Arquivos Perdidos Os Legados Do Número 8 escrita por Well Number 8


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Nesse capitulo veremos mais um pouco sobre Devdan que a cada capitulo se monstra mas SENSACIONAL. E coloquei uma surpresa nesse capitulo espero que gostem XD



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Acordo cedo, me transformo no urso e vou buscar algo para comer, depois do café da manha dou meu mergulho matinal e vou encontrar Devdan.

– Bom dia. – disse Devdan

– Bom dia Devdan... quer dizer Mestre Devdan. Eu vi o que o senhor fez com meu braço naquele dia, o senhor realmente me imobilizou. Eu ficaria muito feliz se o senhor pudesse me ensinar seu estilo de luta.

– Fico honrado em ajudar você meu jovem aprendiz. Venha comigo – respondeu Devdan.

– Onde vamos?

– Apenas siga-me.

Começamos a caminhar pela densa floresta até chegar a uma clareira. Vejo um tapete no centro e alguns objetos como adagas, espadas e alguns paus, aquilo parecia um centro de treinamento.

– Uau! É aqui que você mora?

Devdan apenas dá um sorriso concordando. – Vá até o centro. – disse Devdan apontando. – O que eu vou te ensinar é uma arte que se chama Kalarippayattu.

– Kalari... o que?

– Kalarippayattu. Essa palavra procede de dois grandes princípios: Espiritual e Militar. Atma Sipahi (o espirito manda no corpo) e Bura Trupachandral (o adversário é vencido retornando sua própria força contra ele). O Kalarippayattu está intimamente ligado à adoração dos deuses Kali, Chandi e Durga, esses deuses tem forte simbolismo de guerra e atos divinos. Mestres da antiga Índia, vivendo em harmonia com a natureza, estudando e observando os movimentos de muitos animais aprenderam todas as posições de ataque e defesa dessas criaturas.

Devdan para a minha frente e pede para que eu o ataque.

– Te atacar? Tem certeza?

Ele só sorri calmamente. Rapidamente tento dar um soco em seu rosto, mas com um reflexo absurdamente rápido ele desvia.

– Lento. – disse Devdan que prende meu braço entre sua cabeça e seu ombro. Tento com toda minha força tirar meu braço dali e no exato momento que tento Devdan solta meu braço e acabo me desequilibrando e caio.

– Bura Trupachandral, o adversário é vencido retornando sua própria força contra ele. – disse estendendo a mão para me ajudar a levantar.

Já de pé tento outra vez surpreender a Devdan com um soco, mas ele num movimento incrivelmente rápido pega meu braço e desvia para meu rosto.

– Ai! – grito colocando a mão em meu nariz. Como posso perder para ele? Sou mil vezes mais forte e rápido que ele, pensei.

– Atma Sipahi, o espirito manda no corpo. Você está fazendo o contrario. Sei todos seus movimentos antes mesmo de você fazê-los. O corpo humano é composto por 108 pontos vitais, se em uma luta você acerta algum desses pontos vitais você pode neutralizar, ferir ou até matar seu adversário. Segundo a tradição um Mestre nunca pode revelar esses pontos vitais para seu aprendiz, mas como você tem um grande poder dentro de você, acho que posso abrir uma exceção. A maioria desses pontos estão na união dos vasos sanguíneos, dos ligamentos e do sistema nervoso, sem contar os órgãos vitais. Mas você só entenderá isso quando você se conectar com seu espirito.

– Como faço isso?

– Sente-se naquela pedra, feche os olhos e concentre-se, escute a natureza, ligue-se a ela como se vocês fossem um só.

Me concentro e como meus sentidos são bem mais desenvolvidos que de um ser humano comum posso escutar a uma distancia bem maior. Escuto o vento balançando as arvores, escuto um gavião voando não muito longe dali, escuto também o barulho da aguas que caem da cascata.

– Abra sua mente. – disse Devdan.

De repente tudo começa a ficar branco. Aos poucos meus olhos vão se ajustando a luz e vejo uma grande área verde cheia de arvores, a maior floresta que já tinha visto. O Sol forte queima o meu rosto e percebo que o tamanho dele é quase o dobro do que temos aqui na Terra. Só então percebo que estava em Lorien. Vejo um rio grande com aguas cristalinas e é possível ver alguns animais nadando e outros na terra bebendo agua. Eles são diferentes de tudo que há na Terra, alguns são grandes e peludos outros menores e roliços. Alguns nadam, outros voam é uma visão deslumbrante.

– Esse é o nosso planeta no seu auge. – escuto uma voz conhecida e me viro, para minha surpresa era meu avô.

– Vovô. – falo sem acreditar no que estou vendo.

– Assim era Lorien antes do ataque dos Mogadorianos, o planeta reinava sobre a vida e suas criaturas.

Meus olhos se enchem de lagrimas.

– Era o dia da Ascenção dos Dez Anciões, todos estávamos festejando.

O dia começa a entardecer e começa a ficar escuro e vejo fogos de artificio em todos os lugares, alguns tomam a forma de animais e outros de arvores. Vejo também a Lua de que brilhava forte naquela noite. Sinto a brisa que vinha do mar, nunca tinha me sentido tão bem como estava naquele momento.

– Como estou vendo tudo isso?

– Você nunca esteve sozinho, sempre estivemos com você. – disse uma mulher de pele morena e cabelos encaracolados e os olhos verdes.

Quando a vejo sinto que a conheço toda minha vida.

