Lobos Do Norte escrita por Raquelzinha


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Mais um...
Agradecimentos mais do q especiais se fazem necessários neste momento, preciso mesmo agradecer as meninas q recomendaram a fic, AMAGARROTE, VAVA, CLÉA, KATY E PATRÍCIA, nossa meninas, vcs não imaginam o quanto fiquei feliz em ler as recomendações d vcs, espero agora poder satisfazer essa expectativa de q a fic seja do jeitinho q vcs esperam... bjsssss e MUITO OBRIGADA A TODAS



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Quando retornaram para a sala principal um menestrel cantava alegremente narrando a história de um bravo guerreiro normando, encantada com a narrativa poética, Isabella descuidou-se por um segundo da mão do marido, tempo suficiente para que o conde Edward se aproximasse para lhe falar a sós.

- Este é um momento de extrema dor para mim.

Ao ouvir as palavras pronuncias emocionadamente perto de seu rosto, agora descoberto, Isabella virou-se tomada de surpresa pelo atrevimento.

- Seu véu foi retirado? Nossa tradição foi quebrada!

- Tradições não foram quebradas já que meu casamento se deu conforme as mesmas, entretanto, devo agora atender tanto aos costumes do clã de meu marido quanto atendi as práticas de meu povo senhor conde.

Os olhos encantadoramente lânguidos observavam diretamente o rosto rosado da mulher que um dia ele pensou seria dele.

- Eles não consideram nossas tradições! Não se importam com nossas leis, ou já teriam abandonado aquele território...

- Aquele território pertence a eles. E em breve pertencerá a um descendente de nobres, membro do conselho dos condes, portanto, não vejo mais motivos para tanta implicância.

Uma presença enérgica surgiu ao seu lado antes que ela pudesse se desvencilhar do conde, assustada virou-se, se deparando com sir Charles parado junto a si, numa posição protetora.

- Minha filha, Míriam lhe chama.

- Obrigada papai. – voltando-se para o rapaz fez uma mesura gentil com a cabeça antes de afastar-se.

A poucos passos do desenrolar desta cena, Jacob viu a aproximação do conde, a maneira como ele falou com Isabella e sentiu-se incomodado pelo fato de vê-la apenas pelas costas; por não poder visualizar a expressão dela diante do olhar que lhe era dirigido pelo homem alto de cabelos cor de bronze.

O primeiro movimento de Isabella foi afastar-se, mas a conversa se estendeu por mais tempo do que o Lobo desejava, era uma verdade que as mulheres de seu clã não eram proibidas de falarem com outros homens, entretanto, o jovem noivo não sabia exatamente até onde ia a intimidade de Isabella com o conde e esse era exatamente o ponto onde residia sua desconfiança.

De repente, Sir Charles aproximou-se do casal, dirigiu-se a filha que imediatamente fez um movimento despedindo-se do conde e foi para perto da madrasta parecendo satisfeita em sair dali; mesmo diante dessa imagem ele pensou que sua mente poderia estar enganada, mal a conhecia, não poderia garantir que aquela expressão realmente se tratava de alívio.

Cauteloso Jacob guardava para si cada uma das impressões daqueles momentos, Isabella não era o que ele imaginara, seu olhar direto e límpido parecia transparente, simples e fácil de decifrar. Bastava a ele apenas descobrir o que realmente havia por trás deles, daqueles olhos cor de chocolate, daquele rosto delicado e rosado que estava impresso em sua mente como o nome dela ficara em sua espada.

Antes que as comemorações terminassem, Isabella despediu-se de seu pai e de Miriam, nesse momento as lágrimas se tornaram incontroláveis, a jovem noiva sabia que sentiria muita falta de tudo o que ali deixaria, mas, diante dos gestos carinhosos de Sarah e de Billy, da aceitação serena de Jacob, acreditou que a saudade e a ausência de pessoas queridas poderia ser lentamente amenizada, e o lar dos Lobos do Norte um dia poderia ser considerado como o seu lar. Havia ainda, a garantia proferida por seu sogro de futuras visitas, o que abrandou momentaneamente a sensação angustiante da separação.

O grupo, formado por convidados, familiares e muitos guerreiros do clã dos Lobos, retornou para casa antes do sol se pôr, garantindo assim que cruzariam a área mais perigosa usufruindo de luz natural. Pretendiam estar em suas terras pela madrugada por isso seguiam num ritmo constante e rápido, alguns cavalos ladeavam o grande coche coberto, onde Isabella, sua sogra Sarah e outras duas mulheres estavam, nesse longo tempo de viagem, a jovem pode conhecer um pouco daquela que dera a luz a seu marido.

