Levantei a tempo de ver o Sol nascer, já era o terceiro dia que não dormia, as olheiras que já não eram roxas e sim pretas evidenciavam isso, não dormia porque chorava, chorava por não conseguir mais no espelho, chorava por ser fraca e não conseguir não chorar e chorava por estar chorando sozinha na minha cama enorme abraçada aos meus travesseiros caros.

Fui para o banheiro, preferir não acender as luzes, pois já tinha noção do estado do meu rosto e não tinha a menor de reconfirmar esse estado no espelho, tomei um rápido e corri para o closet fazendo um esforço enorme para não me esbarrar em nenhum dos muitos espelhos, mas por conseqüência do meu desequilíbrio natural me esbarrei em vário em parei em um, olhei atentamente o reflexo deprimente a minha frente, uma mulher, cabelos negros e escorridos, olhos inchados de chorar, um corpo estranho, mas antes que eu terminasse de me analisar peguei um óculos escuro e sai correndo do closet.

Acordei a Tsubaki, ela tomou banho, vestiu a farda, tomou café e entrou no carro para que eu a levasse ao colégio, a viagem teria sido silenciosa, mas parece que hoje nada estava dando mais certo.

-Mamãe por que você esta de óculos escuros?

-Porque a claridade esta me incomodando – desconversei

-Você esta mentindo!

-Tsubaki Hyuga você esta acusando a sua própria mãe de faltar com a verdade?!
-Eu ouvi você chorando!Você chorou a noite inteira e não é a primeira vez, mamãe o que esta acontecendo?

-Nada filha, não é nada

-Mamãe, por favor, confia em mim, se você não estiver bem eu também não ficarei bem

-Não se preocupe, vai ficar tudo bem – uma lágrima escorreu por debaixo das lentes dos óculos, estávamos nos aproximando do colégio quando Tsubaki levantou e retirou os meus óculos, encarou-me nos olhos e disse

-Seus olhos são lindos mãe, mais bonitos que os meus, eles parecem o céu com aquelas nuvens fofinhas que lembram algodão-doce, mas quando você chora parece que o céu fica nublado e a chuva cai em forma de choro... Você fica mais bonita sorrindo – deu-me um beijo na bochecha e partiu

Parei por alguns segundos, não ia mais ficar esperando ajuda alheia, iria tentar me ajudar, para que eu não ficasse preocupando a minha própria filha, peguei o celular e liguei para Neji

********TELEFONE ON********

-Ohayo

-Neji?

-Sou eu, Hinata-sama?

-Isso mesmo

-O que deseja?

-Você ainda tem o número daqueles terapeutas?

-Tenho, mas é você que esta precisando?

-Você não acha que isso esta além do que lhe convém?

-Gomen, Hinata

-Esta vendo?

-O quê?

-Com um pouco de perseverança você consegue Neji-nii-sama

-Gomenasai Hinata-sama

-É só elogiar que desanda!Tchau

-Tchau

*******TELEFONE OFF*********

Fui para clínica onde os terapeutas estavam atendendo, adentrei o local de forma discreta, pois os meus óculos já eram muito chamativos, fui a recepcionista

-Ohayo

-Ohayo

-O que eu posso fazer pela senhorita?

-Eu vim para terapia com o Doutor... Como é o nome mesmo?

-Deve ser o Deidara-senpai

-Isso mesmo!Deidara!

-Tem hora marcada?

-Tenho

-Nome?

-Hyuga Hinata

-Senhorita Hyuga sala 402, terceira porta a esquerda

-Arigatô

-Não há de que

Peguei o elevador e me encaminhei para a sala dos terapeutas no meio do caminho me esbarrei com uma ruiva esquentadinha

-Gomen

-Você não olha por onde anda não?

-Eu já pedi desculpas

-E você acha que desculpas vão desamassar a minha saia? – percebi logo que ela estava afim de brigar e não era realmente o meu dia, se ela me perturbasse só mais um pouquinho eu mataria ela

-Se você usasse uma coisa mais decente talvez quando ocorresse algum acidente ela não amassasse desse jeito

-Como?!Você esta querendo dizer o que com isso?

-Eu?!Nada, imagina

-Você sabe quem eu sou?

