Back to Start (em hiatus) escrita por asthenia


Capítulo 18
XVII — Festival de frustrações


Notas iniciais do capítulo

Olá gente linda! :3
Vim com mais um capítulo de Back to Start. Nunca pensei que chegaria ao décimo sétimo capítulo e que tem muita coisa pra acontecer ainda! E além de tudo chegamos a mais que 400 comentários! Isso é muito lindo, vocês são lindos! Espero que tenham gostado da nova capa!
Como eu prometi, fiz um capítulo mais longo, e pretendo continuar assim. Queria agradecer a recomendação da linda da mandiproost! Esse capítulo é pra você, só porque somos muito parecidas, haha. ♥
Leiam as notas finais, por favor. Boa leitura! (:



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"Looking at all or nothing

Babe, it's you and I

With you I know that I'm good for something,

So let's go, give it a try

We got our backs against the ocean,

It's just us against the world."

"Olhando para tudo ou nada

Querida, somos eu e você

Com você eu sei que sou bom para alguma coisa

Então vamos, dê uma chance

Nós estamos de costas para o oceano,

Somos apenas eu e você contra o mundo."

( All or Nothing - Theory Of a Deadman )

.

Entre o silêncio e os sons dos hashis em contato com as louças da mesa, Sakura levantava os olhos e visualizava o Uchiha, concentrado na sua refeição. Sentiu-se incomodada por encará-lo tanto, mas ela ainda tentava, através das suas observações, desvendar as atitudes de Sasuke ou simplesmente achar uma forma de entendê-las. Após limpar a boca com o guardanapo branco em cima da mesa, percebeu que os olhos de Sasuke estavam a fitá-la, minuciosamente.

— Quer me falar alguma coisa, Sakura?

Ela abriu a boca e fechou novamente. Não se achava no direito de pedir qualquer coisa, mas já fazia alguns dias em que estava ansiosa para ir ao festival. Essa era a primeira comemoração depois da quarta grande guerra ninja, e também a primeira desde que Naruto havia assumido o cargo de Hokage. No entanto, ela tinha consciência de que era perigoso sair acompanhada de Sasuke, devido a comentários maldosos, e principalmente, porque o Uchiha não era o tipo de pessoa que apreciava festas do tipo.

— Você vai ao festival?

— Naruto pediu para que eu fosse com ele hoje, – disse, sorvendo de um gole de chá verde – mas eu ainda não sei.

— Entendo. – Distraída, ela mexeu com um dos hashis no meio do yakissoba.

— Por que a pergunta?

Sakura levantou os olhos mais uma vez e ele a encarava, inexpressivo. Ela se perguntou como é que ele conseguia ser tão frio e indiferente a tudo, enquanto ela fervia por dentro e por fora, apenas pela presença dele.

— Eu fiquei curiosa para saber como Naruto deve ter se saído pra organizar esse festival.

Sasuke olhou para ela e, de um jeito estranho, ela pôde observar como a feição do Uchiha havia mudado e se fechado, de repente. Ele se levantou, levando o próprio prato para a pia sem dizer uma palavra, mas Sakura notou a força com que ele apertava os hashis entre os dedos. Ele se voltou a ela, que continuava sentada, estranhando toda aquela atitude repentina do moreno.

Ele cravou os olhos nela mais uma vez. Algo dentro dele começava a cutucar e inflar. Talvez, fosse devido aos comentários que ele ouvia todas as vezes em que saia de casa a respeito do “casal perfeito”, do Hokage e de Sakura juntos, os dois maiores aprendizes dos grandes sannins e entre outras coisas. Era irritante para ele que essas pessoas formulavam hipóteses de como seria o filho do casal “poderoso”, e que graças a governantes como Naruto, a paz reinava novamente ao local, ou então a noiva dele que sempre estava do seu lado.

Como se fosse para piorar tudo aquilo, ele chegava à sua residência e ouvia Sakura também falar de Naruto, que mesmo através de um tom curioso, era um problema tanto quanto os comentários da rua. Mesmo que ela não lhe direcionasse olhares de dúvida e receio a Sasuke como os habitantes de Konoha, simplesmente aquele comentário já bastava, trazendo-lhe um mau humor e a sensação de incapacidade nele, justamente porque as pessoas tinham grande parcela de certeza de que ninguém pudesse fazer uma mulher tão feliz e protegida além do Hokage, como se o Uchiha fosse o perigo em pessoa.

