Sorry, Im A Bad Boy escrita por Yumi Hayama


Capítulo 15
Pride or Love




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Era o último dia que Kori iria ficar aqui em casa, e o pai dela havia me ligado a algumas horas, dizendo que logo a buscaria, pois precisava urgentemente falar com ela. Kori pensou que o pior havia acontecido com sua mãe, mas o velho Yamazaki disse que não tinha nada com o que se preocupar, claro que isso não a deixou tranquila, e sim muito mais tensa.

- Eu não sei o que pensar – Kori estava sentada na minha cama, com seu baixo ao seu lado.

- O velho garantiu que ela está bem certo? – digo me sentando ao lado dela.

- Sim mas...

- Ele não esconderia algo de você. Provavelmente ela estará junto com ele e tudo vai voltar ao normal.

- É, talvez você tenha razão – ela me olha e solta um leve riso – pelo menos desta vez.

- Ei, isso ofendeu – cruzo os braços enquanto ela ri de mim. – Tenho que arrumar toda essa bagunça que os folgados do Hayato e a Yui fizeram.

- Eu te ajudo com isso.

- Não – me levanto – Você é minha convidada, eles são intrusos, é diferente. Então vocêvai ficar aqui e eu arrumo isso junto com Hayato, já que a Yui conseguiu escapar.

- Bem a cara dela mesmo – ela pega seu baixo e começa a afiná-lo.

- Assim que eu terminar eu volto para te fazer companhia – dou um beijo nela, que fica levemente corada.

- Assim não vale... – ela desvia o olhar – Você me pegou de surpresa.

- Essa foi a minha intenção – dou um leve sorriso maldoso e saio do quarto, indo direto pra cozinha lavar a louça.

Desde que a Yui foi embora na noite anterior, o idiota do Hayato tem ficado mais calado. No começo pensei que fosse por causa da bebida, se ele se sentiu culpado mas idiota do jeito que ele é, desconfia que seja por causa da Yui mesmo. Por falar nisso, faz tempo que não vejo o bastardo do Seiji, não que eu esteja sentindo falta daquele babaca duas caras, mas sempre qe ele some por muito tempo é que ele quer algo.

- Nunca imaginei que você soubesse lavar louça – Hayato entra na cozinha naquele humor de sempre.

- E como você acha que eu lavaria uma louça? – enxugo minhas mãos e guardo os pratos.

- Ah, não sei. Talvez você esmurrasse os pratos até eles ficassem limpos, ou algo do tipo.

- Quer um pouco – digo indo em direção a geladeira e pegando uma garrafa de sakê e oferecendo a ele.

- Cale essa maldita boca – e ajeita os óculos daquele jeito irritante.

Um longo silêncio se formou, eu guardo a garrafa na geladeira e me sento em uma cadeira.

- E aYui?

- O que tem ela?

- Vocês tem ficado muito tempo juntos sabe? Só pensei que você estivesse interessado nela.

- Eu sou apenas amigo da Yui-san, e além disso.. –ele gagueja

- Acho que ela não me vê desta forma – digo completando a frase.

- Cale-se. Por que ao invés de perder seu tempo com perguntas desnecessárias, não se preocu com seu relacionamento com a Kori-san?

- O que quer dizer com isso?- me levanto e o encaro.

- Ela não merece sofrer por um imbecíl que nem você Yuji-san, essa é a verdade.

- Você não tem nada a ver com a minha vida.

- Yuji-san, essa briga com Katsuo ainda lhe trará problemas. – ele ajeita os óculos – Uma hora você terá de escolher entre seu orgulho, ou a Kori.

Meu... Orgulho?

- Pelo menos eu demonstro quem sou, não finjo ser outra pessoa.

- Eu superei meu passado, e você deveria fazer o mesmo.

- Superar não quer dizer nada, uma vez que você erra, isso não fará o erro sumir, ele sempre irá existir dentro de você. Então pare de fingir ser quem não é, e aceito logo sua natureza. Por isso eu prefiro ser honesto e demonstrar quem eu sou, mesmo que não agrade.

- Está todo bem aqui? – diz Kori que estava em pé na porta da cozinha, e parecia que havia escutado toda a conversa, pois não estava com uma cara muito satisfeita.

- Me desculpe por ter atrapalhado. - Sinto meu corpo estremecer pelo tom irônico dela. Isso é ruim.

