A Verdadeira Revolução - Fic Interativa. escrita por ChoiLuanaV


Capítulo 7
Uma Adversária Digna


Notas iniciais do capítulo

Entãão, tenho algumas notícias ruins para vocês.
Primeiro: Eu estou morrendo. Não, mentira, eu só tenho que voltar para a escola.
Segundo: Eu não vou postar toda hora como eu posto (mentira, sei que não posto toda hora). Mas, eu reprovei dois anos seguidos por causa de preferir ler e escrever a estudar...
Terceiro: Não, era só isso mesmo...
PS: Primeiro casal da arena apareceu.
Capítulo dedicado para Nata Keynes e para ChoiLuanaV
Quarto: Boa leitura!!



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POV Lyu

Fazia tempo que eu não matava alguém.Eu não escutava canhões fazia tempo, e sabia que logo os Idealizadores iriam começar a mandar “surpresas” para nós.

Não me entendam mal, eu não escolhi essa vida de “menina fria, sem coração e assassina”. Eu simplesmente estava no lugar errado a na hora errada. Eu odeio ser a vítima, então eu faço minhas próprias vítimas. Claro, eu não poderia apenas matar. Eu tenho que torturar de uma forma deliciosamente macabra e perversa antes. Afinal, tenho uma reputação a zelar.

Foi então que eu vi a minha grande chance: Um grupo com várias pessoas estava em volta de um menino, e eles estavam cuidando dele. Que tolos! Eu ainda acho que se eles metessem uma espada no pescoço dele ia ser mais legal.

Acho que são esses pensamentos que me deixam com uma fama meio ruim. Vai saber.

Eu peguei uma faca de prata e analisei antes de fazer algo com ela. Ela tinha o tamanho ideal para jogar, feita de prata. Eu passei o gume pela parte superior do meu braço. Ótimo. Ela estava super afiada.

Mirei em uma menina loira, um pouco mais alta que eu, e que parecia ter uns 14 anos. Respirei fundo e joguei.

A menina viu a faca no último momento e desviou. Os outros do grupo pareceram me reconhecer. Ai que lindo, eu era famosa!!

Eles falaram entre si. Talvez soubessem que eu mataria um por um, mas pareceram se preocupar mais com o menino ferido. Dois deles pegaram o menino e saíram correndo, enquanto os outros iam de costas, olhando fixamente para minha direção e apontando suas armas para mim. Mas eles não tentaram nada, apenas continuaram andando, e logo saíram de vista.

Todos menos uma: A menina loira que eu tentei assassinar. Pelo menos eu poderia terminar o que eu tinha tentado antes.

Ela olhou para mim como quem sente mais nojo do que medo. Que legal, uma adversária mais digna que os outros!

Ela veio andando lentamente na minha direção, batendo os dedos na lâmina de uma faca, como se estivesse pouco se fodendo para o que eu fiz. Que ousada!

Ela atirou a faca em mim sem nem olhar, e teria acertado se eu não rebatesse com uma das facas de dentro do meu casaco.

Eu corri até ela, e quando ela desferiu um soco que acabaria comigo, eu me joguei no chão e deslizei pela lama, atingindo as pernas dela e fazendo-a dobrar os joelhos, mas não cair.

Ela pulou e dobrou as pernas, atingindo meu estômago com os dois joelhos. Eu fiquei sem ar algum, e comecei a tossir muito.

Eu comecei a ofegar e rolei, tentando escapar dela. Consegui por um tempo, mas quando eu estava de bruços ela agarrou meu cabelo e bateu minha cabeça em uma grande pedra que estava na minha frente.

Fiquei desnorteada, mas logo lembrei quem mandava naquela arena. Eu. Ela era mais uma vadia que ia morrer, e depois do que ela fez, eu iria usar toda a minha imaginação para torturar ela.

Quando decidi virar o jogo eu pensei mais claramente. Firmei minhas mãos na pedra que ela bateu minha cabeça e me impulsionei para trás. Escapei de seus dedos, e logo me pus de pé. Era hora de acabar com a vadia.


