Sorry, Im A Bad Boy escrita por Yumi Hayama
Notas iniciais do capítulo
Aeeew, mais um capítulo *o*
Ficou enorme mas vale muito a pena, espero que gostem.
– O que houve, Kori? – perguntei. – Mas o que é isso? – perguntei para Hayato e Yui, em uma situação comprometedora.
Hayato estava com Yui no colo dele e ela estava com as mãos no ombro dele, e eles estavam prestes a se beijar.
– Que droga está acontecendo aqui? – pergunto, com raiva.
– Calma Yuji-san, não foi nada demais. – disse Hayato, ajeitando os malditos óculos.
– N-nada mesmo – disse Yui, saindo de cima dele.
– Quer saber, que se dane, não quero saber o que vocês estavam fazendo, mas se eu ver de novo, vão sair daqui a pontapés.
– Ui, ele tá revoltado. – disse Yui, que fez Kori rir.
– O que é engraçado? – pergunto.
– Nada. – disfarçando.
– Sei, não acredito muito nisso.
– Você é muito extressado, Yuji. Isto não te faz bem.
–...Eu sei....
– Então senta e tenta se acalmar, enquanto eu vou fazer pipoca.
– Ei, Kori-chan, você virou domadora e eu não sabia? – perguntou Hayato.
– Claro que não. – ela respondeu, um pouco confusa.
– Pra você conseguir domar o Yuji, tem que ser profissional.
– Cala a boca seu idiota. – e jogo uma almofada na cara dele.
– Ei, meu óculos seu imbecíl. – e joga a almofada em mim.
– Ai, ninguém merece. Yui, toma conta deles. – disse Kori, indo pra cozinha.
– Ei, você vai em deixar com esses dois aqui quase se matando? Kori-chan isso é maldade.
– Retire o que disse, seu imbecíl. – eu disse, gritando e o sufocando com a almofada.
– Cara, tenho penas das pessoas que tentaram estudar a sua espécie, nem sobreviveram pra contar história. – respondeu Hayato.
– Imbecil!
– Ah, Sakai-san, assim você vai mata-lo. – gritou Yui, deixando sua câmera em cima da mesa da cozinha.
– Um peso a menos na minha vida e um bem pra toda raça humana.
– Você faria isso comigo, Yuji-san? – perguntou Hayato, me olhando com sarcasmo.
– Sem nem pensar duas vezes.
– Se eu aparecer aí e vocês estiverem brigando, ninguém irão encontrar vocês amanhã. – ameaçou Kori.
Depois de algum tempo, Yui conseguiu nos separar e ficamos sentados, olhando um pra cara do outro. Não é uma coisa aconselhável de se fazer, a menos que você goste de ter pesadelos, bem tortuosos. Quer um exemplo? Hayato pegou meu violão e está tentando ensinar Yui a tocar.
– Vou ter que desinfetar ele depois.
– Yuji-san, não faça cena. Só estou ensinando ela a tocar.
– Trouxesse o seu. Mas tinha que ser o meu?
– Sakai-san, você consegue ser mais criança que meus primos, e olha que é um saco quando eles vem me visitar. – disse Yui.
Eles continuaram e digamos que era uma cena típica de filmes de romanca, bem melosos e que te fazem querer vomitar. Olho para a cozinha e vejo Kori um tanto entretida com um livro. Quem sabe se eu for lá perturbá-la? Eu acho que esses dois patetas não sentiriam minha falta. Só falta um entrar dentro do outro, depois é só empacotar e pronto.
– Oi! Que libro é esse?
– Que susto Yuji. – e sem querer deixa o livro cair.
– Eu te assustei?
– Não, que nada.
– Eu só queria ver como você está...
– Você quer algo de mim, Yuji?
– Não, claro que não. E você ainda não me contou sobre o que é o livro.
– É um romance colegial.
– Sabia. Toda mulher gosta de romance ou é impressão minha. Que saco.
– Nem todas, ou você acha que é um romance meloso? – ela disse, rindo.
– E não é?
– Tá mais pra comédia. E não fale assim de mim. – e puxa minha orelha.
– Ai, isso dói.
– É pra doer.
Eu então a abraço depois que ela me solta.
– Se você tiver pesadelos hoje a noite, pode vir dormir comigo. – e dou um beijo na bochecha dela.
