Rony And Hermione escrita por Cigarette Daydream


Capítulo 22
Without Hope.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo foi dificil de escrever, e ainda não sei se ficou bom...
xoxo



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 Naomi simplesmente teve um ataque de riso e me puxou para pista de dança. Eu não pude deixar de notar a diferença de dançar com ela e dançar com a Hermione. A menina parecia meio triste e em algum momento foi tomar um ar. Eu notei que Hermione estava sozinha e me aproximei.

 – Me daria a honra desta dança? – falei me sentindo bem idiota pela minha fala tosca da época medieval.

 Eu observei Hermione que parecia estar tendo uma batalha interna, mas por fim ela estendeu a mão, e fomos dançar uma música festiva. Hermione me ensinou sorrindo alguns passos e nós estaríamos em sintonia com os outros; se não fosse pelo fato de eu sempre me embolar ou tropeçar.

 Hermione continuava tentando me explicar e em algum momento eu peguei o jeito, mas ainda sim dançar aquele estilo de dança é um tanto tortuoso.

 Por fim com um sorriso Hermione me puxou para fora da pista de dança, e logo eu é que estava puxando ela para a sacada. Nós dois sorriamos um para o outro e eu me aproximei dela com a respiração tensa. Hermione me olhou como se soubesse o que eu ia fazer, mas não se afastou.

 Olhei os olhos castanhos da garota e o leve traço de verde e ainda com a respiração pesada sorri um pouco.

 Senti meus lábios encostarem-se aos dela e só ao sentir o gosto da Hermione eu soube como eu estava com saudade daquele beijo. Nos beijamos de novo, e de novo, e de novo. Como pode ser assim tão diferente com ela? Como ela pode ser assim tão mais especial?

 Senti os dedos dela deslizarem pelos meus cabelos e os beijos doces dela continuavam me fazendo sorrir, a cada minutos eu tinha mais certeza de que era para sempre e de que eu e Hermione finalmente ficaríamos juntos.

 Naomi POV on.

 Eu olhei para o lado tentando entender o que estava acontecendo, mas ouvi uma risada e percebi que era minha. Beber sempre causava esse efeito, embora eu tenha parado de me drogar desde que conheci o Rony. Mesmo com a recaída de mais cedo.

 Ele é especial, ele é diferente. Eu recusei com a cabeça quando os meninos ofereceram um pouco da cocaína deles.

 – Qual é Nah? – perguntou Luiz.

 – Nada, só não quero – eu ri sem saber direito o porquê.

 Ele fez que sim com a cabeça e eu me levantei, decidindo ir procurar o Rony. Cambaleei um pouco, mas logo eu já estava andando da forma natural, de modo que Rony não perceberia que eu bebi.

 Procurei em todos os lugares por algum dos amigos de Rony e o próprio Rony até que achei o Harry.

 – Harry você sabe onde o Rony está? – perguntei segurando a vontade de rir.

 – Não, mas ele me falou algo sobre ir para casa... – ele franziu a testa.

 – Ok, vou ver se ele está lá – peguei meu celular, mas ele não atendia.

 Harry continuou com a testa franzida como se estivesse adivinhando ou juntando as peças de algo.

 – Eu acho melhor eu ir ver se ele está bem – falei por fim.

 – Não! – Harry exclamou, ainda com a testa franzida. – Eu vou!

 – Pode deixar Harry! – falei também franzindo a testa. O que ele está querendo evitar?

 Segui para o estacionamento e peguei meu carro. Fui dirigindo com mais cuidado do que o normal, pois eu sabia do meu estado alcoólico.

 Cheguei a casa e abri a porta. Tudo parecia estar normal, as luzes apagadas e nada fora do lugar.

 Ouvi um barulho vindo de cima e comecei a subir as escadas. Abri o primeiro quarto e nada, o segundo e nada, o terceiro e nada.

 Quando abri o quarto dos hospedes que vi o Rony. E a Hermione. Na mesma cama, nus. Foi tão obvio o que tinha acabado de acontecer, mas eu não podia deixar de perguntar.

 – Q-que está acontecendo – perguntei sentindo lágrimas caírem e um buraco se formar dentro de mim.

 Os dois se viraram assustados e Hermione se cobriu com o lençol.

 – Naomi... – o rosto de Rony estava vermelho enquanto ele falava, e a voz dele morreu.

 – E-eu achei q-que estávamos juntos – falei num fiapo de voz.

 Hermione estava com o rosto pálido e lágrimas se formavam nos olhos dela como se ela se sentisse culpada.

 – E-eu achei que tinha sido especial e-entre a gente – continuei sem saber direito como eu ainda tinha voz.

 Rony começou a falar algo, mas o zumbido nos meus ouvidos não me deixou escutar. Eu quero quebrar, sufocar, acabar.

 Virei às costas e corri para fora da casa. Peguei as chaves do carro e voltei ao ponto onde estavam os garotos. Eu não preciso mais aguentar. Não preciso.

 Peguei todo o dinheiro da minha carteira, o que não era pouco e comprei tudo o que eles tinham hoje.

 Mal senti a dor da seringa ou de qualquer outra coisa. Sem saber o que sentir eu continuava consumindo tudo que podia. Diminua o buraco da minha consciência.

 Decidi sem saber por que, que eu devia ir dar uma andada, mas levei o que sobrou comigo também. Espetei mais uma seringa no braço.

 Eu vaguei sem ver e continuei a vagar. Cheguei por fim a um lugar escuro onde acabei com todo o resto que eu tinha e esperei que a vontade de me levantar chegasse, mas ela não chegou.

 Notei duas figuras altas caminhando na minha direção e me despindo. Mas eu não tenho o que fazer, só não reagi e continuei imóvel. Senti o homem penetrar em mim diversas vezes, mas eu não liguei. Para quê ligar? Meus reflexos já não agiam mesmo. E talvez com alguma sorte ele me mate no fim das contas.

 Demorou muito, pareceu um longo tempo. Mas quem sabe se no final vaeria a pena? Se no final o sofrimento acabasse?

 Mas acabou e ele não me matou, simplesmente foi embora. Me deixando com frio naquele beco escuro. Notei um saquinho com pó que eu devia ter esquecido, comecei a cheirar rápido demais e eu pude sentir.

 Ficou mais frio, ficou mais escuro, ficou mais difícil de respirar. Senti um vento forte rastejar até mim. Fechei os olhos e peguei a agulha de uma seringa qualquer. Enfiei no meu pulso até que o sangue jorrasse senti o sangue escorrendo lentamente e continuei a rasgar a dor com aquela seringa.

 Mas antes do que o esperado, a carta da morte chegou.


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Notas finais do capítulo

E ai? Me contei se consegui transpassar os sentimentos e tudo o mais. Sinto muito se a morte foi meio estranha, não sei se coloquei bem o que aconteceu.
xoxo



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