A Guardiã escrita por Alatariel


Capítulo 21
A Sociedade se Desfaz


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, os nove integrantes chegam ao Argonath e são atacados por Uruk - hais, dei a minha visão a uma parte que pertence ao livro e ao filme, espero que gostem e mais uma vez obrigada pelos reviews!



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Os três pequenos barcos aproximaram-se das duas grandes estátuas, ambas com a mão esquerda erguida e espalmada para baixo, os olhos vítreos enxergavam além do que qualquer um poderia.
Segundo Aragorn dissera, estavam em Sarn Gebir e as estátuas de que vos falo, eram as Argonath, esculpidas a semelhança de Isildur e Anárion, os guardiãos silenciosos que protegiam as fronteiras da Cidade Branca.
- Olhem os Aragonath, os Pilares dos Reis! - gritou Aragorn - Passaremos por eles em breve. Mantenham os barcos o mais afastados possível e no meio da correnteza.
Frodo encolheu-se diante do olhar das grandes figuras e Mary deslumbrou-se devida tamanha imponência que emanavam, pegou-se imaginando se Aragorn seria um rei tão bom quanto pensara.
Após passarem pelos pilares decidiram por dar uma pausa no trajeto, largando os barcos as margens do Anduin e aproveitando para caminhar um pouco.
- Escondam os barcos, vou dar uma olhada lá encima - disse Aragorn
- Tudo bem - aquiesceu Gimli
- Vamos...explorar um pouco - Merry e Pippin começaram a adentar a mata
- Não se afastem muito - pediu Mary
- Graças aos deuses paramos um pouco - o anão alongou as costas
- Por que Gimli? Sentiu-se cansado? Não acredito que um anão tão importante quanto você esteja reclamando de um agradável passeio de barco. - brincou a garota
- É claro que não, só não queria estar com os músculos enrijecidos para o caso de ter de protege-los.
- Sabemos como nos defender muito bem Mestre Anão, isso eu lhe garanto - disse Legolas sorrindo
- O que acha Frodo? - Mary girou nos calcanhares procurando pelo hobbit, mas constatou que ele não estava lá - Deve ter ido atrás de Aragorn.
- Samwise e Bormir também não estão aqui - murmurou o elfo pensativo
- Devem ter ido explorar a região, o que nós, trabalhadores, não estamos fazendo - Gimli e os outros dois riram
Mary sentiu-se alegre apenas por alguns instantes, a pontada na nuca atingiu-a com tamanha violência que fê-la cair de joelhos, sua visão escureceu e então, não estava mais com Legolas e Gimli.
POV MARIANNE
Minha alegria se esvaiu- quando fui atingida por uma onda de dor de uma intensidade que não havia sentido antes.
Meus joelhos vergaram e caí na grama, lancei os olhos ao redor, mas minha visão tinha ficado turva e obtusa, não conseguia enxergar.
Foi aí que o vi, Saruman O Branco consultando o Palantír, que parecia rodopiar sobre uma mesa em formato oval.
Logo após estava em uma caverna, a vários metros abaixo do solo, o ar tinha cheiro de podridão e Orcs entravam e saiam sem parar, por lugares inimagináveis.
Vi então algo que deixou-me sem reação, um grupo grande de Uruk- Hais corria por entre árvores, todos com a mão branca de Sauron gravada em sua armaduras.
Despertei dos devaneios com Gimli abanando-me freneticamente com uma grande folha de árvore, estava escorada no peito de Legolas.
- O que há? - perguntou preocupado
- Estamos em perigo - sussurrei enquanto Legolas ajudava-me a levantar
- Onde raios está Aragorn? - resmungava Gimli
Ouvimos então gritos, não muito distantes, vinham unidos de grunhidos e exclamações em outra língua que imaginei ser a Língua Negra de Mordor.
- Vamos - falou Legolas já de arco em punho
Saquei minhas facas e segui-os imaginando se faria diferença naquela batalha.
POV TERCEIRA PESSOA
Aragorn já lutava contra uma horda de Uruk-hais suficientemente grande quando mais apareceram, não daria conta de todos sozinho.
Para sua surpresa, Legolas, Gimli e Marianne apareceram por entre os arbustos livrando-se de vários uruk-hais pelo caminho.
Mary saia-se bem, era esguia e forte, desviava dos ataques que lhe eram ofertados e sabia como e onde acertar para liquidar os inimigos.
A moça sentiu quando uma espada passou-lhe rente aos cabelos, arrepiou-se só de pensar no que ocorreria se tivesse lhe acertado. Foi acertada nas costas, mas por sorte carregava o escudo que os irmãos de Gondor lhe haviam dado, sendo protegida pelo mesmo.
Logo mais abaixo, onde havia uma declividade no terreno, Boromir lutava com unhas e dentes para salvar Peregrin e Meriadoc, não tendo acreditado no que fizera com Frodo.
Tinha afastado o Portador do Anel, a cobiça havia sido sua venda, sua perdição e ele temia que ela fosse responsável por sua queda.
Desesperado mandou que Pippin e Merry fugissem, tocando o chifre de Gondor para pedir ajuda aos outros que estava lá encima.
