Soft Blood escrita por Thalita Barbosa


Capítulo 7
A morte é para todos


Notas iniciais do capítulo

Gente! Já se passaram 2 anos desde que postei um capitulo de soft blood, me sinto péssima por isso. Entretanto, aqui vai um novo capítulo fresquinho.



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Eu acordo um pouco tonta, sentindo a cobertura suave e macia do colchão. Os braços do humano estão ao meu redor e eu consigo sentir sua respiração, que se tornou forte, de encontro ao meu pescoço e provocando pequenos arrepios em minha nuca. Isso me faz pensar que ainda tenho um pingo de humanidade em mim.

Movimento-me um pouco entre as cobertas e o braço do humano desconhecido e olho para o relógio presente em um criado mudo de mogno ao lado da cama.

18:43.

Eu levanto seu braço suavemente, na tentativa fracassada de não acordá-lo. Ele se movimenta, resmungando retira seus braços e levanta. Ele observa o cômodo, tentando se situar, e seus olhos param em mim.

– Bom dia, nós... – ele diz envergonhado – é...

– Oh, ele não se lembra... – sussurro.

– Oi? – ele pergunta, abandando suas mãos em frente aos meus olhos – Nós... transamos?

– Não – eu coro.

– Ah, sim... – ele sorri sem graça, sua jugular salta em seu pescoço, e é então que eu percebo: eu estou com fome. – Onde estamos?

Minhas presas saltam e eu consigo ouvir sua pulsação cada vez mais alta em meus ouvidos. Ele nota minhas presas, me observa com um olhar incrédulo, mas não se afasta.

– Ah, eu me lembro de tudo agora – ele me olha espantado – Você...

– Me desculpa, eu não queria... – ele não me deixa terminar e sai correndo pelo quarto em direção à porta.

Ele abre a mesma e sai correndo pelo corredor lotado de pinturas renascentistas. Eu o sigo.

– ESPERA, POR FAVOR, ME DEIXE EXPLICAR – grito, seguindo-o.

Ele chega à sala pouco antes de mim. Quando adentro a mesma, eu o vejo com seu corpo completamente enrijecido. Ele tem um olhar apavorado e olha para diretamente para algo que ainda não consigo ver. Eu me aproximo do humano e consigo ver o que tanto o apavora. São elas, Beatrice e Lauren sorrindo de uma forma perversa.

– Olha só, o nosso jantar acabou de chegar! – diz Beatrice sorrindo com as presas à amostra e batendo palmas com entusiasmo.

– Olá, Viollet. Teve uma boa noite de sono? – Lauren me pergunta com um sorriso.

O humano continua petrificado ao meu lado. Beatrice continua sorrindo de forma perversa para ele, então decido me colocar à frente dele para protegê-lo, caso algo aconteça.

– Olá Lauren – respondo – tive uma ótima noite de sono, obrigada.

– Vejo que está com fome. – diz Lauren em um tom casual, levantando-se do divã na qual se encontrava.

– Não, não estou... – respondo, escondendo minhas presas instantaneamente...

– Oh, pobre menina, você não pode renegar a sua natureza. – ela retruca, se aproximando cada vez mais de nós – Olhe só para ele, é só um amontoado de ossos e musculo.

– Não, ele não...

E tudo acontece rapidamente. Lauren me joga para o lado com um só golpe e crava seus dentes na garganta do humano, arrancando um parte de seu pesoço. Beatrice rapidamente se junta à ela e tudo ao meu redor começa a girar. Não consigo me mexer.

Ajude-o Viollet.

Eu tento lançar comandos ao meu corpo, mas nenhum deles produz resultados. Eu estou paralisada, tudo o que consigo sentir é o cheiro inebriante do sangue humano e a pulsação do humano se tornando cada vez mais fraca.

Finalmente eu consigo me lançar em direção à Beatrice e Lauren, me surpreendendo com minha força ao lança-las para longe dele. O sangue começa a fluir de seu corpo instantaneamente e eu ponho minhas mãos em cima das marcas das grandes feridas deixadas por elas, numa tentativa inútil de ajuda-lo.

Ele sangra, muito.

Seu corpo começa a desfalecer em meus braços, sua respiração se torna cada vez mais fraca e seus batimentos cardíacos estão irregulares. Começo a pensar em maneiras mais eficazes de salvá-lo.

Você poderia dar-lhe suco V.

– Não... – sussurro

O tempo está passando Viollet.

– Não... – repito – não posso condenar alguém assim...

Enquanto estou absorta em meus pensamentos, Lauren e Beatrice se lançam contra mim e sou jogada abruptamente sobre uma parede. Elas assumem total controle pelo corpo humano.

Estou tonta novamente, acho que é a fome. O humano dirige seu olhar para mim e eu consigo sentir o que tenta dizer.

– Me ajude...

E então tudo acaba, já não consigo ouvir seus batimentos, seus olhos estão revirados e seu corpo já não responde mais às mordidas de Lauren e Beatrice. Há sangue pra todo lado e só há um pensamento em minha cabeça:

Eu, Viollet Langdon, acabei de deixar um homem ser morto.


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Notas finais do capítulo

E...... É isso. Sei que não teve muita coisa de especial, mas já é uma continuação! Vou continuar postando e espero que meus novos e antigos leitores não me abandonem :D



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