Green Valley, fora o primeiro cenário de uma épica história que galgou as fronteiras entre o mundo de cá e o mundo de lá. Podem entender o mundo de cá como o mundo onde os homens descobriram e exploraram a tecnologia sem se importarem com as consequências de seus atos e o mundo de lá como o mundo mágico e complexo de J. J. Tolkien.

A fazenda que pertenceu a este tão aclamado escritor, agora serviria de palco para uma das mais esperadas festas, o casamento de Marianne Greyhood e Legolas Greenleaf, respectivamente Guardiã da Terra Média e Príncipe da Floresta das Trevas.

Vasos altos e mármoreos foram colocados em toda a extensão até a varanda do sobrado, dentro destes havia pequeninas árvores detalhadas por pequeninas Ellanor. Aos fundos, próximo ao estábulo havia sido montado o púlpito onde o mestre de cerimônia (neste caso, Gandalf) perpetuaria os votos matrimoniais.

Vários bancos de encostos talhados em madeira prateada (proveniente de mallorns) e ricamente trabalhados com adornos de folhas foram espalhados por todo o gramado, um longo tapete branco estendia-se sobre a grama.

Havia diversos arranjos de rosas brancas espalhados por ali e aqui, sob uma tenda coberta de tecido branco com talhes dourados estava uma longa e polida mesa de tampo vítreo onde foram postos pratos e mais pratos para os mais de 600 convidados.

Margareth andava de um lado para o outro com Alícia em seus calcanhares tentando ajudar nos últimos retoques, ao passo que o que mais conseguira fazer era atrapalhar os elfos que ainda trabalhavam.

Marianne permanecia em seu quarto, tomara um belo e demorado banho de imersão em ervas aromáticas, recebera uma maravilhosa massagem e neste momento observava atenta as pessoas que entravam e saíam dos portões da fazenda.

- Toc, toc! – murmurou uma voz forte e clara – Posso entrar?

- Claro que pode pai! – exclamou a jovem abraçando Robert com força

- Está muito nervosa? Precisa de algo? – perguntou o homem com zelo

- Não, por incrível que pareça estou bem – respondeu Mary sentando-se ao lado do pai na grande cama de sua avó

- Só vim aqui dizer-lhe que aconteça o que acontecer, podes sempre contar com o colo de seu velho pai – declarou resoluto contendo-se para não derramar lágrimas antecipadamente

- Vou continuar sendo sua filha, também terás minha companhia sempre que quiseres – assentiu a jovem tornando a abraçar-se a Robert

- Minha senhora, temos de iniciar sua preparação – Turelië trazia junto consigo mais duas elfas entre as quais destacava-se a sorridente Almarvarnë e Suzan

O homem retirou-se e Mary foi cercada por pares de mãos firmes e sedosas que trançavam-lhe os cabelos, prendiam-lhe o corpete e punham-lhe os sapatos.

- Não posso ficar muito aqui Mary, mas fique calma, pois tudo dará certo – dissera-lhe Suzan segurando-lhe pelos pulsos

- Obrigada Suh, por tudo o que fez por mim – a morena tinha lágrimas nos olhos

- Não chore ou vai borrar a maquiagem! – repreendeu a loira rindo

***

Legolas andava de um lado para o outro junto de seus velhos companheiros, Aragorn, Gimli, Pippin, Merry, Frodo e Sam, o príncipe trajava um longo mango prateado além de uma túnica bordada em fios de prata, um diadema adornava-lhe os cabelos longos.

- Garanto que ele está mais nervoso do que a noiva – murmurava Gimli aos hobbits

- Posso estar nervoso, mas meus ouvidos continuam os mesmos – devolveu Legolas

- Vai ocorrer tudo nos conformes – acalmava-o Samwise que trouxera Rosinha junto consigo

- Não precisa ficar tão preocupado, apenas aproveite o momento – aconselhou Pippin

- Fácil dizer meu amigo Hobbit – observou o elfo – diabos! Quero ver Marianne, ela deve estar tão linda...