Ela ficou sem reação e virou o rosto, para que eu não a olhasse. Até que eu acaricio o cabelo dela e ela tentar mudar de assunto.
– O que eles estão fazendo?
– Hayato está ensinando a Yui a tocar violão. E não mude de assunto.
– Não estou.
– Ah é?
Ela fica me olhando com cara de: você vai aprontar, então pensa bem no que vai fazer, mas eu ignoro. A pego no colo e a coloco em cima da mesa.
YumiHayama: Yuji, pensa bem no que vc vai fazer. A Kori não está muito bem.
Eu sei, cara, tpm é fogo. E sai daqui sua escritora sem noção, não atrapalha.
Continuando, ela ficou me olhando e tentando entender.
– Eu te disse pra não mudar de assunto... Você entendeu ou vou ter que te castigar?
Eu a seguro pelo queixo e a beijo. É, de certa forma viciante, como se fosse uma droga, mas se for, garanto que quero continuar usando.
Logo depois do beijo, ela fica vermelha, e quando está prestes a me perguntar algo, adivinha?
– É meu celular? – disse Kori, indo pegar o celular dela, do outro lado da mesa.
Era o pai dela, obviamente.
– Yuji, é meu pai, ele quer falar com você.
O sogrão quer falar comigo?
– É o Yuji.
– Sakai-kun, posso te pedir um favor.
– Claro.
– A mãe da Kori vai ter que ficar mais um dia internada, até sair o resultado do exame, pois todos os médicos estão indisponíveis no momento. E eu gostaria de saber se a Kori e o Katsuo podem ficar aí com vocês por mais um dia.
– Claro que sim, pode deixar que eu cuido deles.
– Vou morrer. – disse Kori, rindo.
– Ei!
– Vejo que vocês estão se divertindo. Obrigado, Sakai-kun. Eu busco eles no domingo.
Passo o telefone pra Kori, que se despede do pai. Olho de novo para a mesa e vejo que a câmera dela ainda está lá.
– Interessante.
– O que você vai fazer agora, Yuji?
– Sorria para mim. – digo, começando a filmar.
– Eu não, vai filmar outra coisa. - e vai pegar a pipoca, e depois volta . - O que você está filmando?
– O casalzinho ali.
– Segura essa câmera direito, para de tremer. – ela disse, segurando minhas mãos.
Ficamos um tempo ali, filmando eles e rindo deles, que mais gaguejavam e se olhavam do que tocavam a porcaria do violão. – que é meu e eles pegaram sem autorização.
Depois eu pego e passo os vídeos da Yui pro meu notebook.
–Sorte que ela sempre traz o cabo USB. Mas acho que isso vai mudar quando ela ver o que vou fazer com este vídeo.
– O que você vai aprontar?
– Nada demais.
– Sei.
– Pode não parecer, mas eu sei editar vídeos como ninguém.
– Ih, já está se achando.
Quando fui passando os vídeos vi que a maior parte, era meu e da Kori. Isso me deu uma idéia.
– Pronto, agora é só colocar no lugar e tudo fica bem. – disse Kori.
– Ei, com quem você aprendeu a ser assim?
– Com quem será, Yuji-sensei.
– Hmm, continue me chamando assim.
– Vai sonhando. – e começou a rir. – Agora vamos voltar antes que eles percebam o que fizemos.
Quando voltamos, Hayato já estava colocando o filme e Yui já estava indo nos chamar. Como era de se esperar, o filme que Hayato escolheu, foi uma droga.
– Cara, da próxima vez eu escolho o filme. – eu disse.
– Me disseram que era bom. – ele disse.
– Te enganaram então. – disse Yui.
Depois disse eu contei uma creepypasta pra eles: Sally, a Suja. Kori até que gostou, até pediu pra mim contar a do Jeff the Killer, Mas Yui e Hayato ficaram com tanto medo, que, infelizmente, não pude continuar.
– Hayato-san, como foi sua infância? – perguntou Yui.
– Bem, nem sei por onde começo. Vivi sempre com meus pais e minhas duas irmãs mais novas aqui.
– Você sempre foi assim, tão estúpido? – perguntei
– Não, ao contrário do que sou agora, eu era um tipo de rebelde sem causa.
– Sério? – pergunto. – Eu era justamente ao contrário?
– Não consigo imaginar você confortado... – perguntam todos ao mesmo tempo.
