Call Me escrita por Charlie


Capítulo 2
Quero voltar pra minha Sprite!


Notas iniciais do capítulo

Ooooi!
É 2013, YEEEEEEEEEEEEY!
Espero que o ano de vocês seja maravilhoso, ok? O melhor até agora :D
E, muito obrigada pelos números no prólogo! Eu tô muito animada com essa fic e a minha outra nova, "One Night Men", que é sobre todos os marotos. Deem uma passadinha se quiserem ;)
xx



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Sorvete de morango, Suburgatory, Sprite e uma ruiva preguiçosa no seu sofá usado. Aliás, tudo nessa casa foi comprado em loja de usados. Por que, meu Deus, eu tive que escolher uma faculdade tão cara e tão boa? Tudo bem, está dando certo e eu sou a primeira aluna e tenho um bom estágio. Mas olha essa casa! Ao menos é limpinha...

Olhei para a minha roupa. É, eu não estou limpinha! Tomei só um banho hoje, depois de tomar café, e de cinco minutos. Minha vida anda muito entediante, mas até que está boa. Engordar na frente da televisão, quem não ama?

-Lily! – uma voz veio da porta, aliás, a voz da Marlene. Arrastei-me até lá e, ao abrir, encontro a minha amiga superproduzida. Mereço? Não. – O que é isso, Evans?

-Sorvete, TV, sprite... Essa é Marlene McKinnon. Marlene, essas são as minhas companhias da noite!

-Mas... Você disse que ia à festa! – ela disse indignada

-Disse nada!

-Ah não? – puxou o iPhone (sim, um iPhone) e me mostrou o nosso histórico de mensagens.

“Vamos à festa do Amos, Lily! POOOOOR FAVOR!  Vai ser divertido! E vai que ele e você se acertam?”

“Ok, vamos então! Mas sem essa de Amos, ok? Eu conheci um cara lindo demais na Stabucks e ele, digamos assim, pegou meu celular. Convidei pra festa, pode ser? Mas passa de novo o endereço!”

“É a cobertura do maior prédio de Baker Sreet, já te disse! Mas não esquenta, passo às 9h pra te pegar! E manda seu amigo lindo levar um amigo, talvez, ahhaha. Xx”

-Mas eu perdi meu celular hoje, Lene! Essa pessoa aí que roubou te respondeu!

-Nossa... – ela pareceu desapontada, mas logo se animou – Vamos te arrumar, então! Vou avisar Dorcas pra trancar o carro e subir!

-O QUE? NÃO!

-Lilica, minha princesa! Você vai conhecer um carinha badboy que pegou seu celular e eu vou conhecer o amigo dele! – ela parecia encantada e isso me deixava preocupada – Vamos!

-Lene, é um ladrão!

-Você não quer seu precioso Zezinho de volta? – arqueou as sobrancelhas e eu bufei. É, eu precisava do meu celular de volta – Oba! Vai pro banho então! E não demore!

E foi assim que começou a noite mais turbulenta da minha vida. Tiraram de mim o sorvete, a televisão e a sprite. E me enfiaram num vestido verde.


(...)

Eu odeio a Marlene, sinceramente. Que fixação por festas é essa? Estávamos no elevador, eu, ela e Dorcas. A loirinha estava animada, mas para dançar e ver o pessoal do curso dela, que era o de Amos. Não era como Lene! Ela estava animada pra contar quantos seriam nessa noite. E eu, bem, não estava animada. Mas queria saber quem foi o babaca que roubou meu celular.

Depois de me arrumar, fiquei trocando mensagens com o meu celular. E ele disse que sabia como eu era, porque me viu na Starbucks. E que sabia meu nome bem antes do meu celular, por “contatos exteriores”. Conclusão: fui parar na série Person Of Interest e estão me espiando agora.

Ele disse que, quando me visse, iria me avisar onde estava. E eu poderia pegar o celular. Garoto babaca!

Entramos no apartamento recebidas por Amos, que me girou no ar ao ver que eu tinha vindo. Ele gostava de mim, e eu até que sentia algo por ele. Ficamos juntos por um tempo, mas sem compromisso. E agora estamos em algo como um “relacionamento aberto”.

Fui andando com o celular de Lene, que já havia sumido, no meu bolso. Olhava por cima das pessoas pra ver se havia alguém que eu me lembrasse de ver no café hoje de manhã. Até que Dorcas me cutucou ferozmente.

-O que foi, loira? – falei alto, por conta da música.

-Lily, aquele garoto é lindo! – ela disse e apontou para varanda, mas haviam vários corpos atrapalhando a minha vista.

-Vai falar com ele!

-Eu sou tímida, Lily, você sabe! Vai, faz uma média pra mim!

-Eu nem o vi ainda!

-É um loirinho bonitinho, que nem parece estar se divertindo... E eu nunca vi aquele cara na faculdade.

-Ok, ok!

Andei bufando até a varanda, com ódio por não estar no meu sofá e mais ódio por ainda estar sem celular e procurando um carinha pra “fazer média” da Dorcas, que é perfeitamente capaz de se virar sozinha. Caminhei devagar entre as pessoas bebendo, conversando, e casais dançando uma música estranhamente calma. Então, o celular de Lene vibrou.

“Uau, você está linda! Não sei se tenho coragem de aparecer na sua frente... Nem parece a descabeladinha da Starbucks... :)”.

Aquilo realmente me deixou brava. Custa me devolver a droga do celular? Mandei uma mensagem xingando até a quinta geração da família daquele acéfalo, respirei fundo e olhei em frente, buscando o loirinho da Dorcas. Mas... Não, não podia ser aquele loiro! Meu Deus, vou começar a acreditar em karma... Eu vou fazer uma coisa boa pra uma pessoa, e uma coisa perfeita me acontece.

Andei rápido até ficar a quatro passos dele, meu sorriso indo de orelha a orelha. Ele tinha se virado de costas, olhando pra cidade à noite. Eu cheguei perto o bastante para que ele me escutasse com clareza apesar do som alto.

-Olha, minha amiga ficou interessada. Ela ama ex-funcionários do Starbucks que fogem de ruivas – disse e ele se virou sorrindo.

-Lily! – me abraçou forte e eu retribuí – Desculpa, mas eu tive uma viagem... E quando voltei, teve tanta coisa da faculdade que eu não pude passar lá e te dar uma explicação! Eu nem tinha pegado seu número...

-Pois é, mas de qualquer jeito, roubaram meu celular! – ele olhou pra baixo, mas não parecia surpreso – Um idiota roubou no Starbucks e fica mandando sms pra minha amiga, falando de mim!

-É, ele é mesmo um idiota, quer dizer, deve ser... – ele parecia saber quem era, porque Remus não sabe mentir mesmo!

-Remus, você conhece?? Espera, você não é da faculdade... Como você veio?

-Eu, ham... Então, uma amiga sua gostou de mim?

-REMUS! Você veio com ele! – eu consegui ficar mais brava – E ele sabe quem eu sou porque você disse!

-Lily, olha...

-OLHA NADA! Não fala mais comigo, cara. Não olha mais pra mim, ok?

-Lily, espera... Sério – mas eu já tinha andado e puxado a Dorcas, que deu um aceno rápido pra ele, mas logo eu a coloquei perto do bar.

Eu, sinceramente, não sei em que ponto um roubo de celular vira um caos tão inútil na minha noite. Por que esse menino não morre?


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews, ok? Lindoos ♥
xx



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