-Você sabe quem eu sou? – ela me olhou com um olhar desafiador – Hyuga Hinata, prazer – estendi a mão para que ela apertasse, mas a mesma não correspondeu o gesto

A deixei boquiaberta parada e me direcionei ao consultório, falei com outra recepcionista que me indicou outra sala, entrei e me acomodei em pequeno sofá de couro que tinha ali.

-Ohayo! – um homem loiro pulou sobre mim quase me matando do coração

-O-o-ohayo

-Deidara-senpai!!

-O que foi Tobi?

-Essa é a paciente!E não a recepcionista! – me perguntei o que ele faria se eu fosse a recepcionista, será que?... O.o

-Gomenasai

-É perdoe o Deidara-senpai ele é meio louco, mas Tobi is a good boy ;]

-T-tu-tudo bem

-Então vamos começar a sessão?

-Hai – ele puxaram duas cadeiras e ficaram de frente para mim, Tobi pegou uma prancheta e uma caneta, me perguntei porque os dois fariam a sessão, mas confiava na clínica por isso não questionei

-Nome?

-Hyuga Hinata

-Idade?

-23

-Estado civil?

-Isso realmente importa?

-Sim.

-Solteira

-Filhos?

-Sim, uma filha

-Nome?

-Tsubaki

-Mãe solteira?

-Não exatamente

-Explique

-Bem tudo começou quando eu fugi de casa com 18 anos

-Então vocês se encontraram sobre a luz do luar e geraram uma filha – fantasiou Deidara, corei

-Deidara-senpai ¬¬’

-Gomen ^^’, continue

-Eu fugi de casa e o pai da minha filha quase me atropelou, então eu fui morar na casa dele, na verdade era para eu passar apenas uma noite, mas acabei morando lá, pois moravam muitas pessoas na casa e o dono era um dos advogados do meus pai..... Aí meu pai morreu..... Eu engravidei..... Cheguei em casa e vi ele com outra.... Agora 5 anos depois eu reencontrei.... Ele assumiu a minha filha..... Eu não sei o que fazer!!!

-Esse é o nosso trabalho!Ajudá-la a saber o que fazer – afirmou Deidara

-Agora nós faremos algumas perguntas e você terá que responder com toda a sinceridade sem constrangimentos ok?

-Certo

-Você se considera uma pessoa instável?

-Não

-Por quê?

-Porque eu sou muito omissa – essa última palavra saiu como um sussurro

-Por que você é omissa?

-Porque eu não tenho coragem de revidar o que os outros me fazem

-Falta de coragem ou auto-proteção?

-Auto-proteção, nenhum estranho me fará nenhum mal, pois com eles eu sou incisava, mas com que me conhece eu me torno mole para não machucá-los, eu não quero decepcioná-los

-Quem que você não quer decepcionar? – algo na expressão de Deidara era intrigante, uma curiosidade anormal

-Isso quer dizer que você não tem metas próprias? – Tobi foi direto, direto até de mais

-Eu não sei!Eu não sei quem eu não quero decepcionar!Eu não tenho metas, que quero apenas cuidar da minha filha e só

-E essas olheiras?Você tem andando chorando um pouco de mais não acha?

-Sim – abaixei a cabeça, aquilo era pressão de mais para o meu cérebro

-Porque você chora?

-Porque eu estou sozinha

-Sozinha?!E a sua filha?

-Ela não pode fazer nada, eu a amo, mas eu ainda estou sozinha

-Talvez a palavra não seja incompleta?

-Incompleta?

-Sim, parece que você tem tudo, mas falta só uma pequena peça para o quebra-cabeça ficar completo, algo que ficou no passado, algo que não foi resolvido e que te atormenta até hoje, você em momento nenhum proferiu o nome do pai da sua filha por quê?

-Porque, porque, – as lágrimas novamente voltaram aos meus olhos lágrimas de raiva, eu sabia o tempo todo as respostas, estavam ali na minha frente, então porque dói tanto falar o nome dele? – porque eu, eu

-Dói não é? – Tobi se ajoelhou ao meu lado e enxugou as minhas lágrimas, voltou a sua cadeira

-Dói muito!

-E porque dói?

-Dói dizer o nome dele porque eu ainda o amo!