— Vá com o próprio Naruto e pergunte a ele.

Antes que ela pudesse falar qualquer coisa, o moreno saiu em passos rápidos do cômodo, encaminhando-se ao próprio quarto no andar de cima. Sakura continuou atônita, sentada na mesa, repassando toda a cena em sua cabeça, procurando descobrir o que havia feito de errado para que Sasuke agisse dessa forma. Existiam momentos em que ela achava que era capaz de entendê-lo, e outros que chegava a conclusão que era impossível descobrir o que se passava na cabeça dele. Suspirou pesadamente apoiando a própria cabeça em uma das mãos, na mesa. Aquela convivência ainda causaria transtornos.

—/-

A ideia de ir ao festival parecia patética, mas ele ao tinha escolha. Sendo o Hokage, ele deveria estar lá o quanto antes, para cumprimentar a todos, apresentar a festa aos visitantes, e fazer um discurso de boas-vindas. Teve a necessidade de inventar uma desculpa para justificar a sua ausência no primeiro dia de festival, o que foi o suficiente a alguns conselheiros que perguntaram curiosos. Sorriu a alguns comerciantes que passavam, e nem ele era capaz de acreditar no seu talento nato em fingir que estava tudo bem.

Nenhum daqueles civis sabia, mas o Hokage teve uma noite mal dormida, e também banhada a saquê e Shochu, um destilado de batata doce que algum visitante trouxe de presente para ele. Depois, caiu de cansaço e sono na cadeira do próprio escritório, enquanto o rosto, o cheiro, e o nome de Hinata lhe enchiam os sentidos e o pensamento. Por fim, assim que acordou e viu o estado em que se encontrava resolveu tomar um banho e chegou a uma única conclusão de que precisava esquecer a Hyuuga. Ele era capaz de ver o mal que ele causava a ela, a dor, e principalmente as situações ridículas que a expunha, até mesmo num posto de amante. Talvez o noivo do sorriso estranho a fizesse feliz mais do que ele poderia, não apenas por conter a maldita linhagem Hyuuga, mas também porque ele não a faria sofrer como o próprio Uzumaki fazia.

Seus passos foram parando até chegar à entrada do Distrito Uchiha e observar, de longe, sua colega chegando com passos calmos e sem pressa até ele. Após a insistência para que Sasuke acompanhasse o Hokage ao festival, e o mesmo negar, ele decidiu chamar Sakura que aceitou. Ela carregava uma feição ainda mais deprimente que a dele.

— Yo Sakura-chan! – ele falou, dando um leve sorriso.

— Oi Naruto. Você está meio pálido... Está bem?

Naruto sorriu, fazendo com que ele e Sakura tomassem o rumo ao festival. Ele achava cômico como a Haruno o conhecia tão bem a ponto de saber que alguma coisa estava errada, apenas olhando a expressão baixa do Uzumaki.

— Você também não parece estar bem, ‘ttebayo.

Sakura se surpreendeu, mas nada disse. Apenas bufou, respirou fundo, e falou de vez ao loiro do seu lado.

— É o Sasuke. Ele está estranho comigo.

— E quando foi que ele foi normal?

Sakura ficou momentaneamente alegre por conseguir tirar um riso de Naruto, mesmo que ele tenha sido baixo e sem graça. Observou a face dele, e era impossível não reparar no quanto o seu amigo cabeça-oca havia amadurecido durante todo o tempo que se seguiu desde se conheciam. Não era pra menos que todos os suspiros femininos de Konoha haviam se transferido de Sasuke para Naruto. Ele era um homem atraente, ela tinha que reconhecer, e além de tudo as atitudes amistosas dele não passavam despercebidas pelas suas admiradoras.

— Eu tenho que me acostumar a ele.

Naruto concordou com a cabeça e continuou em silêncio. Aquilo sim era algo novo dele, silêncio, e que era desconfortável para Sakura.

— Estou esperando você me contar porque está assim.