- Não tem problema, eu parei de treinar faz algum tempo.

- Bem, acho que já fiquei aqui tempo demais. Tenho coisas a fazer, já vou indo – Hayato dá um tapa nas minhas costas. – Até mais Kori-san – e sai andando.

Assim que fui abrir porta pro Hayato, senti que esta seria uma longa tarde. Kori provavelmente escutou nossa conversa, mas o problema é, o que será que ela achou de tudo isso? Aproximo-me dela lentamente enquanto ela puxava uma cadeira e se sentava, ainda me encarando como se esperasse alguma resposta. Me abaixo em sua frente e começo a olhar em seus olhos, tão azuis quanto o céu.

- Eu disse algo que te magoou Kori?

- Não foi você quem disse, e sim o que Hayato disse que fez você mudar de assunto. – ela cruza os braços e desvia o olhar.

- Sobre o que?

- Sobre seu orgulho ou a mim.

- Kori, isso não tem anda a ver, eu...

- Não precisa me responder Yuji – ela se levanta bruscamente quase me fazendo cair no chão – Daqui a pouco tempo eu já vou estar bem longe do seu orgulho.

Ela estava indo embora quando eu fui atrás dela sem pensar e a segurei, impedindo-a de sair pela porta de meu apartamento. Eu sei que se eu a deixar ir embora, ela nunca mais irá voltar.

- Me solte Yuji – ela se vira para mim e pude ver claramente o quanto ela estava magoada.

- Você não me deixou responder aquela pergunta.

No mesmo momento ela para de tentar se soltar de mim.

- Pode por favor me soltar? – ela diz num tom mais manso – Está me machucando...

- Até hoje eu nunca fiz nada de certo na minha vida, só fiz besteira e fiz várias pessoas sofrerem as consequências - Eu solto seu pulso, a seguro pelo queixo e a faço olhar em meus olhos. – Mas você é diferente. Você me faz querer esquecer tudo isso. Kori, por você eu largaria tudo, meu orgulho inclusive. O que eu quero agora, é você aqui... Brigando comigo, me perturbando, sentir teu cheiro doce. – a puxo para mim e a abraço. – Te fazer feliz.

- Yuji eu...

- Tudo bem se você não quiser, afinal, eu já estou acostumado com a rejeição – a solto.

- Seu idiota – ela me puxa pela gola da camisa e me rouba um beijo. – Quem disse algo sobre eu ter te rejeitado?

Escuto a campainha tocar.

- Já vai – berro meio surpreso com a atitude de Kori e abro a porta, me deparando com o pai de Kori. – Ah, Yamazaki-san.

- Espero que tudo tenha dado certo aqui – ele olha para Kori com um largo sorriso.

- Esqueci meu baixo, já venho – diz Kori correndo para o meu quarto.

- Como está a mãe de Kori, Yamazaki-san?

- Melhor impossível – ele ri – O médico nos confirmou que tudo passaria em nove meses.

- Nove meses? – penso até a ficha cair. – Ela por acaso estaria...

- Sim, mas não conte para a Kori-chan, queremos lhe fazer uma surpresa. – ele estaav sorrindo de forma abobalhada.

- Pronto – ela chega sorrindo.

- Bem, obrigado por tudo Sakai-kun. – ele olha para a Kori – Vou estar te esperando lá no carro – e sai andando.

- Então, quer dizer que ainda estamos namorando? – pergunto a puxando para mim.

- Sim, ainda estamos.

- Não sei como seu pai irá reagir.

- Eu falo com ele, pode deixar.

- Só espero não levar outro tiro.

- Engraçadinho. – ela aperta minha bochecha. – Nos vemos amanhã na escola.

Dou um beijo nela, nos despedimos e a acompanho até o carro, com os olhares dos vizinhos sobre nós. O velho Yamazaki já estava lá, junto com a mãe de Kori, que estava muito alegre em rever a filha.

- A gente se vê amanhã Yuji – ela diz antes de entrar no carro.

- Não vejo a hora – fecho a porta para ela e me afasto, observando eles saírem do prédio.

De repente sinto uma impressão muito ruim, como se algo fosse acontecer. Talvez seja bobagem a minha. Mas acontece que eu estava quase entrando no prédio novamente, quando escuto um forte barulho de dois carros se chocando um contra a outro...


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