Back to Start (em hiatus) escrita por asthenia


Capítulo 21
XX — Missão para o Hokage


Notas iniciais do capítulo

Por onde eu começo? Meus pedidos de desculpas estão ficando cada vez mais repetitivos, eu sei. :(
É meu último ano de faculdade, ano do TCC, de estágio, trabalhos, formatura... Tanta coisa que acabo deixando de postar. Mas é como eu SEMPRE digo: demoro, mas atualizo! Eu juro! E leio todos os comentários, sem exceção. Fiquei feliz por muitos de vocês continuarem me acompanhando mesmo com a demora. Sério, vocês são os melhores leitores do mundo! Não estou respondendo as reviews pela minha (excessiva) falta de tempo, mas podem me deixar mensagens que eu respondo. Obrigada mais uma vez, e aí vai mais um capítulo fresquinho pra vocês.



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I have to know

If you flew away with me

The faster I go

The further away it seems we get

And floating our way out.”

Eu tenho que saber

Se você voou para longe de mim

Quanto mais rápido eu vou

Mais longe parece que estamos

E flutuando para fora de nosso caminho.

( Always Running Out Of Time – Motion City Soundtrack )

.

Ouvia os sons que ela fazia, como se fossem canções doces para seus ouvidos e sentou em um banco em frente ao balcão que dava na cozinha. Ela estava ali, na cozinha de sua casa, com algas e legumes, dizendo algo sobre preparar algo novo para o almoço. Parecia até um sonho distante numa noite fria, mas tudo era real. Ele a viu prendendo o cabelo rosado e voltando a atenção aos legumes. Sorrio de soslaio. Não sabia o que era aquela sensação boa, não tinha como dar nomes ao que sentia, só sabia que gostava de tê-la por perto e se sentir seguro com ela. Sim, Sasuke Uchiha se sentia seguro com a Haruno com olhos marcantes. Ela era a mais bonita das flores que já havia visto.

— Eu quero que me conte algumas coisas, Sakura.

Ele disse, sem qualquer expressão marcante ou carrancuda no rosto. Ela virou as costas depois de colocar os legumes para cozinhar e passou a observá-lo curiosa. Sakura estava aprovando aquele novo temperamento tolerável de Sasuke, mesmo que sorrisos fossem algo raro.

— Que coisas? – perguntou, fixando seu olhar no Uchiha.

— O que eu perdi enquanto estive fora.

Sakura soltou os braços ao lado do corpo e acabou por ficar tensa. Sentiu o rosto avermelhar. Na verdade, mesmo com a áurea do local estando mais amena, dentro dela a insegurança às vezes lhe atingia. O tempo que Sasuke estava fora não era algo memorável a ela, não de forma positiva. Rapidamente sua mente lhe levou no dia em que ele deixou a vila. Que chorou até os olhos arderem e o ar faltar. Que todos os dias eram novas batalhas para serem vencidas e que, depois de um determinado tempo, decidiu afundar todos os seus sentimentos por ele no lugar mais obscuro de seu coração. E lá estava ela, sem saber o que responder.

— Você quer dizer com a vila? – ainda tinha esperanças que aquela pergunta não se restringisse a ela.

— Você entendeu. Como você ficou. – ele perguntou curioso pela forma em que ela reagiu.

Sakura respirou fundo. Uma, duas vezes. Encolheu um pouco os ombros pela forma fixa que ele a olhava.

— Sasuke, não sei se isso é conveniente.

Ele bufou, rolou os olhos e cruzou os braços no peito. Não estava gostando nem um pouco do jeito que ela evitava falar do passado em que ele não participava. Pensou que estivesse escondendo algo dele, por vergonha ou receio, porém, nenhum dos motivos lhe era suficiente, a não ser pelo conteúdo do que ela escondia. E sua mente logo se lembrou da cena em que Rock Lee a puxava pelo braço para sabe se lá onde. Todos da vila em que conheciam a determinação de Rock Lee para ser o maior dos jounnis, também sabiam da determinação que ele tinha em conquistar Sakura. No começo Sasuke acreditava ser apenas implicância de sua parte, mas agora, sem raciocinar direito, fez uma ligação do passado de Sakura em que estava ausente com a aproximação de Lee. Não pode evitar o incômodo que surgira.

— Isso tem a ver com Rock Lee.

— O quê? – Sakura estranhou o nome de Lee aparecer, de repente, naquele interrogatório de Sasuke – O que ele tem a ver isso?

— Eu vi você com ele outro dia de mãos dadas.

Sakura não entendeu. Reparou no olhar duro de Sasuke e na sua expressão nada satisfatória. Franziu o cenho e finalmente se lembrou da insistência de Rock Lee para almoçarem juntos, em que ele a puxou pelas mãos a caminho do Ichiraku Ramem. E, sem aviso algum, deixou escapar um riso baixo e inocente, o que endureceu ainda mais a expressão de Sasuke.

