Meu Namorado De Mentira escrita por Bells


Capítulo 27
Segredo Desvendado


Notas iniciais do capítulo

Olá.
Desculpa a demora, mas acabei o capítulo agora. Não consegui nem 20 review's, mas eu quero acabar a história logo... Então, desta vez eu deixei passar... Mas que isso não se repita! k Enfim, obrigada aos que compareceram.
Quanto ao capítulo... Eu odiei ele!
Apenas isso, eu odeie escreve-lo, mas... Aqui está ele.
Boa Leitura.
Capítulo não revisado.



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- Agatha, chegou o momento. - Patrick disse depois de alguns minutos de silêncio das ambas das partes. - Quero saber de tudo agora.

Eu o olhei incrédula.

Eu sabia que esse momento iria chegar a minha vida. Sabia que chegaria a hora de ter que contar a verdade para a pessoa que eu amava, sabia até que estava na hora não iria demorar muito a chegar.

Porém, eu não estava preparada.

Eu não estava preparada para aquele momento, como tinha consciência que nunca estaria. Abrir, revirar e expor meu passado era mais doloroso do que se podia imaginar. Era como se estivesse tirando de mim uma camada protetora que eu necessitava, era como me colocar dentro de uma mesa e me deixar exposta, submissa a todos os testes que quisessem fazer em mim, e eu não podia revidar.

- Patrick... - Falei seu nome em um tom de suplica.

Ele apenas balançou a cabeça negativamente e andou em minha direção, me puxando para um abraço forte e caloroso. Como se ele estivesse me encorajando a me abrir, como se ele estivesse colocando outra camada protetora, assim prometendo que eu não me sentiria mais frágil como antes.

- Venha, Agatha. - Ele falou me puxando. - Chegou o momento. - Diz com sua voz rouca.

Passamos da cozinha para a sala, mas antes ele pegou o maldito colar que havia caído no chão na minha tentativa embaraçosa de fecha-lo e colocar fogo nele. Então, me levou par ao sofá e se sentou ao meu lado.

- Eu estou aqui. - Sussurrou apertando minha mão com força.

- Patrick, eu não posso falar. - Digo por fim olhando para ele.

Meus olhos não paravam de lacrimejar, eu não conseguia parar de derramar nenhuma lágrima. Saber que Chuck arquitetou isso e agora eu nem poderia me vingar mais me deixava destruída.

Como ele pode fazer isso comigo?

Como ele teve a coragem, a maldade, a frieza de me expor desse jeito?

É claro que ele sabia as consequências desse ato.

- Agatha. - Ele falou com voz fraca.

- Você não entende não é? - Eu digo aumentando meu tom de voz. - Se eu te falar, você nunca mais irá olhar para a minha cara. Você nunca mais vai querer saber de mim... E eu não posso suportar isso.

- É claro que isso não irá acontecer. - Ele fala. - Eu te amo porra.

- Isso é porque você não sabe o monstro que sou. - Eu falo tirando as minhas mãos das de baixo dele.

- Então, porque não me conta e deixa eu mesmo tirar essas conclusões? - Ele fala na mesmo altura de minha voz.

- Porque quer tanto saber disso?

- Porque você sempre se assusta com algo. Chuck destruiu sua vida, isso eu já sei, agora eu quero saber por quê. Quero saber tudo o que houve naquele ano Verona. Quero saber como te ajudar, porra.

- Eu não preciso de ajuda. - Digo me levantando com raiva.

Odiava quando as pessoas ficavam daquela forma comigo. Odiava quando elas me olhavam com pena, como se eu fosse uma criatura indefesa que precisasse do favor deles. Odiava quando estranhos me olhavam com medo, pena, mágoa ou raiva.

Eu sentia raiva de só de lembrar os meses de inferno que passei naquele ano. O inferno terreno que presenciei no "Acampamento de Reabilitação". Odiava lembrar qualquer coisa que envolvesse o meu passado.

Porque as pessoas não entendiam que passado é passado? Porque elas possuem a grande necessidade de trazê-lo à tona sempre que há uma oportunidade? Porque sempre estão procurando algo no passado para te incriminar, colocar a culpa no que você é hoje ou apenas para ficar pode dentro da sua história?

Porque as pessoas precisam ser tão enxeridas?

- Eu não tenho tanta certeza. - Diz Patrick se levantando. - Há cinco meses mais ou menos que eu venho te conhecendo, venho acompanhando. Há cinco meses que eu te conheço melhor do que muita gente. Há cinco meses eu estava com você toda a noite quando os pesadelos te perturbavam. Há cinco meses eu estava no seu lado sempre, não importa para o que seja. Faz cinco meses que eu venho tentando entender essa sua capacidade de mudar de humor, de se proteger, de não aceitar quem você ama. Há cinco meses que eu venho tentando juntar partes do seu presente para desvendar seu passado. - Diz praticamente gritando. - E nunca te pedi nada. Nunca te cobrei merda nenhuma. E quando eu finalmente tomo coragem de perguntar que diabo você fez no passado, você simplesmente não me responde. Muda de humor, briga comigo e diz que não quer me perder. Lamento dizer Agatha, mas você irá me perder se não me contar nada. - Ele falou por fim.

Suspirei irritada com aquela situação. Limpei as lágrimas que teimavam em aparecer, mesmo eu dizendo para mim mesma que não iria mais chorar. Virei para ele, e tomei coragem.

- Eu matei Frank Lee.

Seu olhar se tornou estranho, como se aquele não fosse mais o Patrick. Ele provavelmente entrou em choque. Seus olhos arregalados e estranhos, suas mãos começaram a gesticulas palavras indecifráveis juntamente com sua boca.

