fazer seu discurso de oradora. A garota encarou a multidão com um pequeno sorriso no rosto, como que para lhes assegurar de sua confiança.

– Olhem só para nós – ela começou. – Em pensar que a jornada até aqui começou quando ainda éramos bem pequenos. Nós passamos por cada fase da nossa vida dizendo o que queremos ser quando crescer. Muitas vezes isso muda, mas no fundo toda essa formação de fases que recebemos em nossa vida nos ajuda a escolher nosso caminho.

“Bom, eu escolhi o meu. E certamente meus colegas também. Mesmo que cada um de nós vá para um lado diferente quando sairmos dessa celebração, nós vamos lembrar dessa época com amor. Por que é mais uma das fases da vida. É como se lembrar do namorado de escola, ou das tardes de piquenique com os pais”.

“Certa vez, uma pessoa de quem eu gosto muito me respondeu a uma pergunta com: ‘Você nem consegue imaginar’, isso me faz pensar que talvez eu não possa representar os sentimentos de todos que estão se formando e começando outra etapa de suas vidas”.

“Sabem de uma coisa? Acho que no final todos nós vamos poder erguer o peito e contar o quanto batalharam até chegar aqui. Cada de seu modo, cada um com suas histórias, cada um com seus conflitos. Por que, no final, o que conta mesmo é que são as nossas diferenças e nossa convivência juntos por tanto tempo que mostra o quanto estamos prontos para encarar o futuro”.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Sinceridade acima de tudo!
Reviews?
xoxo



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