— Sakura. – ele pronunciou bravo – Está rindo de mim?

— Não, Sasuke-kun. Estou rindo da sua cara. – o sorriso dela, espontâneo e aberto o acalmou, mas não deixou transparecer, sustentando a mesma expressão dura. – Lee é só um amigo. Nunca teve espaço para outra pessoa na minha vida... Além de você.

Sasuke continou olhando-a, de forma mais terna e amena. Saiu detrás do balcão e foi até ela na cozinha, ficando frente a frente com ela. Tudo, absolutamente tudo estava indo contra sua frieza. Sakura falava e ele se sentia a mercê de suas vontades. Sentia-se frágil, e tinha que assumir, sentia que ela tinha o direito de abandoná-lo, sem aviso, deixando claro que tudo era causa do sofrimento que o Uchiha a fez passar. Ela apertou os lábios e respirou fundo quando estava próximo dela.

— Eu quero resolver as coisas com você. Quero te entender e entender o que eu te fiz passar, por isso você tem que me dizer como ficou enquanto não estava aqui.

— Não quero que se preocupe, Naruto e eu-

— E não quero ouvir nada sobre Naruto, Rock Lee ou qualquer outro homem que esteve perto de você. – concluiu, deixando um riso de lado aparecer.

Sakura sorriu de novo. Vê-lo ali, na sua frente, pronto para se resolver com o passado e com ela, fez com que ela se sentisse segura. Aproximou dele, levantando os pés, e seus lábios tocaram de leve os de Sasuke. Ele retribuiu o beijo rápido e ouviu o suspiro alto que ela deu.

— Você perdeu muita coisa.

—/-

Masako andava de um lado para o outro, enquanto ouvia Hiashi na outra sala conversando com um servo Hyuuga. Os cabelos que sempre foram colocados para trás com cuidado, aparentemente estavam fora do lugar. Respirou fundo e continuou prestando atenção no que Hiashi dizia. Fechou os olhos e se focou nas palavras daqueles que estavam no cômodo ao lado.

“E-Eu lamento Hyuuga-senpai, mas nenhum dos soldados Hyuuga mandaram notícias de sua filha.”

“Quero que cheque de novo.”

“Acabei de vasculhar o perímetro para ver se há algum soldado trazendo notícias, mas até agora-“

“Faça de novo.”

“Está bem.”

A cabeça de Masako doía. Hoje fazia três dias desde que Hinata havia partido e até agora nenhum dos soldados Hyuuga havia sequer mandado qualquer notícia ou comunicado que estivessem bem. Aquilo fez um calafrio terrível subir pela espinha de Masako. Apertou as mãos sobre as próprias coxas, sentado no canto da sala. Tomou a decisão certa e se levantou rapidamente, com passos largos e rápidos. Sabia quem poderia ajudá-lo e não hesitaria em contar a verdade, já que agora quem estava em risco era todo seu clã.

Os passos rápidos o fizeram chegar em questão de poucos minutos até o prédio do Hokage. Parou em frente à Shizune e fechou a mão, apertando os próprios dedos. A mulher, da qual se assustou com um membro do conselho ali, logo imaginou que a presença deveria ser em relação à Sasuke e Sakura. Já imaginava que após isso o humor de Naruto não seria dos melhores.

— O que deseja?

— Preciso falar com o Hokage-sama agora mesmo. É urgente.

Shizune se levantou inquieta e entrou rapidamente na sala de Naruto e, logo em seguida saiu, deixando Masako entrar. A expressão dele não era nada calma, o que fez com que Shizune sentisse que algo ruim estava prestes a acontecer.

—/-

Estava aliviado de poder – pelo menos naquele dia – acordar após as dez horas da manhã. Não aguentava mais os horários matutinos e a insistência de Temari que acordar cedo fazia bem a saúde. Aquilo era realmente problemático demais. Seu noivado com Temari já estava no segundo mês e ambos estavam felizes. Shikamaru fingia, na maior parte do tempo, estar se importando com a cor das flores da cerimônia, com os canapés, ou qualquer coisa que ela dissesse que era importante para o casamento. Suspirou pesadamente. Estava feliz por sua união com ela, mas sabia que teria que se acostumar ao seu temperamento difícil.

Observou Shizune distraída em sua mesa com alguns papéis. Já estava a quase quinze minutos esperando para falar com o Hokage sobre suas investigações, e de acordo com a sua assistente, este estava conversando com um membro do conselho, o que Shikamaru poderia se preocupar. Ser o conselheiro pessoal do Hokage e estrategista-chefe, ocupando o lugar de seu pai, não era tão fácil. Principalmente se tratando de Naruto como Hokage, hiperativo e ansioso, no entanto que possuía um enorme coração.