A gentileza na voz e nos gestos de Sarah, contrastavam com a postura de uma mulher orgulhosa de si mesma e de sua linhagem, sogra e nora mantiveram uma conversa amena e bastante esclarecedora por boa parte da noite. Para Isabella nada era mais importante agora do que saber mais sobre Jacob e Sarah lhe deu valiosas informações.

Cansada e sonolenta Isabella recostou-se no encosto de madeira recoberto por couro e puxou o cobertor de lã sobre as pernas, ainda estava vestida com a roupa do casamento que era fina e não a protegia do frio.

Preguiçosos, os olhos cor de chocolate viram do lado de fora, pela fresta da cortina de tecido, seu marido. Jacob cavalgava junto ao coche, os cabelos longos balançando sob o vento produzido pelo galope do cavalo, era uma figura forte e tão altiva quanto a de Sarah, a bela figura masculina atraiu sua admiração silenciosa. Os olhos escuros dele não se distraiam, observavam em frente, onde um grupo de guerreiros ia, fazendo a escolta, atrás deles outro grupo cuidava da retaguarda.

Aquela imagem grande, forte e orgulhosa, embalou seu sono até que chegaram a entrada do povoado onde foram recebidos com luzes de tochas por todo o caminho, até os portões da gigantesca construção de pedras.

- Veja! Sua chegada está sendo comemorada. – Sarah mostrou a imagem a nora, erguendo a ponta da cortina.

Os olhos de Isabella se detiveram no povo e em sua alegria, aquela singela demonstração de contentamento a contagiou provocando um sorriso jubiloso; silenciosa observou seu marido que descera do cavalo, Jacob recebia os cumprimentos, atendendo as pessoas pelas quais passavam com muita paciência sem demonstrar cansaço ou irritação. Atendia a todos gentilmente com um lindo sorriso nos lábios.

Sarah explicou que todos sabiam do casamento e estavam satisfeitos em tê-la entre eles, a população entendia que a aceitação da jovem filha do conde promovera a paz tão desejada pelo povo dos Lobos do Norte, e por isso a recebiam calorosamente como um verdadeiro membro do clã.

O cortejo iluminado os seguiu lentamente até que ingressaram nos portões, ao descer, Isabella foi conduzida para um balcão, de onde pode acenar para todos aqueles que comemoravam sua chegada.

Jacob não dissera uma só palavra, mas a acompanhara segurando-lhe a mão firmemente, o jovem guerreiro tinha conhecimento da importância daquele momento para todos que o apoiavam e apoiariam quando um dia ele fosse o líder do clã, e também queria mostrar a sua noiva o quanto a população simples era por ele e sua família honrada.

Passado o primeiro momento, o casal foi conduzido para dentro, cruzaram por vários soldados, seu marido parou para receber os cumprimentos, tentando mostrar-se a altura do jovem, Isabella procurou agradecer sem mostrar cansaço, aquele fora um longo dia e seria uma longa noite, ela pensou sentindo-se arrepiar; o corpo dolorido pelas longas horas de jejum começava a dar sinais de fadiga.

O castelo era grande, uma construção antiga que Isabella nunca visitara, desde que nascera aquele era um lugar proibido para um nobre por se tratar do lar de um povo rebelde e sem estirpe.

Desvinculando-se dos preceitos ouvidos desde que nascera, os olhos sonolentos da jovem se encantaram com a beleza, organização e decoração do ambiente, pesados móveis de madeira e couro estavam em todos os ambientes por onde passou.

Seu quarto era imenso, possuía uma cama espaçosa que estava coberta por uma colcha feita de lã. Travesseiros macios e lençóis de algodão muito brancos enfeitavam o leito nupcial. Cortinas pesadas não permitiam que o frio gélido da noite de inverno cruzasse pelos vidros coloridos.

- Deseja ajuda para vestir-se? – Suellen perguntou após guardar as roupas no baú de madeira.

Aproximando-se de sua senhora a ama se preparava para despir a noiva quando ouviu uma negativa vinda da porta atrás de si.

- Ela não precisará de você hoje.