POV Valentina

Eu assistia de longe a briga entre a Lyu e a menina que eu conheci nos treinos, Natália. Eu tinha certeza que a tributo do 8 ia acabar com a assassina torturadora do Distrito desconhecido, mas ela logo escapou.

As duas se engalfinharam no chão, trocando socos e chutes. Natália pegou uma faca escondida na manga do braço direito de sua jaqueta marrom e tentou cortar o rosto da Lyu, que escapou e deu um soco na cara da loira.

Lyu abriu a jaqueta e eu vi uma coleção de facas de vários tamanhos e formas. Ela tirou uma que era totalmente reta e grande, com dois gumes, e tentou acertar o rosto da sua adversária. Ela errou por milímetros, e enquanto ela tentava tirar a faca da lama, Natália deu uma joelhada em suas costelas e a empurrou para um lado.

Eu sabia que a tributo do Distrito 8 não faria nada contra uma menina de 12 anos, mas nunca tem como ter certeza. Eu esperava que ela matasse a Lyu e fosse embora, afinal, Iasmim me abandonara para morrer e levara tudo que tínhamos. Eu tinha só um canivete, e tinha certeza que eu não iria conseguir vencer alguém com mais “experiência” que eu.

Lyu conseguiu cravar sua faca na mão esquerda de Natália, e a loira fez um grande corte em seu rosto e em seu braço. As duas se olharam, e a tributo do 8 deu um soco na adversária, que ficou tonta.

Natália correu para qualquer lugar, e o olhar de Lyu se cravou em mim. Droga!!!

Eu virei para correr, e escutei um zumbido metálico atrás de mim. Abaixei-me, mas senti uma dor muito grande na parte de trás da minha perna direita, e caí de cara no chão.

Eu tentava levantar, mas minha perna não sustentava meu peso, e tudo que eu podia fazer era chorar e esperar pela minha morte. Eu não tinha esperança de voltar para casa, eu era muito jovem, mas eu nunca mais iria ver meu pai, minha mãe e meus dois irmãos.

Comecei a chorar compulsivamente, e meus soluços aumentaram no momento em que senti os passos de Lyu do lado da minha cabeça. Ela deu um chute na minha têmpora e eu desmaiei.


POV Lyu

Eu tinha uma adversária. Aquela menina desgraçada iria pagar por ter-me feito tantos danos, e eu ia descontar toda a minha raiva nessa outra piranha mirim que eu achei.

Eu até deixaria ela viva, não sou tão sangue frio a ponto de matar uma criança de 12 anos. Mentira, eu sou sim, foda-se, mataria ela mesmo que ela tivesse apenas 2 anos.

Eu consegui jogar a faca na perna dela, e arrastei-a inconsciente até um lugar... Reservado.

Montei uma cabana, demorando apenas 3 horas, e nós duas cabíamos ali. Eu sabia que não teriam intrusos como aquele gostos.... Aquele vadio que lutou comigo e ainda teve a ousadia, a cara de pau, a pachorra, de me beijar.

Fiz a maior quantidade de armadilhas que pude. Cavei rapidamente, e deixei apenas algumas folhas escondendo as grandes estacas com veneno que eu coloquei ali. Quem chegasse a menos de 4 metros de onde estávamos ia cair e um simples arranhão mataria a pessoa.

Revesti a nossa pequena sala de reuniões com bambus e madeira e coloquei bastante lama neles. Se alguém jogasse uma faca um atirasse uma flecha, ia cravar ali, e se alguém atirasse uma flecha com fogo ia ter a tentativa frustrada pela lama, que não é inflamável. A única forma de nos interromper era chegando perto, mas estávamos num círculo de estacas envenenadas que tinha 3 metros. Estávamos totalmente seguras ali dentro.

Eu percebi que minha pequena “convidada” tinha acordado e tentara se soltar. Eu tinha prendido ela em uma estaca. Ela ficava ajoelhada e com os braços para cima, e não iria conseguir se soltar.

- Olá. – disse eu – Bem, a formalidade é apreciada, então: Eu sou Lyu, e você é...?