-Se você ainda ele porque simplesmente não volta para ele?

-Não tem mais como, ele me machucou de mais e eu não vou consegui perdoá-lo

-Será que você já não perdoou?E não esta fazendo isso só por orgulho?

-Orgulho?De quê?

-Quem sabe, talvez o fato de você ter sido muito fácil para ele no passado indique que agora você não quer parecer a mesma, ao meu ver você esta induzindo uma mudança muito dolorosa.

-Mudar o quê?

-Deixa de charme! – Tobi foi direto de mais novamente – Tá na cara que você ama o... O... Como é o nome dele mesmo?

-Naruto – sussurrei

-Naruto?!Não me diga que você é a mãe da filha do Naruto-kun

-Sim, sou eu

-O que é que você esta esperando?!

-Hã?

-Ele é louco por você!

-Você conhece o Naruto?

-Quem você acha que a dona dessa clínica?

-Não sei!

-Tsunade, a avó dele, é lógico que nós conhecemos ele! – Deidara se calou e observou enquanto dava rumo a sessão – Eu não deveria lhe dizer isso, mas você não é a única que faz análise e 80% da sessão dele é falando de você e de como a filha dele é linda, blá, blá, blá, eu não aguento mais ele falando de vocês, então porque você não volta com ele?

-Isso que você acabou de dizer foi totalmente antiético e o tempo da minha sessão acabou de acabar – levantei para ir embora, mas antes de fechar a porta Tobi disse:

-Você não pode fugir dos seus problemas, eles são como paredes, nem sempre você vai poder contorná-los então comece a tentar pulá-los ou você continuará parada no mesmo tempo da sua vida.

Recoloquei os óculos escuros e sai de lá calmamente, apesar de querer correr para o carro, remontei a máscara impecável do cinismo e me retirei do consultório, fui para o carro, tirei o óculos com tudo e comecei a chorar, nem eu estava me entendo mais, agora mais do que tudo eu queria ficar longe dele, o mais longe possível, o celular tocou

********TELEFONE ON*********

-Hinata?

-Oi – engoli o choro rapidamente ao perceber que era Kiba

-Tudo bem?Você parece estar chorando.

-Não é alergia – alergia?De onde eu tirei isso

-Sei ^^’

-E você?

-Eu estou bem, eu queria saber se você gostaria de almoçar comigo hoje

-Claro, seria um prazer

-E tem mais uma coisa

-O quê?

-Tem como você não levar a Tsu-chan e o Naruto-kun?

-Bem no Naruto eu posso dar um jeito, mas a Tsubaki não, hoje é meu dia de ficar com ela, mas porque o pedido?

-Nada de mais, eu só queria conversa mais a vontade com você

-A Tsubaki não faz tanto barulho assim, creio que ela se comportará bem

-Hai, tchau e até mais

-Até

*******TELEFONE OFF**********

Fui para o escritório, realmente não faltava muito para o almoço, passei lá apenas para ver como estavam as coisas, fui no colégio da Tsubaki e a peguei, fomos almoçar, Kiba nos levou a um restaurante aconchegante, diria até romântico e  com uma vista linda da cidade.

Ele pediu o almoço e nós apenas esperamos, entre uma conversa e outra o tempo foi passando e a sobremesa veio, notei que Kiba estava muito nervoso, apreensivo, talvez algo tenha acontecido.

-Hinata

-Oi

-Tem como você tirar esses óculos escuros só por um momento?

-Foi mal Kiba, mas não dá não – esse pedido era impossível de aceitar

-Então tudo bem, vai com os óculos mesmo, – ele puxou algo do bolso, uma caixinha talvez, mas minha visão estava muito cansada para enxergar coisas pequenas – sabe Hina-chan eu sou apaixonado por você desde que nós éramos pequenos, mas eu nunca disse, pois eu sempre tive medo de ser rejeitado, porém agora eu tomei coragem e – ele abriu a caixinha e dela apareceu um anel lindo e super delicado, entendi na hora o que ele queria dizer, ele me olhou tentando decifrar a minha expressão – quer casar comigo? – a Tsubaki que até esse ponto não tinha notado o que estava acontecendo cuspiu todo refrigerante que estava em sua boca e me olhou assustada

-Kiba eu, eu, eu não sei o que dizer

-Diga que sim apenas

-Mas, mas eu não pos...