— Você nem desconfia? – riu sem graça, voltando seu olhar ao chão e depois para frente – Há alguns dias atrás eu estive com Hinata. Achei que tínhamos resolvido as coisas, mas... – respirou fundo - eu fiz besteira e a perdi de novo.

— Vocês deviam conversar e tentar se resolver. – Sakura estava compreensiva e atenta a ele.

— Não, nós já tentamos e não adiantou. Além de que – sua expressão tornou-se dura e precisa – ela decidiu que vai se casar com aquele esquisito, e eu também não tenho nenhuma linhagem Hyuuga pra ela poder se relacionar comigo. Argh, como isso me irrita, dattebayo!

Os dois voltaram a ficar em silêncio. Cada um estava pensando nos problemas que carregavam, e em como enfrentariam. Naruto forçou um sorriso, assim como Sakura, quando chegaram ao festival e alguns civis, shinobis e colegas se aproximavam para cumprimentá-los e conversar com ambos. Ela sorriu pra ele, assim que o loiro disse que tinha algo a cumprir, e sibilou, sem qualquer som, enquanto se afastava “boa sorte”. O mesmo sorriu e agradeceu, e foi levado por um organizador do festival até o palco, montado exclusivamente ao Hokage.

—/-

Caminhava receosa e com o coração entre as mãos, enquanto observava cada canto do festival, entre as pessoas e as barracas, com medo de encontrar com Naruto. Na verdade ela não estava preparada para vê-lo novamente, justamente porque a ferida ainda estava aberta e sensível. Entretanto, por insistência de Shinji, acabou aceitando o convite de ir com ele até o festival.

Os três caminhavam sem pressa e distraídos pelos enfeites e pessoas, sem mesmo notar que Hinata estava nervosa e insegura. Shinji gostava de ressaltar que o material usado para os enfeites não era o de melhor qualidade, enquanto Neji fingia que ouvia, assim como Hanabi. Hinata continuava quieta, atenta, e amedrontada a respeito do que faria caso encontrasse o Hokage. Mesmo com essa situação, ela continuava ereta, enquanto entre seus dedos apertava um pequeno pedaço de papel, disfarçando sua situação. Seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu a voz de Shinji chegar a seus ouvidos.

— Você não acha, Hinata-sama? Esse tipo de enfeite está fora de mão. Acho que por ser um primeiro festival depois de uma grande guerra, deveriam colocar mais detalhes e cores.

— Na verdade eu achei tudo muito bonito.

Ele se virou para ela que se mantinha em pose. Viu que ele sorriu abertamente, e se assustou com a aproximação dele a uma de suas mãos, puxando até seus lábios selando um beijo cortês. O rosto da Hyuuga ficou da cor de um tomate maduro, e ela continuou a encarar os olhos de seu noivo.

— Você é sempre tão boa. – ele falou soltando-se da mão dela e a olhando mais profundamente – É a mulher mais generosa que eu conheço.

Não pôde evitar sentir seu coração chegar à boca, e o nervosismo aumentar mais ainda com aquela cena que ele a envolvera. Nenhum homem havia se aproximado dela daquele jeito – além de Naruto – e a timidez não hesitou em aparecer. Precisou acalmar a respiração, repentinamente, e voltou seus olhos ao palco, poucos metros dali, quando um homem chamava a atenção do público.

— Atenção, atenção toda população de Konoha! O Sexto Hokage veio hoje apresentar e dar boas-vindas a todos ao nosso festival!

Muitas palmas, gritos e assovios se seguiram e Hinata voltou a prender a respiração. Sentiu as mãos tremerem levemente e segurou uma na outra, tentando não parece nervosa. Passou a encarar o loiro que acabava de aparecer no palco.

— Olá a todos de Konoha! – gritos e palmas se seguiram assim que Naruto abriu um sorriso brando no rosto – Eu espero que vocês gostem do festival’ttebayo, e aproveitem bastante. Infelizmente no primeiro dia de festival eu... – enquanto os olhos dele passeavam pela multidão que lhe dava atenção, ali no meio ele achou um par de luas que o olhava atento e receoso. Ele olhou firme a aqueles olhos, sem se importar com nada, continuando com seu discurso. – Eu não pude vir porque estava resolvendo algo muito importante, mas eu espero que todos vocês aproveitem, dattebayo. Obrigado.

