Encrenca Em Dobro escrita por Ikuno Emiru


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oie, pessoas fofas. Já faz um tempinho desde que postei, não é? x: Peço desculpas. x_x
Então... eu arrumei um jeitinho de estender a história, hehe, então vocês terão mais capítulos pela frente, uhul!! ♥
Segunda-feira é feriado aqui, então, eu vou ter mais um tempinho para tentar escrever, eu sempre produzo bem quando to na folga! AHUAHAU
Espero que gostem, ihi *-*



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            Enquanto eu caminhava pelo corredor, eu podia sentir vários olhares sobre mim... desde que pisei nessa escola, eu tenho sido muito notada, isso era algo incomum para mim! Eu nunca tive tanta atenção... mas essa atenção nem sempre era positiva, que nem quando a Aishe espalhou aquela foto minha com o Nathaniel, ou quando eu pichei o armário de Ambre e acabei sendo expulsa do grêmio antes mesmo de entrar, quando a Debrah me derrubou e eu saí correndo feito uma desesperada... e agora, eu “arruinei” a corrida de orientação, como escutei dizer por aí! Mas essa atenção me proporcionou momentos maravilhosos! Eu conheci o cara mais legal e gentil desse mundo, que felizmente, é o meu namorado. Conheci amigos incríveis, que nunca perderam a minha confiança.

            A voz estridente de Ambre me fez acordar do meu pequeno devaneio, tentei fugir, mas ela me agarrou pela minha mochila e não me deixou sair.

            – Você! Fique parada aí mesmo! – Eu fiquei parada, não sentia a mínima vontade de ver o rosto de Ambre. Ela deu a volta e se posicionou na minha frente. – Por que você tinha que roubar a minha página no jornal da escola?

            – ???? – Até onde eu sei, não foi por querer...

            – Por que você teve que se machucar? Só bastava cair, nada mais!

            – Olha, Ambre, eu não quero arrumar confusão com você, ok? Se você fosse mais esperta, não teria feito par com minha irmã e tentado algo tão arriscado contra mim. Já pensou se fosse o seu irmão caindo e se machucando?

            – Ele, com certeza, não teria se machucado e teria me feito ganhar e aparecer na primeira página no jornal.

            – Por que você não vai conversar com a Peggy? Quem sabe ela não te faça uma entrevista ou coisa parecida? – Minha voz era uníssona e monótona. Eu continuei minha caminhada até a sala de aula e lá fiquei. Minutos depois, Castiel aparece.

            – Escapou da morte hein, baixinha? – Ele falou com um sorriso no rosto, me fazendo rir também.

            – Eu achei que ela havia acabado de chegar para me buscar!

            – Engraçadinha! – Ele bagunçou meu cabelo.

            – Eu desconfiei quando não vi você carregando uma foice! E cuidado, minha cicatriz não deve estar muito longe.

            – Ah é? – Ele começou a olhar entre meus cabelos para ver se encontrava a cicatriz. – Posso tocar?

            – Não! – Exclamei – Essas suas mãos indelicadas vão acabar me machucando.

            – Então posso beijar? Dizem que um beijo meu cura até câncer.

            – Ouvi dizer que um beijo seu DÁ câncer. – Eu olhei para ele com cuidado, Castiel estava de bom humor hoje, então ele acabou caindo na risada.

            – Cabe a mim zoar você, e não ao contrário, espertinha.

            – É bom passar a perna no Castiel algumas vezes, não é? – Dei uma risadinha.

            – Agora eu vou me afastar, porque o seu namorado bobão está me encarando com cara feia. – Ele saiu e foi conversar com o Lysandre. Meus olhos então se desviaram para aquele McDreamy que caminhava para perto de mim, tive que suspirar.

            – Que suspiro foi esse, hein, posso saber? – Ele falou enquanto tomava minhas mãos.

            – Eu estava pensando no quanto meu namorado é lindo e... Dreamy... – Nath corou no mesmo minuto, não pude deixar de abrir um sorriso com essa cena.

            – O que o Castiel estava fazendo? – Ele perguntou, mudando de assunto, já que estava envergonhado.

            – Ele só queria ver a minha cicatriz. – E beijá-la também, mas Dreamy, você não quer mesmo saber disso, não é?

            – Espero que não tenha ficado uma marca muito grande, vou me sentir culpado para sempre... – Ele beijou minha cabeça.

            – Ei, Dreamy! – Estou com saudades de te chamar de dreamy! – Não é a sua culpa, e sim a culpa das tontas das nossas irmãs!

            – Mas, na maioria do tempo, eu sou responsável por ela. Então, de certa forma, me sinto responsabilizado pelo o que aconteceu.

            – Engraçado, porque eu não me sinto nem um pouquinho responsável pelos atos de Aishe! Amor meu, você já trabalha duro demais na escola, você não precisa trabalhar duro por Ambre também, ok? Escute meus conselhos. – Eu dei um abraço apertado nele, mas a voz da diretora nos alto-falantes fez com que eu me afastasse dele.

            – Todos os alunos, por favor, se dirijam a sala de aula B!

            – O que ela está planejando? – Olhei para Nathaniel... ele é o representante supremo, a diretora sempre conta de tudo a ele!

