Aurora Boreal escrita por Mr Ferazza


Capítulo 12
IX. INVISÍVEL.


Notas iniciais do capítulo

POV: Edward.



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IX. INVISÍVEL

Edward Cullen.

            Estávamos sentados – Esme, Carlisle, Alice, Jasper e os Denali – cada um fazendo algo diferente. Alice previra que Emmett e Rose chagariam hoje da Austrália. Havia algo nessa volta que ela não sabia o que era. Eu estava curioso.

                Alice dissera que um vampiro estava vindo com eles.

                - Não consigo ver absolutamente mais nada. Teremos que nos contentar com as informações que temos. - disse Alice prevendo que eu perguntaria isso a ela. – Alice levantou o indicador. Essa visão estava escura. Significava que algum lobo estava a caminho. – Provavelmente Jacob com Renesmee e Bella.

                Ele fora caçar com Renesmee para incentivá-la. Bella já não caçava havia mais de um mês e seus olhos ainda estavam de um dourado intenso. – Significava que ela ainda ficaria um bom tempo sem sentir sede. Eu já deveria ter me acostumado com Bella. – Na verdade todos deveriam ter se acostumado. Bella nunca seria uma “imortal comum”.

                Agora todos podiam ver Bella, Renesmee e Jacob cruzando o rio. – Renesmee aninhada nos braços de Bella e Jacob em sua forma de lobo.

                Bella que agora também podia ler mentes e de uma forma muito mais eficiente e controlada do que eu. Eu podia pensar nisso por uma eternidade, e acredito que jamais deixaria de ficar surpreso com isso. Isso causava surpresa para todos – especialmente para mim. Mas sabia que para ela era o dobro da surpresa que eu sentia.

                Eu disparei para a porta a corri até eles.

                - Como vai querida? – perguntei a ela dando-lhe um beijo.

                Eu sabia que ela não estaria lendo minha mente agora. – Ela achava injusto que ela pudesse ler meus pensamentos, enquanto eu não podia ler os dela. Mas eu sabia que às vezes era inevitável, mesmo podendo ela controlar isso.

                - Estou muito bem querido – disse ela.

                Peguei Renesmee em meus braços e dei-lhe um beijo no rosto.

Como está, papai?” pensou ela.

- Estou bem, querida - respondi-lhe.

- Tio Em e tia Rose já estão chegando, querida – eu disse a Renesmee. Ela já estava com saudades de Rosalie. Lembrei-me do vampiro misterioso que vinha com eles.

Há um vampiro está vindo com Emmett e Rose?”- perguntou Bella em pensamento.

Ela havia afastado seu escudo seu escudo para ler minha mente. – Não que isso fosse uma condição para o que ela fazia, mas ela achava injusto.

“Sim. Alice viu isso, mas não sabe quem é. É a única informação que ela tem a respeito dele.” – Respondi a sua pergunta.

Alice não sabe o nome desse vampiro?” – perguntou ela.

Não, nós não o conhecemos.” – respondi a ela.

sobre o que estão conversando?” intrometeu-se outra voz – era Jacob. “quero saber também, Sr e Sra telepata. Eu não tenho esses poderes, mas tenho direito de saber.”

- Não é nada de mais, Jacob – Bella e eu dissemos juntos.

Defina ‘nada de mais’” – pediu ele.

- Alice viu que um vampiro está vindo com Emmett e Rosalie da Austrália, é só isso. – esclareci a ele.

- Satisfeito agora, senhor curiosidade? – perguntou Bella.

Renesmee riu e colocou a mão em meu rosto. Perguntou-me se eu conhecia o vampiro.

- Não querida, ninguém o conhece. Na verdade não sabíamos que Emmett e Rosalie o conheciam. Alice não viu nada além disso. – disse eu para Nessie.

Quando chegamos à casa todos estavam conversando sobre as inúmeras habilidades dos imortais que conhecíamos.

Falavam agora sobre as habilidades de Benjamin. Sem dúvida o imortal mais poderoso que nosso mundo oculto já conheceu.

Não havia como lutar com ele. Não havia como um dom mental agir contra os poderes dele. – Podiam “feri-lo”, é claro, mas nunca causar algum dano físico permanente.

Todos sabiam por que Amun tinha tanto medo de perdê-lo. Mas ninguém sabia por que Aro cobiçava mais os poderes de Alice do que os dele.

Isso significaria uma enorme batalha contra o clã Egípcio – para conseguir Benjamin - naquele dia. Mas Aro estava e ainda deve estar obstinado a conseguir os poderes de Alice.

- Exatamente Carlisle. – dizia Eleazar. – O poder daquele vampiro é algo que nenhum escudo no mundo pode interceptar. – disse ele girando o corpo para fitar Bella. Depois pensou também em Renata.

- Foi esse um dos fatores para que Aro começasse a pacificar aquela luta que se formava. – todos sabiam, é claro, a que ele se referia. - Além de Bella. – ele a fitou de novo. – Aro sabia que eles seriam completamente destruídos se houvesse luta. Sabia nosso grupo perderia aliados, mas o deles seria reduzido a pó. Literalmente. – ele sorriu um pouco.

