Sorry, Im A Bad Boy escrita por Yumi Hayama


Capítulo 13
I wanna believe


Notas iniciais do capítulo

Aeeew, mais um capítulo *o*
Ficou enorme mas vale muito a pena, espero que gostem.



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– O que houve, Kori? – perguntei. – Mas o que é isso? – perguntei para Hayato e Yui, em uma situação comprometedora.

Hayato estava com Yui no colo dele e ela estava com as mãos no ombro dele, e eles estavam prestes a se beijar.

– Que droga está acontecendo aqui? – pergunto, com raiva.

– Calma Yuji-san, não foi nada demais. – disse Hayato, ajeitando os malditos óculos.

– N-nada mesmo – disse Yui, saindo de cima dele.

– Quer saber, que se dane, não quero saber o que vocês estavam fazendo, mas se eu ver de novo, vão sair daqui a pontapés.

– Ui, ele tá revoltado. – disse Yui, que fez Kori rir.

– O que é engraçado? – pergunto.

– Nada. – disfarçando.

– Sei, não acredito muito nisso.

– Você é muito extressado, Yuji. Isto não te faz bem.

–...Eu sei....

– Então senta e tenta se acalmar, enquanto eu vou fazer pipoca.

– Ei, Kori-chan, você virou domadora e eu não sabia? – perguntou Hayato.

– Claro que não. – ela respondeu, um pouco confusa.

– Pra você conseguir domar o Yuji, tem que ser profissional.

– Cala a boca seu idiota. – e jogo uma almofada na cara dele.

– Ei, meu óculos seu imbecíl. – e joga a almofada em mim.

– Ai, ninguém merece. Yui, toma conta deles. – disse Kori, indo pra cozinha.

– Ei, você vai em deixar com esses dois aqui quase se matando? Kori-chan isso é maldade.

– Retire o que disse, seu imbecíl. – eu disse, gritando e o sufocando com a almofada.

– Cara, tenho penas das pessoas que tentaram estudar a sua espécie, nem sobreviveram pra contar história. – respondeu Hayato.

– Imbecil!

– Ah, Sakai-san, assim você vai mata-lo. – gritou Yui, deixando sua câmera em cima da mesa da cozinha.

– Um peso a menos na minha vida e um bem pra toda raça humana.

– Você faria isso comigo, Yuji-san? – perguntou Hayato, me olhando com sarcasmo.

– Sem nem pensar duas vezes.

– Se eu aparecer aí e vocês estiverem brigando, ninguém irão encontrar vocês amanhã. – ameaçou Kori.

Depois de algum tempo, Yui conseguiu nos separar e ficamos sentados, olhando um pra cara do outro. Não é uma coisa aconselhável de se fazer, a menos que você goste de ter pesadelos, bem tortuosos. Quer um exemplo? Hayato pegou meu violão e está tentando ensinar Yui a tocar.

– Vou ter que desinfetar ele depois.

– Yuji-san, não faça cena. Só estou ensinando ela a tocar.

– Trouxesse o seu. Mas tinha que ser o meu?

– Sakai-san, você consegue ser mais criança que meus primos, e olha que é um saco quando eles vem me visitar. – disse Yui.

Eles continuaram e digamos que era uma cena típica de filmes de romanca, bem melosos e que te fazem querer vomitar. Olho para a cozinha e vejo Kori um tanto entretida com um livro. Quem sabe se eu for lá perturbá-la? Eu acho que esses dois patetas não sentiriam minha falta. Só falta um entrar dentro do outro, depois é só empacotar e pronto.

– Oi! Que libro é esse?

– Que susto Yuji. – e sem querer deixa o livro cair.

– Eu te assustei?

– Não, que nada.

– Eu só queria ver como você está...

– Você quer algo de mim, Yuji?

– Não, claro que não. E você ainda não me contou sobre o que é o livro.

– É um romance colegial.

– Sabia. Toda mulher gosta de romance ou é impressão minha. Que saco.

– Nem todas, ou você acha que é um romance meloso? – ela disse, rindo.

– E não é?

– Tá mais pra comédia. E não fale assim de mim. – e puxa minha orelha.

– Ai, isso dói.

– É pra doer.

Eu então a abraço depois que ela me solta.

– Se você tiver pesadelos hoje a noite, pode vir dormir comigo. – e dou um beijo na bochecha dela.