            – Dessa vez, eu não faço ideia! Eu não me lembro de ela ter comentado algo comigo. – Ele falou, pensativo, talvez estivesse tentando se lembrar... – Mas a melhor forma de descobrir é indo lá. – Ele tomou minha mão e nós caminhamos lado-a-lado. Eu olhei para o rosto de Nathaniel e observei cada traço, admirei seus olhos claros, seus cabelos loiros e lisos, um conjunto perfeito. Ele acabou percebendo que eu o olhava.

            – Rui? – Ele perguntou. – O que está fazendo?

            – Admirando o meu namorado. – Ah, mas como eu adorava essa palavra. “Namorado”. Há meses atrás eu achava que nunca encontraria um... hoje eu encontrei o melhor de todos. Eu senti uma vontade maior ainda de abraça-lo, mas a diretora estava por perto... e bem, digamos... ela é contra a demonstração de afeto pública... Nós sentamos em cadeiras próximas e a nossa atenção agora era dirigida a diretora.

            – Todos sabem que a corrida de orientação foi um fiasco, devido a, hum, certos acidentes. – Os olhos dela se voltaram a mim. Oi? Como eu disse mais cedo... eu não tinha a mínima intenção de cair e abrir a cabeça. – A escola tinha  a intenção de arrecadar fundos para um evento ainda maior, ainda melhor, para o entretenimento de vocês alunos e a satisfação de nós e dos professores!

            E bla... bla... bla... ela falou, falou, e falou, como sempre! Eu bem que gostaria de fazer algo para ajudar a escola, mas o quê? E como a escola planeja arrecadar fundos, vai ser complicado arranjar alguma ideia que não gaste o dinheiro que a escola conseguiu... Eu poderia ter uma conversa com Rosa a respeito disso, ela sempre tem boas ideias (ok, nem sempre, às vezes – muitas vezes – Rosa exagera nas suas ideias!), ideias criativas! Quem sabe não planejamos algo juntas? Eu também poderia falar com Alexy, já que ele é cheio das altas ambições, quem sabe ele não me de uma ideia de algo grandioso, mas não tão caro...? Não custa tentar, não é mesmo? Assisti o resto das aulas e me apressei para procurar Rosalya, fui até a escadaria e encontrei Castiel e Lysandre, que por sua vez, estava lendo aquela sua música que Rosa leu em voz alta.

            – Eu não queria interromper vocês...

            – Tarde demais. – Castiel me interrompeu com um sorriso irônico.

            – ... Mas por um acaso, vocês não teriam visto Rosalya ou Alexy?

            – Oh, não, sinto muito. – Lysandre respondeu, mas Castiel nem mesmo abriu o bico.

            – Obrigada. – Eu abri a porta da escadaria, e enquanto ela se fechava, capturei um trecho da conversa dos dois

            – ... quando vamos ensaiar... – A voz de Castiel se distanciava. Mas é isso! Castiel e Lysandre formam um grupo, quem sabe eles não podem fazer um show aqui na escola? Lys é bem introvertido, sei que ele pode cantar, mas será que ele aceitaria cantar para uma multidão? E Castiel... ah, Castiel, ele sim seria difícil de se convencer!

            – Nath! – Chamei. Ele estava em frente ao grêmio, eu corri até ele para ser mais rápida. – Vamos?

            – A-ah, desculpe, Rui. Hoje eu não vou poder te levar em casa. Meu pai está ali dentro – ele apontou para o grêmio – e estamos tratando de... algumas coisas.

            – Que coisas? – Perguntei – “Coisa” é uma palavra muito vaga, não acha? – Apoiei as mãos na cintura, uma vez Nathaniel me disse que seu pai era muito cabeça dura... eu imagino que tipo de “coisas” eles estão tratando.

            – Rui. – Ele fitou meus olhos por um longo tempo. – Você não vai querer saber, confie em mim. – Ele acariciou o meu braço. – Agora vá logo para casa, antes que fique tarde demais. – Ele beijou minha testa rapidamente e voltou ao Grêmio.

            Nathaniel sabia ser bem persistente quando queria... por enquanto, eu deixaria essa história quieta, mas, com certeza, eu voltaria a incomoda-lo com isso. Já estava bem tarde, não encontrei nem Alexy e nem Rosalya, então a melhor coisa a se fazer é ir para casa.

Nathaniel’s POV

           

            – Por que demorou? – Meu pai estava sentado no sofá, tomando um café e lendo alguma papelada.

            – Eu estava falando com minha namorada. – Me posicionei em sua frente. – E então, o que você quer discutir?

            – Ouvi dizer que sua irmã preparou uma “armadilha” na corrida de orientação, para emboscar sua “namorada”.

            – E foi o que aconteceu. – Falei.

            – E por que ela faria isso?

            – Não sei, você já pensou em perguntar a Ambre?

            – Eu acho que você tem influenciado ela de forma negativa. Ou talvez seus amigos...?

            – AMIGOS? – Eu soltei uma risada alta. – Como eu posso ter amigos se você me faz passar o dia inteiro trancado nessa sala?

            – Se você não tem amigos, então como tem uma namorada? – Ele se levantou e cruzou os braços.

            Eu estava prestes a responder, meu pai segurou meu braço com uma força extraordinária, nesse mesmo momento, ouço a porta se abrir. Olhei para o lado e vi o rosto de Ambre de relance. Eu soltei o meu braço da mão de meu pai.

            – Pare, não chegue perto de sua irmã. 


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