Só Sei Dançar Com Você escrita por Candybox, Juicebox


Capítulo 8
Capítulo 5 - Eu sou um cara muito legal! Parte Final


Notas iniciais do capítulo

Candy: Hey! Sentiram minha falta, não é? ♥

Por favor, não me odeiem, muito menos a Juice e a fanfic! Nesses últimos tempos, ficamos tipo... MUITO desanimadas com a fic, mas eu tentei escrever alguma coisa, e por fim, a criatividade voltou! Então, a Juice gatona fez um texto maravilhoso com as minha ideias e bolamos a parte final do capítulo 5.

Enfim, agora vamos ser bem mais rápidas na postagem (é o que eu espero), mas... Eu vou viajar na próxima semana, então não sei se vamos poder postar muito rápido, e também, a internet da Isa tá um fiasco >.< E... é isso! Espero que gostem da leitura e se divirtam c:

Juice: OI GENTE. CERTO? Não, eu sei que não, estavam sentindo muito a minha falta. ♥

Ou talvez não.

Enfim, eu tava sentindo de vocês, mesmo que eu estivesse desanimada com essa fanfic. Eu acho que a nossa escrita no começo da estória tá bem fraquinha e agora tá um pouco melhor, então eu queria desistir e jogar tudo pro alto. Todavia eu não sou desse tipo, então tá ai. A gente fez o começo a um milhão de anos e terminamos só agora.

O motivo pelo qual eu voltei é: A grande quantidade de estória ruim e repetida no Nyah!, a nossa não é lá essas coisas... Mas é melhor que umas ai e pra mim ela se salva e dá a vocês algo pra fazer. Porque vocês são leitores muito refinados. E se vocês quiserem me mandar mensagens recomendando a fanfic da sua prima que escreve muito bem, pode mandar jovem. É isso ai, "divirtam-se". BEJO



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Capítulo 5 - Eu sou um cara muito legal! (Parte Final)

Me virei com uma sensação esquisita de que coisas boas estavam por vir. Ah, não mesmo. Cato estava parado com um sorrisinho no canto do rosto, ele tinha uma sacola plástica em cada mão e nelas haviam, tipo, muitas bebidas. Reconheci serem da festa da Glimmer, porque o simbolo da "heineken?" fora trocado por um selo especial com o rosto da loira.

– Cato? O que 'cê faz aqui? - Perguntou Marvel, ergendo a sobrancelha.

– Calma 'aê Marvel, não vou acabar com seu momento român...- O interrompi rapidamente, antes que terminasse a frase, já cansada da enrolação dele.

– Ah sim, por um acaso a Glimmer te deu, tipo, um fora brutal e você teve que vazar? - Disse irônica, e um tom mais ríspido que o normal.

– Então a Pequena Professora sabe ser irônica? Uau! - Cato tentou nos fazer rir em vão, porque ainda estavamos com bastante (muitíssima) raiva da Glimmer, portanto dele também.

Ele nos olhou esperando a chuva de risadas que geralmente se seguem das piadas, mesmo ruins, dele. E, em um acordo mudo, Marvel e eu nos viramos para o balcão novamente. Eu ri disso por dentro, na verdade.

Escutei o Cato atrapalhadamente passar uma das sacolas para a outra mão, assim ficando com uma livre. Marvel, me vendo quase explodir de risadas, voltou a sua piada, para me dar um espacinho para rir e, assim, ignorando ainda mais as ações de Cato.

– Hm, eu posso, ahn... Pelo menos me sentar? - Ele já foi logo sentando, colocando os sacos aos pés do banco, sem nem mesmo nos dar a oportunidade de responder. Responder que não, por um acaso.

O garcom veio e lhe ofereceu uma bebida, então ele falou que não. Tipo, os donos desse bar devem ser muito idiotas, porque eles não perceberam nem que o garoto portava um saco, tipo, transparente (!) cheio de cerveja e que só estava ali ocupando espaco?

Enquanto o Marvel contava suas magnificas piadas, algumas criadas por ele mesmo (!), o Cato soltava algo parecido com ronrares esquisitos. E, na deixa certa entre uma piada e outra, ele começou:

– Cara, eu 'tô pirando com tudo isso da Glimmer e o aniversário idiota dela. Eu não entendo porque ela encarnou tanto com isso, tipo, é só uma festa! - Ele parou para respirar, o ar saiu entre os dentes trincados - E ela ainda surtou, na moralzinha, por nada! Eu só... Eu só tentei defender você, Clove. Tá, eu sei o que ela pensa sobre todas essas paradas ai que você faz, mas não é motivo pra ser tão vaca!