Ela ficou sem reação e virou o rosto, para que eu não a olhasse. Até que eu acaricio o cabelo dela e ela tentar mudar de assunto.

– O que eles estão fazendo?

– Hayato está ensinando a Yui a tocar violão. E não mude de assunto.

– Não estou.

– Ah é?

Ela fica me olhando com cara de: você vai aprontar, então pensa bem no que vai fazer, mas eu ignoro. A pego no colo e a coloco em cima da mesa.

YumiHayama: Yuji, pensa bem no que vc vai fazer. A Kori não está muito bem.

Eu sei, cara, tpm é fogo. E sai daqui sua escritora sem noção, não atrapalha.

Continuando, ela ficou me olhando e tentando entender.

– Eu te disse pra não mudar de assunto... Você entendeu ou vou ter que te castigar?

Eu a seguro pelo queixo e a beijo. É, de certa forma viciante, como se fosse uma droga, mas se for, garanto que quero continuar usando.

Logo depois do beijo, ela fica vermelha, e quando está prestes a me perguntar algo, adivinha?

– É meu celular? – disse Kori, indo pegar o celular dela, do outro lado da mesa.

Era o pai dela, obviamente.

– Yuji, é meu pai, ele quer falar com você.

O sogrão quer falar comigo?

– É o Yuji.

– Sakai-kun, posso te pedir um favor.

– Claro.

– A mãe da Kori vai ter que ficar mais um dia internada, até sair o resultado do exame, pois todos os médicos estão indisponíveis no momento. E eu gostaria de saber se a Kori e o Katsuo podem ficar aí com vocês por mais um dia.

– Claro que sim, pode deixar que eu cuido deles.

– Vou morrer. – disse Kori, rindo.

– Ei!

– Vejo que vocês estão se divertindo. Obrigado, Sakai-kun. Eu busco eles no domingo.

Passo o telefone pra Kori, que se despede do pai. Olho de novo para a mesa e vejo que a câmera dela ainda está lá.

– Interessante.

– O que você vai fazer agora, Yuji?

– Sorria para mim. – digo, começando a filmar.

– Eu não, vai filmar outra coisa. - e vai pegar a pipoca, e depois volta . - O que você está filmando?

– O casalzinho ali.

– Segura essa câmera direito, para de tremer. – ela disse, segurando minhas mãos.

Ficamos um tempo ali, filmando eles e rindo deles, que mais gaguejavam e se olhavam do que tocavam a porcaria do violão. – que é meu e eles pegaram sem autorização.

Depois eu pego e passo os vídeos da Yui pro meu notebook.

–Sorte que ela sempre traz o cabo USB. Mas acho que isso vai mudar quando ela ver o que vou fazer com este vídeo.

– O que você vai aprontar?

– Nada demais.

– Sei.

– Pode não parecer, mas eu sei editar vídeos como ninguém.

– Ih, já está se achando.

Quando fui passando os vídeos vi que a maior parte, era meu e da Kori. Isso me deu uma idéia.

– Pronto, agora é só colocar no lugar e tudo fica bem. – disse Kori.

– Ei, com quem você aprendeu a ser assim?

– Com quem será, Yuji-sensei.

– Hmm, continue me chamando assim.

– Vai sonhando. – e começou a rir. – Agora vamos voltar antes que eles percebam o que fizemos.

Quando voltamos, Hayato já estava colocando o filme e Yui já estava indo nos chamar. Como era de se esperar, o filme que Hayato escolheu, foi uma droga.

– Cara, da próxima vez eu escolho o filme. – eu disse.

– Me disseram que era bom. – ele disse.

– Te enganaram então. – disse Yui.

Depois disse eu contei uma creepypasta pra eles: Sally, a Suja. Kori até que gostou, até pediu pra mim contar a do Jeff the Killer, Mas Yui e Hayato ficaram com tanto medo, que, infelizmente, não pude continuar.

– Hayato-san, como foi sua infância? – perguntou Yui.

– Bem, nem sei por onde começo. Vivi sempre com meus pais e minhas duas irmãs mais novas aqui.

– Você sempre foi assim, tão estúpido? – perguntei

– Não, ao contrário do que sou agora, eu era um tipo de rebelde sem causa.

– Sério? – pergunto. – Eu era justamente ao contrário?

– Não consigo imaginar você confortado... – perguntam todos ao mesmo tempo.

