Só Sei Dançar Com Você escrita por Candybox, Juicebox


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaal =D
Ficaram com saudades?
Então, eu estou muito decepcionada, no primeiro capítulo recebemos 1 review a menos do que no Prólogo e só temos 4 leitores :< Mas fazer o que né? Enquanto eu escrevo o capítulo 4, a Isa-chan divulga pras pessoas, mas acho que ninguém tá ouvindo os pedidos ou ela é uma lesma e não tá divulgando u_u
Bom, agora, irei dedicar este capítulo à linda Clove que sempre manda um review antes de todas nós, e também as outras leitoras como Musicbox, Clove Flor e Bree Lee!
Espero que gostem do capítulo ;)
Beijos e Abraços de Morango, Candy. ♥



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POV CLOVE


Eu digo isso com muita dor no coração. Eu segui os conselhos de minha mãe, usei tantos litros de perfume que poderiam alagar um deserto, eu demorei muito mais do que deveria no banho e apesar de tudo, coloquei uma roupa simples para que o garoto não pensasse que eu era uma vadia. Eu passei alguns minutos na frente do espelho, como toda adolescente provavelmente faria, um pouco de vaidade é normal, treinando meus melhores sorrisos... O problema é que eu não sou a garota que costuma sorrir, eu tenho cara de maníaca. Pode me repreender, não sou como o resto das garotas daqui, quase todas são loiras e altas, tem o rosto delicado demais... Os garotos são mais “sortidos”.


Desci as escadas sem fazer muito barulho, o garoto usava boné dos Yankees e mandava sms com habilidade incrível. O som da sua risada baixa era uma sinfonia contagiante, ele provavelmente retirou de mim um sorriso mil vezes mais sincero que qualquer um que fora dado ao meu espelho, ridículo. Ainda bem que minha mãe estava dando aulas de balé a umas garotinhas de 7 a 9 anos, se ela visse isso seria o maior mico da minha vida. A recepção da academia é bem pequena, mas a escada fica longe da poltrona vermelha onde o garoto estava sentado, não consegui o ver direito com tantas almofadas ao seu lado, e sua cabeça estava baixa... Ele era grande, a poltrona mal o acomodava (ela conseguiria suportar três de mim com facilidade).


- Eu também gosto dos Yankees – Tentei parecer simpática, alegre e uma boa professora. Ele não deve ter ouvido, porque continuou a mandar as malditas sms.- Ei! – Disse com rispidez, eu sinceramente queria que essa ele não tivesse escutado porque não é um bom começo, eu não sou boa com inícios se você ainda não percebeu.


- Ah, oi. Eu deveria ter respondido antes, estava dizendo tchau para meu amigo e... Enfim, legal que você goste dos Yankees, temos algo em comum – Graças a Deus ele viu que errou e tudo bem que eu deveria ter esperado mais ele falar alguma coisa, ei... Levanta à cabeça garoto, eu quero ver quem é você, se você é bonito mesmo, eu não falei isso. Ele guardou o celular e continuou lá, olhando para o pé.


- Bem, a nossa sala é por ali - seja simpática Clove, seja simpática. - Se você quiser perguntar alguma coisa...


- Quero sim – Ah, eu já falei que a voz dele era supersexy? Que vergonha! Eu falei isso pra você? Deve ser por isso que eu ainda não tinha comentado... – Qual é o seu nome mesmo? A propósito eu sou O Cato.


O Cato, eu sei quem é. Ele deveria querer provocar isso em mim, será que queria? Meus olhos se dilataram e eu comecei a gelar. Eu não queria falar meu nome, eu não queria existir, eu só queria entrar no guarda-roupa e ficar lá para sempre.


- Eu sou A Clove – Não gaguejei, tentei levar aquilo na brincadeira. - Não suponho que devamos dizer que estamos nos conhecendo agora. Até porque nossa cidade é menor que um bairro de qualquer outra cidade.


Ele não deveria lembrar-se de mim direito, mas ele sabe quem eu sou. A garota esquisita dos protestos na praça. Ele... Bem, é lógico que eu sei quem é Cato, o namoradinho da garota mais popular da escola, o garoto mais popular da escola, o menino com mais pretendentes para “colega” de laboratório da escola e... É lógico que ele gosta dos Yankees, ele irá jogar lá. Não é confirmado, mas a nossa escola tem os melhores jogadores de baseball de toda a região. No jardim da infância chegamos a ser melhores amigos de alma, não que eu me lembre direito, mas eu tenho fotos com ele que poderiam me comprometer, espero que ele não lembre, espero que ele não lembre, não lembre não lembre não lembre.


- Então... É... - Ele gaguejava enquanto balançava os braços para trás e para frente, feito uma criança - Onde está a minha professora?


Neste momento, estava com uma enorme vontade de quebrar a cara dele, mas é melhor não tentar, não vou conseguir chegar até a cara dele. O QUE ELE ACHA QUE EU SOU? UMA DAS ALUNAS? Calma Clove... Tente ser simpática...


