Encrenca Em Dobro escrita por Ikuno Emiru


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

*Escutando gritos de finalmente*
Ou... não!
Não vou abandonar vocês, ok? ;; Ainda mais porque história tá perto do fim.... sim ): Mas eu tenho planos para outra história ainda, mas, vou terminar essa primeiro e então vejo se posto ela ou não ♥



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            As duplas são: eu e Nathaniel, Íris e Melody, Violette e Kim, Castiel e Lysandre, Aishe e Ambre, Charlotte e Li. Rosalya não participou pois ela quis passar mais tempo com o Leigh, eu entendo, faria a mesma coisa se Nathaniel não pudesse participar!

            Todos estavam bem animados em ganhar essa corrida, não importava os obstáculos! Mas Ambre, em especial, estava disposta a fazer de tudo para ganhar e aparecer no jornalzinho da escola. Eu não daria esse gostinho a ela, não é mesmo? Quando saímos do ônibus, eu comecei a me aquecer, não queria sentir dores mais tarde. Nathaniel ria da minha empolgação e eu tive que obriga-lo a se aquecer se ele não quisesse ficar dolorido também!

             – Estão prontos para perder? – Castiel se colocou na minha frente, mas ele olhava especialmente para Nathaniel. Ahh, então as intrigas começariam!

            – Você vai desmanchar esse sorriso quando ver que Ambre e Aishe estão juntas. Imagina o que as duas vão fazer para vencer essa corrida? Encrenca em dobro! – Exclamei.

            – Nós damos um jeitinho, não é, Lysandre? – Ele olhou para Lysandre, que parecia estar num mundo distante.

            – Mas é claro. – Ele comentou, sorrindo.

            – E você cuidado para não perder o Lysandre. – Falei para Castiel, os dois riram. Nathaniel cutucou o meu braço.

            – Vejo vocês depois. – Falei e Nathaniel foi me puxando para longe dos dois.

            – Você tem ideia de como alguma prova vai ser? – Perguntei para Nath.

            – Ah, não, a diretora não passou isso para os representantes. Perderia a graça, não é?

            – Não! Desse modo, nós ganharíamos e deixaríamos sua irmã e a minha com cara de taxo, pois elas teriam feito o maior esforço por nada.

            – Você realmente faz questão de ganhar essa corrida? – Ele estava me encarando, sério.

            – Claro que não, Nath. Eu quero me divertir, quero que essa corrida seja uma descontração para mim e para você. Você se esforça muito como representante e você merece se divertir, não é? – Segurei suas mãos.

            – Venha. – Ele me puxou para outra direção – A diretora já está começando a explicar!

            – Alunos de Sweet Amoris e das demais escolas, reúnam-se aqui! Bom, como vocês sabem, essa corrida de orientação foi feita para arrecadar fundos para um projeto maior ainda para suas devidas escolas, ela foi feita também com intuito de divertir nossos alunos e dar um descanso das duras atividades escolares. Para que a corrida comece, cada dupla receberá um mapa, cuide bem dele, vocês não poderão pegar outro se perder o seu, depois de seguir o mapa, vocês encontrarão o professor Faraize que permitirá que vocês avancem para a segunda etapa. Boa sorte, alunos. – Bóris distribuiu os mapas para todos as duplas, assim que todos tinham o mapa em mãos, a saída foi liberada. Nathaniel se encarregou do mapa e nós chegamos a segunda etapa tranquilamente.

            – Mas eu tinha certeza de que o carimbo estava comigo! Eu carimbei a senhorita Ambre e sua amiga... – Eu olhei para Nathaniel e ele estava visivelmente decepcionado.

            – Nós vamos procurar o carimbo para você, professor. – Falei – Depois nós o entregaremos a você.

            – Certo, não se esqueçam! – Ele falou, confuso, e nos deixou passar. Eu e Nathaniel demos várias e várias voltas pela floresta, tentei brincar, dizendo que deveríamos deixar migalhas de pão para marcar o caminho, mas ele ainda estava chateado demais com a atitude de Ambre para rir. Depois de muito percorrermos em silêncio, nós encontramos o carimbo escondido perto de uma árvore, corremos até o Faraize e ele carimbou nossas mãos, permitindo que passássemos.

