Aurora Boreal escrita por Mr Ferazza


Capítulo 11
VIII. PRESSENTIMENTO




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VIII. PRESSENTIMENTO

Ficamos sentados até amanhecer.

Hoje eu levaria Nessie até a casa de Charlie para que Jessica pudesse conhecê-la. Tinha a forte impressão de que elas iriam se dar bem. Renesmee era encantadora.

Eu iria até Seattle encomendar novos documentos com Jason Jenks.  – Renesmee não poderia passar por alguém nascido há dois anos, levando em conta sua aparência; eu sabia que poderíamos falsificar os documentos em casa, mas queria dar a entender a J que, daqui para frente, eu assumiria aquele relacionamento profissional.

Alice levantou-se do sofá rapidamente e disparou para fora. Certamente fora pegar roupas para vestir Renesmee – Ela com certeza previra meus planos.

Em menos de dois minutos ela estava de volta com um vestido rosa muito claro – expressava fragilidade.

Alice pegou Renesmee – agora acordada - nos braços e a levou para o quarto a fim de vesti-la.

Jacob acordou na mesma hora dando um enorme bocejo.

- Bom dia, dorminhoco. – disse eu enquanto ele arrumava os cabelos com a mão.

- Bom dia Bells. – disse ele levantando-se do sofá e estalando os ossos das costas. – onde está Nessie? -  perguntou ele olhando em volta.

- Alice foi vesti-la. – informei a ele – Ela vai à casa de Charlie hoje.

O estômago de Jacob roncou e todos olharam para ele.

- Ah, desculpem – disse ele.

- Vá comer, Jacob – disse Edward – Fique à vontade.

- Ah, obrigado Edward – disse ele, indo para a cozinha.

Alice estava de volta à sala em cinco minutos – Renesmee em seus braços. – ela descia as escadas fitando Renesmee, - que estava ainda mais fascinante com as roupas que Alice escolhera. – com um sorriso que eu conhecia. Um sorriso de autocongratulação nos lábios.

A roupa que Renesmee vestia, apesar de ser relativamente simples para Alice, a deixava mais deslumbrante.

Jacob estava de volta com uma enorme torrada nas mãos, – já havia comido mais de quatro. – fitando Nessie com boca cheia e aberta.

- hmmmm – pigarreou Edward para chamar a atenção de Jacob. – Jake, não estamos a fim de ver o processo de digestão desta torrada. – disse Edward sorrindo para ele que estava ainda fitando seu objeto de imprinting que parecia um anjo com aquela roupa.

Jacob imediatamente fechou a boca e recomeçou a mastigar a torrada.

- Ah, desculpe, Edward. – disse ele ainda com a boca cheia.

Edward assentiu.

Eu levantei-me e peguei Renesmee nos braços, tirando-a de Alice.

- Vamos, Nessie há algumas pessoas que querem vê-la. – disse eu sorrindo para ela. E depois lhe dei um beijo na bochecha.

- Tchau querida – cantarolou Alice para Renesmee.

Renesmee acenou para ela cantarolou um “tchau”, no mesmo tom de Alice.

Edward se postou em minha frente dando-me um beijo e outro em Renesmee.

“Eu te amo, não demorem muito”- pensou ele.

-Eu também. Não demorarei. – disse.

Jacob nos seguiu até a garagem.

Eu abri a porta de minha Ferrari e dei-lhe a chave. Eu o deixaria dirigi-la hoje.

- Vai deixar eu dirigir sua Ferrari? – perguntou ele com os olhos arregalados.

- Vou. Não quer? – perguntei estendendo a mão para pegar a chave.

Ele imediatamente pôs a mão com a chave para trás.

- É claro que eu quero. Mas pensei que você achasse chamativo demais? – disse ele. Seu ainda espanto fez com que sua frase parecesse uma pergunta.

- E acho, mas é bom variar um pouco. – disse sorrindo.

- Obrigado Bells – disse ele dando-me um beijo na testa e um na bochecha de Renesmee.

- Não há de quê. – disse a ele, entrando no carro.

Jacob entrou e foi para o volante.

Saímos e Jacob estava sorrindo.

Estava chovendo é claro. Forks.

A chuva parecia uma névoa, estava fraca, era agradável até certo ponto. Eu havia me acostumado plenamente com a água “brotando” do céu, parecendo uma artéria cortada. – nuca parava.

Eu não sabia se Charlie perguntaria algo sobre Renesmee. Saber só o necessário, ele dissera. Mas, às vezes, era difícil controlar a curiosidade.

Era bem difícil controlá-la, não era menos esperado. Renesmee crescera seis anos em um e meio.

Às vezes era difícil esconder a verdade de Charlie, embora ele não exigisse explicações; era difícil mentir para ele. Manter em segredo nossa espécie. Eu já sabia disso, mas era inevitável querer contar a Charlie toda a verdade e parar de mentir para ele.

Mas, se isso acontecesse seríamos exterminados, é claro. Agora o que os Volturi mais queriam era uma chance de agir contra nós, levando em conta que eles ainda não sabiam de meus novos poderes. Se soubessem, arranjariam a desculpa mais deslavada do mundo para nos fazer uma visita.

Ou talvez não. Talvez eles ficassem mais tempo planejando um ataque para terem certeza de que não iríamos sair vivos dessa.

Talvez Aro planejasse muito bem esse novo ataque para ter certeza que dessa vez ele conseguiria o que mais queria. Alice. – Alice que nos alertaria de novo e estaríamos prontos mais uma vez, como no fim do ano passado. Eles fugiriam de novo como covardes.

Dessa vez eu não os deixaria sair vivos daquela clareira.

Os outros, talvez, não pudessem saber dos próximos movimentos dos Volturi. Noi entanto, eu já desconfiava. Podia sentir algo a caminho.

Eu me encolhi só de pensar nisso. Não queria ter certeza sobre isso. Tudo o que eu mais queria era estar errada. Renesmee sentiu que me encolhi e Jacob também.

- O que há, Bells? – Perguntou ele com os olhos fixos na estrada.

- Não é nada, só uma idéia que tive não muito agradável – disse a ele.

- O que era? – perguntou ele com curiosidade.

- Não... – comecei – Prefiro não falar nisso, está bem? – admiti – Mas acho que você logo saberá, se eu estiver certa. – concluí.

- Está bem então.

Renesmee tocou meu rosto perguntando o que estava ocorrendo.

- Não era nada Nessie, só um pressentimento que eu tive.

Ela me tocou de novo, perguntando o que era.

- Nada de importante – menti. Mas sabia que ela não havia acreditado.

Não importava eu não iria assustá-la com coisas que poderiam não ser verdade, com coisas de minha mente extremamente esquisita.

Seguimos em silêncio até a casa de Charlie.


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