Meu Namorado De Mentira escrita por Bells


Capítulo 23
Em um ritmo acelerado.


Notas iniciais do capítulo

"Muito bem, muito bom... Tudo ótimo!"
Olá pessoas do meu coração, tudo bem com vocês? Então, devem estar se perguntando "porque essa doida começou as notas inicias assim?" Simples, porque vocês me surpreenderam. De verdade. Hoje fez uma semana que eu postei o capítulo e eu achei que não teria meus 20 review's para postar no prazo, e hoje quando eu entro me surpreendo, os que faltavam chegaram hoje e recebi uma recomendação linda... Falando nisso: Querida Abacaxi, estou te enviando mentalmente uma porção de chocolates, jujubas mágicas e uma coleção de livros em forma de agradecimento por sua recomendação que além de ter me pego de surpresa, me deixou realmente feliz e inspirada. Obrigada!!
Enfim, quanto ao capítulo... Não sei se irá agradar vocês. Porque ele está muito confuso, está muito... Sei lá! Tire suas conclusões. Ele é um daqueles típicos capítulos chatos que eu preciso postar para poder dar continuidade na história e talvez (se liga no talvez) de começar de vez o romance definitivo deles. k
Então, que rugem os tambores... Boa Leitura!

Capitulo não revisado.
O titulo não tem nada haver com o capítulo.



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- Você está apaixonado por mim? - Eu perguntei impaciente pela segunda vez.

Eu havia tido meus "20 segundos de coragem" e no fim deles, me arrependi. Não sei por que eu tive a ideia de perguntar uma coisa dessas, afinal... Eu sabia que não. Ou pelo menos era isso que eu queria ouvir, não era? Então porque será que estou sentindo uma pontinha lá no fundo de expectativa que sua resposta fosse "sim"? Era como uma pontinha de iceberg que estava começando a se mostrar um pedaço imenso de gelo e a qualquer momento iria me afundar, como havia feito com o Titanic.

- Eu... Hm... Hã... - Patrick abria e fechava a boca diversas vezes, porém não sabia o que falar, ou talvez não conseguisse.

- Realmente, não sei para que lado levar sua resposta. - Digo dando uma carga irônica na palavra resposta.

Ele abriu novamente sua boca e me encarou com aqueles seus belos olhos confusos, querendo me dizer algo que ele não conseguia. E eu, lerda que sou, não entendia sua mensagem e continuava o encarando levemente irritada, por ele não me responder.

Por fim, ele abriu a boca mais uma vez e sua voz saiu.

- Agatha, eu...

- Achei você filha. - Minha mãe gritou saindo da porta da casa dos Luiz e veio me abraçar.

Acho que serviram champanhe mais do que o necessário, só acho.

- Mãe, eu estou ocupada. - Digo revirando os olhos e tentando me livrar de seu abraço.

- Poxa, é assim que se trata uma velha mãe? - Sofia ficou um pouco chateada.

- Acostume-se Sofia. - Diz Anne saindo abraçada ao seu acompanhante. - Os filhos são uns ingratos.

- Falou a mãe amorosa. - Digo revirando os olhos, pela milésima vez.

- Lembro-me de quando você tinha sete anos e gostava dos meus abraços, você me perguntou o porquê da água ser liquida e naquela época você me achou um gênio. - Minha mãe falou separando de mim e abraçando meu pai que a aconchegou em seu corpo.

- Porque a água é liquida? - Henrique diz aparecendo na porta coçando seus olhos visivelmente com sono.

- Porque sim. - Ela responde dando de ombros.

O garoto meio que ignora ela e corre para seu pai, que o pega no colo. Ele deita sua cabeça no ombro de Gonçalo.

- Bem, acho que devemos ir. - Meu pai diz por fim.

- Mas... - Eu tento protestar, porque minha pergunta ainda não havia sido respondida. E aquilo estava me deixando... Nervosa, ansiosa e com raiva.

- Mas nada. Amanhã você pode encontrar seu namorado e ponto. - Minha mãe diz me empurrando pelos ombros em direção ao nosso carro. - Muito obrigada pelo convite, me diverti muito.

- Foi um prazer tê-los em minha humilde casa. - Anne disse dando dois beijinhos de tchau em minha mãe. - Volte sempre que quiser.

- Deveria aparecer lá em casa para colocarmos a conversa mais em dia. - Minha mãe convidou Anne que respondeu um sim animado.

- Nossa conversa ainda não acabou. - Disse para Patrick e lhe beijei na bochecha e depois entrei no carro esperando meus pais se despedirem dos outros.

