A Verdadeira Revolução - Fic Interativa. escrita por ChoiLuanaV


Capítulo 4
A Arena


Notas iniciais do capítulo

Estou com esse capítulo pronto a quase 4 dias, e eu estava quase me matando pra não postar... Eu queria postar no prazo né. Então, agora vai ser assim: Meu prazo final vai ser até quarta, mas eu vou postar assim que terminar o capítulo, porque eu fico quase morrendo de agonia pra vocês lerem... Boa leitura!!



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POV Autor

     Cinna tinha ido se despedir dos 4 junto com Haymitch, Peeta e Katniss. Eles apenas falaram para os novos tributos do Distrito 12 ficarem longe da Cornucópia quando os Jogos começassem, pois lá seria o banho de sangue.

     - Algum último conselho? – perguntou Jack

     - Fiquem vivos. – Responderam os três mentores em uníssono e depois sorriram como se fosse uma piada interna

(….)

     A arena era um lugar pantanoso. Tinha lama em quase todos os lugares, e mesmo de longe podia se ver o pântano se estendendo, e as raízes das árvores parecendo casas. Mas o que interessava de verdade estava na Cornucópia: Armas, mochilas e suprimentos. Havia até mesmo algumas roupas, como botas, camisas e calças específicas para o ambiente.

     - 10... 9… 8… 7… - Soou uma voz, fazendo toda a nação do Panem paralisar. Agora era a hora. Agora as crianças morriam. Agora os Jogos recomeçavam. – 6… 5… 4… 3… 2… 1…! Está aberta a Septuagésima Quinta Edição Anual dos Jogos Vorazes!!

POV Lyu

     Eu tinha visto as únicas coisas que me importavam na Cornucópia: Uma besta dourada e automática com 3 aljavas grandes de flechas. Mochilas com suprimentos. E roupas para o ambiente que eu sei que seriam melhores que essa calça camuflada e essa camisa simples que eles nos deram.

     Quando a voz se silenciou, o caos veio à tona. Tributos corriam de todos os lados para a Cornucópia, mas eu era rápida. Cheguei em uma mochila que tinha apenas um isqueiro, uma garrafa grande com água e uma faca de caça. Eu sorri ao ver o conteúdo. Era uma mochila grande e eu poderia colocar as roupas e duas aljavas de flecha ali sem problema. Corri e peguei a besta, as três aljavas, as roupas  e saí correndo para o pântano. Não sei como não fui acertada, mas só por precaução armei uma flecha em minha besta.

     Estava acostumada a trilhar meu caminho sozinha. Como tudo em minha vida, minha nota e minha maneira de me portar eram contraditórias. Não me leve a mal (ou leve, foda-se você) mas não parecer uma ameaça vinha a calhar numa situação dessas. Não que eu seja falsa ou dissimulada, só quando necessário, sabe? Ou quando bate a vontade...

     Eu escutei o barulho do canhão algumas vezes, mas não ligava. Avistei o menino do Distrito 8, Aidan, correndo na minha frente. Ele tropeçou e caiu, mas nós estávamos bem longe de todos. Eu cheguei perto dele e atirei a flecha que estava preparada em seu braço.

     - Ora, ora, ora… - Disse eu pegando minha faca de caça – Temos aqui um 8, hã? Que lindo.

     Ele estava com lágrimas nos olhos, mas eu não me importava. Não via motivos para me comover. Eu ia vencer, não seria um mísero tributo que não tinha nem a capacidade de conter as lágrimas ia me impedir.

     - Que tal nós brincarmos um pouco? – Disse eu, encostando a faca em seu braço esquerdo.

     - Por que está fazendo isso? – Questionou ele, com lágrimas de puro ódio nos olhos – Eu nunca te fiz nada. Me deixe aqui. Pegue minha faca e me deixe em paz. Por favor.

     - Cruzou meu caminho, nessas circunstâncias isso é mais que o suficiente. Para que paz se a agonia é muito mais prazerosa? Pelo menos pra mim... – Dito isso, eu comecei a cortar seu braço.

     Ele gritava, mas eu ria como uma psicopata enquanto planejava rapidamente como torturá-lo. Eu comecei a cortar pedaços de carne do braço dele, e logo fui para os pés. Arranquei suas unhas e passei lama no lugar ferido. Depois de um minuto eu arranquei seus dedos lentamente. Fiz o mesmo com suas mãos. Ele implorava para eu matá-lo ali mesmo, mas eu estava me divertindo. Para que acabar com a alegria de uma inocente garota lutando por sua vida? Que menino egoísta!

