A Verdadeira Revolução - Fic Interativa. escrita por ChoiLuanaV


Capítulo 14
Meros Soldados


Notas iniciais do capítulo

Olá!! ~desvia das tentativas de assassinato e se ajoelha~
EU POSSO EXPLICAR, NÃO ME MATEM!!!!!!!!!
Não me matem, matem Cassandra Clare, Veronica Roth e outros autores perfeitos que me prenderam aos livros, e eu não conseguia nem respirar, quanto mais escrever.
Beem, quero que vocês me digam: o que acharam da nova capa? :3
Esse capítulo tá meio wtf, eu não gostei dele, espero que vocês gostem.
Boa leitura!!



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POV Coin

Trair o Snow seria algo fácil. Só precisaria fingir que concordo com os planos dele, acabar com os rebeldes, matar Katniss Everdeen Mellark, o Tordo, e acabar com o resto dos traidores. Depois de acabar com eles, eu mataria Snow.

Eu apenas não esperava que ele se apaixonasse.

É, se apaixonasse. Ele me deu poder quase máximo na Capital, não me deixa sair da mansão dele para resolver os pequenos conflitos que aconteciam no lado de fora, e mandou um bando de malditos me cercarem e me “protegerem”. Como se eu precisasse de alguém me protegendo.

Eu estou a apenas um passo da vitória.

Enquanto espero meu estilista vir me arrumar para o jantar com o Presidente, observo o quarto onde me encontro. Relativamente grande, com uma cama de casal que eu uso sozinha, uma lareira, móveis lindamente esculpidos com madeira polida, janelas que tinham uma vista para o jardim de rosas de Snow e um criado-mudo feito de madeira branca, com gavetas espaçosas. Uma delas, eu sabia, mas o resto das pessoas não, tinha um fundo falso. Onde eu guardava uma rosa branca. Uma rosa branca e uma arma.

As duas últimas coisas que eu usaria contra Snow.

A única coisa que o Presidente de Panem não me deu foi liberdade. Eu tinha que permanecer presa no meu quarto, com grades nas portas, e uma queda de 6 metros da janela até o chão de pedras abaixo. Eu era a sua prisioneira.

Mas, era pra isso que servia a arma. Na hora certa, eu o mataria. E o que ele usa para disfarçar seu pútrido hálito de sangue, uma rosa branca alterada geneticamente, seria meu último presente para ele.

No fim de tudo, eu me rebelaria contra Snow. E, enfim, governaria Panem.


POV Miley

Chegamos ao Distrito 0. Devo admitir, é diferente do que eu imaginei. Eu pensava em um lugar frio, sombrio, cheio de armas e soldados, onde todos passam fome e são mal-humorados. Eu só... Não imaginei que seria tão normal.

Para começar, quando o aerodeslizador chegou, nós fomos recebidos por um grupo de homens vestindo preto. Calças, camisas, jaquetas e botas pretas. Todos eles tinham cabelos curtos e escuros, e apenas um se diferenciava, com grandes olhos verde-mar e um sorriso de lado.

- Olá, meu nome é Marcus, e esses são os meus... Digamos, companheiros em ajudar as pessoas a descerem de grandes máquinas voadoras – disse o homem de olhos claros com um sorriso – É claro, sabemos quem vocês são, suas idades, seus Distritos e etc etc etc. Apenas lembrem-se que: agora, vocês não tem mais Distrito. Vocês pertencem ao Distrito 0.

Um homem que aparentava ter seus 50 anos, mas com um corpo definido e olhos cruéis, olhou para Leonard e falou:

- É claro que ele está brincando, não somos meramente pessoas que “ajudam os outros a descerem de grandes máquinas voadoras”. Somos seus protetores. Guardiões, por assim dizer. Estamos aqui pelo fato de quê: somos de confiança, bem treinados e daríamos a vida por vocês. Meu nome é Riley, sou o superior e chefe dos...

Ele nunca teve chance de terminar, pois nesse momento, Katniss Everdeen apareceu. Todos os olhares se voltaram para ela e para seu marido, Peeta Mellark. Os dois vencedores da Septuagésima Quarta Edição, e, os dois maiores rebeldes. Eles tinham transgredido a maior regra dos Jogos Vorazes: apenas um volta para casa.

No momento em que ela entrou, ela deu um sorriso tímido e acenou com a cabeça na nossa direção. Peeta, ao contrário dela, tinha um grande e incontido sorriso no rosto, e seus olhos azuis brilhavam de excitação.

Era incrível a forma como eles combinavam. Seus dedos entrelaçados, eles realmente eram um casal. Mas, eu os tinha visto em ação. Sabia que ela era mortal com seu arco, e ele era astuto com sua arte em se esconder. Os dois, juntos, eram uma imbatível máquina de guerra. Juntos, eles poderiam nos ajudar. Juntos, poderíamos destruir a Capital.

- Sejam bem-vindos tributos do Terceiro Massacre Quaternário – disse Peeta, sua voz parecendo entrar no meu ser e acalmar cada medo, desfazer cada confusão e confortando cada fibra do meu ser. Ele era uma pessoa confiável, eu sabia disso. Eu confiava nele e nem o conhecia – Queremos que saibam que, é claro, o Distrito 0 tem algumas regras, que se transgredias, causarão uma punição. O grau das punições varia de acordo com a transgressão, é claro, mas, sabemos que os que sobreviveram, e os que foram salvos antes de vocês, são confiáveis. Certo? – ele sorriu na última palavra, fazendo com que todos concordassem.