- Você está olhando para ela! - Eu disse, sorrindo fraco.


- HAHAHAHAHAHAHA! Até parece! Que engraçadinha! - Ele gargalhava alto, e caiu sentado na poltrona novamente (tinha se levantado para se apresentar). - Mas eu estou falando sério agora, dá para você me apresentar a minha professora?


- Quer que eu seja grosseira? Então com grosseria será. - Eu disse, já ficando com raiva - Levante-se dai agora, e vamos para a sala de dança.


Cato ficou sem graça, logo me seguindo até a sala de aula, sem falar nenhuma palavra. Quando entramos na mesma e eu acendi as luzes, ele ficou feito um bobo olhando para o seu próprio reflexo no espelho. Para quebrar o clima (que clima, eu não sei), eu pergunto...


POV CATO


- Então, como não olhei sua ficha, você está aqui para aprender a dançar....?


- Valsa. - Respondi calmamente - Para dançar em uma festa... - Eu ia continuar a falar, mas Clove me interrompeu.


- A festa da Vaca do Glitter, não é? - Ela falou, com um sorriso sarcástico no rosto, uma leve lembrança de Glimmer desviando de Clove passa por minha cabeça.


- Hã... Da Glimmer, eu ia dizer... - Falei meio bobo, sem entender.


- Ela mesma! - Clove falou, pegando agora sua prancheta. - Então, se importa de eu lhe fazer mais algumas perguntas? - Disse ela, agora já largando sua prancheta em uma mesa de canto.


- Não, pode começar.


- Então, para não gastar nosso tempo, irei fazendo o aquecimento, você não precisa, já que é novato... Então, vamos às perguntas - Dizia ela, "cruzando" os dedos uns nos outros e logo depois esticando os dois braços ao alto - Já tem experiência em alguma coisa ligada à dança?


- Não. - Agora ela colocava sua perna esquerda na barra, esticando-se para tocar seu pé.


- Já fez alguma aula de dança? - Demorei um pouco para responder, eu estava ligado no que ela estava fazendo.


- Hã... É... Hm... Não... – Meu Deus, o que era aquilo? Clove vestia uma roupa própria para a dança, o que me deixava com uma ótima visão de seu, é... Corpo de dançarina.


- Tem algum familiar que faz ou já fez algum tipo de dança? - Agora ela foi descendo até o chão, mas ainda com uma perna na barra.


- Hã... Não. - Eu estava ficando louco... Será que ela já fez polydance? Foco, dança, Glimmer, gostosa.


- Bom, obrigada por responder, agora podemos começar a aula. - Clove disse, já se levantando e pegando sua prancheta.


Ela andou com verdadeiros passos de bailarina até minhas costas e bateu em meus ossos, que eu não sabia que existiam, arrumando minha postura. Eu não sou curvado, não muito, mas a garota fez minha costa parecer uma tabua. DOR! E eu realmente não vejo necessidade em tudo isso, pra que ela precisava disto? Me falaram que essa porcaria é fácil, dois pra lá, dois pra cá, eu não preciso ficar todo dolorido pra fazer!


- Isso é mesmo preciso? – Perguntei enquanto ela direcionava seus minúsculos dedos até a parte frontal do meu ombro


- Não, eu estou fazendo isso apenas para você sofrer – Ela revirou os olhos como se eu tivesse falado a coisa mais inapropriada do mundo, o que provavelmente é verdade – É lógico que eu preciso fazer isso, eu não ia ficar te cutucando se não fosse preciso?


- Clove, né? Não omita a verdade, você esta querendo aproveitar cada centímetro do meu corpo. Deste jeito você não vai me conquistar... – Sorri. Ela parou de escutar e voltou a me tocar da forma mais dolorosa possível, menina bruta! Ela só parou quando eu já parecia que eu ia me tornar uma grande vara, grande.


- Primeiramente, você precisa entender o básico – Ela ficou em minha frente, na ponta dos pés para que pudesse ficar de um tamanho normal, o que me fez rir- A dama, Glitter, será guiada por você, então não pense que você vai sair dançando por ai daqui a três dias. Você precisa entender a delicadeza de uma moça, ser suave e cordial, e lembre-se sempre... NADA DE FICAR OLHANDO PARA O VENTO! – Ela percebeu que eu estava me olhando no espelhão da parede, eu só queria ver se meu cabelo estava legal sem o boné! Porque mesmo eu queria ver isso? Só estávamos nos dois lá, e falando serio ao lado da Glimmer ela não é grande coisa. [n/a: piadinha infame]


- Olho no olho, isso gera uma conexão entre o casal, entendido? – Disse ela balançando a palma da mão na frente do meu rosto


- Ta, ta, ta. Vamos logo que eu estou pagando por hora – Sorriso cordial, delicadeza feminina e o máximo de suavidade possível, foi assim que eu tentei parecer entender.