O resto ele falou tudo embolado, tropecando nas vírgulas, com muita emocão refletindo nas exclamações e uns olhares subtos para ver se ainda estavamos lá.

– Han? Tipo, você defendeu a Clove da loirinha? - Ele perguntou com aquela cara de WTF?, eu também devia estar fazendo, mas estava pasma demais pra fazer o questionamento.

– Ah, cara. Foi, né - Ele falou meio xoxo, tentando se explicar e.. - É QUE EU SOU UM CARA MUITO LEGAL! - Ele quase gritou, sorrindo com todos os dentes a mostra e o dedão estendido na frente do corpo. Ele pareceu admirável, e patético.

Explodimos em risadas, assim como todos os outros cliente no bar. Todo mundo 'tava olhando pra ele, o fazendo ficar vermelho, mas mesmo assim nos olhava com aquele rostinho abobado que dizia "Ah, você consegue sorrir!". Joguei minha cabeca sobre os bracos - que estavam sobre o balcão, cruzados. Ri tanto, que nem reparei no cheiro repugnante de anos de cigarros e cerveja que havia se empregnado na superficie de madeira maciça do móvel.

– Cara, vamo embora... Haha... Ai meu estômago. - Marvel estava quase caindo do banquinho, com as pernas esticadas e a mão sobre a barriga - Paga umas bebidas pra a gente levar, já que você é tão massa.

– P'ra 'que? - Cato pegou um dos sacos que tilintou quando ele deu uma leve sacudida, Marvel sorriu de orelha a orelha, seus olhos brilharam. E, sim, era só cerveja no saco. Não tinha ouro nem nada. Era só aquela bebida amarga.


Nos levantamos e fomos saindo do bar já bebendo, cada um, uma cerveja de embalagem verde.


– O que tem no outro saco? - Eu o segurava, este não era transparente, portanto eu não conseguia enxergar. Não estava pesado o suficiente pra ser mais bebida, e... Brilhava.

Quando ele ia abrindo a boca para me responder, alguém gritou do balcão conosco. "Vocês tem que pagar, seus vagabundos!", foi o que o garcom falou. Bem, não o fizemos. Aparentemente, voltar e pagar é muito mais complicado do que fugir do bar.

Eles me puxavam pelo pulso, o que é muito desagradável, e corriam muito rápido. Minhas pernas não conseguiam acompanhar muito bem o ritmo, algumas vezes sendo carregada no ar.

– Vocês 'tão ficando doidos? Eu vou me quebrar toda!

Eles pararam atrás de uma árvore, já na beira de um parque que eu sempre frequentei, tinha muitas árvores grandes e frondosas na beira da estrada e no centro, onde uma ondulacão criava um pequeno morro, era um grande descampado onde as pessoas faziam piquiniques.

– Ah, eu já vim aqui antes, parece até que as árvores respiram por você...

#FLASHBACK#

Doía muito quando eu flexionava o meu joelho, eu havia caido novamente do balanco que havia sido instalado em um galho de árvore. Cato havia balancado muito forte e agora me olhava, agachado ao meu lado, tentando se desculpar sem ter que falar nada.


Eu entendia o seu problema em assumir ter feito o mal à alguém, mesmo sem querer. Sorri para ele, como se não estivesse quase chorando, ele me devolveu o sorriso, porém ainda mais largo. O suficiente para fazer seus olhos se fecharem em conflito com as bochechas coradas da infância.


Ele me estendeu a mão e me ajudou à levantar dali, me levando até onde os nossos país estavam, ele me puxava pelos pulsos que mais tarde ficariam um pouco avermelhados. Sentamos na ponta da toalha, virados para a árvore que alojava o balanço.

– Obrigada, Cato. - Eu disse, mas ele não respondeu, estava concentrado na respiracão que seguia um compasso ritmado e fundo - Parece até que as árvores estão respirando por você!

Cato me olhou rindo e se levantou em um pulo, mostrando-se muito contente com o meu comentário. Uma de suas mãos agarrou-se a "cintura?" e o outro braco se esticou, ele ficou muito esquisito assim por um tempo enquanto inspirava todo o ar que podia e então declarou:

– Elas deviam fazer isso mesmo, porque... EU SOU UM CARA MUITO LEGAL! - Ele ergueu o dedão, me fazendo ter uma crise de risos e esquecendo totalmente de meu ferimento.

