The Search For Gold. escrita por Lilian Smith


Capítulo 13
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que vocês querem me matar, nem adiante dizer que não, até eu quero me matar agora.Tive muita falta de consideração com vocês, mas eu realmente estive muito ocupada. Provas, trabalhos, jornada de ciências, treinos, olimpíadas. Problemas pessoas e em casa. Alem de ocupar meu tempo, atingia minha criatividade. Eu perdia a vontade de escrever, cheguei até a pensar em deixar a fic em Hiatus, mas acho que não aguentaria isso. E pior, quando eu finalmente ajeitei um capitulo...mais ou menos adequado, o pc quebrou, uma pecinha começou a esfumaçar, tivemos que comprar outra, ai a net também falhou, e só hoje o homem veio ajeitar. A sorte é que eu tinha tudo salvo.

Bem, mas eu voltei. E sempre vou voltar, mas não sei se vou postar com a mesma frequencia de antes, agora só vou postar quando der, quando o tempo me permitir. Obrigada por não desistirem de mim, e espero que não desistam. Espero que gostem, o capitulo de hoje está organizado de forma diferente, mas é só esse. Era necessario.

Bem, falando de coisas mais leves, o que vocês acharam do trailer do filme?
Alguém já leu a serie The 39 Clues? Se sim, qual é o clã de vocês?

Beijos, sinto muito, peço milhões de desculpas. Obrigada por não abandonarem a fic.
Espero que gostem.



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                                    Parte Luke

             Era uma linda paisagem litorânea, isso ele tinha de admitir. Nunca estivera fora de seu país, e conhecer um novo era encantador. Destrui-lo era mais ainda. Ver os pássaros, tentando ganhar voo, e caindo com o peso da nevoa era ao mesmo tempo triste e interessante. Triste, por que ele não podia cair com eles, e ver sua queda em direção ao chão duro. Interessante por que eles caiam em um redemoinho, girando, girando e girando. Até se perder de vista nas nuvens cinzas, nem um pouco naturais.

           Nuvens, que encobriam toda a paisagem de cima do morro, fazendo difícil com que os mortais olhassem para cima, causando náuseas, tonturas e calafrios. Nada muito grave, mas que neles era mais intensa, o que fez eles acharem que a nevoa era toxica. Quando questionou sobre isso, disseram que não os fazia mal de fato, agora, no entanto, ele não tinha certeza.

       - O plano está pronto.- Anunciou um semideus, ele não lembrava de quem o garoto era filho, nem de onde o tinha recrutado. Sabia apenas que ele era eficiente.- Já posso manda-lo?

          Luke, olhou para a paisagem. Para ele estava fazendo um lindo dia, para os mortais nada naquele dia era lindo.

        - Mande. – concluiu. – E não deixe esse falhar.

        - Sim, senhor.

         O semideus desapareceu, Luke continuou no mesmo local onde estava. Não tinha nada naquele momento para fazer. Por mais que a paisagem litorânea fosse linda, existia uma muito melhor. Dando meia volta, ele caminhou até o outro lado. Sem pressa, naquele momento tinha todo o tempo do mundo.

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Parte Rachel

        Rachel achava que passar uma temporada em outro pais seria algo bom. A escola estava em recesso, então ela podia aproveitar e visitar a prima. Os pais nem ligariam, podia passar meses fora de casa, e tudo que ganharia quando chegasse seria um “O jantar está pronto Rachel” da empregada. Não podia sonhar o quanto estava errada, pelo menos com a primeira parte.

        Para começar, a prima não estava em casa. A aur pair da prima, não soube explicar corretamente o que tinha acontecido. Um amigo tinha ligado, e do nada ela saiu levando o helicóptero da família. Rachel ficou desapontada, geralmente a prima a levava quando tinha alguma aventura, e ligaria para ela se estivessem longe uma da outra. Mas não demonstrou seu desapontamento, e descartando a oferta da aur pair de ficar e esperar, ela seguiu para outro estado. Já conhecia praticamente o Brasil inteiro, mas tinha lugares que gostaria de rever, e como eram muitos, ela fez um sorteio consigo mesma. Um sorteio que foi uma grande má ideia.

      O destino sorteado foi a Bahia, ela adorava o estado e suas casas coloridas, musicas alegre, e talentos diferentes do que conhecia na América do Norte. No momento que o destino foi sorteado, ela se alegrou por não ter escolhido por si mesma. Uma prova de que não era sortuda como pensava. Passado dois dias, ela conseguiu falar com o motorista particular, e eles seguiram viagem. Quando chegou ao estado, o dispensou, alegando que voltaria de ônibus para o Rio, e ia ficar lá por um tempo.