- Certo senhor sabichão que esta pagando por hora, existem seis passos caixa... São os básicos, é só o que você vai precisar pra dançar com a doida lá – Ela tem algo contra o nome da Glimmer, qual o problema de falar ele uma vezinha sequer?


- Eu ainda tenho três meses com você “Love”, vamos aprender o passo caixa, o passo saco, o passo pote, passo de qualquer recipiente que você mandar! – Minhas piadinhas a cada momento ficam mais ruins e seu rosto mais vermelho, adorei isso.


- Você realmente é humano? Enfim, você esta pagando a hora para fazer piadinhas ou aprender a dançar? Porque se for pra fazer piadinhas eu gostaria de me sentar.


-Não, não! Eu não sabia que você não tinha senso de humor, você não puxou nada pra sua mãe. É uma senhora educada e gentil.


- Eu sou gentil. – Ela pareceu ofendida com o que eu falei, pena.


- Se você diz... E depois de vira o homem chapa, o que eu devo fazer querida professora?


- A valsa é a elegância, coisa que você não tem muito pelo visto, a postura correta é base de tudo. Cria o conforto necessário para dançar, ajuda ao desenvolvimento da dança fluir e a você conseguir guiar sua parceira.


- E na pratica? Quero dizer, depois de toooodo o seu falatório. O que eu tenho que fazer? – Eu estava pagando por hora, poxa! Eu queria aprender pelo menos alguma coisa logo pra poder treinar com a senhorita vassoura lá de casa.


- Ficar na posição central, segurar a moça pelo local correto e a conduzir. Mas você já sabe fazer tudo isso! – Ela não percebeu que estava sendo ignorante? Eu sou O Aluno, eu estou pagando, e eu posso trocar de escola de dança, apesar de... Ta, ela está em vantagem, essa é a única escola de dança na cidade, eu precisaria pegar a balsa pra chegar à cidade mais próxima e gastar muito mais do que estou aqui. Mas isso não vai ficar assim!


- Assim querida professora em miniatura? – Eu a puxei pelo braço esquerdo e o grudei ao meu e os dois formaram um L maiúsculo deitado, posicionei minha mão em alguma parte da sua costa, que puxei para se aproximar mais, até nossos pés ficarem um bem próximos do outro.


- VOCÊ.ESTÁ.PEGANDO.NA.MINHA.BUNDA! – Vociferou.


- LÓGICO QUE NÃO! – Sim, eu estava, mas em minha defesa devo dizer que foi completamente sem querer. Talvez tenha sido um ato involuntário do meu humilde corpo masculino, eu não posso fazer nada quanto a isso.


Ela puxou minha mão de sua... Bunda e a colocou logo acima da cintura, no começo da escápula. Ela era um pouco/muito baixinha então o rosto dela ficava de frente ao meu peito, nos ficamos ali, paradões durante uns 40 segundos até Clove se dar conta que já estava a tempo demais observando as, como diria a Glimmer, lindas ondulações do meu corpo, então ela foi até o canto da sala onde havia um aparelho de som sobre a mesa junto com alguns papeis e uma garrafinha de água dourada e ligou a música mais chata existente na face da terra, calçou sapatos de dança pretos que lhe deram bons 10 centímetros, mas não pareciam estar no tamanho certo, conclui isso logo depois que ela os jogou longe, basicamente do outro lado da sala.


O percurso do sapato: Voou das mãos minúsculas da Clove, passou por todo o perímetro da sala e o salto fincou-se no espelho.

- O que foi? – Clove falou com a maior naturalidade do mundo, enquanto eu a olhava de forma que, se eu fosse ela, estaria gargalhando.


- Você tipo... Você... É serio isso? Eu sei que todo mundo em Panem é louco por baseball, mas parece até que você fez do sapato uma lança.


- Faca, é, sou eu! Clove. C-l-o-v-e. Eu fico todas às tarde de terça-feira na academia onde você faz esgrima, sabe a garota que ganhou o campeonato estadual de arremesso de facas? Muito prazer, novamente – Clove tem a mania de fazer com que tudo que eu diga pareça totalmente inadequado e ainda tem o poder de saber falar de seus tantos méritos na hora certa, e isso não é admiração!


Quando ela voltou até mim eu já estava pronto pra fazer os tais passos caixas, já estava com a maldita postura correta e o que ela fez? Pegou o salto ridículo e jogou perto do outro, e o que aconteceu? Ele bateu na minha cabeça, o que eu gosto de pensar que foi sem querer, a última coisa que lembro foi de como o chão era liso e do som baixo da voz da Clove, que dizia algo entre “Você é um paspalho” e “eu gosto de alho”.



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Notas finais do capítulo

O que será que acontecerá com Cato?
Clove está arrependida?
Cato irá conseguir aprender a dançar valsa?
Tudo isso, no Globo Repórter!
Hehehhehe, então, vocês gostaram deste capítulo?
Merecemos reviews fofinhos? *-* Obrigada as leitoras que continuam nos acompanhando =D
Beijos e Abraços de Morango, Candy ♥