-Mamãe você não pode fazer isso com o papai!

-Quieta Tsubaki!O seu pai não tem nada a ver com isso, é a minha vida, e nem você tem o direito de interferir

-Mas, mas...

-Kiba eu lamento muito, mas eu não posso te dar uma resposta agora, eu preciso pensar – peguei a Tsubaki em estado de choque pela mão e sai do restaurante deixando Kiba desolado, sozinho na mesa

“Voei” para casa e me tranquei no quarto sem dúvidas a Tsubaki não interferiria, pois estava tudo muito silencioso até um certo alguém quase derrubar porta do meu quarto.

-Hinata abre a porta eu preciso falar com você!

-Sai daqui!Me deixa em paz! – eu estava com tanto sono e somado aos remédios para dormir nem que eu quisesse conseguiria abrir a porta

-Eu já sei de tudo!Abre logo essa porta! – levantei para abrir, mas acabei caindo no chão, levando comigo um monte de coisas da escrivaninha

-Hinata?!Esta tudo bem?! – não respondi, ou melhor não podia, ao notar que havia algo errado comigo a porta foi arrombada provocando um baque surdo – Hinata! – entraram Naruto e Tsubaki com olhares preocupados – O que você fez? – olhou para a caixa de remédio no chão – Você é louca?!Isso é remédio tarja preta!

Ele me colocou sobre a cama enquanto Tsubaki organizava a bagunça do meu quarto, não vi mais nada, tudo ficou preto, eu dormi, mas não descansei, achei que tivesse morrido, mas depois de muito tempo abri os olhos e encontrei um par de olhos azuis, talvez fosse um sonho, ou talvez não, desisti dessa reflexão e me espreguicei

-Ohayo

-Ohayo?

-Sim, já é de manhã

-Ah claro, de manhã, que bom eu dormi como um anjo, DE MANHÃ?!!Você esta dizendo que eu dormi de ontem a tarde até agora?!

-Isso mesmo e dormiria mais se eu não tivesse feito você vomitar todo o sonífero e calmante que você tomou, o que você estava pensando?Podia ter morrido!

-Me deixa!Se eu morresse ou não, não ia fazer diferença

-Você tem certeza que não? – olhou para o lado Tsubaki estava dormindo sobre a minha poltrona, levantei para carregá-la, mas acabei indo de encontro ao chão – Calma aí, – Naruto me segurou – você não esta bem ainda! – me recolocou na cama e botou a Tsubaki ao meu lado, passeei a mão no cabelo dela

-Como é que ela esta?

-Assustada, é a melhor palavra eu acho

-Também ela me viu nesse estado deplorável

-Não é disso que eu estou falando, – deixei o cabelo dela e o olhei nos olhos, sabia do que ele estava falando – ela esta assustada com o Kiba e com a ideia de ter um novo pai, já que você não respondeu ao pedido dele, Hinata eu...

-Você não tem nada a ver com isso!

-Como assim?A filha é minha também, esta certo que o Kiba é um cara legal e tudo, mas casar com ele?Você não acha um pouco de mais?

-Quem decide se é um pouco de mais ou não sou eu, concorda?Se eu casar quem vai casar com ele sou eu e não a Tsubaki

-Mas tente entender ela acabou de me conhecer e já vai ganhar outro pai?Você não acha realmente de mais?

-Por mim ela nem mesmo te conheceria – agora eu havia ido fundo de mais, me encolhi esperando a resposta que não veio

-Se você pensa assim tudo bem, mas saiba que se você casar com ele eu fico com a Tsubaki

-Como?!

-Eu não vou admitir de maneira nenhuma aquele cachorro morando debaixo do mesmo teto que a minha filha, mas eu sei que isso não vai acontecer não é?Porque você me ama

-Sonha cinderela... Eu não decidi ainda, mas isso esta fora da sua jurisdição – ele estava irritado com toda essa conversa, irritado não, ele estava ficando triste, pois o sorriso habitual que brincava em sua boca havia sumido juntamente com o brilho intenso do azul dos seus olhos, até a pele se tornara opaca, transformando o rosto brincalhão dele numa expressão de profunda tristeza

-Eu não quero te perder – ele sussurrou

-Agente já conversou sobre isso...