         Os primeiros três dias foram uma maravilha. Ela alugou um quarto, em uma pensão completamente aconchegante, leu, dançou, e até cantou nas ruas do bairro que tinha escolhido ficar. Podia ter alugado a cobertura de um hotel de luxo, mas tinha uma personalidade diferente. Era rica, mas não queria todo aquele dinheiro.

        No quarto dia, ela resolveu explorar mais da cidade. Acordou cedo, vestiu camiseta e jens, e saiu. Durante o trajeto, prendeu um elástico no cabelo cacheado, não tinha muitas pessoas na rua, ainda nem sequer eram seis da manha. Ela caminhou tranquilamente, sabia que era perigoso, mas o medo não podia tirar o prazer daquela caminhada. Em alguma parte do trajeto ela se tocou que estava seguindo para um lugar que não sabia qual era. Olhou em volta, e constatou que estava entre a rua e um terreno baldio. Suspirando, ela começou a voltar pelo caminho que achava que tinha seguido.

        - Será que aqui é próximo o suficiente?- alguém falou, e em uma atitude automática, ela se escondeu atrás de uma daquelas latas de lixo, que destruíam a paisagem. A lata ficava próximo ao terreno baldio, e era de lá que vinha a voz. Olhando pelos cantos da lata, dava para ver um movimento no terreno. Dois homens seguravam um baú daqueles antigos, que nem mesmo a sua avó teria em casa. O baú era decorado com símbolos estranhos, e apesar de desconhecer o significado, ela de certa forma sabia que eram perigosos.

       - Tem que ser. – outro homem respondeu. – Não temos outro lugar para descarregar.

       Com surpresa, Rachel percebeu que ele segurava uma espada. Não daquelas comuns, que se ver nos filmes, e series de TV, mas aquelas muito bem feitas, antigas, de terras distantes, que provavelmente tinha sido usada em diversas batalhas, séculos atrás, até chegar as mãos daquele homem.

         - Temos de nos afastar. – um dos homens anunciou. E com passos lentos, e sem desgrudar os olhos do baú, eles seguiram para o outro lado da rua. Rachel se espremeu entre a lata de lixo e a parede. Por entre as frestas da lata, ela pode ver os homens, eles ergueram a mão em direção ao baú, e mesmo a distancia do objeto dava para ver que era algo importante. Ela sentiu que deveria correr. Os homens começaram a murmurar palavras estranhas, como um canto, um canto poderoso e antigo. O baú começou a tremer.

           - Isso é o bastante. – um deles advertiu. – Vamos.

           Os dois despareceram. E o baú continuava a tremer, agora luzes estranhas escapavam das frestas. Rachel deveria ter corrido, mas a curiosidade a atrapalhou de correr. Ela ficou ali, imprensada entre a lata e a parede. Com os olhos fixos no baú que se mexia. Mas como não podia deixar de ser, ele não ficou apenas tremendo. O baú se arrebentou. Rachel fechou os olhos, a claridade estranha agredindo seus olhos. Quando ergue a cabeça novamente, desejou ter ficado em sua casa, e jamais ter ido para o Brasil.

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Parte Percy

       A fumaça era tão densa, que tornou a identificação do monstro complicada. Pisquei, milhares de vezes, até finalmente ver o que era. E desejei não ter feito.

      Um dragão, de no mínimo três metros de altura, se erguia, negro como diamante. Os olhos eram vermelhos, sem pupila. Ele não parecia ser real, era como se fosse feito de fumaça. Clarisse, puxou uma adaga de os deuses sabem onde, e ficou em posição de defesa. A lança tinha se perdido na luta contra o Leão. Eu queria pegar contracorrente, queria muito. Mas tinha algo errado. Eu não conseguia me mexer. Estava suando, e era um suor frio. Alguma coisa ardia no meu estomago, e me dava vontade de vomitar.

       - Se mexa. – Clarisse sussurrou, o dragão estava com os olhos fixos na gente, esperando um movimento.

        - Não consigo. – sussurrei de volta, e minha voz me assustou. Saiu quase inaudível, e fraca demais para quem tinha passado uma ótima noite de sono. Clarisse olhou pelo canto do olho para mim.

      - O que foi? – perguntou, falando mais baixo. O dragão estava ainda mais atento.

        - Simplesmente não consigo me mexer.