Surpresos, os olhos de Isabella se fixaram no rosto do homem parado na porta a poucos metros dela acreditando que ele poderia ouvir seu nervosismo; Jacob parecia tranquilo e não havia emoção em seu rosto, exceto pela forma profunda e franca que a observava, como se tivesse a intenção de desvendá-la.

Suellen, percebendo o silencioso acolhimento de Isabella a solicitação do marido, pedindo licença saiu dos aposentos do casal, para a ama, aquele era um fato inusitado, todas as noivas a quem servira, inclusive a mãe de sua senhora, eram auxiliadas por suas amas antes da chegada do marido.

Jacob permaneceu parado por alguns segundos como se estivesse meditando, mas logo se aproximou lentamente segurou-lhe uma das mãos com surpreendente gentileza. Sem nada falar, afavelmente a carregou pelo quarto enquanto apagava velas e lampiões, até que a peça estivesse em total penumbra, apenas duas velas e a lareira faziam a iluminação parca do enorme cômodo.

Quando se deu por satisfeito, virou-se de frente para a jovem observando o rosto delicado levemente iluminado, Isabella tinha uma mistura de curiosidade e medo no olhar suscitando e intensificando em seu noivo o interesse já despertado nas cerimônias de casamento.

Sustentando o olhar do marido, Isabella não sabia exatamente o que esperar dele, Miriam havia dito que Jacob só viria para o quarto quando ela estivesse devidamente pronta e acomodada no leito, mas contrariando o que sua madrasta tão claramente dissera, ele estava ali, diante dela, olhando-a com firmeza.

Como reagiria a essa situação nova? O que faria? Especialmente, o que ele faria?

Silenciosamente gentil Jacob ergueu a mão grande e soltou a ponta do cabelo que estava preso por uma fivela em forma de flor, parcialmente respondendo a pergunta silenciosa de sua esposa; a trança desenrolou-se de entorno da cabeça caindo nas costas delicadas.

As flores que serviam de adorno, foram retiradas uma a uma, a trança desfeita, e finalmente quando os cabelos se espalharam como cascata em torno do rosto alvo, Jacob sorriu, o mesmo sorriso que ela o vira dirigir aos aldeões, desfazendo assim uma parte do interno receio que a consumia.

Num gesto lento ele desabotoou o corpete e o soltou no chão, o peito de Isabella subiu rapidamente movido por um suspiro ansioso enquanto ele se aproximava mais, circulando sua cintura com os braços fortes até que suas mãos atingiram a ponta da fita que firmava o vestido no lugar.

A proximidade que aquele movimento provocou foi claramente sentida quando o hálito quente e perfumado dele soprou sobre a pele sensível do rosto dela causando um estremecimento inconsciente.

Com o mesmo cuidado que estivera presente em todos os outros gestos,  as mãos grandes de seu marido puxaram os laços que foram desfeitos com presteza, o tecido azul desabou a seus pés deixando-a apenas com uma camisola fina de algodão a cobrir-lhe o corpo.

Jacob parou, afastou-se lentamente e a observou, esperando que a jovem compreendesse, não se decepcionou, depois de alguns segundos de indecisão, as pequenas mãos brancas subiram em direção ao pescoço do marido soltando a ponta do cordão que prendia a capa preta. 

Tão logo o cinto de couro que displicentemente contornava o quadril esbelto foi  retirado, Jacob virou-se ficando de costas para ela, mostrando onde sua esposa deveria abrir; com cuidado Isabella foi em direção aos botões de madeira perto do pescoço, liberando-os com paciência e leveza.

Jacob ajudou-a a libertá-lo do tecido pesado,  das botas e das calças e finalmente usando apenas uma camisa branca que contrastava com sua pele bronzeada, agachou-se para livrá-la de seus sapatos e meias.

Processo terminado, erguendo-se ele voltou a segurar-lhe as mãos, puxando-a ligeiramente para si, dedos quentes entraram pela manga larga da camisola dela, provocando arrepios e um som suave de prazer. As mãos firmes puxavam lentamente o tecido macio de algodão afastando-o do corpo feminino, deixando-o totalmente a mostra. A imagem que surgiu diante dele não lhe foi surpresa ele a imaginara assim quando a vira ingressando no salão no início da manhã, mas aquele sorriso e aquele rubor nas faces não faziam parte de sua imaginação, e eram bem mais agradáveis do que Jacob acreditou que seria.