– Mãe? – digo com os olhos cheios de lagrimas.

Ela abre seus braços e eu não penso duas vezes e a abraço com todas minhas forças. A sensação é completamente diferente de tudo que senti, parece que pela primeira vez na minha vida me sentia cem por cento seguro.

– Eu te amo – disse minha mãe chorando.

– Como isso é possível? – pergunto.

– Não subestime o amor de uma mãe...

– E de um pai. – disse um homem alto, de cabelo curto e castanhos, que vem em minha direção e me abraça e também minha mãe. Poderia ficar ali por toda eternidade. Até escutarmos uma forte explosão. Posso ver a nuvem de fogo subindo até o céu. Escuto gritos de muitas pessoas e outra explosão sacode o chão. Era a invasão.

– Vamos. – Disse meu pai tentando arrastar minha mãe que segura minha mão muito forte.

Meu pai pega minha mãe que está em prantos no colo e começa a voar me deixando com meu avô. Começo correr atrás deles e meu avô aparece na minha frente.

– Isso não é real, é apenas um sonho. – disse meu avô. – Você realmente está destinado a ser grande, ninguém que voltou a Lorien através de sonhos ou visões foi capaz de tocar fisicamente em alguém ou em algo.

– Sonho? – Pergunto confuso.

– Infelizmente, mas não temos muito tempo, Philip devia estar guiando você nessa viagem, mas acho que ele está...

– Philip?

– Seu Cepan.

– Rey? O nome dele era Philip? – digo com surpresa.

Varias aeronaves passam por minha cabeça e posso ver milhares de bombas sendo jogadas ao chão. A floresta queima, os animais correm para tentar escapar. Escuto muitos gritos, homens, mulheres e crianças correndo para todos os lados tentando sobreviver. Um exército Mogadoriano sai de cada nave e começa atirar contra as pessoas. Também vejo as terríveis bestas que saem das aeronaves, fico impressionado ao vê-los, alguns são bem maiores daqueles que encontrei na floresta, pareciam ser maiores que uma casa, seu bramido é tão forte que chega a ensurdecer.

– Não estávamos preparados para um ataque. – disse meu avô.

A batalha está equilibrada Mogadorianos e Lorienos morrem na mesma medida. Mas as bestas estão nos vencendo, algumas cospem fogo outras simplesmente devoram os Lorienos. Muito Gardes usam seus legados para se defender, alguns soltam raios pelas mãos, outros usam telecinese para bloquear os tiros, e outros levantam suas mãos para o céu e o clima começa a mudar, tornados e raios se formam matando muitos mogs. As naves não param de chegar, estamos em menor numero. Vejo Mogadorianos matando a sangue frio, homens, mulheres e até crianças indefesas. Como eles podem ser tão cruéis?

– Eles planejaram tudo, justo no dia que Pittacus reuniu os Anciões. Não havia nenhum naquele momento no planeta exceto Loridas que fez o feitiço unindo vocês nove. – disse meu avô.

Vejo uma nave subindo ao céu numa velocidade espantosa e ela deixava um rastro azul.

– Essa foi à nave que trouxe vocês Nove para a Terra. – disse meu avô.

– Por que nós fomos poupados? Por que só nove?

– Vocês são especiais, vão vencer os Mogadorianos e trazer Lorien de volta a vida.

– Mas e todas aquelas outras crianças? Havia Gardes entre elas também porque só Nove e não um pequeno exército de crianças Gardes.

– Como eu disse vocês são especiais, vocês foram escolhidos para assumir o papel dos Dez Anciões. Não tínhamos tempo para salvar mais Gardes.

De repente tudo começa a se desfazer escuto alguém me chamando e acordo. Me levanto assustado, meu colar brilha fortemente e vejo Devdan.

– Calma meu jovem, respire.

– O que aconteceu? – digo quase sem ar.

– Calma, controle sua respiração. Você entrou em transi e não consegui te acordar.

Só então reparo que estou na minha cabana. – O que estou fazendo aqui? Não estávamos no treinamento?

– Estávamos meditando e finalmente você se conectou com seu espirito.

Coloco minha mão sobre a cabeça e começo a me lembrar do sonho, Lorien sendo destruído, Mogs matando sem piedade.

– Quanto tempo fiquei em assim? – pergunto a Devdan.

– Quase um dia.

– Uau! Por que não me acordou?

– Eu tentei, mas você não reagia. Você falava uma língua estranha. – disse Devdan me oferecendo um copo com agua e um pedaço de pão.

– Está com fome?

Pego o copo com agua e bebo e como o pão.

– Obrigado.

– Descanse um pouco. Tem certeza que está bem?

Assento com a cabeça.

– Então amanhã te espero no mesmo lugar. – disse Devdan saindo da cabana.

Me deito na rede e consigo dormir. No meio da noite acordo assustado, escuto um forte barulho de arvores se rompendo e escuto um rugido forte. Já havia escutado aquilo antes, só podia ser um Piken. Me levanto correndo e me transformo em um urso para sentir o cheiro de onde eles estão, mas o único cheiro que sinto é o cheiro de sangue, sangue humano. Sinto um frio na barriga e a única coisa que me vem à cabeça é Devdan.


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Notas finais do capítulo

Oito sonhando com Lorien *---* gostei de escrever esse capitulo espero que vcs tenham gostado e comentem. Aos anônimos que leem a fic por favor comentem ou favoritem a história preciso saber a opniao de vcs XD



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