Seus devaneios foram interrompidos quando ele ouviu um estrondo de dentro da sala do Hokage. Shizune também havia se assustado e sem qualquer aviso Shikamaru abriu a porta, seguido pela assistente do Hokage e se surpreendeu com a cena. De um lado, próximo à entrada, estava Masako no chão limpando a boca que respingava sangue, e do outro Naruto com as mãos fechadas e os olhos quase vermelhos, cheio de fúria. Não precisou de mais do que isso para que o Nara entendesse o que havia acabado de acontecer ali.

— Por que você bateu nele, Naruto? – perguntou Shikamaru, indo em direção ao Hokage que parecia estar fora de si. Shizune ajudava Masako a levantar do chão.

— Pergunta o que esse imbecil fez! – Naruto respondeu, olhando fixamente para Masako.

Naquele instante, ele descobriu que alguma coisa estava completamente errada. Mesmo que o Uzumaki não tivesse paciência em certas ocasiões, o cargo de Hokage havia mudado alguns aspectos de sua personalidade. Ele exigia mais calma e conseguia quando necessário, mas para ele dar um soco certeiro em um conselheiro de Konoha, era certo que aquele cara havia feito alguma coisa muito séria.

— Shizune, quero que mande chamar a obaa-chan e Sasuke agora mesmo!

Ela assentiu com a cabeça enquanto Masako conseguia se levantar sozinho.

— Eu só peço que por favor... – o Hyuuga tentou falar, e logo se calou quando encontrou seus olhos nos azuis de Naruto. Ele não pode deixar de estremecer quando as palavras do mais jovem estavam baixas e ele continuava sustentando o olhar fixo.

— Some da minha frente antes que eu queira arrancar todos os dentes da sua boca! E não se preocupe com a sua família e a sua amante. Mas sobre você eu não posso dizer o mesmo.

Sem qualquer aviso prévio, Masako se afastou e saiu da sala. Shikamaru acompanhou com os olhos a saída de Shizune e do Hyuuga e depois voltou sua atenção a Naruto, que parecia estar transtornado. Algo muito sério estava acontecendo e ele sabia que aquele problema atingiu Naruto diretamente no emocional. Cruzou os braços e esperou que Naruto lhe contasse o que estava acontecendo.

— Estou esperando. – Naruto ouviu a frase do Nara e após pegar alguns objetos ninjas olhou decidido o seu conselheiro.

— Você, eu e o Sasuke estamos indo para uma missão agora mesmo.

—/-

Abriu os olhos lentamente, sem reconhecer de primeiro momento onde estava. Encarou o teto branco e sentiu todo o corpo doer e a cabeça pesar feito chumbo. Hinata olhou para os lados, lentamente e identificou que estava em um quarto devidamente arrumado. A cama da qual estava deitada era de casal, com lençóis tão brancos como a parede e o teto. Forçou a se sentar, mesmo que as suas pernas não se movessem direito. Estava com tontura e sentiu um forte enjoo. As lembranças foram voltando e ela pode concluir que caiu em uma emboscada. Tinha que planejar algo para que saísse de lá o quanto antes. Alertou-se quando ouviu alguns passos próximos a porta e logo voltou a deitar e fechar os olhos, fingindo ainda estar inconsciente. Segurou a respiração quando ouviu o barulho da maçaneta e a porta ser aberta.

“Aqui está!”, ela identificou a voz de Shinji, aparentemente alegre e macabra, ”Essa era a surpresa!”

“Você trouxe a Hyuuga pra cá? Ficou louco Shinji?”, outra voz, um pouco mais amena que a de Shinji.

“Não fale assim da minha noiva, Minoru-san. Ela vai nos ajudar a descobrir mais sobre seu clã e-“

“Já chega Shinji, você está ficando louco e eu não vou correr risco de vida por causa da sua insanidade!”

Hinata ouviu os passos de ambos os ninjas se afastarem e fecharem as portas. Ela se forçou a sentar de novo e apoiou a cabeça em uma das mãos. Nunca, em toda a sua vida, sentiu uma dor tão forte a ponto de arderem seus olhos. Algo de muito estranho estava acontecendo com seu corpo, e ela não conseguia entender o que era. As pernas estavam fracas e se colocou em dúvida se tinha forças para caminhar. Ela tinha que planejar algo antes que aquelas pessoas voltassem e pudessem lhe fazer mais algum mal.


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Notas finais do capítulo

É, senhor Uzumaki resolveu por a mão na massa!
Espero não demorar tanto pra atualizar de novo... Mas o próximo capítulo já está em andamento!
Obrigada gente, beijos e até o próximo. (:



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