Depois de algum tempo estávamos em casa. Meus pais foram direto para o quarto deles só me desejando um boa noite. Eu andei até o meu e fui para o banheiro me preparar para poder dormir. Meia hora depois eu estava quase pegando no sono, quando recebo uma mensagem de Patrick, que me pega totalmente desprevenida.

"Você me pergunta se estou apaixonado por você... E você? Está apaixonada por mim?"

{...}

- Acorda dorminhoca! - Joselina disse abrindo as janelas do meu quarto. - Vamos. Vai se atrasar para a escola.

- É sexta feira, posso faltar. - Eu digo me cobrindo com meu lençol para não deixar o sol chegar ao meu olho.

- Nada disso. Sua mãe falou que você não pode mais faltar escola. - Joselina disse. - 10 minutos, mocinha.

E saiu do quarto me deixando com um sono imenso e as janelas abertas. Sabe, ela parecia uma mãe para mim, me obrigando a ir para o inferno para meu próprio bem.

Levantei-me preguiçosamente e andei até o banheiro. Dez minutos depois eu estava colocando minha roupa para ir ao inferno, vulgo escola. Demorei mais outros 10 minutos saindo tomando um café da manhã e por fim, fui andado vagarosamente para a escola.

- Mulher do céu, anime-se! - Kathe disse vindo com sua roupa de léder de torcida animada em minha direção.

- Diz isso para o meu sono. - Falo seguindo-a até a sala que acabei me jogando na cadeira quase dormindo.

- Você hoje tem aula a tarde, não tem? - Kathe perguntou e eu afirmei - Que pena! Precisava de ajuda para comprar um vestido.

- Vai a algum enterro? - Perguntei.

- Credo! Não. Vou conhecer a avó de Aloísio. - Kathe respondeu animadamente.

- Você conhece a Gertrudes. Para que vestido?

Sim. O nome da minha ilustre avó é Gertrudes. Um nome que dizem por ai que é especificamente de tias, mas como ela é... Avessas a sociedade, ela quis que seu nome fosse Gertrudes. Sim, ela quis. Seu nome verdadeiro era: Josefina Maria Hazel Carlota Pittacus Riveira. Nome complicado, comprido e nada haver, não? Por isso ela decidiu mudar para Gertrudes e é conhecia desde pequena por esse nome.

- Na verdade, não vou exatamente conhece-la. Sua avó apenas convidou seu neto e sua namorada... – Minha amiga fez um sinal para si mesmo – Fazer uma visita para ela à noite.

- Então o apropriado é comprar um macacão daqueles de fazendeiros, porque só Deus sabe o que minha avó vai fazer com os dois – Digo.

Minha avó era um pouquinho, assim de leve, anormal. Ela se comportava como uma garotinha dos anos 80, com seus vestidos de bolinhas e óculos de gatinha. Ah! Sem falar nas botas vermelhas e lenços na cabeça. Sim, ela parou no tempo. Ah! Seu cabelo era grisalho, dei um “ar” de modernidade no velho esqueleto de dinossauro.

- Você tem razão... – Concorda minha amiga. – Não importa. Eu preciso ir ao shopping e você irá comigo. Não discuta.

- Ok. – Eu falei virado para frente porque o professor havia chegado na sala.

Óbvio que eu havia dormido, mas não antes de certificar se meu namorado havia chegado à escola... Direitinho!

Quando as aulas terminaram, fui arrastada para o shopping com Katherine. Não é que eu não gostasse de fazer compras, eu até que gostava, mas sair com a indecisa da Katherine estragava a magia de ir às compras. Sim, porque ela parava em todas as lojas, experimentava trocentas roupas e no final, escolhia uma peça... Isso quando eu tinha sorte, porque às vezes ela não levava nada. As vendedoras não gostavam de minha amiga, ela só não era mais odiada que nem o meu pai. Sim, ele tinha a sua fama até mesmo no shopping. Nos dias de liquidação era um inferno, melhor nem imaginar uma coisa dessas.

- Katherine, pelo amor de Deus. – Eu digo impaciente esperando a madame do lado de fora do provador. – Não é tão difícil trocar de roupa.

- Acalma ai. – Ela disse.

Meu celular vibrou no meu bolso e eu o atendi.

- Senhorita Verona? – Uma voz feminina que parecia mais um pato sendo estrangulado.

- Sim.

- Você poderia dar uma passada no Instituto de Ballet, por favor? – A mulher falou com sua voz de pato.