            – Ok, ok, o que temos aqui. “Um objeto feito pelo homem, um objeto que brilhe, uma folha do tamanho de uma mão, uma impressão, um habitante da floresta e um inseto”. Nós devemos achar tudo isso e entregar ao Faraize, então nós passaremos. – Nathaniel falou – Por onde começamos? – Eu analisei bem a lista.

            – Vamos seguir pela ordem, é mais fácil. Vamos por esse caminho. – Eu o puxei e acabamos em uma encruzilhada, lá, havia um toco e em cima dele, um canivete. Nathaniel pegou o objeto.

            – Feito pelo homem, huh? – Risquei o nome da lista com um lápis. – Agora algo que brilhe. Sabe, no córrego, geralmente tem umas pedrinhas brilhantes, nós poderíamos conferir lá!

            – Certo! – Nós corremos até o córrego e sim! Encontramos uma pedrinha brilhante, Nathaniel guardou e nós continuamos a procurar.

            Achamos tudo o que foi listado, exceto pelo habitante da floresta. Parece que todas as pessoas que encontramos estavam empacadas nessa etapa. Violette e Kim tentaram apanhar um esquilo, mas o professor não aceitou e disse que tinha que ser algo colocado por ele de propósito. Pelo menos ganhamos uma dica, não é? Procuramos por toda a parte, até que eu tive a brilhante ideia de olhar em uma toca perto de uma árvore, Nathaniel insistiu em olhá-la para mim, ele colocou a mão e retirou de lá um coelho de plástico, ele disse que sentiu vários objetos lá dentro, então é bem capaz de sermos um dos primeiros a encontrar!

            – Temos que correr para a próxima etapa, vamos até o Faraize de novo! – Não dei tempo de Nathaniel responder, eu peguei o coelho da mão dele e corri, Nathaniel correu atrás de mim para me acompanhar, eu olhei para trás para ver a distância que tinha entre nós, mas acabei batendo em alguma coisa e caí para trás, me lembro de sentir uma forte dor na cabeça e daí... apagar.

            Quando eu abri os olhos novamente, senti uma forte luz invadir minha visão, tive que fechar meus olhos novamente para me acostumar com aquela sensação. Quando abri meus olhos de novo, pude enxergar um teto branco com uma lâmpada cumprida, rolei meus olhos e me dei conta que eu estava em um hospital. Como assim...? Ah, é mesmo, eu estava correndo para entregar as pistas e então eu caí e bati a cabeça em algum lugar... Tentei me sentar e uma enfermeira veio me ajudar.

            – Não faça muito esforço, você bateu a cabeça em um tronco de árvore e levou alguns pontos.

            – E eu só fui acordar agora? – Perguntei, confusa.

            – Não! Você chegou acordada aqui, foi preciso sedar você e então você acordou.

            – Ahhhh. – Foi tudo o que consegui falar. Eu fui sedada? Engraçado, porque eu não me lembrava de chegar até aqui acordada.

            – Você tem visitas. – De repente, eu fiquei animada, será que era o Nathaniel vindo ver como eu estava? Eu adoraria receber um abraço bem apertado e carinhoso dele, adoraria ver seus olhos amarelados e o seu sorriso terno, adoraria segurar entrelaçar os seus dedos nos meus... Mas os meus sonhos acabaram quando vi mamãe e Aishe entrando por aquela porta. Eu estava feliz em ver a minha mãe, mas, Aishe... Eu tenho certeza de que isso tudo é culpa dela!

             – Oi, minha querida, tudo bem? – Minha mãe me abraçou e eu a abracei de volta. – Quantos pontos você recebeu? Sua irmã está aqui para pedir desculpas. – Ela empurrou Aishe para perto de mim, eu a encarei com desgosto.