Hinata ficou paralisada quando os azuis dos olhos de Naruto a encaravam. Ainda mais ficou sem ação quando o Hokage terminou seu discurso e saiu às pressas dali. Ela tinha certeza que talvez ninguém tivesse percebido a atitude do Hokage, além dela, e algo começou a doer ainda mais forte dentro em seu coração. Fechou os olhos e apertou os lábios, enquanto segurava as lágrimas. Agora, mais do que nunca, ela precisava ser forte.

—/-

Sakura saiu com passos rápidos, apressada em direção a Naruto que assim que saiu do palco se afastava mais do aglomerado de pessoas. A Haruno foi capaz de alcançá-lo e identificou que algo havia acontecido quando, no meio do público, viu o olhar dele mudar, focando em apenas a alguma coisa, e ele sair rápido, despedindo-se de qualquer forma ao público que estava ali para vê-lo.

Ela chegou até ele e o segurou por um braço, com força, fazendo com o loiro parasse na hora, já que todos os chamados por ele foram em vão. Ele se virou, e a encarou, soltando um suspiro longo, até que uma de suas mãos tocasse a testa, num sinal de impaciência.

— Eu preciso sair daqui, Sakura-chan.

— Você precisa se acalmar!

— Me acalmar? – soltou um riso irônico – A Hinata tá com aquele estranho aqui no festival. Eu não suporto ver isso. Ela ficou me olhando e... – rangeu os dentes – eu não posso fazer nada, ‘ttebayo! Eu preciso beber alguma coisa!

— Não, Naruto! – Sakura apertou mais o braço dele, impedindo que ele continuasse – Você acha que beber vai adiantar alguma coisa?

Ele suspirou derrotado, e Sakura afrouxou o aperto em seu braço. Olhou para a sua ex-colega de time e voltou com mão na testa. Não se reconhecia mais. Como estava sendo capaz de fraquejar e desistir justo agora? Tinha quase tudo com que sempre sonhou, e de repente, sentia-se fraco e impossibilitado de fazer qualquer coisa. Ele se lembrou, brevemente, da noite que havia prometido a Hinata que nunca desistiria dela. Mesmo tudo estando tão difícil, essa ideia não parecia fraca na sua cabeça, e ele precisava tomar forças novamente e não desistir dela. O problema era se sentir um carrasco por tudo. Pelo sofrimento de Hinata, e por uma burrice tão grande de entregá-la a um homem que ela sequer amava. Olhou para Sakura e viu o olhar dela preocupado.

— Sakura-chan... E-eu não consigo desistir dela.

Sakura sorriu, compreensiva e também amigavelmente, quando sentiu que Naruto precisava de um apoio. Ele estava ali, contando-lhe tudo o que pesava em seu peito, e ela sabia que tinha que ajudar o amigo, como se fosse uma obrigação. Ele a abraçou forte e ela retribuiu o abraço, e os dois ficaram alguns segundos estáticos, ouvindo a respiração um do outro, enquanto no peito algo ardia. Ele se soltou dela e riu sem graça, e assim começou a contar todo o ocorrido a Sakura. Ela, que ouvia com atenção, estava sendo flexível ao loiro de olhar baixo. Os dois resolveram caminhar com passos leves e sem pressa de volta ao festival.

—/-

Os olhos negros procuravam por algo no meio da multidão, mas nada encontrava. Os braços cruzados no peito ressaltavam os músculos providos de treinamentos pesados, e também lhe causavam olhares femininos que ele poucos notava. Sasuke bufava, esporadicamente, por não conseguir achar no alcance de seus olhos qualquer vestígio de Sakura. Perguntou-se mais de uma vez porque viera atrás dela, e mesmo sem resposta, não virou as costas e voltou para a sua casa. Na verdade, ele não queria deixá-la sozinha. Seja sozinha desacompanhada, ou sozinha com Naruto. Mesmo que sua cabeça estivesse lhe dizendo o quão infantil estava sendo, ele não conseguia evitar o sentimento de possessão sobre Sakura. Ela era dele, e isso era certo, e Sasuke não precisava gritar aos quatro cantos essa verdade, ele guardava para si mesmo.