– E a sua, Yui-san? – pergunta Hayato.

– Bem, eu sempre fui filha única, e meus pais se mudaram para Kyoto quando eu era pequena, e voltamos pra cá esse ano. Durante este tempo, eu fiz amigos, mas nada demais, até que conheci a Kori-chan e o Sakai-san.

– Eu queria esquecer o dia em que te conheci. – disse.

– Cala a boca. Sua vez, Kori-chan.

– Não tenho muito o que falar de mim. Mas eu tenho que confessar que o Hayato não era o único rebelde sem causa quando era criança...

– COMO ASSIM?! – gritamos todos.

– Exatamente o que vocês entenderam. Eu e meu irmão éramos duas pestes, sempre perturbando e provocando os outros.

– E falta você, Sakai-san. – pergunta Yui.

– Não gosto de falar da minha infância... Já está tarde, não quero ver nenhum vizinho me perturbando depois, então vão dormir. – e me levanto.

Como no meu apartamento tem dois quartos, Kori e Yui ficaram em um, enquanto, eu, Katsuo e Hayato fomos para o outro. Não era bem o que eu queria, mas já que a Yui me expulsou...

E pra piorar, não consigo dormir depois da pergunta que a Yui fez. Eu não gosto muito da minha infância, mas infelizmente sou obrigado a me lembrar de certos momentos.

Fui para a sala, peguei o notebook e comecei a editar o vídeo da Yui e do Hayato. Até que vi os vídeos que Yui gravou com muitas cenas nossas, e resolvi editá-los.

– Ficou perfeito. – disse sozinho e comecei a rir.

– Ficou muito bom mesmo. Quem diria que por trás de um encrenqueiro como você tem um nerd.

Katsuo!

– Não pense que eu estou feliz em te ver acordado.

– Eu sei, se não fosse minha querida irmã, você e eu já teríamos acertado contas.

– Não envolva ela.

– Como não? Sendo que foi ela que começou tudo isso? – e começou a rir.

– Ela?

– Sim, ela mesma. Como ela disse, eu e ela éramos verdadeiras pestes. Mas ela mudou depois de um certo “acidente”.]

– Que acidente?

– Já que quer saber, por que não pergunta pra ela? Já estou de saída, tenho várias coisas pra fazer.

E se virou, e começou a andar em direção a porta.

– Você não vai.

– É você quem vai me impedir? Que medo, acho que vou ter pesadelos.

– Seu pai me pediu para cuidar de você e da Kori. Então você não vai.

– Meu pai? Como esperado dele. Querendo agradar ele é? Eu sei que você não gosta de mim e que me quer fora da sua vida, eu só vou facilitar as coisas.

– Você está certo, eu não gosto nem um pouco de você. Mas você não vai.

Nós começamos a nos bater, e ele me acertou na boca, fazendo um corte. Eu então consegui ficar na vantagem, mas ele me derrubou e bateu com minha cabeça no chão.

Eu não me lembro de mais nada depois disso.

– Yuji! Yuji, você está bem?

– Kori?

– Quem mais seria, seu idiota. Foi o Katsuo que fez isso?

Quando eu acordei, eu estava no colo dela, no sofá, e ela havia cuidado de meu machucado na boca, e enfaixado minha cabeça, que estava sangrando.

– É, eu tentei impedir, mas ele me derrubou. Maldito baixinho.

– Eu sei como é.

– Ei, o que você faz acordada?

– Não consegui dormir...

– Teve pesadelos e veio pedir pra eu cuidar de você...

– Não! Nada disso, eu só ia pegar água.

– Ei, Kori.

– O quê?

– Eu quero te mostrar uma coisa.

Levantei do colo dela e peguei o notebook.

– O que é?

– Venha ver?

Ela se sentou ao meu lado e eu liguei o vídeo. Eram todos os momentos nossos que Yui havia gravado, desde o dia em que nos conhecemos, brigas nossas na sala de aula, que eu sempre ganhava, e as cenas da viagem nas férias.

Ela ficou meio encabulada com tudo.

– É lindo. – ela disse, olhando para mim.

– Ainda não acabou.

No final do vídeo, estava a seguinte mensagem:

– Kori, quer namorar comigo?

Ela me olha, muito mais surpresa que antes. Eu a viro para mim, a abraço e ela então me beija.


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Notas finais do capítulo

E agora, o que será que vai acontecer?



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