Sasuke desceu os degraus da escada vestindo o casaco de cor escura adentrou a cozinha encontrando a pequena Uchiha vasculhando a geladeira tentando em uma tentativa inutil de não fazer barulho.

– O que esta procurando? – pergunto se debruçando no balcão

– Alguma coisa pra comer – ela respondeu dando de ombros sem tirar os olhos da geladeira

– Você acabou de jantar

 – Alguma coisa doce, deveria ter me deixado terminar

– deixe isso pra depois, temos que sair – advertiu Sasuke   

– Pra onde? – pergunto Miya fechando a porta da geladeira 

Sasuke maneou a cabeça negativamente com a cena da menina tentando quebrar um pedaço de uma barra de chocolate com as mãos e em seguida a mordendo tentando brebrar ainda com certa dificuldade pela maceis do alimento, sabe se La quanto tempo estava dentro da geladeira.

– Finge que isso é um pirulito e fica chupando que é mais fácil – sugeriu pendendo a paciência – Eu disse que ia te deixa na casa dos seus avós as 7h e meia e agora são 7h 12 m

– Hm – ela murmuro passando por si ainda tentando mastiga o chocolate

Incrível como adora tanto doces,pensou ,na certa seria para compensar o fato de não gostar muito assim como a falecida esposa que por sinal não gostava,odiava, alegando que tais coisa só serviam para destruir o lindo corpo que Deus lhe dera, no qual deveria ser cuidado ate seu ultimo minuto de vida neste mundo. Tcs.

Vinte e poucos minutos levou para chegar à casa dos pais que ficava a poucos quarteirões da residência Uchiha, não muito longe, nem muito perto, uma distancia até apropriada.

 Deixo a menina na casa dos pais evitando ao máximo os convites da mãe para que ficasse um pouco mais que por sorte logo pararam graças ao pai.

Seguiu de La para cidade como avia planejado há poucas horas antes, chegando logo ao estabelecimento desejado estacionando o carro um pouco a frente do mesmo saindo deixando o alarme ligado como sempre.

 Adentro o local fazendo uma rápida varredura nas mesas parando em uma ao fundo ocupada por uma única pessoa. Os cabelos de coloração exótica se destacando como se á de esperar,anormal,mas não tão ruim assim. O rosto virado para parede fitando um quadro de tamanho mediano de flores de cerejeiras, perdida em seus pensamentos.

Levanto a maga do casaco verificando a hora; dois minutos adiantado. Perfeito.

Aproximou-se da mesa calmamente puxando uma cadeira chamando a atenção dela sobre si inexpressivamente para logo ser substituído por um sorrio pequeno, mas bonito. Verdade seja dita.

 – Fiquei surpresa com sua ligação – ela confesso ainda mantendo o sorriso.

– Hm – murmuro se sentado – Espero não estar tomando muito seu tempo.

– Esta tudo bem, estou apenas curiosa.  

– Gostaria de lhe fazer uma proposta – despejou de uma só vez a fazendo estreitar os olhos

– Proposta – repetiu Sakura sem entender  

– Como é de se saber eu passo muito tempo trabalhando – disse Sasuke categoricamente, Sakura maneou a cabeça positivamente – Por tanto eu nem sempre consigo chegar na hora para buscar a Miya, ou posso. Uma vez meu irmão em uma reunião há um tempinho avia comentada uma coisa que a primeiro momento ignorei totalmente, mas de uns tempos para cá eu parei para pensar e conclui que poderia ser uma boa idéia

 – E o que ele disse? – pergunto Sakura

– Uma babá.

– E onde eu entro nisso. Eu sou professora não babá – ela exclamo um tanto incrédula  

– Eu entendo perfeitamente, no entanto não estou dizendo que terá que ficar cuidando dela como uma babá convencional. Eu mesmo me encarrego de levá-la, você ira apenas a levar para casa todos os dias depois da aula, os finais de semana não contam.

– Por que simplesmente não contrata uma babá de alguma agencia qualquer?