     Eu quis aumentar sua agonia, então joguei um pouco de lama nas partes onde eu tinha tirado nacos de carne do tamanho do meu polegar. Ele gritou, e começou a me xingar de vários nomes. Musica para meus sensíveis ouvidos.

     Quando me dei por satisfeita, ele implorou, com uma voz baixa e rouca de tanto gritar:

     - Por favor… Me mate. Não quero mais sofrer.

     Eu o olhei, peguei sua faca, e o arrastei até a beira da água pantanosa. O cobri com folhas e raízes e cortei sua língua. Para que gritar quando se pode morrer agonizando em silêncio?

     - Agora, pode ficar em paz. – Disse eu sarcasticamente com um sorriso inocente enquanto montava abrigo com algumas raízes e cipós grossos.

POV Valentina

     Eu estava assustada. Tinha conseguido uma faca e uma mochila que nem consegui abrir, e logo depois saí correndo. Meus membros tremiam e isso dificultava minha fuga.  Havia escutado gritos horríveis de algum tributo masculino a minha esquerda, mas é claro que não parei para ver o que era. Talvez algum Carreirista brincando com a vítima antes de tirá-la de vez deste mundo.

     Eu estava tão imersa em meus pensamentos atormentadores que nem mesmo percebi quando trombei com uma outra tributo. Ela era mais alta que eu, tinha cabelos e olhos castanhos, e uma expressão assustada, porém com certeza mais contida que a minha. Era a tributo do Distrito 4, Iasmim.

     - Por favor – Implorei eu, com lágrimas nos olhos e mãos tremendo – Não me mate. Pegue minha mochila e minha faca, mas não me mate. Por favor.

     - Não vou te matar – Disse ela – Calma, calma… Eu não sou como os outros. Também não queria estar aqui. Venha, temos que sair de perto dos outros tributos, eu sei um bom lugar para ficarmos.

      Ela me levou até um lugar perto de um leito pantanoso que tinha raízes e cipós formando uma barraca cinco vezes maior que o normal. De longe não parecia nada, afinal ninguém ia se importar com algo que fosse maior que uma barraca, mas se você olhasse de canto de olho poderia ver a entrada. Ela entrou ali comigo, e incrivelmente tinha um criado-mudo e uma cama bem pequena.

     - Eu vi que tem mais uns 4 lugares assim aqui. Mas eu acho que nem todos vão ver, pois parece com algo estranho que a natureza fez, e não uma casa. Está com fome? Geralmente tem comida nas mochilas, eu consegui pegar três.

     Ela levantou três mochilas pretas, um pouco menores que a minha, que ela tinha escondido na segunda gaveta do criado-mudo.

     - A primeira gaveta é um fundo falso – Disse ela, respondendo a pergunta que eu estava prestes a fazer: Como tudo isso cabe aí? – Agora quero saber o que aconteceu na Cornucópia depois que eu consegui escapar.

     - Morreram 13 tributos. – Disse eu – Mais da metade de uma edição normal. E eu escutei gritos horríveis de um tributo masculino, então presumo que seja um Carreirista ou um bestante.

     - Não. – Disse ela – Quando eu vim para cá eu vi. Era aquela menina, Lyu, torturando e matando um tributo. Aqui estaremos seguras por um tempo, mas não até o pior acabar.

     Eu sabia que ela era maligna desde o começo, mas não imaginei que ela faria uma atrocidade dessas. Talvez o “pior” que Iasmin citou seja ela. Lyu era forte. E tinha certeza que ela era forte o bastante para me matar.

POV Blake

     Eu estava fugindo da Cornucópia, mas me deparei com uma cena interessante: Uma menina um pouco mais baixa que eu, com um ar autoritário, cabelos vermelhos, sorriso sarcástico e aura assassina estava torturando um outro tributo.

     Eu assisti enquanto ela arrastava ele até o pântano, cortava sua língua, e o deixava para morrer.

     Ela fez uma cabana grande o suficiente para uma pessoa com cipós e raízes de árvores, e começou a cavar envolta, deixando algumas coisas que reconheci como espinhos no buraco. Ela cobriu a vala que ela mesma criou com algumas folhas, e colocou estacas envolta de seu pequeno abrigo, deixando apenas uma passagem que eu tinha certeza que ela vigiava.

     Não tinha como eu matá-la daquela forma, então aproveitei que tinha visto tudo, peguei a espada que eu tinha conquistado na Cornucópia quebrando o pescoço de um outro tributo, e tirei as folhas. Continuei o trabalho por mais algum tempo, afastando as estacas até ter um espaço para eu passar, e tirei os espinhos do caminho.