#FIM DO FLASHBACK#

POV AUTORAS

– É... Você era um cara muito legal. - Clove sussurou, chamando a atenção de Cato, que a capturou ligeiramente corada virar o rosto.

– Oi?

– Você... você realmente não se lembra? - Ela indagnou, olhando para seus pés e fazendo um movimento estranho e nervoso de passar o peso do corpo de um pé para o outro.

Uma sensação estranha e fria subiu pelo pescoço de Cato, como se uma lembrança escondida em uma parte escura do seu corpo, talvez no fundo de seu peito eu diria, estivesse voltando em um fluxo nauseante.

– Lembrar? Do que? - Cato arqueou as sombrancelhas, enquanto seu sorriso sumia de seu rosto dando lugar a uma careta contorcida e voltava seu olhar para o rosto de Clove. Tão pequena ela era, que quase desapareceria em suas mãos e isso, de alguma forma, o reconfortava.

– Sabe... Do Jardim de Infância. Certo, você não deve se lembrar porque isso foi há séculos e não foi importante pra ti e porque você tem sua cabeça entulhada de Glimmerzisses e eu sou extremamente sentimental e eu sofri por isso e eu tô muito chateada e você deveria se lembrar! - A voz de Clove se tornou quase doentia, falando tudo muito rápido e de uma forma que não pertencia à ela - aquele jeito calmo e ao mesmo tempo estressado que ele havia conhecido em tão pouco tempo - Como você pode não se lembrar?! Você não se lembra mesmo?

Ele olhou para o lado, onde Marvel já estava subindo a pequena inclinacão e gritava para eles irem logo.

– Eu não lembro nem mesmo do que eu comi ontem, Clove. Porque diabos...? Pera, sofreu? Han? Você... Você!

Cato ficou vermelho lívido, não sabia o que estava acontecendo e aquela sensação estranha se alastrava por todo o seu estomago. Talvez fosse a quantidade de alcool que já havia consumido, pouco provável, mas preferia que fosse.

Durante o tempo que já passara sozinho com a garota, nunca tinha parado para pensar nela como alguém que sempre estudara com ele, talvez tivesse aprontado alguma pegadinha com ela ou feito qualquer merda do tipo. Se odiou por isso, porque ele sinceramente estava simpatizando com a mesma. Todavia ele não conseguia se lembrar de nada, literalmente, toda a sua vida sempre parecera um flash embaçado. "É o meu instinto de viver o hoje", mentiu para si mesmo.

Marvel se aproximou correndo e sorrindo, ele tinha uma garrafa na mão e a segurava por trás, colocando o dedo indicador na foto de Glimmer estampada. Bem em cima de seus lábios, formando um bigode. Ouviu-se a risada agitada de Clovel. Ele tinha esse poder, fazer as pessoas rirem, particularmente as garotas. Garotas bonitas.

– Qual o motivo da demora, cê tá tentando conquistar a minha garota, Cato? - O rubor instanteno de Clove foi interrompido pela risada de Marvel, dando por entender a brincadeira. Cato se surpreendeu com o destino que as coisas estavam tomando, não pensava que o relacionamento dos dois suportava este tipo de brincadeira.

– Não é nada, eu só... Queria ver se ele não se lembrava. Ele não se lembra mesmo.

Agora já havia um monstro dentro de Cato, que dançava em suas entranhas. Pensou que estava prestes a vômitar. A cumplicidade dos dois chegava até a ter segredos dele!Era rídiculo e ele estava segurando uma vela muito pesada para suportar sem beber mais.

– O que vocês estão escondendo de mim, seus... Seus!? - Pragejou.

Sua resposta foi um conjunto de risadinhas infames e um Marvel ordenando que subissem logo "a porcaria da montanha que eu já subi antes". Sentaram sobre uma cerejeira, o luar batia diramente contra seus corpos que se tornaram azuis nas áreas sem tinta.

Clove arrumou as coisas em um círculo e por um momento Cato pensou que iniciariam um ritual demoníaco. Havia uma sacola com algumas coisas que o mesmo havia feito questão de pegar, porque no momento pareciam alegres e era disso o que precisavam - estava cheia de acessórios de festa, chapéus estranhos e tinta fluorescente. Nos pintaram enquanto riam e davamos goladas generosas em todo o álcool que Cato havia roubado. Eles, Clove e Marvel, pareciam um casal de verdade. Suas "fantasias" estavam combinando e eles se abraçavam, talvez não fosse de um modo malicioso e até muito amigável.

– O que é que eu não e lembro?! - Retomou de supetão ao assunto.

