Acaso Ou Destino escrita por Tricia


Capítulo 20
Namora comigo


Notas iniciais do capítulo

Bem peço desculpas por ter dito que postaria o capítulo rápido, eu tentei postar semana passada, mas minha net começo a funcionar na velocidade de uma lesma (isso quando funcionava) são raros os momentos bons dela e em um desses momentos eu pude ver uma mensagem de uma das leitoras que sinceramente me deixo muito feliz, então esse capítulo eu faço questão de dedicar a GabbySaku. Obrigado linda

Boa leitura a todos



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Sakura empurrou o fino cobertor para os pés da cama se sentando ao poucos, mas sem deixar aquela pequena vontade de voltar a deitar e dormir mais alguns minutinhos, que no final se tornariam horas. Aquela cama parecia estar gritando “venha dormir mais um pouco mais, venha”.

Passou uma das mãos nos fios rosados embaraçados enquanto pegava o celular com a outra. Surpreendeu-se um pouco ao ver que já era quase 9 horas. Sasuke certamente deveria estar achando que não passava de uma grande preguiçosa.

E com esse pensamento que acabou por jogar totalmente aquela incomoda vontade de dormir para escanteio.

Tinha um ótimo pressentimento para hoje, e o melhor de tudo era que nem precisou consultar um horóscopo a amiga loira.

Tomou um banho bastante rápido no banheiro que avia no quarto vestindo algumas das peças que aviam sido trazidas por Sasuke na noite anterior. A blusa ficara um pouco larga, mas nada que não pudesse relevar.

Sakura saiu do quarto olhando de um lado para o outro em busca de alguém, mas nada. Todas as portas estavam fechadas e os únicos sons que conseguia ouvir vinham de fora. Sendo assim seguiu para escadaria passando pela sala chegando logo a cozinha encontrando Sai mexendo em um notebook com um fone de ouvido pendurado no pescoço no qual poderia muito bem descrever como exagerado.

– Seu sono de beleza já terminou? – ele perguntou sem muito interesse – Ou seria melhor dizer bom dia primeiro.

– Bom dia. Onde esta a Miya?

– Na casa dos avôs. E caso seja de seu interesse Sasuke foi trabalhar cedo, porem mandou avisar que não poderá almoçar com você, algo relacionado a trabalho.

Agradeceu mentalmente pelo moreno estar de costas para não ver que aquilo realmente a havia a abalado. Como poderia não fazer parte de seus interesses...

Passou as mãos ao redor do corpo tratando de colocar um pequeno sorriso nos lábios para responder:

– Entendo. É melhor eu ir, afinal, nem deveria estar aqui – disse desviando o olhar para janela. Por que diabos ele tinha que deixar recado com o primo, custava uma ligação.

– Poderia pelo menos comer alguma coisa, a empregada faz uns bolos divinos. Você não dieta que eu sei.

– Mas estou sem fome.

Com um pouco de paciência e uma boa desculpa de improviso não fora difícil ir embora. Mas talvez não tenha sido uma boa idéia.

Não se via quase ninguém nas ruas fazendo com que se sentisse ainda mais sozinha do já estava. E a única coisa que parecia se fixar na cabeça era as palavras de Sasuke que pareciam ter perdido totalmente o sentido. Para que prometer algo a filha e depois cancelar em menos de 24 horas e pior, a envolver. O que estava acontecendo com ele?!

Quase meia hora, fora o tempo que levara para conseguir chegar em casa à pé. Pegando a correspondência, cumprimentando a vizinha que passava acompanhada do filho e entrando.

As horas seguintes passaram calmas enquanto ajeitava a casa após trocar aquelas roupas que nem se quer sabia de quem avia sido pelas próprias peças que tinha no guarda-roupa e que lhe cabiam perfeitamente.

Largo a caneta sobre o caderno que revisava na mesa de jantar se pondo de pé indo até a sala ouvindo a campainha tocando excessivamente tirando toda a atenção que a pouco tinha.

Abriu a porta se deparando com a mulher mais velha de cabelos rosados vestida de branco que mais parecia querer martelar o botão da campainha com uma feição de puro tédio.

– Demorou – revirou os olhos pelo comentário da mãe dando um passo para trás convidando para que entrasse. Os olhos azuis da mulher percorriam de um lado para outro analisando cada canto daquele cômodo – É uma bela casa. A sua cara.

– Obrigado. Deveria ter me avisado que viria para cidade.

– Foi de ultima hora. Só uma palestra para alunos de uma faculdade da região – explico a mulher se sentando no sofá – E claro, recebi um convite para trabalhar no hospital daqui. Não é bom?

– Hana e Satoru dividindo o mesmo hospital, tenho muita pena dos pacientes – comentou rindo sendo acompanhada da mãe.

– Seria divertido azucrinar a vida dele por algum tempo, mas sei ser profissional o suficiente para aturado. Não vale a pena destruir minha carreira por um homem como ele. Nunca.