     Olhei para os cipós, e sorri. Ela tinha feito um ótimo trabalho, e seria difícil destruir sem ter que queimar. E se eu colocasse fogo, ela ia sentir o calor ou o cheiro da fumaça e simplesmente ia sair correndo dali.

     Eu decidi fazer o óbvio:

     - Toc, toc, toc – Disse eu, de uma forma tão sarcástica que era palpável – Alguém em casa?

     - Eu estou fora, fui no putero com a sua mãe – Respondeu ela de uma forma tão sarcástica quanto eu

     Eu bati minha espada algumas vezes no cipó, e o local onde ela estava começou a desmoronar. Ela saiu correndo pelo pântano, mas ao contrário do que eu achei, ela veio em minha direção.

     Eu descrevi um arco com a minha espada, mas no último momento ela se abaixou, e se jogou contra meu corpo. Eu deu uma joelhada em seu estômago, bati com o cotovelo em suas costas e a joguei do outro lado.

     Ela não se deixou levar pela dor, e deu um chute com o bico da bota na boca do meu estômago, fazendo eu me curvar. Ela rolou pelas minhas costas, e quando chegou do outro lado deu uma joelhada no meu peito.

     Eu tentei desferir um soco em sua face, mas ela desviou no último momento, e agarrou meu braço, torcendo ele atrás das minhas costas e tentando me empurrar no chão. Eu conhecia esse truque, então simplesmente dei uma cabeçada para trás, acertando seu nariz, e fazendo ela afrouxar o aperto o bastante para eu me soltar.

     Enquanto ela segurava o nariz com as duas mãos, eu dei um soco em seu estômago e tentei derrubá-la, mas sem sucesso. Ela pisou em minha perna, na altura do joelho, e se eu não tivesse treinado por 5 anos, não saberia que tem que dobrar a perna quando fazem isso para evitar que alguém quebre.

     Eu tentei meu último golpe de sorte: Fingi que ia dar um soco nela, mas quando ela se abaixou eu dei uma joelhada em seu queixo, e ela caiu no chão. Ela colocou as mãos atrás da cabeça, flexionou o corpo e em um impulso voltou a ficar de pé. Ela parecia extremamente furiosa. Eu tenho que admitir que fiquei com um pouco de medo do olhar assassino dela.

     Ela desferiu um soco em meu queixo, mas eu achei que ela ia tentar o mesmo truque que eu, então não me abaixei. Grande erro. Eu fiquei um pouco tonto, e ela deu mais um chute de lado em minhas costelas e pisou com força em meu peito, fazendo eu perder o equilíbrio.

     Eu caí no chão, e quando ela correu e pegou a besta nos destroços do abrigo improvisado, passei a perna direita em seus pés, e ela caiu para trás, derrubando sua arma nos espinhos que ela tinha usado como armadilha. Eu me joguei por cima dela, e usei meus joelhos para prender seus braços.

     - Boa luta garota – Disse eu – Mas eu venci.

     Dito isso, substituí meus joelhos pelos meus braços, levantei, e a puxei junto comigo. Ela me olhou desconfiada, e então a puxei para perto e a beijei. Primeiro ela tentou me empurrar, mas logo sua mão parou em meu peito e ela correspondeu ao meu beijo. Ela abraçou meu pescoço com os dois braços e começou a puxar de leve meu cabelo, enquanto nossas línguas travavam uma batalha interminável.

     A questão oxigênio fez com que nos separássemos, mas eu olhei para ela e sorri.

     Ela piscou para mim, se aproximou, fez menção de ir a meus lábios, mas passou sua perna por trás das minhas e me derrubou.

     - Você não venceu – Ela sussurrou no meu ouvido – Eu nunca perco. Nos vemos por aí, tributo.

     Dito isso, ela pegou sua arma e seus pertences e correu pelo leito pântanoso.

POV Autor

     O banho de sangue da Cornucópia tinha terminado. De 48 tributos apenas 34 sobreviveram, se contar a morte do Aidan. Apenas 34 tributos lutavam pela liberdade. Apenas 34 tributos lutavam pela glória eterna. Apenas 34 tributos lutavam pelas suas famílias. Mas apenas 1 tributo voltaria para casa.


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Notas finais do capítulo

E entãão, o que acharam?? Até o próximo capítulo!!
PS: Maioria dos que me mandaram fichas vão aparecer no próximo capítulo, eu coloquei nesse, mas ficaram mais de 4.000 palavras, e eu achei muito grande... Então apaguei a parte de vocês, e começarei a colocar no próximo capítulo.



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