***
Marianne lutava contra um Uruk enorme até mesmo para Aragorn, ele era um ótimo guerreiro, mas isso não faria a mais nova integrante da Sociedade desistir.
Ouviram um som, que assemelhava-se ao de uma corneta e vinha de um barranco embaixo do lugar onde estavam.
- O chifre de Gondor! - gritou Legolas após derrubar dois uruk-hais com a mesma flecha
- Boromir - murmurou Aragorn - Mary!
A garota livrou-se do Orc gigante arrancando-lhe a cabeça com um golpe certeiro virando-se para o dunedáin e entendendo seu recado silencioso.
Correu na direção do barranco, que não era muito alto tendo a cobertura de Legolas e Gimli. Sentiu as veias queimarem, como se o que corresse dentro delas fosse ácido e não sangue, saltou na direção do barranco de braços estendidos, alçando voo.
Enxergou ao longe Boromir, que derrubava os inimigos, golpeando-os com sua espada, Merry e Pippin ajudavam-no jogando pedras no uruks.
A Fênix soltou um pio agudo e alto o suficiente para desviar a atenção de seus amigos, porém não pensou que poderia ser alvejada ao pronunciar-se daquela forma.
Logo flechas e pedras voavam em sua direção e a ave lutava para desvencilhar-se sem colidir contra os troncos de árvores que pareciam borrões na medida em que passava por eles.
Desviou-se de uma pedra que fora lançada pelo lado esquerdo torcendo que tivessem desistido de derrubá-la, comemorou cedo demais.
Sentiu o frio aço atingir-lhe a asa direita, não tinha sido um ferimento preocupante, mas foi o que bastou para que perdesse o prumo e se chocasse contra o duro tronco de um carvalho.
Desabou no chão com violência, sentindo que seus ossos teriam se estilhaçado se fosse apenas uma humana, o que não era.
Tentou em vão se levantar, voltando a cair de quatro, a floresta girava de maneira nauseante a sua volta, baixou a cabeça fechando os olhos com força para voltar a obter o foco quando sentiu um potente chute na lateral de seu corpo fazendo-a cair de costas nas folhas.
- Pássaros ridículos grunhiu a ururk-hai erguendo a espada pronto para desferir o golpe
Ao baixar o braço, sentiu algo atingir-lhe no pescoço, caindo de cara no chão, Legolas correu até Mary, ajoelhou-se ao lado do corpo da moça, que tinha um corte pequeno no braço, além disso um fio escarlate escorria de sua boca.
- Marianne ele passou as mãos pelo rosto da garota que permanecia de olhos fechados, o que o alentava era o fato de ouvir o coração da moça bater
- Não foi uma aterrissagem muito boa ela abriu os olhos verdes erguendo-se com um gemido de dor
- Algo quebrado? Está realmente bem? quis saber o elfo
- Creio que não respondeu limpando o sangue que escorria de sua boca Temos que ajudar Boromir.
- Tem razão, vamos ele escorou o corpo de Mary na direção em que o príncipe de Gondor estava
***
Boromir ouvira o aviso de Mary, estavam trazendo ajuda para ele e para os pequenos. Passou a desferir os golpes com maior violência, sabendo que precisava manter os dois hobbits a salvo.
Meriadoc e Peregrin lançavam-se sobre as criaturas que deviam ter o dobro de sua altura, mas nem um quinto da coragem que os dois garotos tinham.
Decapitara um dos enormes orcs quando sentiu algo atingir-lhe o abdome, cambaleou caindo de joelhos e logo após erguendo-se e voltando a lutar.
Respirava com dificuldade, a flecha havia atrevessado-lhe as roupas, mas não iria desistir, porque a culpa que lhe remoía era maior do que qualquer dor física.
Lurtz não pararia de lançar as flechas enquanto não derrubasse seu alvo, atirando assim a segunda flecha que alojou-se logo abaixo da primeira.
O homem deu três passos para trás caindo de joelhos e lançando o olhar para seu carrasco que mantinha uma expressão de prazer nos olhos amarelos.
Virou-se para Merry e Pippin, que desolados mantinham-se juntos, seus olhos já cheios de lágrimas.
Porém a persistência de Boromir mais se equivalia a teimosia de um anão e foi tal persistência que fê-lo levantar e continuar lutando, ofegava e cada respiração lhe doía.
Após ter três flechas cravadas no peito, desabou não levantando mais, os hobbits lançaram-se sobre os uruk-hais, deseperados e sem nenhuma saída aparente.
Não havia mais o que fazer, os pequenos foram pegos pelos inimigos e levados para longe, Boromir não conseguia mais se levantar e apenas assistiu a triste cena.
Os grandes orcs passavam pelo homem cravejado por flechas, como se não o notassem, mas Lurtz não contentar ia-se sem ver o homem morto.
Parou na frente do filho de Denethor preparando-se para disparar a quarta flecha quando Aragorn apareceu para impedi-lo.













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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Espero que tenham gostado gente!
Bjosss