- Eu achava que para serem expulsa vocês chamavam meus pais. – Comentei.

- Você é maior de idade agora. – A mulher disse – Estamos te esperando.

- Estou indo. – Digo e a mulher do outro lado desliga.

Eu nem lembrava direito que eu tinha 18 anos, porque eu ainda continuava na casa de meus pais, fazia tudo o que eu queria como sempre. Para eu fazer 18 anos não significou muita coisa como para a maioria dos adolescentes (ou jovens?).

- Kathe, eu preciso ir ao Instituto. – Eu digo começando a andar. – Depois me liga.

- Tudo bem. – Ela fala sem sair do provador.

{...}

- Senhorita Verona, por aqui, por favor. – A diretora e dona do Instituto falou dando um sorriso de poucos amigos me levando até sua sala. – Sente-se.

Eu sentei e a fitei. Já era ruim o bastante ser expulsa do ballet (não que eu gostasse de fazer, pelo contrário) e agora eu havia sido chamada para visitar o covil da Cruela de Vil em forma de dinossauro, tinha como pior minha situação?

Sim, porque a Senhora Vil (Esse é o sobrenome dela. Coincidência? Não mesmo!) tinha mais do que eu poderia imaginar no requisito idade, ela parecia aquelas mulher bem velhas, do tempo dos Dinossauros que se esqueceu de ser extinta, enterrada e redescoberta depois de milhões de anos. Usava aqueles coques cheios de gel no topo da cabeça, um traje de ballet só que desenhado exclusivamente para ela (e era horrível) e nos pés pantufas. Sim. Ela estava usando pantufas simples. Vá entender esse tipo de gente.

- Eu chamei a Senhorita para falarmos da sua conduta nos últimos dias nessa Instituição. – Ela falou mostrando seus dentes gastos. – O que foi feito com Jéssica é algo inaceitável.

Para fim de curiosidade, Jéssica é a neta da Senhora Vil. É óbvio que ela iria defender a neta, e conhecendo a Jéssica como ela é... Já imagino que a coitadinha tenha feito minha caveira para a sua avó.

- Porque não me expulsa logo? – Eu pergunto impaciente.

- Expulsar? – Ela pergunta surpresa. – Porque eu a expulsaria?

- Porque eu bati acidentalmente na sua neta? – Eu pergunto sem esperar uma resposta, na verdade.

- Oh! Jéssica me explicou que foi sem querer. – A Senhora Vil falou com um pequeno sorriso.

- Ela fez o que? – Dessa vez eu é que fico surpresa.

E antes que eu pudesse falar qualquer outra coisa a Senhora Vil fala:

- Ela ainda disse que você ficaria ótima fazendo o papel principal da apresentação do Lago dos Cisnes. – Senhor Vil disse com um grande sorriso.

Eu fui caindo da cadeira lentamente com a notícia que acabará de escutar. Eu ia ser a principal da merda da apresentação, Jéssica se fazendo de boazinha para cima dos outros... Estou dormindo? Belisquei-me e constatei que não estava dormindo. Infelizmente. Arrumei minha postura na cadeira.

- Quer dizer que sua neta disse que foi sem querer o soco que ela recebeu, disse ainda que eu ficar ótima como Odette? – Pergunto ainda sem acreditar.

- Fico feliz que tenha aceitado com tanta facilidade. – A Senhora Vil diz. – Achei que iria se opuser, mas até que foi fácil.

- Espera... – Eu digo percebendo que a velha tinha entendido tudo errado.

- A Senhorita não tem uma fama das melhores, sabia? – Ela continuava a tagarelar. – Isso realmente é horrível. Devia melhorar sua postura perante a sociedade, só assim poderá se casar.

- Espera... Espera... Espera! – Digo fazendo a velha calar a boca. – Eu não aceitei a fazer o papel idiota de Odette, não quero saber sobre o que as pessoas pensam de mim. E que século você vive? XIV? Que casamento o que?

- Oh! – Ela pareceu levemente ofendida.

- E eu tenho namorado. – Respondo só para calar a boca dela antes que eu fosse acusada de solteirona.

- Sim, eu sei. O Senhor... Luiz, não? – Ela diz – Um ótimo rapaz. Ele veio esses dias falar comigo...

- Patrick veio aqui?

- Sim. Um garoto adorável deve dizer. – Ela falou com um meio suspiro.

- O que ele queria aqui?

- Nada demais. Queria saber sobre algumas coisinhas. – Senhora Vil disse com um sorriso de “Eu não vou te contar. Se toca!” – Ah! Quanto à apresentação... Ficará belíssima com a roupa que estou preparando especialmente para a nossa protagonista Odette.