– E a sua, Yui-san? – pergunta Hayato.
– Bem, eu sempre fui filha única, e meus pais se mudaram para Kyoto quando eu era pequena, e voltamos pra cá esse ano. Durante este tempo, eu fiz amigos, mas nada demais, até que conheci a Kori-chan e o Sakai-san.
– Eu queria esquecer o dia em que te conheci. – disse.
– Cala a boca. Sua vez, Kori-chan.
– Não tenho muito o que falar de mim. Mas eu tenho que confessar que o Hayato não era o único rebelde sem causa quando era criança...
– COMO ASSIM?! – gritamos todos.
– Exatamente o que vocês entenderam. Eu e meu irmão éramos duas pestes, sempre perturbando e provocando os outros.
– E falta você, Sakai-san. – pergunta Yui.
– Não gosto de falar da minha infância... Já está tarde, não quero ver nenhum vizinho me perturbando depois, então vão dormir. – e me levanto.
Como no meu apartamento tem dois quartos, Kori e Yui ficaram em um, enquanto, eu, Katsuo e Hayato fomos para o outro. Não era bem o que eu queria, mas já que a Yui me expulsou...
E pra piorar, não consigo dormir depois da pergunta que a Yui fez. Eu não gosto muito da minha infância, mas infelizmente sou obrigado a me lembrar de certos momentos.
Fui para a sala, peguei o notebook e comecei a editar o vídeo da Yui e do Hayato. Até que vi os vídeos que Yui gravou com muitas cenas nossas, e resolvi editá-los.
– Ficou perfeito. – disse sozinho e comecei a rir.
– Ficou muito bom mesmo. Quem diria que por trás de um encrenqueiro como você tem um nerd.
Katsuo!
– Não pense que eu estou feliz em te ver acordado.
– Eu sei, se não fosse minha querida irmã, você e eu já teríamos acertado contas.
– Não envolva ela.
– Como não? Sendo que foi ela que começou tudo isso? – e começou a rir.
– Ela?
– Sim, ela mesma. Como ela disse, eu e ela éramos verdadeiras pestes. Mas ela mudou depois de um certo “acidente”.]
– Que acidente?
– Já que quer saber, por que não pergunta pra ela? Já estou de saída, tenho várias coisas pra fazer.
E se virou, e começou a andar em direção a porta.
– Você não vai.
– É você quem vai me impedir? Que medo, acho que vou ter pesadelos.
– Seu pai me pediu para cuidar de você e da Kori. Então você não vai.
– Meu pai? Como esperado dele. Querendo agradar ele é? Eu sei que você não gosta de mim e que me quer fora da sua vida, eu só vou facilitar as coisas.
– Você está certo, eu não gosto nem um pouco de você. Mas você não vai.
Nós começamos a nos bater, e ele me acertou na boca, fazendo um corte. Eu então consegui ficar na vantagem, mas ele me derrubou e bateu com minha cabeça no chão.
Eu não me lembro de mais nada depois disso.
– Yuji! Yuji, você está bem?
– Kori?
– Quem mais seria, seu idiota. Foi o Katsuo que fez isso?
Quando eu acordei, eu estava no colo dela, no sofá, e ela havia cuidado de meu machucado na boca, e enfaixado minha cabeça, que estava sangrando.
– É, eu tentei impedir, mas ele me derrubou. Maldito baixinho.
– Eu sei como é.
– Ei, o que você faz acordada?
– Não consegui dormir...
– Teve pesadelos e veio pedir pra eu cuidar de você...
– Não! Nada disso, eu só ia pegar água.
– Ei, Kori.
– O quê?
– Eu quero te mostrar uma coisa.
Levantei do colo dela e peguei o notebook.
– O que é?
– Venha ver?
Ela se sentou ao meu lado e eu liguei o vídeo. Eram todos os momentos nossos que Yui havia gravado, desde o dia em que nos conhecemos, brigas nossas na sala de aula, que eu sempre ganhava, e as cenas da viagem nas férias.
Ela ficou meio encabulada com tudo.
– É lindo. – ela disse, olhando para mim.
– Ainda não acabou.
No final do vídeo, estava a seguinte mensagem:
– Kori, quer namorar comigo?
Ela me olha, muito mais surpresa que antes. Eu a viro para mim, a abraço e ela então me beija.
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E agora, o que será que vai acontecer?