A Verdadeira Revolução - Fic Interativa. escrita por ChoiLuanaV


Capítulo 13
Distrito 0.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Não demorei né? Hehehe.
Gostaria de falar que, embora algumas coisas estejam explicadas, outras só irão ser compreendidas no decorrer da fanfic. O nome do capítulo ficou legal né? Leiam e vão entender hehe.
Bem, tem gente que vai querer me matar por uma coisa que eu fiz aqui, mas era necessária, então... Não me matem :3
O que mais?
Ah. Boa leitura!



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POV Tyler

Eu conseguira. Tinha resgatado os tributos. Bem, pelo menos, a maioria. Eu acho que meu principal objetivo agora era: levá-los em segurança para nossa sede.

– Tyler, para onde estamos indo? – perguntou Katherine.

Eu olhei para ela e sorri.

– Estamos indo para o Distrito 0.

Eles me olharam como se eu fosse louco. É, creio que eu mereça isso. Eles ainda não sabiam.

- Mantenham as pernas fechadas e os braços junto ao corpo, estamos subindo. Depois que nossos médicos tratarem de vocês, seus ferimentos, vocês descansarem e se alimentarem, eu prometo explicar tudo.

(...)

Eu calculei mal o tempo. Eles demoraram um dia e meio até ficarem limpos, descansados e alimentados, e paciência não é exatamente uma das minhas virtudes. Mas, tudo bem, eles ainda eram necessários para o nosso plano.

Tínhamos apenas algumas horas até chegar ao Distrito 0. Eu precisava informá-los de tudo.

Eu vi maioria deles chegando. Esperava que eles não se surpreendessem com quem estava na sala comigo.

- Tyler – começou Katherine – Eu gostaria de saber... – sua voz morreu ao vê-la. Era de se imaginar. – O que Lyu está fazendo aqui? Ela morreu. Nós vimos ela morrer!!

- Se vocês calarem a boca, e só me deixarem falar, eu posso explicar tudo – retruquei impaciente.

Eles continuaram a falar, apontando para Lyu, e eu via que ela sorria. Sua cabeça abaixada, a maior parte de seu rosto escondida atrás de seus cabelos vermelhos.

- Bem, para começar, os mais inteligentes de vocês já devem ter percebido que, Lyu não está morta – comecei, sarcasticamente – Agora: o que vocês enfrentaram na arena, não era Lyu. Sim, ela estava lá, mas depois que ela venceu Blake, nós a trouxemos de volta ao Distrito 0, e trocamos por um robô.

– Alguns de vocês devem ter se perguntado: qual é o Distrito dela? Todos. Simplesmente todos. Ela combina a perícia e a habilidade de todos os Distritos, pois o Distrito 0 é isso. Uma combinação de todos os Distritos de Panem. Até mesmo do 13. Sua mãe foi uma de nossas mais importantes aliadas, mas, ela enlouqueceu depois que a irmã de Lyu foi estuprada e se matou.”

Vi Lyu estremecer na cadeira, e vi que Katherine olhou com pena para a menina que achava cruel antes. Eles estavam enganados sobre tudo.

- Bem, Sr. Tyler, - perguntou Jack - se o Distrito 0 é um Distrito que combina todos os outros, até mesmo o extinto 13, como vocês tiveram verba, e discrição o suficiente?

- Isso, Jack, é algo complicado. Começarei por: o Distrito 13 não está extinto. Ele é nosso inimigo. Coin, sua presidente, aliou-se ao presidente Snow. A Capital e o Distrito 13 estão contra nós, e creio que alguns Distritos medrosos também estão.

- Olha, me desculpa – disse Miley – Mas eu não estou entendendo mais nada. Quem é você? O que é o Distrito 0? Por que só nós fomos salvos, e os outros não?

Eu estava perdendo a paciência. Mas, tudo bem.

- Eu já me apresentei. - respondi - Digamos que sou o líder do Distrito 0, o que começou a rebelião, parte de um selecionado grupo de pessoas altamente confiáveis que vão decidir o destino de Panem. O Distrito 0 é nosso refúgio e nosso futuro. Há tributos e pessoas de todos os outros Distritos ali, e todas elas nos ajudam na nossa rebelião. E, vocês não foram os únicos salvos. Antes de nosso robô explodir, conseguimos salvar alguns tributos, cujos nomes eu direi assim que chegarmos lá. Mais alguma pergunta?

- Eu tenho uma: – pronunciou-se Jack – o que você fez com Alexis? Não estou reclamando, é claro, ela mereceu, mas... Como você fez aquilo?

Sorri. Finalmente uma pergunta que seria boa de responder.

- Como vocês sabem, as teleguiadas foram criadas pela Capital. – disse – E, também devem saber que o veneno delas é extremamente poderoso, certo?

Todos assentiram. Bom. Eu não estava lidando com ignorantes.

- Então – continuei – eu mesmo criei isso: uma pistola que atira dardos de veneno de teleguiadas. Não é o veneno original, claro. É altamente modificado, e fica mais ou menos 953 vezes mais forte. É fatal a todos que tiverem contato sanguíneo com ele. Ou seja: se ele arranhar sua pele, considere-se morto.

- Eu tenho uma última pergunta – disse Miley – O que aconteceu exatamente? Quero dizer, Lyu. Explique para nós.