- Você não queria saber a verdade? Então, eu matei um homem. – Eu falo tomando coragem para continuar a história que ele tanto queria ouvir. – Eu matei aquele homem, ali. – Aponto para o colar maldito. – Chuck, tomara que esteja ardendo no mármore do inferno. – Digo olhando para o chão.

- Você... – Ele pigarreou tentando achar sua voz. – Você matou alguém? Quem ele era? Porque você fez isso?

- Frank Lee. – Eu digo sentando no sofá longe de Patrick e deixando que minhas lágrimas escorressem de uma vez dos meus olhos. – Ele era um juiz que iria julgar Chuck por um crime que ele não cometeu. – Digo com dor. – Eu havia cometido um crime antes, uma besteira...

- Que besteira? – Ele pergunta mantendo-se longe de mim.

- Eu tinha roubado dinheiro do banco, mas isso não vem ao caso agora, o que de fato aconteceu foi que Chuck disse que havia sido ele para eu não ser julgada, e eu com raiva, medo e influenciada matei Frank.

Eu disse tentando ser fria.

Mas eu não conseguia.

Passei um bom tempo relembrando do acontecido, um bom tempo sendo torturada pelo que fiz, sofrendo calada por algo que não devia ter acontecido. Só naquela época que o certo a se fazer era isso, porque na minha inocente cabeça, Chuck havia me protegido e agora eu lhe devia um favor e a única maneira deu ter achado foi simplesmente mata-lo.

Não pense que tenho sangue de barata, que não me arrependo disso, que não passei anos tentando me livrar dessa culpa, que fui para Clinica de Reabilitação por que eu não tinha nada para fazer. Não. Eu simplesmente... Enlouqueci.

Eu fiquei com sérias sequelas. Eu não falava coisa com coisa, via vultos que não existiam, fazia coisas involuntariamente. Eu simplesmente me tornei uma louca protegida pelos pais. A única coisa certa que fiz foi me afastar de Chuck. Depois do episódio, eu tomei a decisão de me afastar para sempre dele. Minha divida estava paga e eu não queria fazer mais nada para protegê-lo, ou por tê-lo amado. Eu simplesmente, não conseguia mais olha-lo sem sentir uma grande fúria se transformar em agressões físicas ou verbais.

E agora eu estava na sala de Patrick, o homem que eu amava, dizendo tudo o que eu escondia dos outros, da sociedade e até mesmo de meus pais, e mesmo eu contando isso, algo me dizia que eu não teria o meu final feliz.

Olhei para Patrick.

Ele estava quieto, olhando para seus pés que não paravam de se mexer em um ritmo descompassado. Sua boca estava entreaberta, seus olhos arregalados e sua testa franzida. Um simples sinal de “não te perdoo”, mesmo assim mantive sentada no sofá chorando como uma criança.

Alguns minutos se passaram, quando a campainha tocou.

Patrick se levantou sem me olhar e foi atender. Era a pizza.

Não pensei duas vezes, juntei um casaco que estava ali perto e sai da casa de Patrick empurrando o homem que trouxe a pizza e Patrick e segui para o portão do condomínio.

Eu sabia que não conseguiria sair daquele lugar a pé. Eu sabia que não iria alcançar nem metade do caminho para casa, porém eu não conseguia mais ficar naquela casa. Não conseguia mais encarar Patrick. Não por ele não estar querendo me olhar no rosto, mas porque eu estava com vergonha o suficiente para nós dois. A culpa estava nítida em minha fase que não conseguiria mais ficar naquela casa, com ele.

Passei pelo portão e segui para pela estrada.

Não ouve um grito chamando meu nome. Não ouve pessoas correndo ou pombo-correio. Na verdade, não ouve nada que normalmente aconteceria nos filmes ou livros. Não fiquei surpresa com isso, afinal, eu não estou em um filme.

- Agatha? – Perguntou alguém no meu lado.

Olhei e percebi que era um carro que eu conhecia bem. Era o carro da Katherine. Eu estava tão distraída olhando para o chão que nem percebi quando ela se aproximou.

- Eu estava indo ver se estava bem... – Ela falou quando eu entrava em seu carro. – O que aconteceu? – Ela perguntou preocupada olhando para o meu estado.

Eu apenas a encarei com lágrimas nos olhos.

Elas não paravam, e isso me irritava.

Tomei coragem e falei com voz fraca:

- Ele sabe de tudo.

Não precisei pronunciar mais nenhuma palavra, porque Katherine havia entendido tudo. Ela sabia que ele descobrirá meu segredo. Ela sabia que minha vida estava acabada, mais uma vez, com outra pessoa.

Eu apenas deixei ela me abraçar e continuei chorando...

Prometendo para mim mesma, que não choraria novamente!


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Notas finais do capítulo

Então... É isso!
Espero que tenha saciado a todos a curiosidade. E o próximo promete mais emoções, muito mais! k E como eu disse a fanfic está no fim já...fazer o que né? Mas aos que pediram por mais: Não irei fazer uma segunda temporada da história deles, porque não gosto de "desgastar" muito os personagens e a história acaba ficando chata, mas podem me ver em "Sob Medida" que é o mesmo esquema desse e prometo que ele está melhor escrito (eu achei, não sei!). Ah! Já ia me esquecendo, quem quiser uma história para ler (sem ser minha u.u), leiam "Simplesmente Aconteceu em Nova York", da MariGondin (link: http://fanfiction.com.br/historia/361359/Simplesmente_Aconteceu_Em_Nova_York/) tem dois capítulos apenas, por enquanto... Então é fácil de ler! k
Espero review's de vocês... Por favor, mais de 25 né? Poxa :c
Beijos.



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