Call Me escrita por Charlie


Capítulo 6
Maldito Johnny


Notas iniciais do capítulo

Olá, princesos e príncipas!
Eu sei que demorei [e muito!], não me matem!!
Vou conseguir postar só nos fds, agora, ok? Provavelmente, todo domingo tem cap pra vcs ♥333 Como é feriado, até quarta eu quero postar mais um, ok? Mas depende desse :)
Espero que gostem da capa nova, eu quis muito trocar. E só tenho a agradecer pelos reviews e a recomendação da LINDÉRRIMA, MINHA NORDESTINA TCHUCA, LUUUUZ :)
Pra quem não viu, vejam a rec dela, me fez chorar... :')
Espero que gostem do cap!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/308031/chapter/6

Se você já viu a Dorcas pulando pelo campus e abraçando estudantes estranhos, você já teve medo de morrer. Sim, porque Doe fica feliz, mas quando ela lembra o porquê de tudo e que você é culpada, ela voa em você. É como se o murro dela estivesse condicionado à felicidade: quanto mais feliz, mais forte.

-Suas vacas! – ela gritou e o sorriso foi substituído. Ela veio batendo o pé e eu me escondi atrás da Lene, mas ela nos abraçou. Como?!

-Doe... O Remus te deu alguma droga?

-Lily, não! Ele foi, ah, um anjo!

-Doe, vem, senta aqui – Lene puxou a cadeira da lanchonete – Conte-nos tudo sobre seu príncipe aí.

-Ok, ok, mas nem é muita coisa!

-Dorcas, já se passaram mais de três horas desde que ele me trouxe! Você perdeu um dia inteiro de aulas!

-Ok! Vão me deixar contar ou não?

(...)

Dorcas estava há cerca de meia hora falando sobre como Remus foi fofo, de como eles conversaram sem parar no parque e de como ele se preocupava de ela estar perdendo suas aulas, porque o curso de fotografia na faculdade dele era no período noturno.

Eu já estava ficando cansada quando Amos veio conversar comigo. Ele estava sério, como nunca, e Lene disse que me esperaria no carro.

-O que aconteceu? – perguntei preocupada.

-Lily, não dá mais.

Assim, de uma vez. Sem um “não é você, sou eu” ou qualquer desculpa idiota.

-Por que, Amos?

-Porque... Não dá. Não é a mesma coisa, você tá muito diferente e...

-Não estou não!

-Está sim, Lily. Há tempos já, se quer saber, desde antes da festa!

É, eu estava um pouco cansada da nossa relação, é verdade, mas não o suficiente pra isso!

-Ok, quer terminar, problema seu! Vá comer qualquer vadia pelos corredores, tomara que você pegue Gonorreia! – gritei e saí, andando o mais rápido que pude na direção do carro da Lene, onde um cara estava encostado, beijando-a. – ODEIO atrapalhar, mas eu quero ir embora agora, Marlene!

-Lil! O que foi?

-Nada, só me leva pra longe! Ah, oi pra você – disse pro cara, que agora de perto parecia ser uns três anos mais novo.

-Lily, esse é o Johnny. E ele nos convidou pra ir ao show dele, eu vou produzir, vai ser uma boa experiência. Quer dizer, não é Rádio ou TV, mas é produção e vai ser ótimo!

-É, pode ser...

-O que o Amos disse?

-Que não dá mais. – sorri fechado e ela suspirou

-Lamento, Lily – Johnny falou e eu sorri, feliz de ele se importar. – Se isso for te animar mais, eu te apresento a um amigo meu no show. Ele mora junto com o nosso baixista, é muito gente fina e tá solteiro! – ele fez um joinha e eu ri.

-Pode ser, pode ser... Desde que não me traga dor de cabeça, como os últimos homens fizeram...

-Ótimo! – Lene falou – Agora só nos falta arrastar Doe e seu novo príncipe, porque Ali e Frank vão!

-Ok, fechado então!

-Sábado, às 21h! - ele disse e me cumprimentou antes de beijar a Lene e ir embora. Ela sorriu pra mim, ainda receosa por eu não ter falado nada sobre o rompimento. Entramos no carro, ela deu partida e, claro, antes de sairmos ela tinha que dizer algo!

-Vai ser bom tirar o Amos da cabeça – eu assenti – Assim como seu ladrão favorito.

(...)