        Clarisse ficou evidentemente confusa, mesmo sem encara-la de frente, eu percebi isso. Ela parecia estar tentando lembrar de algo. Um detalhe que tivesse deixado passar. Com um grito ela chegou a conclusão. Eu achava melhor ela nunca ter chegado.

       O dragão girou, e soltou uma nuvem de fumaça negra com a boca. Clarisse me puxou com violência, e eu sente como se estivesse acabado de acordar de um longo sono, todos os ossos do meu corpo reclamaram. A fumaça negra se dissipou antes de nos atingir. O dragão uivou de raiva, e correu para nos perseguir. Clarisse me puxou com mais força.

       - Vamos. – gritou. – Corra, depressa.

          Eu ouvia o que ela dizia, mas meu corpo não parecia querer obedecer, cada movimento doía, respirar parecia exigir um esforço enorme. E mesmo com todo aquele corre, corre, eu ainda podia sentir que minha pele estava fria. Como se meu sangue estivesse esfriado. Clarisse parecia a beira do pânico, e algo que me dizia que não era apenas pelo dragão.

        - Não vou conseguir. – gemi, entre o esforço de respirar e correr ao mesmo tempo. Eu nem sabia para onde estava indo, mas com um dragão as suas costas o destino final não é muito importante.

         - Tem que conseguir. – Clarisse incentivou, me puxando. O dragão tinha se atrapalhado com um carro estacionado no meio-fio, mas logo estaria nos nossos calcanhares. Eu não conseguia mais dar um passo. Clarisse tentou me arrastar novamente, mas dessa vez eu cai com tudo no chão. Não conseguia mover mais um musculo.

        - Vamos. -´Clarisse gritou, tentando me erguer. O dragão, rosnou, parecia feliz.

      - Não da. – gemi, eu mal conseguia manter meu tronco erguido, quem dirá ficar em pé. Olhei para trás, o dragão parecia estar zombando, e vinha caminhando tranquilamente. – Vai, corre.

      Ela pareceu horrorizada com a ideia.

      - Não. – protestou.

      - Vá, - mandei, e tentei empurra-la para longe, coisa que não funcionou. Com a ajuda não autorizada de Clarisse, eu levantei. Mas já podia sentir as pernas tremendo, ia desabar novamente a qualquer segundo. – Vá logo. – ordenei, mas se tinha uma coisa que Clarisse conseguia ser, era teimosa.

        O dragão estava em nosso encalço, mesmo que ela cedesse, não ia conseguir escapar dele.

         - Faça o que eu mandei. – falei, e usando o ultimo registro de força que tinha, eu meio que a joguei, para a calçada, longe do alcance do dragão. Em compensação, me coloquei completamente em sua linha de tiro.

          O dragão grunhiu, arreganhando a boca, e mostrando uma fileira de dentes brancos, tortos e grandes. Capazes de torturar qualquer coisa, eu tropecei e cai. O dragão se ergueu, as assas negras brilhando a luz do sol. Em algum lugar, eu tive a consciência de que duas pessoas gritavam. O que eu não sabia. Meu corpo parecia se desligar da minha mente, nada fazia sentido. O dragão abaixou a cabeça, e eu não vi mais nada.

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Parte Luke 

        Luke, observava o jardim. Era uma paisagem sobrenatural, mas muito agradável de se olhar. Tinha passado quase toda a madrugada esperando noticias. Até agora, nada tinha chegado aos seus ouvidos. Um pouco mais atrás, nas pedras, Grover gritava. Era o único som que atrapalhava a paz do lugar, e Luke mal via a hora de livra-se dele. Se seu plano funcionasse...

        - Você nunca vai conseguir. – Grover gritou, ele estava horrível. Sua situação era péssima, e Luke se surpreendia com a capacidade dele de continuar vivo. – Eles vão chegar a tempo.

        - Não cante vitória. – Luke, retrucou, calmamente. – Não me irrite sátiro, daqui a pouco não vou mais precisar de você.

          Grover, não arregalou os olhos. Pior que isso, o olhou como se estivesse com pena. Pena dele.

      - O que houve com você Luke? – murmurou, baixo, mas Luke ouviu.

       Algo mexeu dentro de si, uma lembrança. Antiga demais, para ele ter certeza se um dia já tinha sido real. Era tão feliz, que ele achava ser uma invenção do seu cérebro.

        - Senhor? – Um semideus surgiu, não era o mesmo de antes, mas desse Luke lembrava. – O plano deu mais do que certo.

        Luke, apagou sensação de nostalgia de sua mente. E sorrio, virando-se para Grover.

     - Prepare-se para morrer. 


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Notas finais do capítulo

Então?