- E quem disse que eu irei fazer isso?

- A Senhorita não vai querer deixar sua mãe sabendo do soco que você deu em minha neta, na sua possível expulsão e muito menos irá querer desaponta-la mais do que já fez algum dia, não é? – A Senhora Vil falou com um “doce” sorriso.

Aquela cobra. Era pior do que a própria Cruela de Vil. E muito pior do que sua neta, agora eu sei que é de família ter um gene tão ruim como aquele. Eu acabei concordando com a cobra venenosa em fazer a Odette no Lago dos Cisnes, adaptado.

{...}

- Patrick, me diz como você pode ser amiga de uma cobra venenosa como ela? – Pergunto irritada, andando de um lado para o outro na frente do meu namorado de mentira.

- Achei que já tivesse superado a Jéssica. – Comenta Patrick.

- Eu vou ter que dançar na bosta do ballet agora, porque sua amiguinha fez esse lindo favor para mim. Seria melhor se eu fosse expulsa...

- Iria querer destruí o coração da sua mãe? – Ele me interrompeu.

Eu o olhei e sentei ao seu lado apoiando minha cabeça em seu ombro.

- Eu não quero dançar. – Digo.

- Para de ser uma menina mimada Agatha. – Patrick me repreendeu pela milésima vez desde a hora que eu havia chegado a sua casa com o intuito de quebrar alguma coisa, ou alguém (Anne). Porém, fui contida pelo “príncipe encantado” do Patrick. E Anne não estava em casa.

- Mimada? Eu? – Pergunto o olhando surpresa.

- É sim.

- Não sou mimada. Apenas não quero dançar.

- E desde quando Agatha Verona desiste de algo, mesmo contra sua vontade? – Patrick perguntou e continuou - Cadê a Agatha que faz tudo quando quer, quando bem entender e nunca aceita não como resposta? Cadê a Agatha que eu odiava por ser sempre a melhor nas coisas apesar de tudo que passou? Cadê a Agatha que é a melhor da turma, que ama lutar, que passou por coisas horríveis e ainda por cima, que quando não gosta de algo faz bem feito só para provar que é bom o suficiente para qualquer coisa?

- Patrick... – Eu disse seu nome sem saber o que falar.

Quais as palavras que poderia usar para fazê-lo parar com seu discurso, em parar de me “idealizar”, para parar de ser... Isso.

- Não me interrompa. – Ele mandou e continuou. – Cadê a garota que eu conheci há uns três meses atrás que era sempre o alvo de fofocas de inveja? Cadê a garota que passa por cima de todos para ter o que quer? Cadê a garota do acampamento que ajudou os velhinhos e sua casa, colocou suas mãos para limpar a louça dos outros, a garota que tirava sarro do cara? A garota que chorava toda noite com medo...

- Patrick. Pare. Eu posso ser tudo isso, mas mesmo assim não quero dançar. – Digo calando a boca dele com minha mão.

Aquele garoto era irritante.

- Vai sim. E eu vou fazer você dançar lindamente. – Ele falou rindo da minha careta de desgosto e tirando minha mão de sua boca. – Não vai ser tão ruim assim, não é?

- Vai ser vergonhoso. – Digo só imaginando. – E por curiosidade, como vai me fazer dançar?

- Ué, não dizem que fazem tudo para a pessoa amada? – Patrick falou passando seu braço pelas minhas costas e me abraçando.

- E quem disse que eu te amo? – Eu perguntei me aconchegando um pouquinho nele e no sofá ao mesmo tempo.

- Você só ainda não sabe. – Ele responde.

- Só quando a vaca tossir. – Eu digo e olho para o meu celular. – Tenho que ir para casa contar a grande novidade para minha mãe.

- Quer que eu já junto? – Patrick perguntou se levantando juntamente comigo.

- Não precisa. – Digo indo para a porta. – Tchau.


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Notas finais do capítulo

Então... o que acharam? Eu disse que o capítulo estava {insira sua palavra aqui}. kkk Enfim, não tenho muitas coisas para falar... Então, mandem review's de montão, porque eu não posto com menos de 20 review's (tenho quase 150 leitores já, e não consigo nem 20 quase). Recomendações são bem legais, sabia? k E faz a história andar mais rápido. Ah! Quase esquecendo das sugestões: "Já Os Legados de lorien?" "Filme Eu Sou o Número 4"? "Gosta de Bis?"
Beijos.
Fiquem com Deus. Até a próxima!!