- Não fique sonhando acordado meu bom elfo – ironizou Frodo – afinal, logo a terá em teus braços!

- Mal posso esperar para que isso ocorra – murmurou Legolas sorrindo

***

Aragorn e Arwen haviam trazido os melhores instrumentistas de Gondor para entoarem a marcha nupcial, estes se juntaram aos mais hábeis tocadores de harpa e flauta de Valfenda e assim era composta a “fanfarra matrimonial”.

Éowyn e Faramir, Suzan e Éomer eram os padrinhos escolhidos por Mary, Elladan e Almarvarnë, Elrohir e Turelië eram os padrinhos de Legolas.

Suzan descera as escadas da casa com cuidado, o vestido vermelho (http://www.polyvore.com/susan_look_at_marianne_wedding/set?id=73335403) caía-lhe harmoniosamente pelo corpo belo e esculpido, a jovem contornava a casa quando mãos fortes pegaram-na pela cintura.

- Será mesmo que consegues ficar ainda mais bela? – murmurou a voz ao ouvido da moça

- Éomer! Queria me matar de susto? – perguntou enlaçando a cintura do Marechal dos cavaleiros – Você está muito bonito também.

- Obrigado, senti muito a sua falta minha dama, nestes últimos dias – comentou o irmão de Éowyn ofertando o braço a Suzan

- Também senti a sua, mas estive ocupada com os preparativos do casamento – respondeu distraída

- Suzan, eu gostaria de dizer-lhe que... – Éomer segurou a cintura da jovem tocando-lhe o rosto com as pontas dos dedos – Não há espaço em minha mente para outra coisa além de ti...

Aproximou o rosto da jovem ao seu roçando os lábios contra os seus, selou o beijo de forma fervorosa e apaixonada, ondas de calor percorriam o corpo de ambos, que tomados pelo desejo deixaram-se levar.

Um pigarro fê-los interromper o contato físico, Suzan virou-se na direção do som indistinto divisando um alto e belíssimo elfo, que trazia uma coroa de folhas vermelhas e adornar-lhes os reluzentes cabelos loiros.

- Desculpe a interrupção cara Srta. Suzan, porém gostaria de falar com minha nora – pronunciou-se Thranduil de forma solene

- Hã, claro – embaralhou-se a jovem – suba as escadas, segunda porta a esquerda.

- Obrigado – o rei élfico dirigiu-se até a varanda galgando os degraus de forma rápida

O nobre e austero Sindar deu leves batidas na porta de madeira espessa, sendo rapidamente atendido por uma elfa de longos cabelos ruivos, a moça fez-lhe uma reverência.

- Poderia falar com minha nora? – perguntou o elfo

- Claro meu senhor, ela já está pronta – assentiu Turelië – retiramo-nos por hora!

As elfas saíram distribuindo vênias e tímidos sorrisos ao rei de Mirkwood, este adentrou o cômodo fechando a porta atrás de si e surpreendendo-se devido à beleza da dama em sua frente.

Marianne ainda mantinha atrelado ao corpo um comprido roupão branco, mas nas faces rosadas já podia notar-se a maquiagem simples, porém marcante que ressaltava os olhos verdes da jovem. Sandálias de finas tiras douradas permaneciam presas aos pés da morena (http://sempredestaque.com/wp-content/uploads/2013/02/sapatos-para-noivas-fotos-9.jpg) e os longos e cheios cabelos castanhos estavam presos num coque (http://gnt.globo.com/gsat-images-web/pe/penteados-noivas-620-23_2932477794529019751.jpg).

- Aranel (Linda) – falou-lhe Thranduil tomando a jovem num abraço inesperado – vim dar-te algo que pertenceu à mulher com quem me casei para que tenhas sorte ao lado de meu filho.

O loiro estendeu uma pequenina caixa feita de mithril, o interior aveludado abrigava uma bela e delicada joia feita em ouro branco com diminutas pedras negras como a noite.