Percebi que ela não ia desistir. Eu não queria contar ainda, mas, tudo bem.

- Lyu é uma forte aliada. É esperta, calculista, fria, cruel, avaliativa, forte, extremamente inteligente, e sabemos que ela sempre faz as escolhas que são melhores para nossa causa. Agora, ela nunca esteve no centro de treinamento com vocês. Ela estava, sim, na entrevista, mas, conseguimos sobrevoar Panem inteira numa noite, e soltamos um gás que iria enganá-los até o momento em que os Jogos começassem. Eles acreditaram que Lyu era só mais uma tributo.

“- Temos alguns aliados na Capital, é claro, e eles garantiram que, no soro onde fica o rastreador de vocês, estivesse uma dose de veneno de teleguiada, projetado também por mim, que faria vocês acreditaram que Lyu não passava de uma Carreirista. No momento em que ela venceu Blake, sabíamos que ela tinha que voltar para o nosso Distrito. Então, mandamos um aerodeslizador, e em troca, um robô idêntico à Lyu. Nós projetamos o robô para que ele eliminasse os fracos, e deixasse aqueles que iriam apoiar nossa causa. Mas, quando ele tentou matar vocês da aliança, e Miley, principalmente, soubemos que ele precisava ser destruído, e que vocês precisavam vir conosco. Então, fiz aquelas bombas, que explodiram a arena, e o robô entrou em modo de autodestruição, onde ele se matava. Tinha de ser perfeito, então, ele realmente parecia de carne e osso, sangrava, e etc. Até mesmo o canhão que vocês ouviram, tinha sido feito por nós, mas, naquele momento, nós nos entregamos. Espero sinceramente que vocês valham à pena. Eles devem estar nos procurando nesse exato momento, mas, podemos vencê-los. A questão é: vocês irão nos ajudar? Irão se dedicar à Rebelião? Irão ignorar as diferenças com uma grande aliada nossa, e trabalhar juntos para uma Panem melhor e livre?

Eles pareciam apreensivos, mas, disseram que sim.

Então, as coisas começaram a dar erradas.

O chão tremeu uma vez. Duas. Nosso transporte começou a balançar.

Fui até uma das janelas instaladas no aerodeslizador e vi. Era um jato. Mas, o que ele fazia ali? Acho que a pergunta correta seria: como ele chegou ali?

Ele estava em uma das laterais, abaixo de nós, e eu vi que um Pacificador estava com metade do corpo para fora, numa espécie de teto-solar. Era da Capital!

Corri até uma das portas e a arrombei. Tinha visto um vislumbre do rosto dos tributos, e todos pareciam assustados e confusos. Eu não os culpava.

Senti o vento bater em meus cabelos, desarrumando-os. Peguei uma pistola dourada no bolso do casaco e mirei. O laser estava apontado para o Pacificador.

Atirei.

Um fio branco, extremamente fino e com um gancho afiado do tamanho do meu braço saiu da arma. A agulha guiou o fio, e foi até a silhueta branca do homem de uniforme. A agulha atravessou seu peito, e eu senti o frio tremer.

Tirei um objeto que Beetee tinha criado para mim, ele o chamava de “rolador”. Nunca entendi o nome, mas servia para descer por aquele fio com rapidez.

Chegando lá, chutei o rosto do homem que eu usara como âncora, e que já estava morto. Vi mais dois homens sacando armas dentro do jato, e um deles dirigindo. Era uma aeronave pequena para mais do que aquilo.

Tirei duas facas do meu cinto e joguei no pescoço de um homem. O outro desviou, então entrei no jatinho e dei um soco em seu estômago, fazendo ele se curvar. No momento em que seu rosto ficou mais baixo, dei uma joelhada em sua face, fazendo com que ele caísse. Pisei uma última vez no lado direito do seu rosto, quebrando seu pescoço.

O piloto tinha abandonado seu posto para me enfrentar, e o transporte estava perdendo altitude. Iríamos cair em alguns minutos.

Tirei uma faca longa do meu cinto, e cravei-a no peito dele, jogando-o contra os controles. Para garantir, no caso de ter rastreador naquela aeronave, instalei uma pequena bomba ali. 100 segundos.

Subi as escadas e liguei para o comandante.

87 segundos.

- Vire o aerodeslizador. Preciso que você fique com a porta de cabeça pra cima, ponha-o de lado. Isso é uma ordem. Seja rápido.

78 segundos.

Lentamente, nosso transporte foi virando de lado, e a porta estava abaixo de mim. Preparei-me.

50 segundos.

Vi a chance. Saltei.

29 segundos.

No momento em que eu escutei os últimos apitos da bomba, senti um calor nas minhas costas. Foi jogado para frente, e entrei na aeronave de forma que eu não planejava. Caí de frente, jogado contra uma mesa. Senti meu corpo reclamar e minhas costelas doerem.

Fui até a enfermaria do aerodeslizador e tomei alguns comprimidos. Em duas horas a dor tinha amenizado, mas eu ainda sentia algumas pontadas. Nada demais.

No dia seguinte, chegamos ao Distrito 0.

Agora, eu precisava instruí-los. Deixá-los acostumados com o local.

Agora, a rebelião começara.


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