Então, eu percebi por que eu me sentia tão bem perto dele. Ele era um orador. Um homem bom com palavras. Ele não era exatamente confiável, apenas parecia ser. E, eu sabia que, oradores não são bons. São mentirosos. Enganadores. Manipuladores.

Eu tinha medo de Peeta Mellark.


POV Leo

Passando pelos complexos corredores do Distrito 0, não pude deixar de me espantar com a beleza do local. Grandes pilastras de mármore branco polido sustentavam um teto feito de um vidro escuro e grosso. Fiquei imaginando como seria caso ele de despedaçasse.

Eu vi vários andares acima de nós, o último tendo apenas um elevador e uma porta. No centro do complexo, tinha um pequeno palco, com uma cadeira branca com os suportes presos ao chão, e o descanso para os braços tendo pequenos, pontudos e afiados espinhos de metal. Onde ficaria o pulso, tinham algemas de aço. Imaginei se alguém já tinha passado por ali.

Do lado da cadeira, tinha uma pilastra de metal, que tinha marcas de sangue. E, acima da cadeira e da pilastra, uma viga de madeira revestida com gesso. Não quis imaginar o que tinha que se fazer para ir parar ali, ou quantas pessoas já tinham ido parar ali, e morrido.

Tirando isso, o lugar era um paraíso. Um paraíso cheio de guardas de roupas negras ou azuis, e de acordo com Tyler, tinham de uniformes com ainda mais cores. Variava de acordo com sua obrigação para com o Distrito 0.

- Bem, eu deixo vocês aqui – disse Tyler, parando de repente e virando-se para nós – Minha parceira vai mostrar os outros andares para vocês. O nome dela é Anna, mas, podem chamá-la de Annie. E... Bem, boa sorte. – ele sorriu na última palavra, e eu fiquei imaginando como essa Anna seria. Não podia ser pior que ele próprio, é claro. Não que ele fosse mau, mas, ele parecia ser cruel e indiferente, e eu tinha certo receio disso.

Como se fosse programado, assim que Tyler saiu de vista, uma mulher alta, trajando um terno feminino cinza e uma bota negra de couro começou a se aproximar de nós em passos largos. Seus cabelos negros soltos caíam até as costas, sua postura era impecável e ela tinha um ar de superioridade inconfundível. Seus olhos azuis eram frios e brilhavam com malícia. Carreirista. Ela tinha um sorriso frio, e, não sei por que, eu sabia que ela era uma líder. Era mais forte que eu. Mas, mesmo ela parecendo ser forte e estar na liderança, eu sabia que ela não tinha mais de 17 anos.

- Olá, tributos. – disse a mulher. Sua voz era confiante e clara. Eu sentia que ela poderia manipular as pessoas com suas palavras – Meu nome é Annie, e vocês devem dirigir-se a mim como tal. Vou pular o intermediário e simplesmente falar que, em pouco tempo estaremos em guerra contra a Capital e o Distrito 13. Para os idiotas, o 13 é o Distrito mais poderoso, pois tem armas nucleares. Eu não preciso nem falar nada sobre o poder da Capital, é claro, e apenas quero lembrá-los que: vocês aceitaram viver e morrer por esta Revolução, e não esperamos nada menos que isso. No caso da morte de um de vocês, outros tributos antigos tomarão o lugar. Sem perguntas sobre isso.

As palavras dela surtiram um efeito que poderia ter sido desejado. Eu estava amedrontado, e creio que os outros também.

- Agora, - continuou ela – algumas regras: obviamente, traições não são admitidas de jeito nenhum, e ao menor sinal de um traidor, a pessoa será executada sem nem ao menos poder ser julgada. A última sala do sétimo andar é onde ocorre o Conselho. Se algum tributo de fora do Conselho for visto lá, será severamente punido. Aqueles que se dirigirem aos superiores com hostilidade ou igualdade, serão lembrados qual é seu verdadeiro lugar através da dor. Seus superiores são: Eu, Finnick Odair, Tyler Ateck, Peeta Mellark, Katniss Everdeen, Haymitch Abernathy, Gale Hawthorne e todos os outros tributos mais velhos. Os que tiveram seus nomes citados fazem parte do Conselho dos Vencedores. No caso da morte de alguém do Conselho, outra pessoa irá tomar o lugar. Não criem expectativas. Vocês são soldados e ajudantes, nada mais do que isso. Vocês não tem lugar na hierarquia do 0. Alguma pergunta?

- Eu tenho uma: – pronunciei-me – Seu nome não é Anna?

No momento em que eu falei isso, soube que tinha sido um erro. Sua cabeça virou rapidamente em minha direção, e ela correu até mim, chutando meu estômago com sua bota, que, eu senti, tinha um bico de aço. Minha visão ficou turva, e ela começou a socar ambos os lados do meu rosto, fazendo com que eu perdesse o equilíbrio e caísse de costas no chão. Ela chutou minhas costelas e meus braços, e eu senti o gosto metálico de sangue na minha boca. Por fim, ela pisou com força no meu peito e disse:

- Meu nome – ela falava ofegante. Suas feições estavam um pouco pálidas – É Annie. Não Anna. Lembre-se disso, verme.

Naquele momento, eu soube que o Distrito 0 não era um bom lugar. Era um lugar frio. Um lugar rígido.

A guerra começara. Estávamos sendo treinados contra a Capital e o Distrito 13.

A guerra começara.

E éramos meros soldados.


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