- Não posso aceita-lo – murmurou Mary encantada e absorta devido a linda homenagem

- Não só pode como vais – objetou o pai de Legolas pegando uma das mãos da jovem e pondo-lhe o anel no dedo indicador – caiu-lhe perfeitamente.

- É belíssimo – sorria Marianne girando a mão no ar – muito obrigada.

- Não há de quê, mas creio que lhe devo desculpas por todos os comportamentos infantis e infundados que tive convosco – pedia realmente arrependido – espero que Legolas seja um rei melhor do que eu.

- Não se culpe, seu que guardas uma grande mágoa em teu peito – Marianne tocou as faces do sogro que tanto parecia-se com seu noivo – foste um ótimo rei.

- Bem... – Thranduil levantou-se num rompante virando as costas para a donzela e evitando que esta visse que lágrimas corriam-lhe pelo canto dos olhos – esperarei-a lá embaixo, visto que segundo nossas tradições, é o pai do noivo que leva a noiva até o púlpito.

- Até mais ver – disse-lhe Marianne encaminhando-se para fechar a porta

***

Gandalf posicionara-se atrás de uma mesa pequena de aspecto retangular, papeis espalhavam-se por sobre o apoio e o mago parecia ter um pouco de dificuldade em achar-se no meio de tamanha bagunça.

- Gostarias de ajuda? – questionou Arwen que chegara-se devagar

- Ah, mas é claro minha jovem rainha – exclamou o mago dando lugar a elfa – fiz uma grande confusão com tantas folhas.

- Percebo – riu-se ela ajeitando rapidamente o maço de papel com destreza – creio ter ficado na ordem correto.

- Hum, nada como os olhos de um elfo – murmurou Gandalf agradecido – Le hannon Arwen Undómiel! (Obrigada Arwen Undómiel)

A jovem rainha de Gondor foi juntar-se ao marido que conversava alegremente com Faramir e Éowyn.

Havia pessoas de todos os povos da Terra Média reunidos naquela pequena fazenda, todos muito felizes e honrados em estarem presentes no casamento da jovem que lhes salvara de um tormento maior, que lhes trouxera esperança aos corações.

Os quatro Istari (tomando em consideração que Saruman O Branco jazia morto), tornaram a ver-se o que não faziam a muitos éons, os irmãos Alatar e Pallando (magos azuis) passaram a conhecer a história de Marianne através das palavras de Gandalf.

Os elfos de Valfenda, Lothlórien e Mirkwood riam e divertiam-se juntos, sem haver descrença ou discriminação por nenhuma das partes, estes em plena harmonia com os anões que fizeram questão em comparecer a cerimônia.

Frodo e Sam nunca seriam os mesmo hobbits que outrora foram, porém mesmo carregando um duro fardo sobre os ombros ainda tinham na alma e leveza que a chagada de Mary trouxera, estavam felizes e seus corações repletos de esperança.

Suzan surgiu apressada mais uma vez, atravessou com elegância o comprido tapete que cortava a fileira de bancos (agora ocupados por vários convidados), dirigiu-se a Legolas que nervoso apertava as mãos cruzadas atrás das costas.

- Mary está pronta – anunciou a jovem – seu pai já está na sala esperando para trazê-la, Legolas está tudo bem?

- Sim, está – o elfo parecia um pouco pálido – creio estar um pouco nervoso...

- Pouco? Você simplesmente empalideceu – comentou a jovem – bem, tente acalmar-se enquanto vou acomodar os padrinhos, onde é que Dona Meg se meteu?

- Cá estou Suzan! – gritava a avó de Marianne correndo a erguer as saias do vestido longo e turquesa – Estava dando alguns últimos retoques em nossa dama de honra.