- Valentina. – respondeu ela, a voz tremendo de medo e as lágrimas escorrendo loucamente pela face – Por favor, eu te imploro, sou apenas uma criança. Não me mate, não me faça sofrer, por favor... Eu juro que não vou tentar te atacar, apenas pegue minha mochila e meu canivete e me deixe ir.

- Humm, proposta interessante. Não.

- Eu nunca te fiz nada, eu nem nunca tinha te visto até a sua briga com a Natália, por favor, me deixe em paz.

- Não. Eu preciso de uma vítima fresca para mim. Faz tempo que eu não me divirto com os gritos de alguém sob tortura.

Ela começou a gritar, chorar, soluçar e implorar ao mesmo tempo. Uma melodia linda e suave para meus sensíveis ouvidos.

Eu decidi começar logo. Peguei uma faca e me afastei um pouco. Joguei a faca no braço esquerdo dela, a lâmina afundando até a metade.

- Para de chorar sua vadia repugnante, seja um bom alvo e fique quieta. – eu a repreendi. Que menina maldosa!! Estragando toda a diversão.

Passei um pouco de álcool de uma mochila que eu tinha roubado de um dos tributos que eu matei e passei em outra faca. Dessa vez eu cortei a perna dela, o álcool deixando as coisas cada vez melhores.

Eu quis fazer uma pequena experiência: Acendi o isqueiro e deixei o fogo embaixo da ponta da lâmina de uma das facas. Depois de 15 minutos a ponta estava irradiando calor, e estava vermelho brilhante.

Pressionei a lâmina contra um dos olhos da menina, que gritava. Afundei um pouco mais, e puxei com força. O olho dela saiu junto, mas totalmente queimado e coberto de sangue. Que lindo!!

Ela gritava, e o vão em sua órbita direita deixava as coisas ainda melhores. Decidi fazer o mesmo com o outro olho.

Depois de arrancar seus olhos eu parti para sua boca. Comecei arrancando os dois lábios e passando um pouco de álcool, para depois cortar suas gengivas e fazer furos em suas bochechas.

Eu achava que ela ia morrer de dor daqui a pouco, então decidi acabar logo com a diversão.

Despejei metade da garrafa de álcool em sua cabeça, e com o resto formei um círculo a sua volta.

Acendi o círculo com o isqueiro, e depois acendi o seu cabelo.

O que fora um cabelo liso e dourado agora estava tomado de chamas. Ela estava gritando, sem olhos, sem gengiva, e eu saí correndo da cabana pelo único caminho seguro. Logo os cipós da cabana começaram a arder, e em poucos minutos a cabana inteira ficou em chamas. Um enterro digno, se minha opinião vale alguma coisa.

Então vi a menina que andava com essa loira antes passando a alguns metros de mim, atraída pelas chamas. Oba!! Diversão em dose dupla!

Atirei uma flecha da minha besta na sua coxa, e a arrastei até o lugar onde eu tinha torturado a menina, que agora eram apenas chamas.

Com muita dificuldade arranquei suas pernas e seus braços, e a joguei lá dentro.

Ela tentava se contorcer, mas não era possível. Assisti aquilo tudo com um grande sorriso em meu rosto.

Escutei 3 canhões. As mortes cometidas por mim e a morte de mais alguém. Esse foi um dia mais legal na arena.


POV Miley

Nós conseguimos levar o menino ferido para uma de nossas cabanas, e eu via muita fumaça em algum ponto longe de nós. Em seguida a isso eu escutei três canhões.

Naquela noite recebemos nosso primeiro “presente” de um patrocinador. Remédio para o Leonardo e um bilhete:

“ – Não confiem em seu passado. Como vocês devem ter descoberto, esses são os novos bestantes. Se virem alguém que não seja do grupo, seja sua mãe, sua irmã, quem for, matem. Apenas matem. – Katniss, Haymitch e Peeta.”