-Eu estou falando sério, eu não quero te perder, – agora aqueles olhos azuis me seduziam novamente e ele estava ciente do efeito daqueles orbes em mim – eu não posso te perder

-Naruto, por favor, – ele acariciou meu rosto, quase me perdi naqueles dedos, mas consegui recobrar a consciência – não faça e não fale essas coisas comigo, você tem que entender que acabou

-Não acabou e você sabe disso!Você pode não querer dizer, mas no fundo você sabe!

-Naruto vá embora!

-Esta bem, eu vou, mas saiba que eu vou te esperar sempre

Assim que ele bateu a porta peguei o celular e liguei para a Sakura

****TELEFONE ON*****

-Sakura?! – minha voz estava trêmula

-Que foi menina?!

-O Kiba me pediu em casamento!

-NANI?!Ele o quê?!

-Isso mesmo que você ouviu

-E você?

-Eu?Eu disse que ia pensar

-E?

-E o que Sakura?

-E você vai responder que?

-Sim

-Sim?!Tem certeza?Você não ama o Kiba

-Mas com o tempo eu aprendo a amar

-Amiga você não acha que é loucura não?

-Por quê?

-Você sabe melhor que ninguém amiga!Você ama o Naruto!

-Mas eu não posso amar!Ele me faz mal!Deu para entender?Mal!

-Eu não te entendo sabia?

-Nem eu

-Mas se é isso que você quer tudo bem, eu só posso torcer pela sua felicidade, mas deixe-me perguntar uma coisinha

-Fale

-E a Tsu-chan?Como é que ela vai ficar?

-Eu não sei... O Naruto disse que se eu casar ela fica com ele

-Ele já tá sabendo?

-Claro, ela fez o favor de contar.

-Vê lá o que você vai fazer da sua vida!Casamento é coisa séria!

-Eu sei, obrigada por me ouvir

-Que nada!Amiga é para essas coisas

-Ja ne

-Só mais uma coisa, você tem noção de tudo que um casamento implica certo?

-Hã?

-Hina você dormiu com dois caras em toda a sua vida, será que você será capaz de conseguir dormir com o Kiba?Afinal com o Neji vocês estavam meio bêbados e o Naruto-kun você amava muito, e o Kiba?Como é que vai ser se vocês se casarem?

-Daqui para lá eu penso num jeito, beijo

-Já ne

****TELEFONE OFF*****

Respirei por um segundo, um longo segundo, peguei novamente o celular disquei o número do Kiba, sim, essa era a resposta, de agora em diante eu não ficaria a chorar pelos cantos, afinal eu tenho uma promessa, e vou cumpri-la, custe o que custar, apesar de tudo eu gosto muito do Kiba e ele é uma pessoa super gentil, não deve ser tão difícil me apaixonar por ele (?)

****TELEFONE ON*****

-Hinata!

-Oi Kiba

-Eu não esperava receber uma ligação sua! – nem eu esperava ligar para ele, essa que é a verdade

-Eu estou ligando para dizer que sim

-Sim o que?Que não esperava me ligar ou sim de vou continuar ou sim de aceito me casar com você?

-A terceira opção – ouve um grito de alegria do outro lado da linha

-Eu não estou nem acreditando! – nem eu!O que é que eu estou fazendo! – Então combinado, amanhã eu passo no escritório para nos encontrarmos e começarmos a ver as coisas para o casamento

-Para quando

-O mais rápido possível!

-2 semanas? – queria que fosse o mais rápido possível mesmo!

-Você não acha um pouco de mais? – de novo essa pergunta?alguém tirou o dia para medir meus níveis de loucura foi?

-Não, então até amanhã

-Até

****TELEFONE OFF*****

Eu não sabia o que estava fazendo, mas qualquer pessoa tem o mínimo direito de ser feliz, eu iria tentar, afinal é entre erros e acertos que se aprende, quem sabe dessa vez eu não acertava?Agora restava pouco tempo para o casamento, pouco tempo para dúvidas e pouco tempo para algumas pessoas digerirem a notícia, pouco tempo para muita coisa, e o pior a decisão foi minha.