- E Mark e Joe? – volveu a perguntar a jovem

- Nós estamos aqui – falaram ambos sentados a primeira fileira

- Nossa Mark, você até ficou decente de terno – falou Suzan brincalhona

- Muito engraçado Suh, muito engraçado – resmungou o garoto bufando

- Não entendo o porquê do pai do noivo ter de buscar a noiva – objetava Robert parecendo ansioso a olhar para os lados

- Um costume de nosso povo – Legolas deu de ombros parando ao lado esquerdo do púlpito

- Meu caro amigo, nunca pensei que irias casar primeiro que nós – Elrohir falava em tom de descontração – considerando serdes mais jovem!

- Isso só prova que temos de achar alguém para alentar-nos o coração meu irmão – retrucou Elladan em seu peculiar tom de repreensão

Descendo as escadas que davam acesso à sala de estar onde um nervoso elfo loiro andava de um lado para o outro, estava uma bela jovem trajada com um longo e branco vestido (http://1.bp.blogspot.com/-_axaW9M8rBk/TZ-Mq-cOMMI/AAAAAAAAAIY/A3LqT4VKx1A/s1600/1284875759385_hz-myalibaba-web13_4275%255B1%255D.jpg), segurando na mão esquerda um delicado buquê de rosas brancas.

Thranduil caminhou até Marianne auxiliando-a a galgar os últimos degraus, a jovem lhe dirigiu um sorriso encantador e que resumia tudo o que lhe passava pelo coração.

Alícia adentrou o cômodo usando um vestidinho branco de renda, parecia uma pequena princesa pronta para um grande baile, arregalou os olhinhos ao ver a irmã e chegou a chama-la de princesa.

Os três iniciaram a contornar a casa de forma cautelosa, a cauda do vestido de Marianne revolvia maços e mais maços de folhas secas da grama verde e alta do gramado, os presentes levantaram-se ao verem a aproximação da noiva.

(http://www.kboing.com.br/wagner/1-302001/)

Legolas abriu um sorriso de orelha a orelha quando a marcha nupcial  encheu-lhe os ouvidos ao passo que a visão de Marianne lhe enchia a mente.

Suzan já secava os olhos com um pequeno lenço ofertado por Éomer, na medida em que a donzela avançava mais lágrimas iam sendo derramadas tanto por elfas quanto por jovens damas de Gondor.

Os hobbits reverenciaram a moça lembrando de toda a evolução pela qual esta passara até chegar àquela ocasião, lembrarem-se até da tarde em que ouviram a música da Srta. Anne reverbando pelas árvores de Lothlórien.

Thranduil parou defronte ao pai de Marianne que beijou cadenciadamente as frontes da filha, em seguida foi a vez do noivo beijar as mãos de sua amada em sinal de respeito.

- Meus amigos! Nesta bela e luminosa manhã, abençoada por Erú Illuvatar celebraremos o amor e a felicidade destes dois jovens, que tenho prazer em chamar de amigos. – iniciou Gandalf – Sabeis, meus caros que a partir do dia de hoje quando prometem amar-se e respeitar-se, terão de aprender a conviver em conjunto,a respeitar os defeitos e idolatrar as qualidades de seu parceiro.

“_ Estão vocês, dispostos a amarem-se e respeitarem-se, protegerem um ao outro e trocarem palavras de carinho daqui por diante? – fora a pergunta do mago”

- Sim, eu aceito – falou Legolas decidido

- Eu aceito – ecoou Mary dando-se ao luxo de derramar algumas lágrimas de felicidade

- Diante destas testemunhas – o Istari apontou para os padrinhos – eu vos declaro Marido e Mulher... Ah! Antes que esqueça-me, por onde andam as alianças?

- Aqui Gandalf! Guardei os anéis como você pediu. – falou Alícia em toda sua inocência

Os noivos trocaram alianças, aproximaram-se então para dar o tão esperado beijo, selando o ato matrimonial. Moldaram os lábios e um estalar de palmas cobriu a multidão, Marianne riu lançando os braços ao pescoço do elfo, enquanto este tornava a beijar-lhe as faces.