– E você acha mesmo que eu já não tentei isso?

– E...

– E que eu tive que ficar aturando ela falando sempre que possível para mandar a moça embora, não me dava um minuto de sossego! E nem pra moça

– Hm– murmurou Sakura duvidosa 

– Impressionante como você a subestima crianças, considerando que as atura cinco dias por semana, 238 dias por ano, talvez – disse Sasuke com uma mão no queixo fazendo Sakura franzir o cenho.

– Ok. Falando hipoteticamente: se eu viesse a aceitar sua proposta de levar a Miya todos os dias o deixando trabalha em paz, o que te garante que ela não ira fazer o mesmo novamente?

– Porque ela te respeita, sente algum tipo de afeto no qual eu não sei como pode conquistar em tão poucos dias, devo dizer que é ate mesmo admirável. 

Sakura se manterá quieta esperando que prosseguisse, mas ele no momento em que notou uma garçonete se aproximar da mesa parou, segurava uma caderneta junto à caneta mascando chiclete. Pergunto o pedido de cada um, Sasuke fez o pedido primeiro depois Sakura, que como sempre sorria de modo educado e sereno para moça.

Quando esta se afastou para levar os pedidos voltou a falar trazendo a atenção de Sakura de volta para si.

– Eu ate entendo que possa estar confusa por estar recebendo esta proposta, no entanto você foi uma das poucas pessoas que minha filha se aproximou desde a morte de minha esposa – seu tom tomara um toque de nostalgia ao lembrar-se da esposa que não passou despercebido por Sakura – Mas enfim, eu não posso simplesmente abandonar meu trabalho de uma hora pra outra. Por tanto eu não vi outra solução a não ser pedir ajuda.

Sakura hesitou por um momento como se duvidasse de sua própria decisão, fechou os olhos por breves instantes os abrindo novamente tamborilando a mesa com os dedos.

– Quero o resto dessa semana e a próxima, pra poder testar isso. Se nesses dias as coisas ocorrerem bem e eu não o procurar, significara que poderá contar comigo.

– É justo

 Os pedidos chegaram sendo trazidos pela mesma moça.

Levou a boca a xícara de café meio amargo que pedira ainda mantendo os olhos focados na rosada de frente a si que mexia o açúcar no café para adocicar mais após ter bebericado um pouco concluindo que não estava do jeito que gostava.

A contemplo por minutos ate que esta notou seu olhar corando levemente levando a xícaras a boca em uma tentativa de disfarçar, reprimiu uma risada pelo ato e um sorriso quase imperceptível que teimava em se formava em seus lábios finos que mais pareciam terem sido desenhados por um profissional no quesito.

– Essa não – ela murmurou baixo olhando para entrada, fez o mesmo se virando para trás para ver o que era.

Grossos pingos de chuva caiam do lado de fora. Arqueou minimamente uma das sobrancelhas se voltando novamente para Sakura.

– Por que na maior parte das vezes que saio de casa sem carro, cisma em chover? – ela perguntou para si mesma, pode notar uma pequena dose de humor em suas palavras, muito pequena por sinal.

– Eu te levo – as palavras saíram da boca subitamente.

– Não, não é necessário – ela protesto gesticulando com as mãos.

– Faço questão, afinal estou te devendo uma. Fez isso com a minha filha uma vez, quero retribuir – disse ponderadamente recebendo um aceno positivo de Sakura que volto a sorrir só que dessa vez em agradecimento. Um lindo sorriso pensou.

Tirou a carteira do bolso do casaco tirando o dinheiro entregando para garçonete se levantando da cadeira murmurando um ‘vamos’ para Sakura que assentiu se levantando também se pondo a andar para fora do estabelecimento lado a lado.

Ao sair prosseguiu para o carro a passos rápidos pela chuva que parecia ter aumentado um pouco, desativo o alarme abrindo a porta para Sakura entrar, assim que esta entro  passou por trás do veiculo abrindo a porta do motorista adentrando pondo o cinto em seguida dando a partida.