Nós quatro que havíamos acabado de chegar ainda estávamos de pé, ouvindo-os.

- Eles estão chegando - disse Bella. – Estão a alguns quilômetros daqui, quinze para ser mais precisa. – disse ela, complementando.

- Bella, amor como você sabe? – perguntei a ela, fitando-a.

- Eu ouvi os pensamentos deles – disse-me ela também com uma voz e expressão surpresas.

Eu não podia deixar me surpreender-me

- Bella, você... – comecei, mas não consegui terminar. – Você consegue ouvir os pensamentos deles em uma distância maior que eu?! É extraordinário.

- É acho que sim. Eu me concentrei neles e consegui ouvi-los. – disse ela. – Mas não ouço mais ninguém além deles é estranho. – disse ela voltando-se para fitar Alice que estava agora mudando piano de lugar.

- O que há, Bella?! – disse ela.

- Eu vi mesmo outro vampiro com eles. – disse ela cantarolando

- Dãa – disse Bella batendo com o punho fechado na testa. – É porque eu não conheço o vampiro e tenho que me concentrar nele, então não consigo ouvi-lo. Desculpe Alice.

- Desculpas aceitas Bella. Sei que seu cérebro ainda não funciona direito. – Ela sorriu para Bella. – Brincadeirinha, Bella.

Todos voltaram para o assunto anterior

O assunto Benjamin já havia acabado. Agora falavam dos dons de Alec quando finalmente ouvimos os pneus do carro deixarem o asfalto e entrarem na nossa estrada de cinco quilômetros.

Mais cinco minutos. – eu já sabia.

A conversa sobre os dons de Alec não me interessava, pois todos já sabiam o que ele podia fazer. Era simples, mas também muito eficiente. Somente Bella podia bloqueá-lo.

Embora o dom de Alec fosse mais “abrangente” do que o de Jane, o dela era mais temido com certeza.

Perguntei-me o que Bella poderia fazer se tivesse os dons de Jane. Como ele seria “melhorado”.

Emmett, Rosalie e seu convidado avançavam cada vez mais enquanto eu estava imerso em pensamentos.

Quando Emmett, Rosalie e seu convidado finalmente chegaram fomos recepcioná-los.

Mas, dentro do Carro só havia Rose e Em.

- Olá, pessoal. – disse Emmett sorrindo e pegando as bagagens de dentro do porta-malas.

Rosalie também saiu do carro e com um movimento gracioso fechou a porta.

Não havia sinais de que eles houvessem trazido alguém com eles. A não ser que a visita estivesse dentro das malas, mas eu duvidava disso.

Todos foram cumprimentados por eles.

Bella ficou fitando algo que eu não sabia o que era. Tentei me colocar no mesmo ponto onde ela estava avistando, mas não vi nada.

Um por um todos começaram a fitá-la também e tentar ver o que ela via.

Bella desceu as escadas da varanda lentamente e foi em direção à lateral do carro de Em e Rose.

Ela se aproximou da lateral sorrindo como se estivesse fazendo isso para alguém.

Bella assentiu para o ar

Ela, deliberadamente, estendeu a mão para o ar como se fosse apertar a mão de alguém.

- Olá, como vai você? – perguntou ela para o ar.

Todos a fitamos boquiabertos.

- Bella, querida, não há ninguém aí, o que está fazendo? – perguntei a ela.

Ela se voltou para mim e me fitou como se eu tivesse enlouquecido.

- Edward, não está vendo o visitante? – perguntou ela para mim, incrédula.

- Eu não. E duvido que mais alguém possa vê-lo. Além de você. Bella dixe disso não há ninguém aí.

Ela estendeu a mão para o ar novamente.

- Olá, meu nome é Bella Cullen, e o seu? – perguntou ela para o ar.

Não se ouviu nada.

Emmett começou a rir e logo estava no chão com malas e tudo.

Bella voltou-se para ele.

- O que há Emmett? – perguntou ela.

- Estamos presenciando o primeiro caso de loucura do mundo imortal. – conseguiu dizer entre risos.

- Muito engraçado. – disse ela.

- Se vocês não o vêem a culpa não é minha. – disse ela.

- Mas não há ninguém aí – disse ele entre gargalhadas.

- Porque ninguém o vê? – perguntou Bella para o ar.

Houve silêncio de novo.

- Ah, entendo. Já era esperado. Como não pensei nisso antes?! – disse ela fechando os olhos. Devia estar se  concentrando.

Acho bom que isso funcione, caso contrário significa mesmo que estou louca” – pensou ela.

- Ah, agora eu entendo o que vocês diziam. – disse ela.

Eu não podia mais ouvi-la.

Bella se concentrou de novo. Agora um pouco menos do que antes.

De um segundo para outro eu pude ver do que se tratava.

Era um vampiro de estatura média, de pele morena e de cabelos curtos e extremamente negros. Seus olhos dourados deixavam claro seu estilo de alimentação. Parecia de descendência aborígene. Um vampiro Australiano.

Um por um dos que fitavam Bella passaram a fitar o vampiro Australiano parado ao lado de Bella.