Tem uma razão pra eu não sair de casa, aliás, eu tenho várias:

1.Não tenho roupas que fiquem boas (principalmente pra um show de uma banda que nunca ouvi); 2.Maquiagem me faz parecer muito falsa; 3.Meu cabelo é uma droga; 4.O sofá parece perfeito quando eu saio dele.

E, por isso, eu peguei um vestido preto emprestado da Dorcas e deixei a Lene enrolar meu cabelo, pior do que estava era impossível ficar. Elas demoraram muito me arrumando e isso já estava me irritando.

-Então, Lê... Você conhece esse amigo do Johnny?

-Não! – ela falou rápido – Nunca vi, ele diz que é gente boa.

-É, ele falou algo sobre isso... – falei e olhei pelo espelho pra Doe, que mordia o lábio – E você, Doe?

-Eu?! Nem conheço o homem da Lene, quem dirá o amigo!

-Uhum – murmurei e fingi que tinha engolido aquela história. Quer dizer, elas são as minhas amigas, não iriam me empurrar pra um psicopata ou estuprador, certo?

Terminamos de nos arrumar e Lene foi dirigindo, ainda me dizendo que eu não iria beber pra poder voltar dirigindo, porque Dorcas ia tentar ir embora com o Remus. Pra casa dele. Porque ela é uma pervertida.

-Chegamos! – ela falou, em frente a uma boate bem legal – Vamos, nós temos que entrar pela lateral.

Fomos até a porta lateral, que era um pouco escondida e dupla, pra entrada dos instrumentos. Continuamos por um corredor e saímos na coxia do palco, já quase pronto. Havia uma fila lá fora, então ainda estava vazio. Havia uma seta pra direita indicando os camarins e Lene nos conduziu até lá.

-Oi, minha morena! – Johnny disse, assim que a viu e a beijou, enquanto nós duas cumprimentávamos o vocalista e o baterista.

-Cadê o Black? – Lene disse

-Ainda não chegou, mas mandou sms dizendo que em dois minutos está aqui – Brad, o vocalista, respondeu.

-Ele é um folgado, sabia? Sempre atrasado, sempre grosso, sempre insuportável – ela reclamou e Johnny a abraçou por trás, acalmando-a.

-Você tem que parar de implicar com o Sirius, Lene...

Sirius? Eu já ouvi esse nome, eu sei que ouvi esse nome! Mas eu não consigo me lembrar... Na verdade, eu me lembro de  um garoto muito bonito, com o cabelo no pescoço e uma jaqueta de couro, parecido com o Johnny (menos pelo cabelo). E não lembro quem nos apresentou... Remus! Foi Remus, no dia que o Potter devolveu meu celular. Meu Deus, que não seja esse Sirius!
-Boa noite – ouvi uma voz grossa e me virei. Sim, era ele – Os moleques estão estacionando, desculpa a demora.

-Você sempre se atrasa – Lene resmungou e ele fez uma careta – Agora, vai, se arruma logo!

-Eu vou assim, riquinha. – ele disse e ela arregalou os olhos e trincou os dentes.

-Você está... Acabado!

-Pois é, mas é assim que eu continuo conquistando riquinhas patricinhas como você, sem ofensas, Johnny. E eu quero me dar bem essa noite, então não vou seguir seus conselhos. Com licença, eu vou afinar o meu baixo.

Ela torceu a expressão, contrariada e ele nos cumprimentou. Tinha um sorriso maroto no rosto, como se soubesse já tanto sobre nós duas que mal precisasse perguntar. Sobre Dorcas pode ser, mas sobre mim nunca.

-Você deve ser a Lily – ele disse e eu assenti. Parecia ser um cara legal, eu gostei dele – Remus falou de vocês duas.

-Remus é um amor de pessoa.

-É, pode ser – ele falou, como se eu tivesse falado que coelhos são assassinos psicopatas – Mas ele falou mais da loirinha. Sabe, sobre você eu ouvi bem mais de outra pessoa.

-A outra pessoa disse que eu sou brava e possível homicida? – perguntei e ele sorriu.

-Sim. Mas isso não o fez desistir de você, né?!

E, nessa hora, pro meu desgosto, entrou no camarim “o amigo do baixista que iam me empurrar”.

-Boa noite, Lily! – ele abriu um grande sorriso e eu olhei mortalmente pras minhas amigas.

-ELE?!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aííí???
Amo vcs, espero postar antes de quinta!!
xx