Encrenca Em Dobro escrita por Ikuno Emiru


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Genteee, desculpa pela demora ç_ç Eu estava com dificuldades em encontrar boas ideias e tive que escrever aos pouquinhos. O capítulo ficou meio pequeno, mas eu vou tentar caprichar mais no próximo! (e vou tentar não demorar tanto também). Me desculpem mesmo! Mas saibam que não abandonarei vocês, viu? :3 Obrigada por continuarem lendo! ♥



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            Nathaniel voltou para a sala dos representantes e eu fui em direção da sala de aula, mas, enquanto eu andava pelo corredor, senti alguém me puxar pelo ombro. Era Debrah, sim, era Debrah, grande surpresa! Eu cruzei os meus braços e respirei fundo, não importa o que ela faria, eu não sairia correndo e não ficaria parada, olhando que nem boba! Se eu tive a coragem de ser grossa com Nathaniel, alguém que me ama, eu com certeza teria coragem de destratar a Debrah, mas destrata-la com muito gosto!

            – Os meninos não tiraram os olhos de mim na educação física. Mas sabe o que é engraçado? Porque a coreografia era sua! Tsc, até nisso você perde para mim.

            – Poxa, que legal. – Eu virei as costas, ela me puxou de novo.

            – Você já está fugindo de novo? Ah ah ah, que cômico! Será que você vai correr pros braços do Nathaniel? Vai precisar chamar o Castiel para te defender? Ou você vai sair correndo que nem da última vez? Você... você é ridícula. – Eu respirei fundo, vamos, Merui, você consegue, você consegue fazer o que quiser com essa vaca, você vai sentar a mão na cara dela se você quiser, você vai estrangular ela se for necessário, você vai por os membros dela em um saco preto cheio de pedras e jogar ao mar caso seu estrangulamento der certo... não é pra tanto...

            Eu abri os olhos e encarei Debrah, ela estava sorrindo, como sempre. Eu levantei minha mão e agarrei o seu cabelo, o puxei com toda a força que eu tinha e continuei puxando, ela soltou um grito agudo.

            – Olha só, Debrah, eu já estou de saco cheio dessas suas ameaças. Se você acha que eu vou abaixar a cabeça e engolir todas as suas histórias porque você me acertou um soco ou três, você está muito enganada! A partir de hoje, se eu tiver que gritar com você, EU VOU! Se eu tiver que acertar esse seu rostinho com a palma da minha mão, EU VOU! E eu duvido que alguém vai ficar do seu lado, porque EU já provei para TODOS que você não é flor que se cheire! – Eu soltei o seu cabelo e esperei uma reação, mas ela não fez nada, apenas ficou me encarando com cara de quem comeu e não gostou. – Estou feliz que você tenha entendido. – Virei as costas e finalmente saí dali, tive que repassar todos os momentos na minha cabeça para acreditar que eu realmente havia feito aquilo e não havia surtado! Senti uma incrível vontade de rir, pular, rodopiar, mas se alguém me visse assim... eu certamente perderia a moral que eu acabei de construir.  

            Eu poderia ter dito tantas, mas tantas coisas para ela, mas eu acho que isso foi o suficiente para mantê-la longe de mim ou até fazer com que ela saia da escola. Para a minha sorte, a diretora não ficou sabendo da minha façanha, mesmo se soubesse, penso que a coisa ficaria feia para Debrah, já que da última vez eu apanhei dela e não fiz nadinha.

            Eu podia sentir o olhar raivoso de Debrah sobre mim nas aulas, ela poderia planejar a vingança que fosse, mas eu ignoraria. Eu já aprendi a minha lição e espero que ela tenha aprendido a dela.

            Já estava voltando para casa, dessa vez, acompanhada de Nathaniel. Eu o convenci de ficar um tempinho comigo e ele aceitou. Arrastei Nath para o meu quarto e tranquei a porta, ele não comentou nada. Me deitei na cama, com a barriga para baixo e apoiei os cotovelos no colchão, apoiei também meu rosto nas mãos. Chamei Nathaniel para se sentar ao meu lado e acabei lembrando de uma coisa...

            – Até hoje eu não vi as marcas que Debrah deixou e minhas costas, na verdade, eu nem sei se elas ainda estão aqui.

            – Posso ver? – Eu balancei a cabeça positivamente e ele puxou minha blusa para cima.

            – Estão melhores que antes. – Ele disse. Peguei meu celular e entreguei na sua mão.

            – Tire uma foto, eu quero ver. – Suspirei. Tirei a minha blusa, ficando apenas de sutiã. A mão de Nathaniel percorreu minhas costas de leve, até chegar ao fecho do meu sutiã, ele o abriu e tirou de minhas costas.

            – Aqui. – Ele entregou o celular na minha mão. Eu podia ver pequenas marcas roxas, umas afastadas das outras, não estava tão feio quanto eu pensei que estaria, até suspirei em alívio. Nath fechou meu sutiã outra vez.

            – Você disse que também tinha marcas... – Falei, olhando para o seu rosto. Ele afirmou com a cabeça e começou a desabotoar sua camisa. Nathaniel se sentou de costas para mim e eu pude ver toda a extensão de suas costas, marcadas por tons roxos, amarelos, vermelhos... – Nath, o-o que houve?