Houve música e dança, comidas das mais requintadas até as mais simples, porém não feitas com menos zelo. Havia bebida, o doce e inebriante vinho da Floresta das Trevas e o cálido e puro hidromel de Valfenda.

Os noivos irradiavam felicidades, cumprimentaram um por um os convidados recebendo por vezes apenas apertos de mão e afagos, como também abraços calorosos e desejos de bonança.

Ao fim da festa, um carro tomado por adereços e escritos como “recém casados”, tanto na língua de Mary como em élfico apontou no gramado, este era dirigido por Joe, que seria o chofer do casal por aquela noite.

Marianne trocara o longo e espalhafatoso vestido por uma peça mais simples e curta (fazia calor e o sol parecia mais vívido do que nunca), Legolas também vestia roupas menos pomposas.

O elfo estranhou de início o solavanco e o barulho do motor do automóvel visto que, nunca havia visto tal “estranheza” em seu mundo, mas logo após ter sua esposa encostada a si passou a não importar-se tanto com tal.

- Onde estamos indo Joe? – perguntava Mary expressando curiosidade

- Um presente de casamento de seu pai e de seu também meu rapaz – respondeu o caseiro olhando ambos pelo retrovisor

- Presente? E qual seria este presente tão bem escondido e longínquo? – questionou Legolas

A resposta veio em seguida, os pneus da SUV cantaram ao saírem do asfalto e encontrarem o cascalho grosso e a grama já principiando a ficar úmida devido ao sereno.

Uma casa de dois andares de aspecto colonial erguia-se imponente no meio do terreno, na garagem podia-se ver a traseira de uma Ranger vermelha (http://1.bp.blogspot.com/--rQpVpRj0y0/T-0o3ObiQPI/AAAAAAAAU6E/f3MrsTUK6ns/s1600/Nova-Ford-Ranger-2013-laranja.jpg), Legolas parecia abismado ao observar o local.

- Este é nosso presente? – perguntou Marianne encostando-se ao pilar que sustentava a varanda amadeirada do chalé

- Sim e o presente inclui a caminhonete ali na garagem – Joe tirou uma pequena chave de seu paletó e atirando-a ao loiro – é melhor matricular-se numa auto-escola Legolas.

  - Muito obrigado Joe, sua ajuda foi fundamental – agradeceu o Sindar

- Bem, as malas já estão aqui e a única coisa que posso dizer é: divirtam-se! – disse o caseiro tornando a deixar os jovens sozinhos

- Isso é perfeito – murmurou Mary escorando-se a Legolas e beijando-lhe os lábios com fervor

- Mas pode ficar mais – declarou o filho de Thranduil erguendo Marianne nos braços – o noivo deve carregar a noiva até o interior da casa, não é este o costume?

A jovem apenas aquiesceu girando a chave na maçaneta e ligando as luzes para que pudessem admirar a casa que iriam chamar de sua.

No andar inferior estavam dispostos a cozinha, totalmente equipada com todos os eletrodomésticos que se vê em casas “normais”, a sala de estar tinha dois sofás grandes de tecido marrom, uma lareira rústica lembrava de que aquela, não deixava de ser uma casa no campo.

- Uau! Um belo presente não acha? – Mary caminhou até o balcão da cozinha examinando coisa por coisa

- Realmente, nossos pais são grandes confabuladores! – exasperou-se Legolas – Vá olhando o olhar superior, vou buscar as malas.

A moça subiu pé ante pé pela escada de carvalho envernizado contando um total de quatro portas no segundo andar, um banheiro social, um escritório com vista para o bosque de pinheiros atrás do chalé, um quarto vazio e o quarto do casal.

A cama robusta e grande dava para uma espaçosa varanda de cortinas opacas, o grande roupeiro era o suficiente para suas roupas e as de seu marido, havia também um banheiro grande contendo uma pequenina banheira de hidromassagem.