Os dois pararam de se abraçar e se entreolharam. O olhar de Clove era o mesmo olhar maligno que lhe lançara na primeira aula, mas com trezentas vezes mais instendidade.

– Olha Cato, acho que você deveria, tipo, sei lá... Procurar um médico, tá? Porque eu não posso ficar recordando pra você toda a sua vida. Eu não sou um albúm de fotográfias ou o seu diário cor-de-rosa! Eu entendo que você fique curioso, porque eu realmente não deveria ter começado com esse assunto. Estou arrependida, me desculpe. Vamos deixar isso tudo morrer. Por favor. - Serena, tomou mais um gole e voltou a se aninhar em Marvel, que olhava fixamente para o terceiro esperando sua reação - Não é nada importante, de verdade. Era pra mim, mas acabou. E a gente tá começando de novo, né? Tá virando amigo.

– Você tem mesmo que ser tão idiota? Meu deus, eu sei que eu não sou o cara com a melhor memória do mundo, eu sei, okay? Mas é que existem coisas mais importantes do que qualquer coisa que envolva você e o passado! E desculpa se eu transei com você, é verdade, eu não lembro de todas! Mas é que eu geralmente estou bêbado. Ok?

– Tipo a Glimmer?! São essas suas coisas importantes?! - Retrucou - Porque você sempre fica irritado quando te dizem a verdade? Eu não te entendo!

Ela se aprofundou nos braços de Marvel, se defendendo das palavras deferidas contra ela que logo estariam chegando. Soluçou ligeiramente, causando um impacto no peito do garoto que o olhar para ela com um olhar de sincera piedade.

– Como assim garota? Você nem me conhece direito! Nem direito de me entender você tem.

Silêncio. Após alguns segundos, que pareciam minutos para Cato, Clove respondeu, com a voz por um fio:

– Te conheço mais do que imagina, Grandão.

Ela estava chorando embalada pelo som longinquo do coração do amigo com quem estava entrelaçada.

POV CATO

####FLASHBACK

Estava brincando no parquinho, quando vejo um grupo de garotos mais velhos, atormentando uma menininha baixinha. Ela estava com um vestidinho branco e com sapatilhas azuis, os cabelos castanhos presos em duas maria-chiquinhas, era realmente graciosa. Ela parecia prestes a chorar, mas mantinha a cabeça erguida, tentando em vão se defender.

Corri até os meninos maiores e os espantei com o meu tamanho avantajado até mesmo para eles, depois, ajudei a baixinha a se levantar. Descobri que seus olhos eram intensamente brilhantes, ao ponto de parecerem marejados. Ela não estava chorosa, afinal. Admirei-a. Tão frágil.

– Não se preocupe baixinha, mamãe me disse que quando crescermos, vamos ser do tamanho normal.

Ela me olhou evasivamente. Depois me chutou, quase entre as pernas, mas eu a defendi - depois de um tempo convivendo com os outros garotos, você aprende alguma coisa. Segurei seu pé em minha mão e senti a sapatilha escorregar entre os meus dedos, estava saindo por ser muito grande.

– Eu sou normal! E o meu nome é Clove. C-l-o-v-e. E o seu? Aliás, obrigada de qualquer forma. - Ela deu um leve sorriso no canto da boca, ainda tentando soltar-se.

– Cato. C-a-t-o. É um prazer - A deixei livre, mas por alguma razão ela esquecera de colocar o sapato de volta enquanto conversavamos. Era engraçado vê-la só com um pé, eu ria internamente ao mesmo tempo em que a fitava anilasando cada cantinho de seu rosto.

[AINDA NO FLASHBACK]

– Ei, ei, Grandão! - Sorriu, esquivando-se das cocégas - Bem, eu não sei ao certo qual é o meu outro sonho. Eu gosto do primeiro. Eu sempre quis montar uma banda... não parece legal? - Completou.

– Sério? Verdade, sooa legal! Eu sempre quis montar uma também, então- Devolveu-lhe o sorriso, piscando um dos olhos.

Clove levantou os braços para o teto, os balançado e ecoando vivas.

– Eba! É sério, Grandão?

Cato: É, Baixinha, eu sou um cara muito legal! - Fez sinal com o dedão, gargalhando e jogando a cabeça para trás - Mas a gente precisa compor as músicas, tem que ser bem legais.

###FIM DO FLASHBACK

Eu sou um cara muito legal.

Eu sou um cara muio legal.

Eu sou um cara muito legal.

Muito legal.