Eu os conhecia, é claro. Os dois últimos a ganhar os Jogos e o ex-mentor deles, agora os três eram mentores do Distrito 12. Eles ajudaram um menino que nem era do Distrito deles, não entendo isso. E mandaram uma mensagem que poderia ajudar a todos nós.

Eu apenas pensei no Jack, que era parte do nosso grupo. Devia ser por causa dele.

O remédio ajudou bastante, e era quase meu turno quando eu fui dormir. Eu só queria que esse pesadelo acabasse logo.


POV Ana Cláudia

Eu tinha bastante pena do Leo. Eu sempre gostei dele, e teve uma época em que namoramos. É normal isso nos Distritos, mas logo começaram os treinos para a arena e... Sei lá, apenas nos afastamos. Isso não quer dizer que eu não gostava dele.

Ele estava com febre. Não era meu turno, mas eu fiquei acordada. Ele estava se mexendo muito durante o sono, e eu fui até perto dele e me sentei ao lado de sua cabeça.

Ele colocou a cabeça no meu colo e eu comecei a acariciar seus cabelos castanhos, e ele parou de se mover tanto.

Eu podia ter ficado ali 15 minutos, ou 3 horas, eu não sabia. Apenas fiquei pensando na arena enquanto descia minha mão pelo seu rosto, fazendo leves círculos com meus dedos. Sorri ao lembrar-me da época em que namorávamos. Tudo parecia tão... Simples. Eu não tinha preocupações como treinar, saber sobreviver, conseguir glória para o Distrito ou saber assassinar.

Sua febre começou a abaixar, e a Miley veio até mim.

Ela se sentou ao meu lado e deu um sorrido de canto quando viu que eu acariciava o rosto do Leo.

- Você gosta dele, não? – sussurrou ela

- Gosto. – admiti – Gosto, e muito.

Eu expliquei para ela sobre nossa descomplicada relação, que com o estresse dos treinos e a pressão de nossos pais, se desintegrou.

- E você Miley? Não pensa em ninguém aqui da arena?

Ela olhou de relance para o Jack, que estava dormindo em um canto, mas logo desviou o olhar.

- Eu tenho medo de me apegar e ter que matar a pessoa, sabe? Eu não sei... Eu não quero me arriscar a gostar de alguém, como a Katniss e o Peeta, e depois ter que matar a pessoa. A Capital fez vista grossa uma vez, mas não vai aceitar isso de novo.

- Entendo... Mas eu não sei se eu posso pensar assim. Eu realmente gosto dele, e quero dar voz aos meus sentimentos. Eu só espero não me magoar, ou ter que matar ele.

- Bem, eu respeito sua decisão, mesmo não concordando totalmente com ela. Mas posso ver que você gosta dele, e que precisa disso. Talvez o que todos precisem seja isso: Algo em que acreditar no meio desse banho de sangue. Bem, eu deveria estar dormindo, meu turno começa em duas horas. Boa noite Ana.

- Boa noite Miley.

Fiquei ponderando sobre as palavras dela. Talvez ela tivesse razão. Talvez tudo que nós precisássemos era de um pouco de esperança.

Deixei meus pensamentos vagarem até o passado, onde eu tinha o Leo, e ele tinha a mim. Eu vi quando ele abriu os olhos e me encarou. Mas seus olhos azuis demonstravam afeto, e ele sorriu enquanto se aconchegava melhor em meu colo.

Miley estava certa. Precisamos apenas de esperança.

Dei um beijo na testa de Leo e deixei que os sonhos me levassem para longe da arena.


POV Autor

A esperança começa a reinar nos corações de alguns sobreviventes, mas ainda restam 26 pessoas na arena. 26 pessoas que devem lutar até a morte em algum momento. O segundo dia na arena acaba. Alguns se escondem. Alguns enfrentam os perigos. Os mais audaciosos usam a maldade, a frieza e a crueldade pura. De 26, apenas um vai voltar a ver suas famílias, seus amigos, e ter um futuro. Qual deles será o vencedor?



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Notas finais do capítulo

Perdoem qualquer erro, minha beta se meteu em algum lugar e eu tenho muita preguiça de betar.