Uma caixa retangular chamou a atenção da Guardiã, um bilhete escrito em caligrafia fina e talhada, o que Mary chamaria de “últimos retoques da vovó”, tomou o pedaço de papel nas mãos junto da caixa, e caminhou até o banheiro já ouvindo os passos de Legolas no corredor.

“Minha querida Marianne, queria dar-te algo que ainda não tivesses e que lhe viesse a ser útil (nem que apenas por esta noite), aproveite cada momento pois sendo este vivido ao lado da pessoa que amas, torna-se supremo. Um beijo de sua avó Margareth.”

Marianne riu-se das palavras da avó desenrolando a fita de seda que prendia a caixa, descobrindo em seu interior um reluzente roupão de seda rosa, junto de uma lingerie bordada de rendas negras.

Vestiu-se rapidamente (http://www.polyvore.com/marianne_legolas_first_night/set?id=73997851), pintando os lábios de carmim e pondo os sapatos com os quais viera. Inspirou uma tragada de ar, abrindo uma diminuta fresta na porta.

http://www.kboing.com.br/adele/1-1076932/

Legolas soltara as malas a um canto e tirara os sapatos e o casaqueto que lhe cobria os ombros permanecendo apenas com uma camisa de linho e calças de montaria, retirou do pescoço o colar de Marianne fazendo com que os longos cabelos loiros derramassem-se por seus ombros.

O elfo estava diante da grande janela de vidro que selava a varanda, Mary chegou-se devagar e o Sindar continuou a admirar a lua que iniciava-se a erguer-se no ceu escurecido.

- Uma bela noite – murmurou ele passando as mãos pela cintura da jovem e virando-se para encara-la – com uma bela dama.

- Com o elfo que de agora em diante posso chamar de meu – a guardiã acariciou a face serena de Legolas

- Sempre fui teu – respondeu o filho de Thranduil puxando a jovem para sentar-se em seu colo na beirada da cama

- Teus lábios inebriantes como o mais puro e delicado vinho – continuou o jovem a beijar o pescoço da esposa enquanto seus dedos ágeis baixavam o tecido sedoso do roupão da moça – teu corpo quente contra o meu....

Marianne calou-o com um beijo fervoroso traçando com a língua os lábios finos do elfo, este apertou-lhe as coxas com força fazendo-a arfar e estremecer pedindo por mais.

As mãos delicadas da jovem subiram por debaixo da camisa de Legolas tateando-lhe os músculos talhados, foi derrubada de costas, sentindo o corpo másculo de seu homem sobre si. O loiro despiu-a do roupão, dispondo-lhe beijos da base do pescoço até a planta dos pés, Mary ofegou tornando a engolfar o elfo com um beijo.

O filho de Thranduil trouxe Mary para seu colo novamente, ficando de joelhos sobre o tecido macio, a morena arrancou-lhe a camisa arranhando a pele exposta do elfo. Afastou-se então retirando ela mesma a roupa que ainda cobria seu corpo sob o olhar hipnotizado de Legolas.

O Sindar também despiu-se e ambos admiraram a nudez do parceiro antes de voltarem a unir-se, Marianne gemeu enquanto sentia Legolas dentro de si, agarrando os cabelos loiros com força, ondas de prazer a dominavam.

O elfo apertou-lhe as nádegas desenhando-lhe os mamilos eretos com beijos fervorosos, ambos chegaram ao ápice juntos desabando lado a lado sob o olhar atento da lua crescente encoberta por nuvens.

Beijaram-se novamente, o casal ofegava e o suor escorria lhes pelas frontes, Legolas deitou Mary em seu peito beijando-lhe o topo da cabeça com ternura.

- Amo você, mais do que tudo neste mundo – sussurrou ele

- Eu o amo mais – desafiou a moça rindo

Sentado em sua praia misteriosa, um elfo moreno observava aquele incomum casal pensando no que vira sobre o futuro de ambos. Erú illuvatar bem sabia que Marianne e Legolas seriam eternamente felizes, mas que teriam de passar por diversas provações para chegar a tal, porém esta é uma outra história...