– Isso tem a ver com algo vindo da Tsunade? – era quase que obvio que tinha, por mais que a mãe pudesse confiar no que a filha dizia sempre daria um pouco mais de ouvidos a irmã, sempre.

– Talvez, você sabe o quando sua tia é exagerada. Aquela escola é a vida dela, não importa o que seja se ameaçar aquele lugar ela ira bater de frente.

– Eu sei. Ela já deixou isso bem claro pra mim – podia perceber que algo não estava totalmente normal, alguma coisa a incomodava. A forma como mexia no cabelo a todo o momento deixava isso bem claro, que só estava esperando a primeira brecha por menor que fosse. Então por que não dar essa brecha – Por que esta se segurando tanto, senhora Hana?

– Não estou me segurando – ela rebateu fingindo estar ofendida. Arqueou uma das sobrancelhas rosadas esperando fazendo a mãe revirar os olhos se dando por vencida facilmente – Só estava esperando para ver quando você iria começar a me falar do seu namorado.

– Sasuke não é meu namorado, mãe.

– Francamente, como você deixa um homem como ele dando sopa por ai. O jeito como ele olha pra você já denuncia – exclamou a mãe incrédula, mais um pouco que talvez pudesse a comparar com uma adolescente – Pelo menos um amasso, filha.

Viro o rosto levando uma mão à nuca confirmando a suspeita da mãe a fazendo gritar um “eu sabia”. Era só o que faltava.

– Pensei que estivesse conversando com a minha mãe e não uma adolescente – disse sorrindo atraindo a atenção da mãe.

– Esse é o papel da Ino, que por sinal já faz um tempo que não converso com ela.

De fato Ino havia perdido um pouco o contato com algumas pessoas nos últimos meses. Talvez por estar muito envolvida na experiência da maternidade junto de Gaara, deixando todo o mundo para trás de certa forma.

Mas como se a loira advinhas se que estava sendo o assunto o telefone tocou chamando a atenção das duas, sendo logo atendido.

– Muito bonito senhorita Sakura, disse que me ligaria e não ligou! – exclamou a loira do outro lado da linha visivelmente irritada. Bufo se lembrando que avia mesmo prometido ligar, mas infelizmente havia esquecido.

– Ela estava com um pequeno contratempo de codinome Sasuke.

– Dona Hana, o que você ta fazendo com a Sakura? – pergunto a loira pasma após ouvir a voz da ex Haruno.

– Uau. Não se pode mais visitar a casa da filha sem ser vitima de interrogatório!

– Foi só uma perguntinha inofensiva, mas tudo bem, afinal, eu liguei pra reclamar um pouco com a sua adorável e esquecida filha.

– Como sempre. Ninguém tem dó de mim não...? – choramingou.

– Pergunta pro Sasuke, né Ino – atiçou Hana sorrindo.

– Isso ta me cheirando a fofoca – fuzilou a mãe que sorriu mais ainda provando que estava apenas começando com aquilo e não teria a menor pena – Por onde vai começar.

– Por onde a senhorita Sakura passou a noite de ontem – ela começou com um tom malicioso bastante explícito.

– Nem vou perguntar como sabe disso, mãe.

– Intuição de mãe que não que não foi – comento Ino rindo.

– Não foi mesmo – admitiu a mulher dando de ombros fazendo a loira rir ainda mais. Era incrível como Hana se entendia com Ino, enquanto Ino pensava para aprontar algo Hana já estava se vangloriando dos resultados – O que você aprontou?

– Nada. Eu dormi na casa do Sasuke, mas não aconteceu nada.

– Como?! – as duas exclamaram ao mesmo tempo e Ino continuando – Você dorme na casa de um dos caras mais cortejados dessa cidade praticamente pra não dizer mais, e não faz nada! Fala sério, Sakura.

– Primeiro: eu dormi em um quarto de hospedes porque ele prometeu pra Miya que quando ela acordasse, eu ainda estaria lá. Segundo: ele me disse algumas coisas me beijo e depois saiu do quarto. Terceiro: também me convido pra almoçar junto com ele e a Miya, mas no final desmarco. Resumindo... Não aconteceu nada pervertido como vocês duas gostariam de ouvir.

– E você não fez nada pra mudar? – balanço a cabeça negativamente para pergunta da mãe que bufo – Deveria ligar pra ele, aparecer no trabalho, sei lá. Mostrar que ta no controle da situação.

– Não tenho idéia do que poderia dizer ou fazer.

– Improvisar – sugeriu Ino.

– Não dá. Nunca prestei pra isso. Seria como ir a uma batalha desarmada.

– Ninguém merece. Ino liga pra Temari, precisamos dela. Vamos sair hoje e dar um jeito nisso.

– Por favor, não – pediu em um fio de voz ouvindo logo um sonoro “não” da mãe e da loira, que sem pensar já estavam planejando tudo. Angh.

As horas foram se passando rapidamente após ficar ouvindo Ino contar como estava à vida de casada aos mínimos detalhes para Hana que hora ou outra comentava algo.

