Yes, My Lady escrita por OshiroHaruka, MoranguAD


Capítulo 12
Meu querido mordomo.... MEU?!


Notas iniciais do capítulo

~



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Vesti-me com um vestido azul, prendi meu cabelo com um coque francês e coloquei meus sapatos de salto baixo. Estava em casa, qual a necessidade de ficar bem vestida o tempo inteiro?


–Pronto, pronto, já estou aqui. O que é que você queria me presentear?-Perguntei á minha avó enquanto descia as escadas de minha mansão.




–Bem, você gostava tanto daquele mordomo... –Eu a interrompi.





–Sebastian. Ele tem nome e prefere ser chamado pelo nome.





–Ah. Quando blá, blá, blá por causa de um mordomo. No entanto, sendo assim, resolvi seu problema. –Ela disse, sorrindo.





–C-Como assim resolveu? Vai me dizer que... Contratou Sebastian?–Perguntei meio assustada.





–Agora que somos ricas, tomei liberdade e comprei para você... –Ela fez suspense. –Seu próprio mordomo!





–O QUE?-Gritei assustada.





–Louis! Pode entrar. –Ela gritou para a porta.





Então, um mordomo... Tão bonito quanto Sebastian passou pela porta, vestindo-se elegantemente e curvando-se para se apresentar.





–Me chamo Louis Williams, serei seu fiel mordomo, se me aceitar, é claro. –Ele disse ainda curvado.





–Sou Alice Campbell. –Me apresentei.





–Será uma honra servir-te, Jovem Lady. –Ele falou, beijando minha mão.





–Viu!? Agora você tem seu próprio mordomo e não vai precisar mais ficar com inveja de Ciel por ele ter... Sebastian. –Minha avó falou sorrindo.





–Nunca tive inveja de Ciel. –Eu falei.





Mas, parando para pensar honestamente... Uma vez.




Eu tive inveja de Ciel uma vez, por Sebastian lhe dar toda a atenção, e não a mim.


Por Sebastian pertencer somente a ele, e não a mim.


Todos os meus sentimentos mais profundos surgiram por... Sebastian.





–De qualquer forma, estou pronto para trabalhar para minha Jovem Lady. –Louis falou, me fazendo sorrir.







–É estranho, você me chamar de “Jovem Lady” . –Disse, olhando para ele.






Louis tinha uma aparência bem próxima a de Sebastian, mas Sebastian tinha mais charme... Ah, sinceramente, é impossível qualquer pessoa ser comparada a ele.




Mas Louis, bem, ele era tão bonito quanto. E parecia inteligente...


Até demais, para meu gosto.


–Me faz lembrar alguém. –Eu disse.




Ele sorriu gentilmente.





–Que bom. –Disse meu mordomo.





–Ótimo! Agora que já o aprovou, ele é todo seu, seja feliz com seu mordomo! –Minha avó disse se livrando de nós e saindo da sala.





Eu me sentei.





–Ok, o que você quer? –Perguntei olhando seriamente para o mordomo.





–Sua alma. Ou, apenas um contrato. –Ele respondeu.





Sorri.





–Eu sabia que você não era apenas um mordomo comum. –Disse.





–É verdade... Notei assim que entrei na sala que sua alma não é qualquer, e que você consegue reconhecer um demônio. –Louis disse.





–Sei? Ah, foi apenas um chute. –Brinquei. –Sebastian me fez aprender.





–Sebastian? Quem é? –Ele perguntou.





–Um mordomo e tanto. –Respondi me levantando.





–Droga. –Ele disse, desviando o olhar. –Cheguei muito tarde?





–Sebastian não seria capaz de tocar em minha alma. –Respondi.





–Entendo. Está apaixonada por ele. –Ele disse.





–O QUE?! Claro que não. –Disse, cruzando os braços e fechando a cara.





Além de demônio ele é advinha? Como ele sabe que sou perdidamente apaixonada por Sebastian?





Louis sorriu.





–Façamos um contrato. Eu te dou proteção, qualquer coisa que desejes e tudo o que precisares. –Ele falou. –E você só precisa me dar... Um beijo.





Eu gargalhei.





–Sem almas? –Perguntei.





Ele virou o rosto.





–Metade dela. –Falou.





–Negado. –Respondi.





–Como assim? É só metade da sua alma e em troca disso eu estarei contigo. –Ele falou.





–Estou a guardando para quando Sebastian sentir fome. –Disse brincando.





–Gostei de você. –Ele falou. –Além de ser bonita e ter uma alma apetitosa, é inteligente.





–Muito obrigada, Louis. –Disse, encarando aquilo como um elogio.




–Já pensei em como você será minha. –Ele falou. –Você me dá um beijo, apenas um beijo e eu vou ser seu mordomo.



–Um beijo? –Disse, rindo ironicamente. –Porque insiste em um beijo? Acha que esse é seu preço?