POV AUTORAS

Algo vago passou por sua cabeça, algo que não remetia a nenhuma coisa ruim que poderia ter feito com a garota. Era algo realmente bom. "Talvez tenhamos sido amigos", desdenhou nos pensamentos. Levantou-se e bateu nas calças, retirando dali a grama. Olhou para as três garrafas intocadas de whisky instaladas próximo ao seus pés e puxou uma.

– É, acho melhor a gente esquecer. Como você disse, porque eu nem me lembro de nada mesmo - Sua risada fria, falsa, ecoou entre as árvores.- A gente ainda pode ser amigo? Não que eu esteja sendo pretensioso e que você já... Ah, esquece. Só desculpa.

Clove assentiu, limpando as lagrimas que borravam a tinta espalhada pelo rosto.

Os outros dois ainda sentados, se levantaram cambalenado e pegaram as garrafas. Servidos de álcool o suficiente, saíram cantando uma velha música sobre marinheiros e pêssegos. Clove estava entre os dois, dançando um balé esquisofrênico.

–x-

Clove não sentia o pé direito, que parecia congelado. Estava deitada embaixo da escada de sua casa, sua cabeça encostada em um saco de lixo - felizmente era papel. Estava descalça, não totalmente, só em um dos lados. O corpo tinha simbolos desenhos, agora já um tanto fracos pelo desgaste do tempo, mas ainda era vísivel em toda a estenção de seu braço os dizeres "Oi, meu nome é Clove. Se eu me perder, fodeu." Bem, ela pelo menos não havia se perdido.

Tentou se levantar, mas a cabeça latejava intensamente então tateou em busca do celular, que se descobriu entre os emaranhados de seus cabelos. Haviam quatro mensagens de texto e uma de voz, preferiu conferi-las depois. Ligou para Marvel e caiu na caixa postal.

Não podia mesmo se levantar, a cabeça parecia estar sendo puxada para baixo e o estomago dançava balé de uma forma nada graciosa, morreria ali sem água e comida, com o fedor de seu vômito a torturando. Era melhor ver as mensagens.

"MDS, o q ces fizeram cmg?!! Cade as minhas ropas? Tá mt frio.E o meu carro? Onde é q eu to? Eu to mt mal. Socorro."- Marvel, 5 horas e 23 minutos.

"Tô na ksa Glimmer, pricisso d uama carrona. Tou banheirode fora. N sei como vim parar ak. Anda tou bebasso, flwe" - Cato, 4 horas e 17 minutos.

"OMG. A MAYOR VAKA DIH TODU U UNIVERSUH = VC. Vadya ladra di homems. Mim devolvi u meu Catinho!!!!" - Número desconhecido, provavelmente a Glimmer. 2 horas e 10 minutos.

– Como diabos ela conseguiu meu número? - Perguntou-se ao deletar a mensagem e partir para a seguinte.

"Clove, você ainda não chegou? Estou preocupada." - 0 horas e 8 minutos. Mãe.

Houve um grande temor para abrir a mensagem de voz, não parecia que os outros estivessem em situação melhor do que a dela. Estava tudo turvo e confuso, mas ela estava em território pacifico. Clicou no botão para ouvir e a voz dela estava inreconhecível.

– Alô? Sou eu? Então, oi eu!! Tô muuuuito feliz porque você tá me ouvindo! Hahahaha - Ouvia-se também algumas outras vozes distantes e do nada uma barulho surdo de freio - Ai meu deus, você ia morrendo, hahaha - Cato cantava abafando a voz da primeira locutora e aparentemente roubou-lhe o celular.

– Então, esse sou eu, o dono do celular. O Cato, lindão. Sai daqui Marvel! - Pragejou alto e sorrindo sem ar - Clove, você..- O celular fez um barulho estranho e ficou mudo por alguns segundos, então alguns sussuros e som de vozes misturadas e uma música quase morta. O coro de vozes conhecidas, embargadas e desprovidas de senso gritou, rachando-lhe os timpanos: - Alô Glimmer! Você é uma vadia. Vá se ferrar. Abraços sinceros.

Clove ouviu sua própria voz gritando "Ai meu deus" e o ruido de passos correndo caóticamente. A garota ria-se tanto que acordara sua mãe, que agora descia os degraus em seus encontro.

O final da mensagem era Cato falando depois de uma longa pausa. Dizia-lhe que estava orgulhoso dela e que ela tinha conquistado um novo admirador. Só restou-lhe sorrir.


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Notas finais do capítulo

E é isso! Gostaram? Queremos reviews, e quem sabe mais uma recomendação? :3

Juice: Ficou grandão, né? *-*