E quanto a esperança de receber alguma ligação de Sasuke... Bem... Aos poucos evaporava deixando lugar para duvida de ter feito algo errado...

Amarrou o roupão saindo do banheiro em direção ao quarto. Na cama as peças que usaria já estavam devidamente escolhidas. Mas antes que pudesse se quer colocar a blusa o som da caminha a interrompeu a avisando que já estava atrasada.

Correu para sala abrindo a porta se surpreendo ao ver que quem estava na porta era Ino e não Hana como avia sido combinado.

– Eu perdi alguma coisa? – pergunto dando espaço para loira entrar.

– Mudança de planos, sua mãe vai nos encontrar lá. Alguém precisa garantir que ira se vestir à altura.

Até poderia pensar em retrucar, se Ino já não estivesse indo para o quarto as presas fazendo com que seguisse também.

– Pra que essa preocupação com o que vou usar. Não faz a menor diferença.

– pra mim faz. Nada de usar calça hoje – Ino praticamente decretou apontando a peça sobre a cama em seguida abrindo as portas do guarda roupa olhando as roupas nos cabides, tirando um vestido preto simples, mas bonito – Eu era apaixonada por esse vestido. Veste.

Reviro os olhos pegando a peça de roupa que de fato era o sonho de Ino ter, mas não avia encontrado um que lhe servisse na época. Ainda mais agora que já podia notar o leve volume da barriga marcando o vestido azul claro que vestia.

– Desde quando gosta de ter flores no quarto? – Ino perguntou passando os dedos delicadamente nos cravos sobre a cômoda.

– Sasuke.

– Hum. De acordo com a linguagem das flores se não me engano, os cravos significam agradecimento – encaro o vaso por alguns minutos também, fazia um pouco de sentido considerando que havia se oferecido pra ajudar um pouco com Miya. Embora não tivesse feito quase nada.

Após se arrumar com a ajuda “oferecida” pela loira que por incrivel que pareça não havia se quer um minuto tocado no nome de Sasuke, como de fato esperava que a mesma fizesse.

No caminho acabara notando que o percurso pelo qual Ino seguia não era bem o que normalmente levaria ao restaurante escolhido, no entanto, aquilo não parecia importar. Algo parecia querer fazer com que tivesse esperança de que não seria colocada em alguma enrascada pelas amigas e mãe.

– Curiosa? – a loira perguntou ainda mantendo o olhar fixo na rua.

– Deveria?

– Talvez... Quem sabe hoje encontramos seu príncipe encantado – disse Ino soltando uma risadinha suspeita. Lá se vai a esperança de que chegaria em um restalrante ou algo do gênero sem ter que encontrar a mãe com algum pretendendo.

O carro foi estacionado em uma vaga, saindo Ino primeiro a guiando pelo pequeno caminho rumo ao que parecia ser um salão de festas pequeno. Agora sim a curiosidade quisera atacar.

– O que estamos fazendo aqui? – pergunto confusa, porem, Ino não respondeu como gostaria apenas fez menção para que olhasse mais a frente, e assim fez.

La estava ele, com vestes de tons escuros deixando-o com ar de misterioso. Aos poucos seus lábios se formaram em um sorriso de canto fazendo com que automaticamente sorrisse também.

– Senhora, senhorita – ele cumprimento se aproximando calmamente.

– Ino...

– Espero lá dentro.

– Mas... – tentou protestar, mas já era tarde, Ino quase que corria para dentro como uma criança que apronta e depois tenta fugir da bronca. Típico de Yamanaka Ino.

– O que esta acontecendo afinal?

– Pra começar você esta linda. E... Alguém como você não merece um pedido de desculpas por telefone ou recado de um primo. Ainda mais para o que eu queria falar com você – Sasuke disse estendendo a mão. Franziu o ceio pegando a mão que lhe fora estendida e sendo guiada por Sasuke para dentro.

A surpresa fora de imediato ao pisar os pés dentro do recinto.

Ino, Gaara, Sai, Hinata, Naruto, Temari, Shicamaru, Miya, Mikoto, Hana e até mesmo Tsunade estavam presentes com mais alguns que lhe eram desconhecidos. No entanto, o que mais chamava a atenção mesmo era o cartas nada discreto pendurado dizendo “namora comigo”.

– Isso é...

– Brega. Eu também acho.

– Não é brega! É muito romântico seu idiota sem coração! – Ino grito ao longe arrancando risinhos de alguns dos presentes.

– Continua sendo brega – o moreno sussurro calmo – Mas não deu tempo de tirar. Sendo assim, Haruno Sakura, ignorando totalmente o cartas ridículo ali atrás, você aceita namorar comigo?


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Notas finais do capítulo

É gente eu acho que o próximo já sera o ultimo que eu não sei se é bom prolongar mais, no começo eu achei que ela só teria uns 10 capítulos no máximo o e já estamos no dobro disso rsrs (graças a vocês dica-se de passagem)
Mas emfim, será que esse capítulo pode fazer com que a estoria chegue a 150 comentários?
Alguma recomendaçãozinha