            – Desculpa... – Ela falou na voz mais enjoada possível.

            – Oh, do nada, os pontos da minha cabeça sumiram, eu não sinto mais dor e eu ganhei a Corrida! Realmente, as suas desculpas resolvem tudo!

            – Merui... – Minha mãe me advertiu.

            – Não, mãe, você não vê que essa tolice já passou dos limites? Por que ela não me trata como um ser humano? Por que ela não consegue me ver como uma irmã? Por que é que ela tem que fazer esse tipo de coisa comigo? Me diz um dia em que eu tenha feito alguma maldade com ela! Você é nossa mãe, você com certeza se lembraria! Vai me dizer que você não se lembra de um Merui atendendo a todos os caprichos de uma Aishe? Não foi sempre assim?

            – Ela está certa... – Minha mãe falou – Eu achei que fosse apenas briguinha de criança, mas, Aishe... você passou dos limites!

            – Isso tudo é porque eu sinto ciúmes, inveja! – Ela confessou, eu fiquei boquiaberta... eu sabia quando ela estava mentindo e essa não era a ocasião. – Eu sempre achei a Merui mais bonita, mais inteligente, mais legal... os garotos viviam correndo atrás dela, mas, ela era até humilde demais para perceber isso! Eu sempre quis ser assim, do seu jeito, e como eu não podia, eu tentei destruí-lo. Eu tentei quebrar você em pedacinhos... era como se eu não pudesse ser você, então você não seria você também! E ainda por cima, é engraçado como você sempre se dá bem no final,  não importa o que eu faça com você, você sempre sai ganhando! É como aquele ditado “o bem sempre ganha”, não é mesmo?

            – Mas Aishe...  – Comecei.

            – Não, você não fale nada! – Ela saiu porta a fora, eu dei de ombros para minha mãe e minha mãe deu de ombros para mim.

            – Você já está liberada, só preciso que a sua mãe assine uns papéis para mim na recepção... – Eu levantei da cama e segui minha mãe. Eu ainda estava meio atordoada com a confissão de Aishe, então ela queria ser como eu? Mas por quê? Antes, eu queria ser como ela, mas ela começou a me destratar e eu desisti desse sonho bobo... talvez seja apenas coisas de nós, crianças bobas...

            Nós voltamos para casa em silêncio, lá, minha mãe me fez tomar um banho e me empurrou para a cama, alegando que eu precisava descansar... mas ela estava certa, eu precisava descansar, mas antes, eu precisava ouvir uma voz. Peguei o celular e liguei para Nathaniel.

            – Merui...

            – Meu amor.

            – Como você está? Eu quis ir te ver, mas meu pai me impediu.

            – Eu estou bem, não se preocupe. Eu levei alguns pontos na cabeça, só isso. Mas e aí, quem ganhou a corrida?

            – Se você diz, eu acredito! A corrida foi cancelada quando você se machucou. E olha... me desculpe pela Ambre, ela fez você tropeçar de propósito... eu sinto muito.

            – Não se desculpe, você não deve assumir os atos dela! A Aishe também estava envolvida nisso, afinal... Mas está tudo bem, ok? – Dei uma pausa – E falando nela... ela fez uma confissão hoje que me deixou bem surpresa.

            Contei tudo a Nathaniel e ele ficou tão surpreso quanto eu, ele me deu alguns conselhos, disse que era melhor eu não tocar no assunto com Aishe e que era melhor que eu deixasse ela falar comigo, achei um conselho sábio, haha, por mais que eu quisesse entender o que se passou na cabeça de Aishe durante todo esse tempo, eu deveria deixa-la quieta! Devo deixar que Aishe administre tudo o que ela está sentindo, e quando ela estiver pronta, ela que venha falar o que tem para falar! Me despedi de Nathaniel e fechei os olhos, pronta para descansar. Acordei algumas vezes com o barulho do celular vibrando, mensagens de todos os amigos me perguntando como eu estava ou coisas parecidas, mas o cansaço não me permitia responder, eu apenas voltava a dormir.


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