            – Um acidente em casa, só isso.

            – Nath...

            – É verdade. – Ele ainda estava de costas, eu não podia ver o seu rosto para saber se ele estava ou não mentindo para mim. Passei meus olhos por cada marca, imagens do que poderiam ter acontecido com meu Nath passaram por minha cabeça... isso é torturante... Ele provavelmente ainda sente dores...

            Como ele faz isso? Digo, ele aparece todos os dias na escola, sorridente, ajuda todos, mas na verdade isso está acontecendo! Ele está sofrendo e eu nem percebi! Senti vontade de chorar, mas eu fui mais forte e enfrentei aquelas lágrimas. Eu tinha que fazer algo...

            Me sentei atrás de Nathaniel e contornei uma marca de leve com a ponta do meu dedo, tive o maior cuidado, eu não queria machuca-lo. Aproximei meus lábios e dei um beijo em seu machucado. Eu distribuí beijos por toda suas costas, com o maior carinho possível.

            – Venha aqui. – Ele me chamou e eu me coloquei em sua frente. – Não se preocupe com isso, ok? – Ele acariciou o meu rosto. Eu queria dizer a ele de todas as formas o quanto isso era impossível, mas eu preferi ficar em silêncio, ele vestiu sua camisa novamente. Nós conversamos mais um pouquinho e ele disse que precisava ir embora, eu concordei, mas no final das contas, eu consegui o meu tempo que eu queria passar com ele.

            Quando voltei a escola no outro dia, dei de cara com Armin, que estava implorando pelo meu perdão... ele é um garoto legal, afinal, eu vou deixar essa passar, mas não vou tolerar qualquer outra tentativa. Ele ficou feliz em ver que eu o perdoei e prometeu não tentar mais nada, eu acredito nele!

            Eu estava indo guardar minhas coisas, quando BAAAM, dou de cara com Ambre, beijando um garoto que eu nunca havia visto na minha vida!

            – O que foi que você está olhando? Um dia você também vai beijar um garoto.

            – Eu já beijei o seu irmão mais vezes do que você imagina. – Falei com um sorriso irônico, ela ficou boquiaberta e estressada.

            – Pois é, Ambre, cada vez que eu te vejo, eu vejo que você não é essa beleza toda que você acha que tem! E ainda por cima, você beija muito mal. Eu espero que você nunca mais fale comigo e que não peça mais o meu número de telefone.

            Eu tive que segurar o riso, ela jogou o celular dela no chão e saiu andando, batendo o pé para outro lugar. Aposto como ela ia falar mal do garoto para Li, Charlotte e Aishe.

            – Mandou bem. – Falei pro garoto – Quem é você?

            – Então quer dizer que você não se lembra de mim? Eu olhava para você todos os dias na sala, eu fiz de tudo para chamar a sua atenção!

            – Então quer dizer que você é o... Ken! – Exclamei, um tanto chocada. Como é que ele foi ficar tão diferente? E bonito? Eu soube que ele foi para uma escola militar, talvez tenha sido isso! – E-eu tinha outra pessoa em mente, desculpe!

             – Sim, sou eu mesmo! Mas me chame de Kentin, eu não quero mais saber desse apelido estúpido. Então quer dizer que você está namorando aquele representante bobão? Tsc.

            – Ei, ele não é bobão, não fale assim! O bobão foi você que beijou a Ambre!

            – Aquilo foi por pura vingança pelo o que ela me fez! E você? Está com inveja de ela ter ganhado um beijo meu e você não?

            – É ÓBVIO que não! – Cruzei os braços. Ele estava chegando mais perto de mim, eu dei uns passos para trás e fui correndo até a sala dos representantes. Eu que não correria o risco de ter um beijo indireto com Ambre!

            – Bom dia, baby. – Falei ao abraçar Nathaniel por trás.

            – Bom dia, honey pie. – Ele deu um sorriso – E aí, como você está?

            – Ah, acho que estou louca! Kentin voltou ao colégio e eu acabei de vê-lo beijando a Ambre... por vingança. Não se irrite, por favor!

            – O Kentin? Como é que isso foi acontecer? – Ele levantou um sobrancelha.

            – Bom... ele voltou do colégio militar muito diferente... digo, MUITO diferente MESMO.

            – Diferente como? – Ele falou, com ainda com a sobrancelha arqueada.

            – Diferente... só diferente! Mas e você, como está?

            – Estou bem. – Ele resolveu esquecer do assunto, me deu um beijo na testa. – A diretora está organizando uma corrida de orientação, mas, é segredo! Não conte aos outros.

            – Pode deixar, eu não vou contar a ninguém!

             Mas acontece que toda a escola já estava sabendo, quando perguntei como, disseram que Peggy havia descoberto e contado para todo mundo. Mas mal importou, pois a diretora anunciou hoje mesmo a corrida de orientação. Ela seria feita em duplas e seria em um ambiente fora da escola, ela seria de manhã até a tarde e que não passaria disso. Talvez não seja tão ruim assim! Sair do ambiente escolar às vezes! A diretora entregou folhas que deveríamos levar para casa e assinar, deveríamos escolher a nossa dupla hoje mesmo, pois a corrida aconteceria amanhã. 


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