— Sasuke-kun! – Ele ouviu uma voz feminina dizer num susto, atrás de si, seu nome ser dito. Ao se virar a surpresa não poderia ser maior.

— Karin? O que faz aqui?

A ruiva abriu um sorriso e soltou um suspiro, caminhando lentamente até ele. Sasuke não mudava a sua expressão de indiferença, e Karin já estava acostumada. Fez um juramento que nunca mais se aproximaria do Uchiha, pelo mal que ele havia feito e também por resolver aniquilar todo e qualquer sentimento que a ele era direcionado. Porém, não pôde evitar a curiosidade de falar com ele mais uma vez, quando viu a pose altiva e desconfortável que o moreno se encontrava.

— Eu gosto de Konoha, e me mudei para cá há alguns dias.

Sasuke nada disse e voltou seu olhar ao aglomerado de gente a sua frente, enquanto Karin se posicionava ao seu lado. A mágoa que ela sentia por ele havia se tornado maior do que qualquer admiração. Mesmo assim, não podia negar que ele ainda era capaz de mexer com ela, de uma forma que não era capaz de resistir. Notou que ele não falaria mais nada e continuou com o assunto, simplesmente porque não queria sair do lado dele.

— Como está a sua vida?

— Isso não é da sua conta.

— Não, não é. – ela respondeu, arrumando os óculos no rosto, impedindo que eles caíssem até a ponta do nariz – Mas é só pra não acabar o assunto. Você parece chateado.

Sasuke nada respondeu e fechou seus braços mais forte no peito. Karin deixou escapar um sorriso promissor, internamente satisfeita por ver que ele reagiu ao comentário dela. Tinha certeza que ele nunca lhe contaria o que tanto o incomodava, mas mesmo assim iria continuar ao lado dele tentando descobrir. Afinal, desvendar o Uchiha sempre foi uma tarefa interessante a ela.

—/-

— Obrigado Sakura-chan.

Naruto sorriu a ela e recebeu outro sorriso em troca. Sakura havia convencido – após uma bronca daquelas – que Naruto trocasse o álcool por um chá quente, e ele acabou aceitando para evitar uma surra. Ele tinha a impressão que mulheres grávidas poderiam ser mais temperamentais, ainda mais se tratando de Sakura. Os conselhos dela e o ombro amigo estavam não só aliviando os pesares de tudo, mas também o ajudando a pensar. Ela tomou um grande gole do chá e voltou a ouvi-lo.

— Eu vou descobrir como ela achou esse documento.

— Faça isso. A partir daí você vai conseguir lidar melhor com tudo isso.

Ele sorriu de leve e voltou ao chá. Sakura passou, distraidamente, seu dedo indicador a borda da xícara que tomava, assimilando também os próprios sentimentos. Queria de alguma forma ajudar Naruto, mas como poderia se nem ela mesma conseguia se ajudar? Voltou seu olhar a multidão e se arrependeu por feito nos segundos seguintes.

Não, não poderia evitar de tê-lo feito. O ponto vermelho e exótico no meio de todos os comerciantes, shinobis e civis chamaria a atenção dos olhos dela. Ainda mais quando aquele mesmo ponto se tratava de Karin ao lado de Sasuke, de braços cruzados. Era certo que nenhum dos dois seria capaz de ver a Haruno ali, olhando a cena, por estar bem afastada. Os olhos dela se focaram na cena, e a verdade era que pensar nos dois como um casal nunca foi um absurdo, levando em conta os sentimentos da ruiva a ele. Sentiu um bolo se formar na garganta, além da raiva e da vontade de chorar que lhe encheu o peito. Mas nada disse e nada fez. Voltou seus olhos ao chá e as costas aos dois ex-integrantes do time Hebi. Ela tinha que ser mais forte que isso. 




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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Será que esses quatro vão se resolver logo?
Não se preocupem muito com a Karen, haha, não trouxe ela de volta pra ser a vilã da história (até porque eu gosto dela), talvez só pelos olhos da Sakura.
Semana que em eu volto pra minha correria de trabalho/faculdade/vida social e tudo mais. Por isso há uma grande chance das minhas postagens demorarem, mas eu não vou abandonar a fic, não se preocupem. :)
Então beijos e até o próximo capítulo! ♥