Passaram-se dois breves segundos e o vampiro assustado conseguiu falar:

- Como vocês estão conseguindo me ver? – Perguntou ele numa voz baixa e agradável.

Agora todos fitaram Bella, como uma resposta à sua pergunta.

- Porque só você conseguia me ver antes? – perguntou ele a Bella.

- É uma longa história - explicou Bella a ele. – Agora... – Bella hesitou. – poderia ficar visível, por favor?

- Ah, é claro, desculpem-me – disse ele. – foi uma tremenda falta de educação. Perdoem-me. – disse ele já visível. O escudo de Bella já não nos envolvia.

- Então, Poderia nos informar seu nome? – Perguntou Carlisle.

O vampiro australiano deu cinco passos na direção de Carlisle, estendendo a mão.

- Meu nome é John, muito prazer em conhecê-lo. – disse o vampiro, educadamente.

- Meu nome é Carlisle, bem-vindo. Apesar do susto é claro. – disse Carlisle. – A propósito, esta é minha família; Esme, Rosalie, Emmett, Jasper, Bella, Alice e Renesmee. – gesticulou ele. – Estes são nossos amigos: Tanya, Kate, Eleazar e Carmen. – Disse ele apontando os Denali. – E este é Jacob – Gesticulou para o enorme lobo ao lado de Renesmee.

Um lobisomem? Junto com vampiros? Como é possível.” Pensou ele. Franzindo o nariz por causa do odor de Jacob. Todos nós já havíamos nos acostumado. Isso já não incomodava.

- Ele não é um lobisomem. E não é perigoso. – Disse Bella a ele gentilmente. – Fique tranqüilo, ele não representa ameaça nenhuma para nós. É parte da família.

Como ela fez isso?” pensou ele. “ ela só pode ser uma telepata” concluiu.

- Exatamente. Nós três podemos ler mentes. – Bella, Eleazar e eu dissemos juntos.

O vampiro nos fitou perplexo.

- E a garotinha? – começou ele sorrindo. – Ela é imortal também? – perguntou ele. Antes que pudéssemos responder a ele, já falava algo mais.

- Mas... Vocês sabem que as crianças imortais não podem existir. Por que...? – começou ele a perguntar freneticamente.

- Ouça-me, John. – começou Carlisle. – Ela não é uma vampira. Ela é parte humana também.

mas se os Volturi souberem, eles não vão querer ouvir” pensou ele.

- Sim. Isso já aconteceu. – eu disse a ele.

- E como sobreviveram. – perguntou ele.

- E uma história muito longa. – esclareceu Bella, encerrando o assunto. Ela não gostava de lembrar-se disso. Ninguém gostava.

- Então, John, porque exatamente decidiu esconder-se no carro de Emmett e Rose para vir até aqui? – perguntou Carlisle. Esse vampiro teria de dar explicações.

- Muito bem. Direi-lhes tudo. – começou ele. – “ Na semana passada eu estava vagando pela rua à noite. Foi quando eu os vi. – ele gesticulou para Rosalie e Emmett que estavam imóveis ouvindo. – Senti seu cheiro e concluí que também eram vampiros. Quando vi a cor de seus olhos – que eram iguais aos meus – achei que eu poderia segui-los. E foi o que fiz.” – concluiu ele.

- Vejo que nossos hábitos alimentares são similares. – disse Carlisle a ele.

- É exatamente isso. – disse John.

- Então seja bem-vindo, John – disse eu.

- Isso mesmo. Poderá ficar o quanto quiser. Nós respeitamos as vidas humanas e todos os que também o fazem são bem-vindos aqui. – disse Carlisle.

- Muito obrigado. – disse ele.

- Mas porque você decidiu deixar os Cangurus? – Disse Emmett rindo. Todos riram com ele.

- Bem, não tem nada a ver com os cangurus. – explicou ele. – É que na Austrália eu só posso andar invisível e isso não me agrada às vezes. Com certeza é uma grande vantagem, mas cansa. – concluiu ele.

- Mas porque você não nos perguntou se poderia vir junto conosco? – perguntou Rose. – Poderia ter feito isso.

- É que seu parceiro me parece um pouco “nervoso” – disse ele.

Todos riram de Emmett.

- Ah, ele é sim. Mas é uma boa pessoa, não iria machucá-lo. – disse Bella em defesa do cunhado.

- Porque eu não o vi com mais clareza? – perguntou Alice de repente.

- Como assim “me viu?” – perguntou ele fitando-a.

- Ah, esta família tem muitos dons além de telepatia. Eu posso ver o futuro. – disse Alice.

John a fitou com incredulidade.

- Estou me perguntando por que não o vi com mais nitidez. – falou Alice como se suas visões fossem uma definição de TV. – Quero dizer... Porque não vi seu rosto?!

- Acredito que não tenha nada a ver com seus poderes de ficar invisível. – concluiu Alice.

- Acho que sei por quê. – Começou John. – Quando fico invisível não deixo rastro de cheiro e ninguém pode detectar minha presença. Acredito que seja como se eu deixasse de existir. Por isso não pode me ver.

- É uma explicação coerente. – Disse Carlisle assentindo para si mesmo.


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