Louis se aproximou da lareira, que estava acesa.





–É o mais próximo que eu posso chegar de um humano... E um beijo, apenas um beijo seria o suficiente para ficar perto de você, porque de qualquer forma, eu ficaria. –Louis respondeu.





–Entendo. –Eu disse. –Mas, de acordo com um demônio, eu não beijo lá tão bem. –Eu disse, sorrindo.





–Não me importo com isso, desde que seja seu. –Louis disse.





–Vamos fazer o seguinte... Se você fizer por merecer, te darei meu “precioso” beijo. Tudo bem? –Perguntei ao demônio, que estava tão vulnerável e desesperado por qualquer tipo de sentimento humano, que quase não parecia um ser das trevas.





–Obrigado, Jovem Lady. Eu me esforçarei. –Ele respondeu.





–Não há de quê, Louis. –Disse. –Se não se importa, poderia arrumar meu quarto? Se não for pedir muito, é claro...





–Yes, My Fair Lady. –Ele disse, curvando-se. –Seu pedido é uma ordem e eu a cumprirei sem pensar duas vezes. Não ache nunca que está pedindo demais.





Então, fui para a cozinha, pensando em como seria caso Sebastian soubesse que eu tenho um mordomo demônio.




Menos vulnerável, é claro. Mas... Não deixa de ser um demônio.



–Vou mandar notícias para Ciel. –Pensei, falando comigo mesma.




Peguei um pedaço de papel e comecei a escrever.





“Querido Ciel.




Espero que esteja tudo bem na mansão Phantomhive. Devo mencionar que aqui está tudo bem, e que de certa forma, sinto falta de sua presença. Você é importante para mim, mesmo não sendo mais que meu querido amigo. [...] “



Parei, para refletir um instante, mas acabei caindo no sono, já estava quase anoitecendo e eu não havia concluído a carta. Nem feito nenhuma refeição, além do café da manhã.




–Jovem Lady. –Louis me chamou meio assustado.





–Sim? –Respondi, despertando.





–T-Tem um homem querendo falar com você. –Ele disse.





–Onde? –Perguntei assustada.





–No seu quarto. –Ele disse, quase soltando uma risada. –Ele diz que se chama Sebastian.





–Ah, porque não me disse antes?! –Indignei-me e saí correndo, com Louis atrás de mim.





Entrei no quarto e Sebastian estava com sua blusa branca encharcada de água da chuva, com seu cabelo negro molhado caindo nos olhos.





–Pode me explicar o que está havendo aqui, Alice? –Ele questionou-me, com uma expressão nada boa.





–O que? Sobre o que está falando? –Perguntei assustada. –Louis, por favor, pode trazer uma toalha que tem ali no banheiro para Sebastian?





Louis imediatamente foi até o cômodo e pegou uma toalha branca para Sebastian e me entregou.




Posicionei a toalha sobre a cabeça de Sebastian e comecei a seca-lo.



Ele segurou a toalha.




–Posso fazer isso sozinho. –Ele disse, com a expressão fechada.





–O que você tem, Sebastian? –Perguntei, notando a falta de boas expressões em seu rosto.





–Você... Sabe... –Ele disse olhando para Louis. –Podemos conversar a sós?–Perguntou a ele.





–Louis. Pode nos dar licença um segundo? –Pedi educadamente ao meu mordomo.





–Yes, My Fair Lady. –Disse Louis, curvando-se e saindo do quarto.





Eu sabia que isso daria um problema, mesmo assim, porque insisti em deixar Louis aqui?




Se eu sabia que isso faria Sebastian perder a cabeça, porque fiz?



De qualquer forma, tenho que explicar tudo a Sebastian.



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Notas finais do capítulo

Oi lindas, maravilhosas.
Devem estar se fazendo duas perguntas.
1 : Por quê essa doida está nos chamando assim?
2 : Por quê essa doida demorou tanto para postar?
As respostas são simples. E eu pensei muito em como dizer isso.
Bem, a primeira é : Eu preciso arrumar uma forma de me redimir,só elogiar(verdadeiramente)vocês não vai ajudar, então, vou postar 3 capítulos, um seguido do outro. Pode ser?
E a segunda é: Demorei para postar,meu computador caiu no chão (Culpa do meu namorado) e a tela quebrou, isso aconteceu na sexta-feira.
Por tanto, demorou para concertar. E eu fiquei sem postar.
Mas...Escrevi tudo no papel, então, fiz 8 capítulos, com algumas mil palavras.
Sei que,quando passei-as para o computador, o total de palavras foi de 11.386. Que é bastante comparado a quanto eu escrevo eventualmente.
Espero que gostem desse capítulo. Na verdade,dos três que postarei agora.
E que não me abandonem. :(
Obrigada por lerem. Mesmo. >u