Isabella sentiu o peito acelerar, o corpo aquecer vendo o rosto bronzeado de Jacob iluminado por algum sentimento que até aquele momento ela desconhecia, tinha apenas a consciência de que não importava qual fosse, o estava partilhando com seu marido.

Jacob aproximou-se mais sentindo o aroma suave da pele de sua noiva, as mãos dela se ergueram delicadamente e  espalmaram-se no peito masculino, sobre a camisa que ele ainda vestia, era um toque suave que imediatamente ficou carinhoso e o atraiu para mais perto da mulher.

Ergueu seu queixo com cuidado obrigando-a a observá-lo nos olhos, ligado pela intensidade de seus olhares, o noivo finalmente tomou-lhe os lábios macios, a cabeça de Isabella instantaneamente voou sentindo o corpo estremecer e emoções variadas a invadirem sem prévio aviso.

Os braços grandes deixaram de ser gentis e a pressionaram contra si sem que Isabella considerasse ruim, o desejo e a possessividade demonstrados por ele agradaram-lhe e acabaram com suas pequenas resistências sestrosas.

Abandonando qualquer receio de não ser bem recebida a jovem passou a mão na barra da camisa que ele ainda vestia e a retirou com cautela enquanto continuavam a se beijar. Vendo-se livre do último pedaço de tecido que os separava, Jacob finalmente colou seu corpo no dela experimentando toda a delicadeza e suavidade do corpo feminino, pressionando sua pele quente contra os seios firmes de sua esposa; mas este não era o momento de consumar o casamento, ainda havia uma coisa a ser feita.

Sem separar seus lábios ele a ergueu do chão, passando o braço sob os joelhos e a carregou como uma criança em direção a uma peça contigua, onde uma tina repleta de água quente e perfumada os esperava.

Afastou-se levemente para, com cuidado a largar dentro da água fumegante e pouco depois também entrou. Os olhos de Isabella vislumbraram velas, um aroma gostoso de alguma espécie de sândalo invadiram seus sentidos já a flor da pele ampliando-os.

Ao lado da tina havia duas esponjas grandes que serviriam para que eles se banhassem, mas antes que uma delas fosse usada, eles estavam se beijando novamente, enroscados acocando-se na água morna.

Afastando-se, Jacob mergulhou a esponja e carinhosamente a passou pelos ombros estreitos, pelos seios macios, pelo abdômen delicado; satisfeita com aqueles momentos inesperados, Isabella deitou a cabeça para trás e molhou os longos cabelos, com a ponta deles umedeceu o peito do marido observando a pele bronzeada sem a presença de pelos. Sorriu levemente descobrindo que lhe era agradável e prazeroso olhar e tocar o tecido liso e firme do abdômen dele.

Lentamente Jacob deitou-se, recostando a cabeça no encosto da tina e a puxou para mais perto, acomodando-a sobre si, acariciando o corpo delicado e voltando a beija-la, apesar de seus olhos estarem fechados ele constatou que sabia exatamente quem beijava.

O rosto levemente afogueado, os olhos brilhantes, os lábios delicados que a retirada do véu desvendara,  estavam impressos em sua memória e o impulsionavam a transformar aquela mulher em sua mulher, aquela cujo nome estava incrustado em sua espada para sempre.


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Notas finais do capítulo

A parte das núpcias, eles vão cumprir o combinado integralmente, casaram, tiveram a noite d nupcias, vão conviver como um casal, mas ainda não se conhecem não é?
Jacob não faz ideia de como Isabella é, nem ela, mas acredito q nossa garota seja mais maleável do q ele, ela se entrega com mais facilidade, já jacob é desconfiado, ele precisará d tempo para descobrir como sua esposa realmente é...
Queria dar a nossa amiga Bella algumas características do tipo docilidade, delicadeza, mas ao mesmo tempo espero q ela seja forte e decidida, não sei se concordam comigo mas acho q essa dualidade atrairia alguém como esse lobo!!!
FINALMENTE GENTE, ESTOU MUITO FELIZ COM OS COMENTA´RIOS, MUITO MESMO, ESTOU QUERENDO MANTER A LINHA E CONTINUAR ESCREVENDO, VOU TENTAR POSTAR NA QUINTA OU NA SEXTA FEIRA, TUDO DEPENDE DO ANDAMENTO DOS CAPÍTULOS...
acho q é isso, muitíiiiiiiiiiiiiiiiiiissimo obrigada a todas e até o proximo